Crônicas

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Vários por cento dessa nossa paranoia crônica são psicológicos. Tudo isso, todo esse sofrimento, toda essa angústia, toda essa raiva, é da nossa cabeça. Nossa mente é terrivelmente, maravilhosamente e assustadoramente poderosa. Milagrosa e perigosa ao mesmo tempo. É importante que nos aprofundemos em seus mistérios, nos conhecendo cada vez mais. Extremamente importante. Mas, é como uma armadilha. Nós somos os ratinhos famintos. A mente, o grande pedaço de queijo. Se soubéssemos a facilidade de nos perder na imensidão de nossa cabeça, talvez fôssemos mais espertos e nadaríamos até a superfície a tempo. Mas é tão… Agradável, não? Tão… Fascinante todo aquele universo de pensamentos, e lembranças, e momentos, e alegrias, e tristezas, tudo misturado com nossa inseguranças, certezas e incertezas… A solução está ali! Nós sabemos disso! Todas as chaves pra esse bendito sofrimento que tira a fome e o sono estão ali! Estão perto, não estão? Claro que estão, ou então, não perderíamos tanto tempo em lembranças, momentos que passaram e fazem falta. O que não sabemos, é que estão longe demais para uma jornada só. Não se pode fazer tudo de uma vez. Sobrecarregando a mente, sobrecarrega-se a matéria. Parando, respirando, esperando, conseguimos recomeçar. Parando, respirando, esperando, conseguimos nos desvendar, e perceber que, realmente, precisamos levar uma coisa de cada vez.

Inserida por JoyceSantana

"Na verdade não sei o que é pior, a doença da religiosidade ou sua fase crônica a chamada religião da anti-religiosidade. Caixas novas com os mesmos problemas velhos, um evangelho de exclusão sistemática com aparência radical porém tão reacionário quanto o sistema chamado antiquado, onde por incrível que pareça a base continua sendo a sedução de pessoas, a manipulação de "almas" e o controle das mentes."

Inserida por pastoracp

As vezes sonhamos demais e nos iludimos muito com pouco. A carência crônica nos faz parecermos psicóticos atrás de migalhas que recebemos e transformamos em banquetes que nunca se realizarão. Precisamos ter a frieza de ir aos poucos, sonhar baixo e conforme as asas forem ficando fortes dar mais confiança para alçar voos maiores, auxiliados pelo vento chamado reciprocidade.

Inserida por ThiagoLimano

A CRÕNICA é um gênero de entretenimento. O romancista, o poeta e o contista não precisam e é bom que não precisem entreter o leitor. O cronista é um cara que aparece no século 19, com a imprensa, e a crônica surge para amaciar o jornal. Uma espécie de recreio do jornal, em que o leitor está lendo sobre absurdos, dá uma respirada. É uma brisa no jornal. Então, tenho essa consciência de que meu papel ali é de entreter o leitor. Entretenimento é visto, geralmente, com preconceito. Como se o entretenimento fosse inimigo da reflexão e da profundidade. Eu discordo. Você pode entreter pelo humor, pela comédia, pelo lirismo. Nosso maior cronista, Rubem Braga, não é um cronista que tinha o humor como sua principal característica. Ele era, principalmente, lírico. Muitas vezes, a crônica dele é triste e nos deixa tristes, mas a tristeza pode ser, de certa forma, uma maneira de entretenimento. Uma certa melancolia é uma maneira de saborear a vida e encará-la. Tenho isso em vista quando escrevo crônicas: chegar até meu público e tentar falar alguma coisa que seja prazerosa.

Inserida por EmOutrasPalavras

O roteiro é antípoda da crônica: você não tem narrador, o texto precisa de história. Não dá para fazer um filme em que nada acontece. Já a crônica é uma forma de você contar o incontável: sacar uma entrelinha numa atitude minúscula. Acho bacana trabalhar esses dois pontos tão distantes.

Inserida por EmOutrasPalavras

As palavras são como parafusos, porcas e chaves de fenda. No caso da crônica, a palavra errada vem da pressa e você vai descobrir se é a chave Philips ou a chave tetra que vai abrir aquele significado. Essas chaves são as palavras. Meu interesse na literatura é este: a literatura como chave para entender o mundo e chave para explicar o mundo.

Inserida por EmOutrasPalavras

A escrita é a arte de criar seu próprio mundo. Vindo de contos, crônicas e romances. Fugir da realidade ou criticá-la, sentimentos genuínos⁠ como amor, solidão, paixão, felicidade, tristeza, coragem, medo e improvisação estão presente nas maravilhas da escrita. Vejo e revejo minha criação, personagens e a construção promissora de minha arte. O melhor é ser diferente dos demais escritores.

Inserida por bloglucasrodrigues

⁠ Crônica de uma vida de ilusões. Onde podemos viver a vida que sonhamos? Onde podemos despejar nossas ilusões e emoções sem se preocupar com as pedras que serão jogadas sobre nós? Viver o simples é viver tranquilamente,mergulhando profundamente em nossas ilusões,há ilusões! Ilusões essas, que nos sufocam tentando tirar nosso último oxigênio armazenado em nossos pulmões e dilacerando o que resta de nossa alma. Dizem que uma pessoa não vive sem amor,carinho e companhia,mas na verdade,ela não vive sem as suas ilusões,porque é bem mais fácil alimentar uma fantasia,do que encarar uma dura realidade. Às vezes,ficamos em cima de uma corda bamba,e quando menos esperamos, a vida nos derruba no meio do vão,impossibilitando que continuemos nossa caminhada e jornada das ilusões criadas pelo nosso subconsciente. e é aí que nos damos conta que,de tantas ilusões criadas e alimentadas por nossa mente atormentada,acabamos deixando de fazer o mais importante na vida,viver!

Inserida por lucas_de_freitas

O que é o amor? Bem, o amor é uma loucura. É uma doença crônica. É o avanço e o atraso. É como estar em depressão e ser a pessoa mais feliz da face da terra simultaneamente. O amor é uma perca de tempo. O amor é cansativo. É uma luta diária. O amor não é como sentir borboletas no estômago. O amor é a cabeça vazia, e o coração cheio. É ter fome e alimentar o outro. É cair na lama e permanecer lá. O amor não cega, mas ele aceita. Aceita até demais, às vezes. O amor é estar só quando se está acompanhado. O amor é desrespeitar a si, mas respeitar quem está ao teu lado. O amor transforma a grama em pinheiros. O amor não é um conjunto de palavras pela metade, ou atos forçados. O amor é um salto de paraquedas quando se tem acrofobia. O amor é um cavalo não selado fugindo com a princesa. O amor é um conto de fadas ao avesso. O amor são dois dragões em fúria. Tem sorte aquele que diz: Das coisas do amor, eu desconheço.

Inserida por Ianethome

As vezes a v⁠ida é injusta, eu com dores crônicas, insuportáveis na maioria das vezes, especialmente no quadril, tomando codeína e ou morfina, para tentar levar uma vida "Normal." Resultante de um tumor intracraniano (Câncer) e o principal, sempre lutando. Vejo uma nova geração se drogando, presos, se matando por nada e principalmente, jogando a vida fora.

Inserida por TiagoScheimann

Ela se amarra mesmo em beijo bem dado. Em olho no olho com olhar safado. Em pegada da boa com cabelo molhado. Gosta de música alta e movimentos marcados. De sentir o cheiro na nuca e morder a orelha. Desejar e ser desejada. Cobiçar e ser cobiçada. É um jogo e vale tudo que ela permitir, não se preocupe, ela sabe dar o recado. Está para fazer e acontecer, é incansável. Se dedica aos detalhes, não tem pressa, gosta mesmo do inesquecível, do inenarrável, do que lhe parece demais. Usa lingerie preta e boca marcada. É inteligente, observadora e pode surpreender. Banheira de espuma, com champanhe importado e pétalas de rosas jogadas ao chão. Mas ela não é para qualquer um, não venha com papo furado.

⁠Quando sonhei com o futuro, pude ver alguns sorrisos de jovens que não têm motivo nenhum para sorrir. Sei que eu e você reclamamos de coisas bobas. Enquanto isso, há famílias que clamam para que não venha água do céu, assim, não tem nenhum risco de abalar a estrutura de uma casa que é feita de madeira e que tem alguns detalhes do acabamento com papelão.

Já estava me preparando desde algum tempo para este momento, esta apoteose da vida. Juntei alfarrábios. Coloquei em ordem minhas lembranças. Revelei e produzi, com reflexos em todo meu sistema neurológico, os sonhos que carrego nestes anos de peregrinação pelos meus caminhos e descaminhos. De súbito, fazendo uma reflexão profunda, sofri amputações em minha alma. Tropecei. Quase cai. Dei uma esbarrada na parede. Mas pensei como Voltaire: “algumas picadas de mosquitos não podem deter o cavalo em sua fogosa corrida”. E é lembrando de Schoppenhauer, que testemunho, divido e compartilho a miséria e as dores do mundo aqui. Em dado momento, sentimos não caber dentro de um post. Mas e daí? Rompemos então as peias de um clique e fazemos outra postagem. E se um manual do que “devemos ou não postar” fosse feito, subtraindo da gente o prazer de escrever sobre o que estamos com vontade, diríamos ser aqui, aí sim, um repositório de merdas laborais. Para mim, um espaço sem graça. Então é preciso explicar, antes de mais nada, que entro aqui para descobrir nas pessoas, de forma espontânea, o que cada um carrega na mala. Uns trazem o colorido, outros o crepe da dor. Outros o violáceo das recordações saudosas, outros o róseo das primaveras saboreadas vida afora, sem nos esquecermos das exposições espiritualistas de cada um. São posts e retratos da gente, uma encarnação digital das nossas vidas, a materialização do colóquio, a história viva do meu tempo e também do futuro, quando poderemos, aos 100 anos, rolar essa timeline e nos lembrarmos do que fomos e sentimos há dezenas de anos. Não vivo o mundo da conspiração. Prefiro a vida real. E erra quem diz que ela também não está nessa telinha que estamos vendo agora. E estará tudo aqui, incluindo os pregões das nossas decisões, dos lugares onde vivemos, das coisas vistas e dos fatos testemunhados como um grande álbum digno do século de Nava. Eu, particularmente, recuso permitir que me seja removido ou aplacado esses recortes por qualquer processo. Talvez, porque não seja o único a aflorar aqueles complexos filosóficos e princípios religiosos que antes não tínhamos consciência de possuir. Bastou uma perda física ou moral e entramos aqui e experimentamos em nosso espírito o efeito dessa mutilação. E há muitas possibilidades de nos expressarmos aqui. Por exemplo, acabaram de me perguntar se eu “acho” que vou envelhecer numa redação. Isso me fez esquecer tudo o que eu estava dizendo até agora e resolver mudar completamente de assunto para falar sobre a juventude. Cocteau dizia ser a juventude “uma qualidade que só a idade faz adquirir”, confessando Picasso, do alto de seus noventa anos: “Leva-se muito tempo para ser jovem."

Inserida por AlessandroLoBianco

Você me dá frio na barriga, arrepios, lucidez quando a loucura exagera e loucura quando tudo fica chato demais, você também me dá sorriso de orelha a orelha, vontade pra seguir adiante, vida pra sorrir e sorrisos pra pintar a vida, paz pra descansar, calor pra aquietar o frio, liberdade pra correr, me dá alma, um brilho pra colorir alguns poucos cantos cinzas da minha vida, você me dá poesia e prosa, trilha sonora, um tanto bom de tranquilidade, alguns gramas de alívio, inspiração para me salvar da transpiração, estrelas, sol e luar, certezas, conselhos, puxões, empurrões e colo quando preciso chorar, carinho, beijos, abraços, amassos, ombro, mãos, pés, caminhos, norte, sul, leste, oeste, noroestes e sudoestes, sonhos, realizações, esperanças, gol, cestas, pontos, vibrações, futuro, cartaz, palavras, frases e letras, histórias, brilho nos olhos, adjetivos, o mundo embrulhado num papel de presente e com laço vermelho, você me faz criança, me faz ser puro, ingênuo, me faz feliz.

Inserida por viniciusnovaes

As instituições perdem a credibilidade e, cada vez mais, são ridicularizadas na opinião pública por sua ineficiência, inoperância e atos equivocados. E seus gerentes, mais preocupados em se locupletar, dão de ombros, espalham explicações pífias e tudo segue assim. Paga o preço deste circo o que ainda existe e é sério, como a escola pública. Desprezada por governos, desrespeitada por sua própria comunidade escolar. E aí o circuito da falta de seriedade é mero resultado cultural.

Inserida por filosofomoderno

Há pessoas que sentem um prazer insano ao desestimular o outro. Adoram essas frases feitas de água fria, como “não vai dar certo”, “isto é impossível” ou a clássica “é melhor nem tentar”. Geralmente são sujeitos de poucas conquistas na vida, muitas frustrações e um punhado generoso de inveja. Chegam a ter inveja até do que ainda não aconteceu. A possibilidade de vitória alheia lhes provoca terremotos no fígado e na alma. São pessoas infelizes, que vivem de espalhar grãos de sua infelicidade pelo mundo. Nem sempre conseguem.

Inserida por filosofomoderno

Mãe não tem diploma ou certificado. Nem carteira de habilitação, fórmula matemática ou contrato de letras miúdas. Mesmo que ser mãe não seja para qualquer uma. Por isto, não haverá mãe por decreto judicial, por lei irrevogável ou por receita médica. Não mãe de verdade. Nem basta se declarar mãe apenas por se achar que é. Não há presunção de maternidade. É preciso ser, simplesmente ser. Mas, antes de tudo, é preciso saber ser mãe.

Inserida por filosofomoderno

De cá, de lá, nos meus pensamentos, no meu coração, de qualquer modo só dá você. Não adianta evitar o dia inteiro não pensar em você, quando chega a noite e vou me deitar simplesmente lá vem você. Lá vem você nos meus sonhos, acelerando meu coração e imaginando cenas, diálogos, abraços. E eu percebi que é incrível como a gente não tem noção de quanto uma pessoa pode mexer com a gente, e de como a gente não tem noção do quanto somos capazes de gostar de alguém. E eu percebi que é com você que eu desejo viver todas aquelas baboseiras do amor, todo o carinho do mundo, todos os abraços que eu puder dar, todo o sentimento que eu tiver para oferecer, toda a alegria que eu puder te proporcionar. Eu percebi e descobri que não adianta evitar, quando é amor a gente tem que se entregar, tem que aproveitar e tem que amar sem se importar com os riscos que tem para correr, afinal acho que amor é um pouco disso: andar de olhos vendados esperando que o outro te guie, te guie rumo a felicidade.

Inserida por barbaraflores

Se houvesse um despertador de verdades, não vendiam cópias das falas, nem imagens daquilo que não viram, não tocaram e não sentiram, não vendiam amor nem salvação, nem pecado nem perdão. Se houvesse um detector de verdades sobre os rituais talvez não desfilasse o gosto do pecado sobre as escadarias, nem vendiam folhetos dominicais dotados de um sistema mecanizado “amém”. Bom mesmo são umas modinhas de romance fracassado em duetos no radinho de pilha. Verdade mesmo é a palha que baba a vaca, que sustenta o leite da cabra. Verdade mesmo é o pó na aba do chapéu no fim do dia, o pó da terra que a criança brinca e o cachorro deita. Tem muita coisa por aí que não passa de comércio de medalhinhas, fitinhas, e supostos milagres, comércio da falácia sarcástica, e, de uma moda de vestes contemporâneas. Papa Francisco afirmou sua vontade de que “os cristãos ultrapassem as suas diferenças e se tornem uma única comunidade religiosa”. Padre Fábio de Melo nos alerta que “a Igreja foi criação de homens e não de Cristo, Jesus não queria a Igreja, queria o Reino de Deus, mas a Igreja foi o que conseguimos dar a Ele”. Raul seixas destaca a igreja invisível “Para os pobres e desesperados e todas as almas sem lar”. A toda ovelha revoltada resta o repúdio do sistema e a criação de um novo templo e uma nova religião, uma nova ideologia que buscam apenas o sustento das verdades em cima de um povo humilde faminto. Sendo assim tão logo aos sistemas cabe uma nova criação de mais papas, mais santos, de uma nova bíblia, e, de um novo cristo já que é inevitável a subdivisão eclética, porque para o povo tudo é verdade desde que sustentada à verdade seja em nome de Deus. Assim sejam o despertar todas as manhãs em que eu acordo (A. Valim).

Inserida por amaurivalim

Não comer a carne é um ato de autopunição. Por que não fazer o bem através da carne? Aliás, ficar sem comer a carne é a maneira mais fácil que se pode fazer para dirimir o pecado. Bendito seria esse o prazer do mendigo, comer a carne com o mendigo é um ato quase impossível, é mais fácil erguer a bandeira, baixar a cabeça prostrar-se de joelhos e entender como pecado, mas, que pecado é esse? O que é pecado? Sendo assim é muito mais fácil à autopunição, a autopunição também pode ser um ato de covardia. (A. Valim).

Inserida por amaurivalim