Crônicas curtas
Sou um mero espectador da alma goianiense. Apanho pela cidade o sentimento humano que nem o tumulto da pressa da metrópole antecipada pelo tempo é capaz de abafar.No meio da névoa, a copa de um pé de cajá-manga aparece como uma ilha virtual. Goiânia é uma cidade digna; contemplo-a com paixão. (Do livro de crônicas Romanceiro de Goiânia - Doracino Naves).
Dia empós dia: Na vida, tudo se ajusta, pedir uma panqueca na lanchonete e o garçom trazer-lhe lasanha; comer dois pães com ovo e café amargo; pedir pastel de queijo e trazerem de frango; Ah! é um drama prazeroso, pois no final vê-se a barriga cheia e um sorriso – irônico, mas um sorriso.
"...acolher não é somente dar boas vindas e depois não dar mais nem atenção. Um bom acolhimento acontece no cotidiano, na compreensão mútua das limitações, na preocupação com o outro, não nas coisas que faz, mas nas coisas que necessita, materiais e emocionais, enfim, tudo que se faça necessário para o viver melhor, para ser mais feliz ..." ( in: Acolhendo)
Não comer a carne é um ato de autopunição. Por que não fazer o bem através da carne? Aliás, ficar sem comer a carne é a maneira mais fácil que se pode fazer para dirimir o pecado. Bendito seria esse o prazer do mendigo, comer a carne com o mendigo é um ato quase impossível, é mais fácil erguer a bandeira, baixar a cabeça prostrar-se de joelhos e entender como pecado, mas, que pecado é esse? O que é pecado? Sendo assim é muito mais fácil à autopunição, a autopunição também pode ser um ato de covardia. (A. Valim).
“Quarta-feira, Sexta-feira” Não comer a carne é um ato de autopunição, a maneira mais fácil para dirimir o pecado. Bendito seria esse o prazer do mendigo, comer a carne com o mendigo é um ato quase impossível. Sendo assim é muito mais fácil à autopunição. A autopunição também pode ser um ato de covardia diante da falta de atitude por uma causa mais nobre. “Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes”. O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come. (Romanos 14:2-3).
“Vende-se perdão”, na forma materialista de compensação a aquele que possui o pecado, ao desvirtuado será compensado pela indulgência. Para o suposto pecado de hoje o julgamento será amanhã, talvez por um sistema corrompido e transgressor. Para tanto há regras para dar forma aos prazeres concedidos e do perdão aos pecadores. Se acaso houver um amanhã que haja um novo episódio. Aliás, Pecado não existe; perdão também não.
O que faz um escritor ou artista eternizar sua arte num determinado formato pré-estabelecido? O que o faz pensar que uma arte vai se tornar poema, ou vai se tornar uma crônica, ou uma música, ou uma simples frase? O que caracteriza que em um momento algo se torne um poema, e não uma crônica por exemplo?