Crônicas de Violência

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Esse negócio de assalto está deixando muita gente de cuca fundida. Também não é pra menos. Estão assaltando a luz do dia em plena via pública e nas horas de maior movimento. Os ladrões concluíram que a Polícia Militar enrustida nos quarteis e a Polícia Civil desaparelhada e indisposta já nada podem fazer contra eles. Consequentemente, há em diversas regiões, centenas de pessoas amedrontadas e complexadas com os assaltos. E foi com um desses complexados que aconteceu o assalto, mais fora de série dos últimos tempos, em Nova Friburgo. Certo cidadão cujo nome, obviamente não vou citar, passou a andar armado até para ir ao boteco comprar cigarro. E foi justamente quando se dirigia à padaria do bairro, já na boca da noite, sem lua, que o nosso herói foi esbarrado por um sujeito negro, com 1,80 de altura por 60 de largura. Após a trombada, o nosso amigo saltou para o lado para fugir do corpo a corpo e, rápido, ao sentir falta da carteira de dinheiro, sacou do revólver, e irado, ele que já fora vítima de um “trombadinha” na praça Demerval Barbosa Moreira, havia menos de um mês, gritou: “Para aí, moleque safado; passa a carteira.” E o negro, apavorado com a reação do “assaltado” não titubeou e, diante do cano do 38, passou-lhe a carteira. “Agora corre moleque, antes que eu lhe estoure com uma bala…” O negro não esperou segunda ordem. Sumiu num salto triplo diluído no negrume da noite. Tremendo, ainda sob efeito da reação, como sói acontecer com os indivíduos pacatos, o nosso homem correu para casa em direção oposta a do assaltante. E lá chegando, aos berros disse à mulher: “Tá vendo, você vive me criticando por andar armado. Mas, se não fosse o revólver, eu, há pouco, seria roubado.” E contou a esposa o ocorrido, já agora sobre os olhares de alguns vizinhos. E aí vem o desfecho da história: O assaltado havia deixado a carteira em casa… E o herói, agora mais nervoso e envergonhado, remexeu a carteira de sua “vítima” na busca de um endereço ou telefone. Achou. Telefonou e a resposta veio mais perturbadora: “Meu marido não pode atender agora. Ele está muito traumatizado, pois acabou de ser assaltado e quase foi morto em plena rua.” Desculpas, explicações, calmantes para os dois, abraços e início de novas amizades. Moral da história: assaltar não é difícil, só carece de motivação.

Inserida por AlessandroLoBianco

Espero que essa mensagem te edifique e sirva de alerta diante de tantas atrocidades cometidas diariamente em todas cidades, no nosso planeta; onde passivamente assistimos as notícias, os relatos estarrecedores de crueldades, os abusos praticados, as agressões contra o nosso próximo-- a imagem e semelhança de Deus-- porque não torcem por um time de futebol específico, porque não professam uma determinada crença, religião, porque não dirigem velozmente, nem tampouco ultrapassam o sinal fechado, porque não dirigem embriagados, porque não roubam, porque não são drogados, porque não são do mesmo partido político, porque não fazem parte do meu ciclo de amizade, porque não têm o mesmo nível cultural que eu, porque não são meus aliados, porque não professam as minhas ideias e os meus pensamentos, e tantos outros motivos e argumentos, para continuarmos atirando pedras e quebrando as vidraças alheias!!!

Inserida por servamara

Apesar da própria Constituição Federal ressaltar que a Polícia Militar existe para proteger o cidadão, resquícios do regime militar de 1964 mantêm a concepção de enfrentamento, criando assim a lógica de que todo manifestante é suspeito e, portanto, inimigo. Isto é inerente também à mentalidade construída pelo regime de caserna vivenciado pelos policiais militares, tornando muitos deles avulsos à realidade do brasileiro comum. Cria-se então uma dualidade "militar/civil", dando a falsa ilusão de que os policiais não são civis, quando na verdade são.

Inserida por regisness

Levou um tapa na cara? Dê um chute no mal entendido, um soco na falta de respeito, uma cabeçada na raiva e um lindo beijo na paz; mas no agressor, ensine-o que você não é fraco a ponto de se rebaixar e usar as mesmas armas de violência, e sim de que você se vale mais de inteligência e sabedoria, aquelas que vem lá do alto. Então, basta olhá-lo com olhar de reprovação e se retire, isto será mais que suficiente para acabar com a moral do indivíduo energúmeno.

Inserida por SbdrePdr

Antes de aprovar qualquer lei no Brasil, os Parlamentares analisam primeiramente quais Políticos e Partidos receberão os méritos e os frutos da aprovação e quais vantagens eles obterão dos segmentos econômicos favorecidos pela lei, só depois e talvez, irão analisar os benefícios que esta lei irá proporcionar para o conjunto da sociedade. É este filtro maldito que impede a evolução da legislação. Para a manutenção e garantia desse filtro, usam três ferramentas: O direcionamento da Pauta. O Colégio de Líderes. As Comissões.

Inserida por SergioABPaixao

Crianças inocentes? Foi-se o tempo em que podíamos afirmar isso. Hoje crianças estão fazendo coisas de adultos, mexem com fogo e não saem queimados por serem crianças, protegidas pela lei que infringem numa sociedade que incentiva e até exige o amadurecimento precoce de crianças. Já não se pode dizer que elas não têm consciência do que fazem. Algumas notícias bastam para ver a quantidade de monstros que estamos criando.

Inserida por JoiceKelly_

A humanidade está entregue ao caos. As pessoas tendem a fechar os olhos para não serem horrorizadas com o mal que vive dentro de seres deploráveis. O lado negro e obscuro de "gente" doente, perversa, que só tem ódio no coração. Até quando nós temos que ser obrigados a fechar os olhos? Até quando vamos ter que fingir que não reconhecemos que o mundo está afundando em um abismo de ódio e violência? A sociedade é refém dos malditos agressores. Onde está a moral? Onde está a criação? Onde está Deus no coração desse lixo que chamamos de "gente". Mas gente da nossa gente eles não são. Nem seriam. Essa espécie de gente eu desconheço. Tenho repulsa. Como aceitar que o mesmo que mata e destrói tem pele e osso igual a você? Tem um coração batendo dentro do peito? Como entender o fato de não terem remorso, nem amor ao próximo? Não entra na cabeça, né? Nós não somos obrigados a gostar de ninguém, mas o mínimo que devemos ao próximo é o respeito por sua vida. Por essas e outras prezo em mim o direito de não ficar calada, de me manifestar, de ajudar sempre que eu for útil. Do mesmo jeito que vem gente pra destruir, vem gente para ajudar a juntar os cacos. E você, de que lado está?

Inserida por annathsoares

Palavras desaparecem, se calam, quando seus significados não fazem mais sentido. Isso é preocupante. Honra, retaguarda, lealdade, compromisso, ética, companheirismo, fidelidade... Cada dia menos se ouve sinceramente essas palavras ou se vê na prática. Cada vez menos e com uma velocidade embalada. Não sei se Darwin estava certo, se éramos mesmo todos macacos, mas se continuarmos nessa balada, seremos todos violentos macacos.

Inserida por jeansestrem

Em sampa vc nao se sente sozinho, voce esta sozinho! Eu sento no chao e observo as pessoas irem e virem, ninguem liga pra voce! Ninguem quer saber se vc precisa de algo, a selva de pedra nunca fez tanto sentido... Cada barraco, cada viela, cada pessoa, mostra a realidade da qual queremos nos proteger com medo de um dia por ironia do destino acabar ali no mesmo lugar que um dia nos horrorizamos, e no fim.... SOMO TODOS IGUAIS... Acho que essa é a maior ironia.

Inserida por peres2007

O meu coração se compadece pelas crianças que perderam suas vidas em Janaúba e por todas as que são vítimas de violência. E também se revolta pela paz que não existe, pela inútil esperança de ter uma vida sem medo nem terror. O mundo está doente e pessoas cada vez mais perversas se proliferam como erva daninha, infectando o nosso planeta e atormentando as nossas vidas.

Inserida por GilBuena

De um lado, um Estado omisso, acovardado, cúmplice e fiador de tudo. De outro, as facções que ditam as regras, promovem barbáries, mantêm o controle de tudo (dentro e fora das "prisões") e ainda exigem proteção e privilégios... Esse é o Brasil e sua estrutura (sem vergonha) de poder.

Inserida por leoftwitter

Os inocentes eram o nosso lado mais emocional, vivido de coração escancarado, apesar da polícia. O que seria de nós sem eles? O intenso processo de racionalização a que éramos forçados pelas circunstâncias, e com base em nossa formação política, naturalmente nos poupava sofrimento. Mas também nos roubava o lado inocente que, nos olhos deles, aparecia com toda a força: o escândalo diante da violência; a saudade da vida lá fora, da liberdade nos seus mínimos detalhes.

Inserida por pensador

⁠"O silêncio torna-se o nosso melhor amigo, aprendemos a valorizar cada minuto em que podemos estar sozinhos com os nossos pensamentos e passar uma “cassete” da nossa vida até este ponto, e percebemos que a cada dia nos sujeitamos mais á violência enquanto milhares de mulheres se divorciam e seguem as suas vidas. Mas como poderia eu fazer isso? Não tenho formação superior e trabalhei exclusivamente nos primeiros anos de casamento enquanto o Júlio não tinha lucro na sapataria, depois ele achou que não era decente uma mulher estar a limpar a casa dos outros quando tinha a sua para limpar."

Inserida por cristiana_teodoro

"⁠O suposto mar de rosas, converteu-se em múltiplos espinhos e espinhos venenosos que magoam por dentro e por fora, mas o pior, é por dentro que ninguém vê... um buraco sem fundo que nos consome todos os dias e faz questão de nos lembrar dos nossos erros e o que nos custaram, leva-nos a chorar por dentro e engolir as próprias lágrimas, revira-nos dos avesso e continua a afundar-nos mais e mais... "

Inserida por cristiana_teodoro

Mesmo depois do Brasil chegar ao triste patamar de primeiro lugar de maior consumo de crack do mundo, as politicas publicas de educação, segurança e saúde publicas não avançaram por falta de especializações e vontade politica. Inquestionável, o que venho proclamando a vários anos, e é vergonhosa a falta de iniciativa das governanças para a fundação estaduais e nacional de um Centro Nacional de Referencia de Tóxicos, um local especial de estudo, catalogação, mapeamento, pesquisa e gerencia para o combate ao uso das drogas, e das substancias químicas, como também um centro de informações tecno-cientificas medico-farmacológico para guiar o pronto atediamento na rede publica e privada nacional nos vários setores da saúde. Assim como a criação de programas para diminuição e combate do uso, consumo em ações sócio-educativas de saúde e segurança para o setor. Um inimigo social que se agiganta rapidamente em tristes e alarmantes patamares. E o Brasil ensurdecido todos este anos, sem querer ver e saber, não entendendo que a pior da luta é quando se combate um inimigo que não se conhece.

Inserida por RicardoBarradas

“Pobre Rio de Janeiro dos ricos do Leblon e dos pobres das favelas; das assembleias de Deus e das Assembleias Legislativas; dos cariocas da gema e dos políticos de algemas; das belezas naturais e dos descalabros sociais... Triste Cidade Maravilhosa dos Morros e dos mortos; dos assaltos banais e dos arautos carnavais; das promessas de amor e das juras de morte; dos jogos de azar e dos dias de sorte... Confuso Estado Fluminense das Garotas de Ipanema e dos Garotinhos de esquemas; das celebridades globais e dos artistas reais; dos cartões postais e dos cartões de crédito; dos quarenta graus de temperatura na sombra e dos trinta e oito na cintura que assombram... Para o bem ou para o mal, melhor lugar não há, seja na areia da praia, seja no balanço do mar.”

Inserida por Gladstonjunior

⁠O espírito quando é pacífico ainda que num corpo jovem e cheio de saúde e energia continuará pacífico, já um espírito violento mesmo que esteja num corpo doente e debilitado não será pacífico, apenas concentrará sua ira e achará outros meios de se expressar o que comprova que a ira vem de nosso espírito ainda imperfeito e não do corpo.

⁠O pensamento “nós-contra-eles” sempre existiu, mas o que há de novo é uma espécie de indiferença pelo que é diferente. Não há mais o medo de violência entre "tribos", o que acontece é mais sutil, é um recuo em relação ao outro, como se o outro simplesmente não existisse.

Inserida por pensador

⁠Um dos dias mais importantes de minha vida foi o dia do parto. Jamais me esquecerei da enfermeira que me assistiu com boas práticas. A forma como ela me acolheu, a valorização da presença de meu esposo e depois de minha mãe e sogra, o ambiente de harmonia, a liberdade de posição e movimento, o banho de aspersão e imersão, a bola suíça, a massagem nas costas, os exercícios respiratórios, o contato pele a pele com meu filho logo após o nascimento. Hoje sei que ela trazia um partograma detalhado e o quanto fui protegida de práticas prejudiciais como episiotomia, a ocitocina, a amniotomia, a analgesia desnecessária, o toque e a posição litotômica durante o parto. Meu corpo e minha alma agradecem à sua cientificidade e humanização.

Inserida por marislei

Em um país com fissuras sociais tão profundas e que nunca deixou de apresentar altos índices de violência, imaginar que a perda de direitos e uma piora no padrão de vida passarão despercebidas é multiplicar por mil o wishful thinking que se abateu sobre a elite intelectual norte-americana e inglesa.

Inserida por pensador