Crônicas
Corpos Promovidos
De que vale a promoção? Do corpo a validação? Livros de rostos, mas não livres de restos. Corpos desnudados. Egos inundados. Números sem donos e bocas mundanas. Poderia listar os múltiplos benefícios, mas vale um copo vazio tal ofício? Da novidade ao momento propício? Momentos estes que, tão precipitados nasce um resquício? De atenção ao clichê fictício? Tudo por um prazer orifício? Trocaram a conquista pela praticidade, e muito se engana quem não confunde o casual com banalidade. Ela deu no primeiro encontro. Ele a comeu, se vestiu e pronto. Daria um belo conto, mas não houve emoção, por isso nem te conto. Ela foi esquecida com outra após o segundo encontro. Ele havia sido mais um entre tantos, por isso largou o amor no canto. Conheceu numa festa que dividiu a boca com mais dez e você sequer lembra o que fez. Bebeu, encheu a cara e deu. Teceu um comentário numa roda de amigos o que fez e como a fodeu. Tudo em prol da tal liberdade. O problema é que ninguém nota que esta se disfarça de libertinagem. A mesma que quando afetada culpam a sociedade. Conheceu, passou pro próximo e esqueceu. Usou, se apegou e cedeu. Juliana não fazia o tipo de André, mas André só queria se esvaziar, e Poliana pra esquecer o ex, deitou-se com o primeiro para se saciar. A vantagem é que ninguém tem o que o cobrar, mas daqui há dez anos o que vai sobrar? Prazer rima com lazer. O problema é que lazer custa caro, e no final, até você precisará de amparo. A arte de “Beber, que amar está difícil” gerou uma criança carente de vícios - Que apoia-se as coisas pequenas para suprir o vazio, mesmo sendo elas amenas feito um pavio. Mas cá entre nós... Nesta geração de corpos promovidos, é um legado que até eu viveria embriagado.
Um dia radiante: Quando tudo deu certo
Em uma manhã de sol radiante, daquelas que parecem ter saído diretamente de um comercial de margarina, algo mágico aconteceu. Eu acordei, e o despertador decidiu, por uma vez na vida, não me acordar com aquele som estridente digno de despertar até os mortos.
Ao sair de casa, já me sentia estranhamente otimista, como se o universo tivesse decidido cooperar comigo por uma vez. E olha que até o semáforo decidiu ficar verde assim que me aproximei! “É meu dia de sorte!”, pensei, sorrindo para os pedestres que me olhavam curiosos.
Na padaria, ao pedir meu café, a simpática atendente me deu um pãozinho de cortesia. “Para um cliente tão sorridente, é por conta da casa!”, disse ela com um sorriso cativante.
E quando cheguei ao trabalho, adivinha só? O chefe estava de bom humor! Ele até me deu um tapinha nas costas e disse: “Bom dia, você está radiante hoje! Vamos fazer uma reuniãozinha rápida só para alinhar as coisas?” Eu quase caí para trás de espanto, mas claro, concordei animadamente.
Durante a reunião, até as sugestões mais absurdas foram recebidas com aplausos e elogios. “Genial, Fabiana! Nunca tinha pensado nisso!” exclamou o chefe, enquanto todos os colegas batiam palmas.
Ao sair do trabalho, ainda flutuando em nuvens de felicidade, decidi parar em uma lanchonete para matar a fome. E quem estava lá? Minha crush da faculdade! “Oi, você por aqui?” ela perguntou, com um sorriso encantador. “Por acaso, sim! Quer compartilhar uma mesa?” respondi, tentando disfarçar o nervosismo.
E assim, entre risadas e trocas de olhares, minha manhã incrível continuou. Às vezes, o universo decide nos dar uma trégua e nos presentear com dias assim, onde tudo parece conspirar a nosso favor. E quem sou eu para reclamar? Afinal, hoje é o meu dia de sorte!
VIVA MELHOR...
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"GOSTO DESTE PROVÉRBIO TURCO:
Se ao meio-dia rei diz que é noite, sábio acrescenta: E que belas estrelas! Isto me faz lembrar um provérbio nosso: Em terra de sapo de cócoras com eles. E mais outro: Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
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ACEITE. ISTO NÃO IMPLICA CONCORDÂNCIA.
Não desafie seu chefe, principalmente em tempos de crise. Isso não significa se anular diante do superior nem o contrário. Ou seja, subestimá-lo. Se ele fala pau, não repita pedra sem parar.
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APRESENTE SUAS IDEIAS COMO OPÇÕES,
e não como soluções definitivas, e aprenda a discordar de vez em quando. O erro é exagerar. Tudo que se exagera enfraquece.
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MAS... SE AO LONGO DO TEMPO VOCÊ DESCONFIAR
que ele evoluiu e está aberto ao diálogo, imponha saudavelmente seu ponto de vista. Seja sábio. A pior bestêra que se pode fazer contra a ignorância e o preconceito é demonstrar tirocínio na arte de argumentar.
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"Pegue leve" com seu chefe. Mantenha seu emprego e viva melhor."
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02.05.2024
SOU UM AMBICIOSO
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HOJE DEI DE CARA
com este provérbio chinês: Quem abre o coração à ambição, fecha-o à tranquilidade.
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DIRECIONEMOS
o holofote semântico na palavra ambição: ela vem do latim ambire...de ambiente, abrir horizontes, florestas. {não confundir com desmatamento].
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PORTANTO
ser ambicioso é aquele que abre caminhos, concretos e abstratos. Nada mais saudável. Já uma ambição desmedida é prejudicial: o sujeito passa a ser ganancioso. Mas o senso comum tem ambição e ganância como palavras sinônimas.
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FICO POR AQUI CITANTO
Eclesiastes 6:7 15: Todo trabalho do homem é para sua boca e, no entanto, seu apetite nunca está satisfeito.
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02.05.2024
ENQUANTO O ARROZ SECA
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Todo mundo tem um amigo `arroz de festa’. É aquela pessoa que está presente em todas as festas e eventos que pode e acaba ficando conhecido por isso.
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Você imagina o porquê da associação com a palavra `arroz’? Disse Onário que, isso provavelmente é uma alusão ao fato de o arroz estar presente em quase todas as refeições.
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Peço: não leve ao pé da letra as palavras de Onário. Com certeza ele desconhece o drama por que passa o povo brasileiro.
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02.05.2024
EXAGERO?
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Sou um assíduo faltoso às páginas do Instagram. Outros afazeres me distanciam desse saudável convívio. Também preciso dizer: me pelo de medo de ficar viciado.
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Dia desses, li numa revista que é mais fácil deixar de fumar e de beber do que largar o vício de frequentar estas ferramentas sociais. Será que o articulista da revista exagerou? Bah! cada um que tire suas conclusões.
O QUE ME IRRITA MESMO...
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Há certas coisinhas que acontecem no nosso dia a dia que nos deixam visivelmente irritados: ir ao cinema e ter o azar de sentar ao lado do indivíduo que nos antecipa as principais cenas do filme.
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Ou, então, uma pessoa bem alta senta na poltrona à nossa frente; o mastigado crocante - também no cinema - dos comedores de pipoca ou do ploc-ploc dos chicletes; rangido de porta, nos escritórios, enquanto aguardamos ser atendidos; em casa, apressado para sair, na hora de pôr perfume, a tampa do frasco escorrega, rodopia no chão e vai repousar lá no cantinho embaixo do guarda-roupa ou de outro móvel qualquer; concordar com pessoas que nos pedem opinião, mas que, na verdade, precisam é de apoio moral.
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O que irrita mesmo é subir no ônibus e aguentar, sem poder dizer nada, aquelas pessoas que demoram uma eternidade na roleta pagando a passagem.
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Um dia desses, final de tarde, observei: uma senhora gorda, bem parecida, apresentado sinais visíveis de neurose, aproximou-se da roleta e tentou nervosamente abrir a primeira bolsa.
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Depois dessa, havia aquela bolsinha onde elas guardam moedas. Mexeu, remexeu, e nada de as moedas aparecerem.
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Em cima da gaveta do trocador havia de tudo. Um verdadeiro bazar: amostra de tecidos, grampos enferrujados, pente, botões, sianinhas, carnê do Baú da Felicidade. O que se pudesse imaginar estava ali exposto na mesinha do trocador.
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O tempo foi passando, passando (como é seu costume), e eu me enervando. A essa altura, já me sentia uma bomba. Só faltava explodir. Não demorou muito. Chovia e ainda não me encontrava sequer dentro do ônibus. Muni-me de paciência - qualidade rara hoje em dia - e suportei heroicamente a primeira etapa dessa angustiante maçada.
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A segunda etapa vai do momento em que ela retira a moeda da bolsinha, até o pagamento propriamente dito.
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Não entrarei em minúcias, por questão de brevidade. Bom, depois da longa "lengalenga", pudemos respirar naturalmente. Pensamos nós, passageiros.
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Mas que nada. Aconteceu o inesperado: a bolsa da dita enganchou na roleta e começou o puxa-puxa. Puxa daqui, puxa de lá, e eu sei, gente, que finalmente chegou a minha vez de pagar.
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Meti a mão no bolso para tirar a carteira, tentando ser mais rápido que todo mundo, querendo, com isto, me vingar mentalmente... Não a encontrei. Se não fosse minha timidez congênita, teria feito aquele escândalo.
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Pior do que tudo isso, e já não era pouco, os outros passageiros, saturados pela gorda, não compreenderam meu problema - o roubo da carteira - e começaram a me xingar deliberadamente.
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Essa não! Aí não prestou! Um verdadeiro disparo - de blasfêmias - cruzou no ar, juntamente com bofetes e encontrões. Estava todo mundo ababelado, à mercê do que desse e viesse, quando de repente ouviu-se o disparo de um revólver. Ficamos estáticos, pálidos, mal respirávamos.
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Poucos minutos depois, cada um de nós olhou para a cara do outro, meio sem jeito. Era como se quiséssemos inquirir: - Precisava de tudo isso!? Um pouco mais de calma não teria resolvido a questão? Mas agora é tarde demais.
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O silêncio é rompido pelo autor do disparo, um guarda da Polícia Civil, que falou com aspereza:
- O coletivo está detido e vai agora mesmo para a delegacia!
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Chegamos. O delegado, como sempre, fez perguntas de praxe e no final não deu em nada. Algumas multas, advertências e pronto. Uma história a mais dos propalados transportes coletivos. Fim de linha, fim de conversa!
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1977
O delicioso sabor da Nostalgia
Num domingo preguiçoso, o aroma de bolo de cenoura invadiu a casa, despertando lembranças há muito adormecidas. O cheiro, doce e reconfortante, flutuava pelo ar, como uma canção suave que ecoava pelos corredores e reavivava memórias felizes.
"Ah, que cheirinho maravilhoso!" exclamou minha avó, com um sorriso de contentamento ao abrir o forno.
Aproximei-me, sentindo-me envolvido por uma onda de nostalgia. "Lembra quando fazíamos esse bolo juntos, vovó?" perguntei, me perdendo nos recantos do tempo.
Ela assentiu, os olhos brilhando com a lembrança. "Como poderia esquecer? Você sempre foi meu pequeno ajudante na cozinha."
Juntos, mergulhamos naquelas lembranças preciosas. Misturamos os ingredientes com cuidado, compartilhando histórias e risadas enquanto o aroma delicioso se espalhava pela casa, enchendo cada canto com promessas de conforto e alegria.
"É incrível como um simples cheiro pode nos transportar para o passado, não é?" comentei, sentindo-me aquecido por dentro.
Minha avó concordou, um brilho de saudade nos olhos. "Sim, querido. Os sabores e aromas têm esse poder mágico de despertar emoções e memórias que pareciam perdidas no tempo."
Enquanto mordíamos os pedaços macios de bolo, cada mastigação era acompanhada por um coro de lembranças. Recordamos os dias de verão na casa da avó, onde o aroma de delícias recém-saídas do forno era uma constante.
"Você sempre teve um talento especial para fazer esse bolo", elogiei, saboreando a textura macia e os pedaços de cenoura que derretiam na boca.
Ela riu, uma risada suave que parecia carregar consigo todo o peso dos anos de experiência. "Ah, meu querido, a receita é simples. Mas é o amor que torna tudo mais especial."
Enquanto conversávamos e nos deliciávamos com cada garfada, o tempo parecia desacelerar. É como se estivéssemos em um momento intemporal, onde o presente se misturava com o passado em uma dança harmoniosa de sabores e memórias.
Ao final da tarde, com os pratos vazios e os corações cheios, olhei para minha avó com gratidão. "Obrigado por compartilhar esses momentos comigo, vovó. E por me ensinar que a verdadeira magia está nos pequenos prazeres da vida."
Ela sorriu, um sorriso que iluminava todo o cômodo. "O prazer foi todo meu, querido. Sempre que quiser relembrar esses momentos, basta assar um bolo de cenoura e deixar que os aromas nos levem de volta ao passado."
E assim, com o coração cheio de lembranças doces como o bolo que compartilhamos, saí da casa da minha avó, sabendo que aquele dia se tornaria uma memória preciosa a ser guardada para sempre, como um tesouro escondido nas gavetas da minha mente.
Criticado, xingado, ridicularizado. Caio Bonfim quebrou preconceitos e marcas. Um passo de cada vez, assim foi Bonfim. Essa medalha foi de prata, mas tem valor de ouro para as futuras gerações. Daiane dos Santos e tantas outras não conquistaram uma medalha olímpica, mas certamente pavimentaram o caminho para que as guerreiras brasileiras conquistassem uma medalha olímpica histórica por equipes. Daiane faz parte dessa história, assim como Caio, cuja mãe, Gianetti Bonfim, obteve índice olímpico em 1996, mas não teve o prazer de participar do grande evento. Hoje, Gianetti vê seu filho no Olimpo. Isso reforça que, por trás de um grande resultado, há a importância de grandes homens e mulheres, como os pais de Caio.
Foram horas de treinos, anos de dores, risos, choros e também alegrias. Passo a passo, uma verdadeira marcha atlética rumo ao posto dos eternos, dos campeões da vida. A dedicação de Caio e Daiane ao esporte e a luta por algo maior do que eles hoje colhem frutos, cada um à sua maneira. O coração entregue em cada sessão de fisioterapia, as abdicações alimentares, de lazer, familiares e tudo mais que um atleta necessita para atuar em alta performance hoje dão luz a um novo momento do esporte olímpico brasileiro. A família de Caio, trabalhando em conjunto pelo sucesso do filho, prova que ninguém vence sozinho, mesmo quando algumas modalidades, como a marcha atlética, possam parecer totalmente individuais.
Em qualquer legado, cada um tem seu papel. Daiane e Gianetti tiveram os delas, assim como Caio Bonfim tem o seu hoje. As potências nos esportes olímpicos não chegaram ao topo da noite para o dia. É necessário fomentar e valorizar os atletas, além de massificar e captar a base, para que nomes como Caio e Júlia Soares tenham mais recursos e possibilidades de competir em igualdade com todo o mundo. Essa medalha de prata é de Caio, mas representa e abre portas para muita gente. De fato, o melhor do Brasil é o brasileiro, que muitas vezes luta contra adversidades, desigualdades tecnológicas e outras em provas olímpicas e na vida. O brasileiro não é vira-lata; o brasileiro tem raça, a de guerreiros. Paris 2024 apenas reforça que o brasileiro precisa continuar trabalhando na base, passo a passo, assim como na marcha atlética. Abaixando cada vez mais o tempo, tirando a diferença, o bronze e a prata se transformarão em ouro, e o futuro será tão grande quanto o coração desses brasileiros.
A estrada com Deus
Confesso que já tive medo. Medo de várias coisas, desde situações que justificam essa emoção até mesmo filmes de terror. Nas últimas semanas, essa palavra tem martelado em minha mente. Entendi que o medo é uma parte natural da vida, mas tudo precisa estar em equilíbrio. O medo faz parte do ser humano, mas, em excesso, pode se tornar um obstáculo.
Li e ouvi em entrevistas que o medo pode ser visto como falta de confiança em Deus e ausência de fé. Impressionante, não é? Vamos ser francos: não importa o que venha a acontecer, o medo estará sempre presente. Mas o ponto que tem martelado em minha mente não é eliminar o medo, e sim aprender a confiar!
Acham mesmo que Abrão (mais tarde Abraão), pai da fé, não teve medo ao ser desafiado a sacrificar seu próprio filho? Qual foi o diferencial? Ele teve fé! A fé, a confiança em Deus e a intimidade que cultivou com o Senhor lhe deram a força para colocar a fé acima do medo. É importante notar que o medo em excesso pode bloquear a fé! É essencial destacar que temer a Deus é diferente de ter medo de Deus. Temer a Deus significa respeitar Sua soberania e obedecer prontamente.
O medo, por si só, não contribui e, se o faz, é de forma limitada. Não espero que todos compreendam isso, pois frequentemente somos chamados de loucos e cristãos são rotulados como fanáticos. Para aqueles que compreendem, buscam entender ou que estão de passagem e desejaram ler até o fim, compartilho um exercício que me veio pela manhã, perto do café e ainda sonolento.
Imagine que caminhar em busca de Deus é como dirigir por uma estrada. A estrada tem placas sinalizadoras que indicam os caminhos e opções que podemos tomar. Portanto, precisamos estar atentos a essas placas e vigilantes a cada quilômetro percorrido. A estrada não vai te dar todo o percurso em uma única placa. É etapa a etapa. Deus é assim. Ele revela as coisas aos poucos. Um passo de fé, assim como fez Abraão.
Deus nos instrui a buscá-Lo em primeiro lugar e as outras coisas serão acrescentadas. Ele deseja que cuidemos das coisas essenciais, e o medo muitas vezes nos priva disso. O medo pode nos impedir de enxergar as belezas ao nosso redor.
A ânsia de querer chegar ao destino, sem se preocupar devidamente com a velocidade e com a direção certa, pode nos levar a sofrer algum tipo de acidente nessa estrada. A caminhada com Deus não é necessariamente uma via expressa, por mais que não dure muito mais do que 80-100 anos essa viagem.
Preocupar-se com a velocidade do veículo ao lado é vaidade, é o mesmo que correr atrás do vento. Se acelerarmos demais e estivermos atentos, o Senhor também nos alerta através de Seu radar.
O ponto é: é possível planejar chegar a um destino, é permitido acelerar em alguns momentos, mas olhar ao redor, apreciar as paisagens, curtir a companhia de quem está nessa viagem, estar atento às instruções das placas e enfrentar as dificuldades fazem parte dessa jornada com Deus.
E quão boa ela pode ser! Temos o volante e muitas vezes depende de nós para onde o carro vai. Não é garantido que tudo sairá como planejado, mas aproveitar cada minuto da viagem, dos momentos mais belos aos mais difíceis, é importante. É claro que o destino importa para o cristão; muitos anseiam por isso, mas curtir a viagem faz parte. Portanto, viajemos obedientes às placas e diligentes até o fim da estrada.
A literatura pode ser um pensar, um falar sem dizer, escritos em versos.
Sejam letras, sejam traços e desenhadas por um olhar, em; como enxergar quem de fato seja ela.
Ela é absinta e abstrata
Reverente ou irreverente
Direta e discreta
Concreta ou desdenhas da vida.
Descrever; ‘‘O ser em pontes e processos’’
Do ser e do não existir
Do viver e até do não sentir
Ela existe e insiste e persiste, que humanos viventes dessa fonte, desencadeia o saber e o entender a cerca do ‘’TUDO OU NADA’’, que traz sentido a isso, ou representa a arte envolto a realidade manifestada.
"Missão Cumprida" ...?... Capitão!
Resiliência e Empatia para sup(ortar)erar... o descaso, a ignorância, a falta de respeito, a falta de vergonha na cara. A dor dos outros nunca deveria ser tratada com desdem, nunca como menor do que a sua ou de seus entes. Falta de hombridade, de Amor pelo outros, de Amor no coração... e sobra podridão no peito e na Alma.
Por tanto, desejo Resiliência e Empatia para sup(ortar)erar, o ódio, e, a comemoração da morte ...
A AQUARIANA SONHADORA
Bela sempre foi a garota que fez mais planos surreais e utópicos do que planos de carreira, casamento ou coisas da vida cotidiana. Sempre que começava a pensar, pegava-se perdida nos devaneios e pensamentos do seu próprio universo.
O mais interessante disso é que Bela nunca deixou de ser responsável por cada ação e responsabilidade com seus deveres, dividindo sempre um tempo para a rotina e para as memórias fantásticas que vez por outra, conseguia manifestar no seu dia comum.
Bela era a garota que todos queriam como amiga, mas que ninguém queria como inimiga. Certa do que queria para si, nunca deixou se levar por pessoas menos profundas que a sua essência, ou que a privassem da liberdade de pensar e agir conforme o que acreditava. Liberdade fosse talvez a sua palavra favorita.
Os seus planos e sonhos sempre foram difíceis de alcançar, é como se pra ela a vida não tivesse sentido se não existisse junto a magia e o mistério de desvendar coisas que ninguém sonharia em descobrir ou ter em mãos. Dinheiro nunca importou mais do que o prazer de ter alcançado um objetivo ou ter para si coisas com pouco valor mas com bastante significado.
Bela era a aquariana sonhadora que fez do mundo um lugar melhor e marcou o coração de todos ao seu redor com suas ideias malucas, histórias indecifráveis, piadas com humor negro e uma habilidade incomparável com as emoções de quem ela amava, antes de partir dessa para um lugar melhor.
A REBELIÃO DOS TAURINOS
- Eles chegarão em 3 dias! - Disse uma das integrantes da tribo de touro.
- Não nos prostraremos mais diante da tribo de leão! nascemos do aço e da guerra, tomaremos o que nos foi reservado... A nossa força! - Bradou a líder de touro, Astrid. (gritos de guerra)
A tribo de touro sempre foi destemida e sagaz, mas naqueles tempos foram escravizadas junto com outras tribos pelo signo de leão, o qual centralizou o poder em suas mãos por meio da força e do fogo.
- Quem lutará ao nosso lado? - Perguntou Astrid. - Áries foi o primeiro a se manifestar, disse que temos seu total apoio. Aquário disse que seu maior tesouro era a liberdade e também se juntará a nós. Gêmeos está planejando um ataque minucioso, disse que em breve mandarão mensageiros com mais detalhes. Os capricornianos estão divididos, alguns disseram que lutarão, eles chegam em 1 dia e meio.
- E o restante das tribos? - Ainda não se manifestaram senhora. Creio que não conseguiram mandar a mensagem a tempo e já estão sendo oprimidos pelos soldados de leão. - Muito bem. preparem as tropas e sairemos dessas cavernas imundas dentro de dois dias. Mostraremos o que acontece quando se mexe com os Taurinos. Vingança!
Após o ocorrido, a enorme tribo de leão soube das rebeliões que se aproximavam e juntou todas as suas legiões para marchar em direção às montanhas onde se localizavam as cavernas. O grande rei Leon IV queria mostrar o fogo e a espada a todos que se opusessem contra ele, mesmo sabendo que nem todos do seu reino concordavam com a decisão de centralizar o poder nas mãos de uma só tribo.
O resultado foi devastador. Quando as legiões de Leon IV subiram às montanhas instigadas pela fúria de seu rei, parte delas foi dizimada por grandes pedras de fogo, um ataque peculiarmente planejado por gêmeos. Após isso os taurinos desceram em um ataque furioso contra leão, algo nunca visto antes. Astrid prometeu dar seu sangue e sua vida pelos seus, e sua fúria era tão grande que seus gritos podiam ser escutados a centenas de metros.
Áries desceu sobre leão com certo sorriso sádico no rosto, como se gostasse de estar no meio daquilo tudo, enquanto os aquarianos faziam emboscadas friamente calculadas para pegá-los por trás. Eram rápidos e certeiros. O exército de leão era absurdamente maior, o que levou muitos taurinos a serem dizimados na primeira linha de frente quando a batalha começou. Astrid permanecia intensa e em fúria, destruindo tudo que passasse ao seu redor com seus machados.
De repente capricórnio apareceu com integrantes de mais 5 tribos, ele tinha ido buscar ajuda! o que ninguém esperava é que eles não tinham avisado nada, talvez pelo fato de temer que seus planos fossem estragados por mensageiros de leão ou algum infiltrado entre eles. Leon IV sucumbiu diante do machado de Astrid, enquanto os arianos quebravam as pernas de seu cavalo.
Os que não foram dizimados pela fúria dos rebeldes foram presos e tiveram todos os seus bens confiscados, enquanto alguns que estavam por obrigação na guerra receberam clemência e o equilíbrio foi restabelecido. Aquele dia ficou conhecido como Batalha dos Signos, e só ocorreu graças à astúcia e desejo de justiça de uma taurina, uma mulher com sangue guerreiro nas veias chamada Astrid.
Sacy Pererê saiu pra zoar, pra dar uns rolês. Moleque atrevido, consegue embaçar para-brisa em noite de lua cheia, travar câmbio de Kombi, contratar Uber e 99 e pagar com "cantadas", escapar da fiscalização nas blitz Teste do Bafômetro, e até frequentar Bares e Restaurantes Temáticos, saindo ileso sem apresentar a Comanda: tudo numa boa. Mas certo dia, no meio da noite, se deparou com um personagem mítico, mitológico: Zé Pelintra. Putz. Em plena madrugada, lua cheia esplendorosa, grilos mil ecoando, o silêncio era tal que dava pra ouvir o rastejar das serpentes, o passo lento das tartarugas, o lamento dos sapos na lagoa, a água fluindo no córrego. Sacy Pererê estancou, pela primeira vez sentiu um calafrio, o arrepio de nuca, estremeceu. (...)
Publicarei o segundo capítulo amanhã...
(Juares de Marcos Jardim - Santo André - São Paulo-SP)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Tempo
O tempo passa de pressa demais e a vida é tão curta.
Então tento aproveitar todo o tempo, desfrutando todos os minutos querendo aproveitar muitos minutos em um só minuto, dentro de pouco tempo.
Então vou levando o tempo enquanto ainda há tempo.
Por isso escrevo essa pequena crônica para aproveitar mais um pouco de tudo isso, então eu termino essa crônica de um jeito singelo pois ainda há tempo para escrever mais um verso !
Gramados alheios
Você não falaria que a grama do vizinho é mais verde se cuidasse da sua.
Regue-a, cultive-a e a veja crescer. E mesmo que a de alguém siga mais verde que a sua, é tão importante assim?
Uma coisa é certa, se você ao invés de tentar esverdeia-la mais, olhar para as do seu entorno, com toda certeza beneficiada a sua não irá.
Passamos uma vida inteira tentando explicar o que sentimos e o que chamamos de amor, em nossas buscas o cotidiano às vezes traz uma fadiga, é quando a nossa mente por sobrevivência busca no universo, algo que mexa com a nossa alma, e que aqueça os nossos sentidos e nos tome para si, a sensação de infinito sem cuidado de afetar o nosso sentimento nos domina...
só que o amor não tem explicação.
Vivemos num mundo de vaidade, de egoísmo, sem ter um tempo em especial para dedicarmos ao outro, e quando encontramos alguém que nos dá atenção, que nos escuta, quando esse alguém é delicado, centrado e vê a vida de um modo contente, nos encanta com uma palavra, um olhar, um jeito diferente... começamos a alimentar a esperança, de que encontramos a alma gêmea da gente. O amor quando desperta em nós, ele fica, mesmo se o outro não ficar.
O que chamamos de amor não é quem encontramos pelo nosso caminho, não é alguém que teremos para uma vida inteira, esse alguém pode até passar e para trás nos deixar, mas deixa em nós o ideal do que seria uma convivência de amor, de compreensão e da paciência de parar para prestar atenção no instante em que nos cruzamos, não importa de que forma foi, aquele momento mágico gruda de tal maneira na alma da gente, que nos marca como amor, e daí em diante sabemos que amamos aquela pessoa enquanto vivermos, mas a vida é assim, mostra a nós o que é... e quem é o nosso amor, mas não necessariamente viveremos uma vida juntos. Amor é para sempre, mesmo se seguirmos sozinhos, guardaremos aquele eterno gesto de carinho.
Sem explicar ou vivermos um amor, seguimos amando, e lembrando daquele olhar, em cada pássaro que canta, em cada dia frio de chuva, em cada melodia... ou olhando a lua, enquanto estamos sentados diante do mar, e a noite nos embriaga de desejo e de tanta vontade de perto dele, estar, e vamos vida à dentro com ele sonhando sem realizar. O amor não tem mesmo explicação, amamos tão somente.
Liduina do Nascimento
O empresário e o seu empregado
O operário chegou ao seu patrão e perguntou-lhe:
- Meu patrão, com todo respeito, gostaria de lhe fazer uma pergunta: eu sou uma pessoa bonita, as mulheres me olham bastante, mas nunca recebo um convite dos amigos e nem de ninguém para participar de algo interessante. No entanto, percebo que o senhor é cheio de convites. Será que eu tenho algum defeito?
- Seu defeito é a falta de dinheiro. - Respondeu-lhe o seu chefe.
Bum.
E quando tudo acabar, quando não sobrar mais nenhum motivo para seguir em frente nós continuaremos guerreando por nada, matando uns aos outros por nada, porque guerrear é o que nos motiva, o que move o mundo, o que gera lucros.
O que é a paz, senão o fim? O que faríamos depois, se não há motivos para brigas, para usar nossas armas ultramodernas criadas para derramar o sangue dos soldados, não do general, nem do líder, mas dos homens que mandamos travar nossas batalhas, das mães e filhos que esperam seu retorno em casa e, então tudo some em uma explosão?
Consideramo-nos tão evoluídos, sempre mais espertos, mais avançados, mais tudo menos nosso cérebro, aparentemente. Meras palavras não bastam para aplacar nossa fúria, precisamos de sangue nas mãos para nos satisfazer e ao longo de milhares de anos foi os fizemos, exterminamos etnias inteiras, algumas somente por uma diferença genética.
Se formos assim tão grandes como garantimos, por que nosso pensamento continua tão limitado, tão bárbaro? Terá que tudo vir abaixo para notar o quanto a cordialidade, a tolerância são importantes? Chamamo-nos seres racionais, mas racionalidade é a ultima coisa que passa na nossa cabeça em uma guerra, vemos os nossos perecerem ao nosso lado muitas vezes por um motivo já esquecido, lutamos porque precisamos vencer, mas o que estamos vencendo se no fim só nos restará sepulturas a serem cavadas?
Enquanto o massacre ocorre, os seres racionais que desencadearam a batalha se encontram sentados em suas poltronas de couro muito longe para verem o sofrimento, as mortes são somente números que serão repostos depois. Lutamos por essas pessoas, mas que são elas? Merecem que lutemos por eles, que não sabem nem nossos nomes?
É sobre isso que devemos refletir, vale á pena continuar com toda essa violência dentro e fora de nossos lares, nossos países? Para que continuar se podemos simplesmente parar, apaziguar, conversar.
Porque um dia não haverá mais nada, somente as cadeiras de couro girando vazias, assim como as vitórias conquistadas até agora.
11 de abril de 2014