Crônicas de Violência
A lógica de que os mais fracos deveriam submeter-se aos mais fortes perpetua-se desde a Grécia antiga até os dias atuais, negando a humanidade dos vulneráveis e tornando teoricamente aceitável seu extermínio.
Assim, a violência perpetrada contra povos e nações que não se enquadram nos interesses das grandes potências econômicas e militares, bem como contra os residentes das periferias urbanas, muitas vezes não suscita grandes comoções, como se estes não fossem plenamente humanos.
A invocação da noção de humanidade, em muitas ocasiões, revela-se como uma mera abstração, desprovida de significado efetivo diante das realidades de marginalização e violência enfrentadas por grupos sociais historicamente excluídos.
Cada vez mais estou pragmático.
Não quero nem saber quem criou esse caos chamado Brasil. Estamos na linha de frente e precisamos nos proteger dessa gente.
Compreendo que, nesse país, a maioria dos delinquentes são vítimas de anos e anos de exclusão social. Pouquíssimos deles escolheram ser bandidos por opção. Sei que nosso estado nunca se preocupou em dar a mão e provavelmente nunca dará. Ganhamos com essa realidade tosca que vivemos.
Nesse fogo cruzado, precisamos escolher um lado entre o inocente que mata e o inocente que morre.
É uma questão de sobrevivência.
Se todos falam que o culpado é o estado.
Então, ao invés de matar o peão do lado.
Matem o estado!
Matem os donos do mundo!
Os seres humanos praticam as mesmas atrocidades de milênios atrás.
Na Roma Antiga, jogavam cristãos na cova dos leões. Na Idade Média, queimavam hereges nas fogueiras. Na Segunda Guerra Mundial, exterminavam judeus em câmaras de gás.
Leandro Karnal está certíssimo ao dizer que o diabo entrou em férias desde que percebeu que o homem executa seu trabalho melhor do que ele próprio.
Concordo que, na teoria, roupa não define caráter, mas enquanto a realidade ao meu redor faz essa associação, serei a favor da descrição e prevenção.
Concordo que, na teoria, o corpo é da mulher, mas enquanto a realidade ao meu redor despreza esse fato, serei a favor da prevenção e descrição.
Tenho sido chamado de machista pela patrulha ideológica dos politicamente corretos, mas pouco me importa como sou rotulado. O que realmente importa é que, depois do leite derramado, nenhuma ideologia, lei ou autoridade poderá trazer de volta nossos entes queridos.
Teoria é teoria, realidade é realidade.
Continuarei aconselhando minha filha baseado na realidade, na vida como ela é...
Não gosto muito de ficar batendo, atacando e criticando a atuação da polícia nessa espécie de guerra civil contra o crime organizado à qual estamos submetidos diariamente.
Tenho ciência e concordo que existem alguns equívocos e excessos no "modus operandi" da nossa PM.
Entretanto, não é justo a população, a imprensa e toda a sociedade civil organizada jogarem pedras apenas para um lado em detrimento do outro.
Afinal, o tráfico continua matando cada vez mais jovens, velhos, negros, brancos, mulheres, homens, gays, deficientes, sem qualquer tipo de escrúpulo.
Dentro desse contexto, o maior culpado, na minha opinião, é o estado brasileiro, que sempre foi ausente em várias esferas sociais, incluindo educação, moradia, saúde, lazer e segurança pública.
Uma agressão física pode ser considerada um ato cruel e de extrema violência contra uma pessoa, mas uma agressão moral ou uma agressão feita apenas por meio de palavras pode ser considera, muitas vezes, uma agressão tão ou mais violenta que esta mesma agressão física. Pois esse tipo de agressão não atinge somente o corpo físico, mas principalmente a dignidade humana.
Os tiros que me chegam vindos do morro me remetem a questionar o porque de tanta violência. Ainda que não justifique, consigo entender que para o indivíduo condenado à perene pobreza não deve ser fácil aceitar que alguns tenham tudo, e outros tantos precisem passar uma vida inteira para ter pouco mais do que nada. Minha lógica me diz que é bem mais fácil entender miseráveis roubando de ricos do que milionários roubando o pouco que o pobre consegue apenas porque o muito que têm ainda não é o bastante para o tamanho de sua ganância.
Mesmo se o Estado defende os seus cidadãos do risco de serem tiranizados pela violência física (como acontece por princípio sob o sistema do capitalismo desenfreado), ele pode frustrar as nossas finalidades se não consegue nos proteger do abuso do poder econômico. Em um Estado deste tipo, quem é economicamente forte é também libre para tiranizar quem é economicamente fraco e privando-o de sua liberdade. Nestas condições, a liberdade econômica ilimitada pode ser autodestrutiva, da mesma forma que a liberdade física ilimitada; e o poder econômico pode ser tão perigoso como a violência física. De fato, aqueles que dispõe de um excedente de mercadorias podem impor a quem tem penúria uma servidão 'livremente' aceita, sem a violência.
Enquanto houver jeitinho brasileiro, discriminação e violência com as "minorias e maiorias", corrupção, injustiça, mals tratos , destruição da fauna e flora, falta de investimento em saúde e educação, disputa entre poder ou para descobrir quem é melhor, não vai ser uma troca de partido ou presidente que vai melhorar a sociedade brasileira. Se quer um país melhor, a mudança tem que começar em você.
" A violência." O aumento significativo e gradual da violência, seja no plano coletivo e individual, remete- nos a uma reflexão, de que o homem alienado e perturbado, vivem no inconsciente coletivo, um processo de finitude. Amplia- se os estimulos animalescos, em que o homem vivendo amontoados nas grandes cidades tendem a aumentar as neuroses coletivas e patologias psicossociais. Afinal, a violência que estamos assistindo é reflexo dos nossos Instintos, que não controlado pela educação e pela cultura, será um sinal de empobrecimento da vida, consequentemente no cadafalso das relações humanas.
Toda violência tem em si mesma seu limite, porque ela produz a violência contrária, que, mais cedo ou mais tarde, se igualará a ela, e talvez a sobrepuje. A bondade, porém, age por meios simples e constantes. Ela não produz resistência paralisante. Ela até desfaz tensões existentes, dissipando desconfianças e equívocos, e se fortalece a si mesma, produzindo bondade. Por tudo isso, ela constitui a força mais direta e intensiva.
Quando falamos da História do povo negro, sempre nos lembramos da violência inenarrável da escravidão, mas não devemos nos esquecer de que nas lutas pela sobrevivência e pela superação da violência sempre estiveram presentes a criação de alegria, de beleza e de prazer. Estes são os presentes do povo negro para o mundo.
Eu não consigo aceitar a ideia de que a violência e o terrorismo sejam ainda instrumentos para que determinados grupos sejam escutados. Violência e terrorismo devem ser combatidos incisivamente e por duas razões bastante claras: trata-se de covardia inominável; e despreza a – suposta – inteligência humana para resolver as diferenças sem que haja derramamento de sangue.
“Tempos estranhos ... onde a fome, o ódio, e a violência imperam. Época em que pais e mães matam seus filhos e vice-e-versa. Onde a inversão de valores prevalece, os falsos profetas espraiam-se pelos quatro quadrantes do planeta e a humanidade, pouco a pouco, perde sua essência em detrimento da crescente barbárie humana.”
Fazer silêncio diante de uma nação que foi esfacelada pela violência no passado e continua reproduzindo seus métodos de tortura e exclusão do período do arbítrio é compactuar com crimes dos quais podemos nos tornar vítimas. Pior que isso: reeditar nas ruas do país marchas pela ordem clamando o retorno da ditadura é desconhecer os anos de sombra que envolveram o Brasil.
Nada justifica a violência, todos temos o direito de concordar ou discordar das idéias de alguém, por isso a eleição dos nossos líderes se chama democracia, o que quer dizer escolha popular, liberdade de voto, se você discorda das idéias do meu candidato você tem outras 11 opções de voto ou escolha, mas no final além de um novo presidente, governadores, deputados e senadores deve prevalecer o respeito a honestidade o amor ao próximo ao país e paz acima de tudo.
A violência contra a mulher não se trata apenas de um problema social e jurídico, mas também de saúde pública em que agressões sobrepostas e acumuladas, dependendo de sua gravidade e continuidade, podem ocasionar distúrbios mentais, afetivo-emocionais, problemas de incapacidade física, muitas vezes com danos irreversíveis.
NÃO SE JUSTIFICA A RAZÃO DA VIOLÊNCIA PELO SIMPLES FATO DE HAVER INJUSTIÇAS, MAS TAMBÉM DA MESMA FORMA NÃO SE JUSTIFICA A TOLERÂNCIA PELO SIMPLES FATO DA RAZÃO DA INEXISTÊNCIA DE QUALQUER PREPÓSITO DA VIOLÊNCIA QUE NÃO SEJA OUTRA SENÃO A DA DISCÓRDIA E DO TOTAL DESRESPEITO AO QUE SE ENTENDE POR CONVIVÊNCIA HUMANITÁRIA.
Assustador como a violência e os assassinatos no Brasil crescem em paralelo com o surgimento de novas religiões e denominações. Pelo número de igrejas, templos e tendas que temos, não deveria haver tanto descaso pela vida humana. O brasileiro padece por falta de religião no pais da religião.(Walter Sasso).
"Se você não tem capacidade para a violência, então você é um saudável e produtivo cidadão, uma ovelha. Se você tem capacidade para a violência e não tem empatia por seus concidadãos, então você é um sociopata agressivo, um lobo. Mas e se você tem capacidade para a violência e um amor profundo por seus conterrãneos? O que você tem então? Um cão pastor, um guerreiro, alguém que anda no caminho do herói. Alguém que pode entrar no coração da escuridão, dentro da fobia humana universal e sair de novo."