Crônicas

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O Sábado Qualquer

Numa noite quase sábado.
-Finalmente amanhã é um sábado.
-Você quis dizer “O” sábado?
-Não. Por quê?
-Ah achei que tivesse algum significado especial esse sábado.
-Ata. Não tem não. É um sábado como sempre.
-Pra mim é “O” sábado.
-Por quê? Vai passar o dia com família?
-Não.
-Vai ter alguma prova importante?
-Não.
-Vai sair com sua namorada?
-Que namorada?
-Calma. Isso foi de brincadeira.
-Sei.
-Vai ter algum evento?
-Não.
-Mas que coisa, você não aproveita o sábado não?
-Sei lá. Tá muito difícil pra você?
-Ah, eu não sou bom de adivinhar.
-Vai. tenta.
-Hmm… Preciso de uma dica.
-É uma coisa que existe e não existe ao mesmo tempo.
-Não entendi.
-Chuta.
-Não sei, fala logo.
-Não vai ter nada.
- (...).

Desligou o celular e foi dormir.
amanhã vai ser um sábado qualquer.

Inserida por erickJapa

Kentuck san
No KFC (fast food de frango frito), o japonesinho contempla o bom Kentuck.
Grita eufórico, esperando em vão uma resposta. Intrigado com o velhinho estático, pula, dança, com o intuito de chamar-lhe a atenção. Nada.
Inspeciona-o de perto, e tenta beliscá-lo. Outro menino, um tiquito maior, tenta grudar um escaravelho. Os olhinhos do primeiro o observam e depois abre um sorriso. Inútil.
O experiente Kentuck, talvez vacinado contra traquinagens, continua impassível.
O japonesinho olha, desafia-o e finalmente pespega-lhe um formidável pisão no pé.
Kentuck wins. O menininho sai pulando, no seu imaginário, pisando em anões.

Inserida por EdnaToguchi

DÁ NÃO DÁ

A cidade quer a noite
A cidade quer o dia
As baladas querem ritmo
Não importa a harmonia

O menino quer poder
A menina também quer
O sagrado é profano
Bem me quer ou mal me quer?

Somos sós quando queremos
Somos brasa em pleno inverno
E no verão quase Dezembro
A alegria é eterna, terna!

"Vamos a la praia"
É o refrão mais que mais se ouve
Bichos e bichas num só grito:

Queremos mais amor
Seja como for
Seja o que for
Sentimento não se mede

Queremos mais calor
Queremos sol e mar
Sentimento não se pede
Queremos celebrar
Um segundo é importante
Depois vemos no que dá

Luciano Calazans, 10/08/2017

Inserida por Maestroazul

Olhar de menino

O ônibus prossegue pela rodovia. O sol castiga a terra. O sol e com o que vem junto: a sede.
Sorriso alargado, o menino se sente em uma aventura, um adulto! A mãe contava moedas como se contasse pérolas. E durante uma parada foi surpreendida pela pergunta:

- Mãe, me dá um sorvete? Parecia incondicional... mas ela foi tolerante, e o menino sentiu um refrigério, um manancial em seu interior árido.

O menino era tão simples e inocente que não enxergava as dificuldades vividas por ele e sua mãe. Talvez seja melhor assim.
Enxergava a vida com um olhar traquina. O filho olha para futuro a mãe olha para o presente.

- Mãe, cadê o seu sorvete? Com um semblante sereno ela respondeu:
- Assim que puder eu compro, meu filho. Porém o vendedor lhe disse:
- Não minha senhora. Eu faço questão de oferecer por conta da casa.

Caindo em si, o rapaz entendeu que moedas não compram momentos felizes.

Inserida por IsaqueGuimaraes

Vida de professor

Portões abertos. Vozes ecoavam pelas salas de aula. A algazarra tomava conta da molecada.
O aluno pensava alto, sonhava ser médico. Esgotado, o professor estava para explodir... Como se explodir resolvesse a situação.

Com garganta rôca, o professor pediu silêncio para explicar a matéria.

- Essa é a fórmula para calcular essa questão. Alguém não entendeu? Perguntou com dor.
Levantando a mão, disse o aluno:
- Eu, professor!
Seria talvez um momento conveniente para explodir, ou birrar, ou ser adulto e professor.

Tocou o sinal, era para ser mais um dia comum de sua rotina, acompanhada de remédios. Quando não, veio uma surpresa na sala dos professores: era o seu aluno carregado de dúvidas.

Surpreso com o que viu, o aluno disse:
- Professor, seus remédios resolveram seus problemas até agora? Se não porque persiste em se desgastar?

Com essa pergunta, o professor percebeu que não podia viver para trabalhar, mas trabalhar para viver.

Inserida por IsaqueGuimaraes

O WhatsApp responde

Não represento a igreja, nem a classe religiosa, junto a políticos. Sou apenas Um (1) - número inteiro que segue o zero, e apenas precede o dois, mas é apenas um; e nunca é numeral ordinal associado ao cardinal, tornando-se o primeiro, e que lidera uma sequencia de elementos, e sua representação - eleitor interessado em melhorias(por intermédio do voto secreto)para meu estado e para meu País. Não às reuniões representativas políticas.

A Religião mexe, empolga, emociona e convida à uma posição perante o “clamor da nação”, porém , mexe sobremaneira com os aproveitadores da fé, manipuladores de adoração (a Deus?). Os Seminários teológicos brasileiros fazem excelente trabalho na formação de grandes teólogos-pastores que revolucionam as igrejas realizando excelentes trabalhos eclesiásticos.

O “evangelho” se expande, empolga, e vira modo de vida, e vira “comunidade evangélica”, e elege-se representantes nas Casas Legislativas para “defender” os evangélicos ( de que mesmo? - 1 Joao cap.4 vers.4 . Maior é o que esta em nós do que o que esta no mundo”) e nascem pomposos “líderes” caçadores de homossexuais- não confundir com caçadores de marajás – ferrenhos defensores da “ moral” e promotores de mega eventos para mega igrejas. E surgem os “ sem papa na língua”, e surgem os “ vou melhorar um pouquinhos sua pergunta minha filha”, e surgem os “Defensores dos Direitos”(de que mesmo?), e os programas de TV de 2 milhões de Reais por mês ; e surgem os “curtidores-seguidores” do face, Twitter. Meu Deus! E surgem os convites para “reuniões do povo de Deus” da Bancada evangélica( da bala?) para ouvir e dar apoio a políticos interessados em união de Classes(corporativismos religioso?)
O Evangelho se torna parte do Terceiro Setor? Por falar em Setor, Carlos Montaño em seu livro Terceiro Setor e Questão Social(2010, p.53) não poupa críticas a ele quando se torna parte, e aliado do capitalismo,pois deste modo, suas ações contradizem as “boas intenções” camufladas.“

Ampliando nossa turva visão crítica teológica, deslumbraremos que não só os intelectuais “orgânicos, mas também os intelectuais “líderes” mal-intencionados(caçadores de pecadores ou de corruptos...) das pomposas igrejas “independentes”,tradicionais,apontam, com certeza,para os interesses das suas corporações.
E nasce a utopia triunfalista de que o evangelho tomou conta do Brasil, de que o povo evangélico é poderoso em voto, e que não pode ser ignorado pelos pretensos políticos – caçadores de votos e estabilidade financeira...
E o evangelho é colocado no liquidificador na companhia de : “ buscadores de bênçãos”, de “abençoados” e nunca abençoadores, poder, dinheiro, substituto do Estado, Terceiro Setor, corporativismo, legalismo exacerbado( em substituição à graça de Deus, e a cruz de Jesus Cristo)e buscadores de fama. Os púlpitos estão emudecidos perante as peraltices dos emergentes “ pregadores-caçadores”. Por que? - Receio , do desafeto às ovelhas ( curtidoras dos “vou melhorar sua pergunta...”), do assumir posições pela minoria...?( Nem sempre a multidão trilha acertadamente).

O líder escolhido por Deus para liderar seu povo a lugares celestiais na intercessão do Espírito Santo, não representa a Igreja junto a setores políticos eleitoreiros. Ele representa sim, sua comunidade, na parceria com setores cooperativos de sua Associação , rumo a evangelização do povos daqui e de além mar. Ainda filosofamos, socializamos?

Estamos caminhando para um desfecho trágico nesse “enredo de retalhos”: Brasil de maioria evangélica,( a Igreja assumindo o poder absoluto?) partidos políticos evangélicos, de forjadores de opiniões tendenciosas; de gente confusa, indecisa, envoltas em chavões religiosos e amaciadores de ego; que lotam os “muros”( mas a quem pertence o muro?).Quem mesmo está “acima de todos” por aqui?

Estas indagações transfiro ao eclético “intelectual” e “respondedor”, WhatsApp( não me refiro ao ucraniano, naturalizado americano, Jan Koum) Ele não sabe dessas peraltices político-religioso daqui dessas bandas sul americanas.

Inserida por ERIARAUJO

VIA-LÁCTEA...

Lalala, é o único pensamento racional que me vem a mente, não saber nada da vasta expansão, sobre o que as pessoas pensam, o que querem dizer com seus gestos e olhares, que na verdade não revelam muita coisa. E como eu me sinto? Sim, agonia, talvez seja isso mesmo, como se meu fraco e lamentável cerebro pedisse por informações que jamais lhe seriam concedidas. Sabe, é engraçado pensar como um filósofo, que nunca terá a resposta da sua melhor pergunta respondida, envelhece e morre, com a agonia de desprover da mesma, qual sera a solução para esse lamento? Esse sentimento de angústia que me leva a pensar ~estaria minha impulsiva e questionadora mente errada?~ será que um simples "oi", ou um "tchau" poderiam ser interpretados como uma forma de acrasia ? E o amor, ah, o doce sentimento que muitas vezes é confundido com a artificial e momentânea dependência. É vivendo para ver que a vida não é como um filme ou um desenho animado no qual "a dama fica com o vagabundo, o excluido fica com a menina da escola (ou trabalho) a sinderela fica com o príncipe encantado, e a bela fica com a fera". Para a tristeza de muitos não, não é assim.
Se eu pudesse dizer tudo o que penso nesse papel seria quase como se tirasse o peso da via-láctea de minhas costas o que provavelmente não será possível...lalala.

Inserida por luiz_felipe_martins

Um ser em seu leito de conforto aguarda o final de mais um
corriqueiro dia. De repente, uma explosão acontece, um evento é
desencadeado, tornando todo o habitual em um repentino
revolucionário estado de comoção mundial.
Este ser, chamado ninguém mais ninguém menos que ninguém, age em
torno desta anomalia em sua rotina, toma providências na
resolução do tal.
Primeiro raciocina o que deve fazer, elabora um plano, redige
regras, passos, ações.
Logo em seguida, discorda de todo o pensado diante das mudanças
na mudança, então resolve tentar outra técnica, uma mais
arriscada e condizente com o seu oposto, o famoso e temido
improviso, o aleatório, ou popularmente, o que o coração mandar.
Por fim, faz o tal segundo pensar, resolve o problema, quer
dizer, meio que resolve.
De repente, ouve um bipe, um chamado talvez?. Não, era o micro-ondas avisando que a refeição estava pronta. Ele dá de ombros,
pega seu alimento, se senta na varanda e admira o sol que mais
um dia sobe em seu altar, nos contempla e depois nos deixa,
procrastinando minuto por minuto sua saída, para nos deixar aqui,
solitários, cegos, sem a sua luz iluminada e fadados a alienação
da compaixão mundial.

Inserida por edf404

Você e o Estado.

Somos seres sociais, isso é um fato. Somos integrados em uma sociedade que exige de nós uma participação que pode acontecer de forma direta ou indireta. Essa integração social, faz com criemos uma dependência das outras pessoas que também desfrutam dessa mesma sociedade.
Nós comemos, bebemos, vestimos, enfim, tudo que fazemos tem a participação de algo ou de alguém. Alguém produziu, alguém fez e nós partilhamos ou desfrutamos. Essa troca existente entre os seres, faz com que a sociedade se mantenha, como a engrenagem de um grande relógio. Todas as peças têm uma função, todas trabalham em conjunto para o funcionamento ininterrupto da máquina.
E como a sociedade não é tão homogênea em razão das diferentes formações pessoais e culturais, essa sociedade, entendendo isso, delega parte de seu controle, criando o estado.
Em cada país o estado fornece algum tipo de controle, visando em um primeiro momento a perpetuação e o desenvolvimento daquela sociedade. Esse controle é muitas vezes consuetudinário, o que acaba por ser absorvido pela maioria ou a totalidade daqueles que vivem sob aquele estado. Temos leis, decretos, normas, atos, enfim, uma infinidade de mecanismos de controle que nós mesmos acabamos criando e por consequente empoderamos o estado.
Com esse poder, o estado se torna maior que o indivíduo e ouso a falar que dependendo da situação, maior ainda que seu próprio povo. Basta vermos os grandes massacres, misérias e fomes, produzidos em nome do estado através da história.
Ora, perante o estado, muitas vezes agimos e somos tratados como semoventes. Criamos algo que pela nossa falta de interpretação e inércia, aprendemos a temer. E tememos justamente por não entender que o estado é cria nossa, é nosso filho. Nós o fazemos, nós o criamos, nós o alimentamos.
Abrimos mão de nossa individualidade para nos somarmos ao todo, mas, neste processo, acabamos por criar uma dependência doentia, na qual não conseguimos dar um passo, sem este estar sendo ditado por outros.
Basta acompanharmos os noticiários que veremos que o ser humano ficou para trás. Discutimos ainda, em pleno 2020, questões que provam que a nossa sociedade pouco evoluiu. Discutimos questões como: gênero, raça, crenças. Penso que todas essas questões em uma sociedade evoluída, deveria fazer parte apenas nos anais históricos. Talvez por isso ainda precisemos que alguém nos dite o que fazer e o que comer.
Somos extremamente motivados pelo todo, e perdemos a capacidade de pensar por si mesmo. Não distinguimos mais o certo e o errado. Nas trágicas coisas talvez, mas, nas coisas simples do nosso cotidiano, preferimos que alguém dite o que nós devemos fazer. A modinha virou moda, que virou conceito, que virou verdade, que mudou sua vida.
Partindo do princípio que devemos ser todos civilizados, penso ser estranho quando normas reguladoras me dizem o que posso ou não posso fazer. Fato, tal situação não se aplica a quem vive a margem social e não consegue ter convivência com outros seres humanos. Neste caso toda regulação e restrição, ainda será pouco. Aos humanos, humanidade.
Neste momento você poderá achar que estou me considerando um ser acima da lei e da média. Mas, a questão não é essa. Se você sabe quais são suas obrigações sociais, se precisar ser cobrado a todo instante sobre elas, logo, podemos concluir que: ou você não sabe, não internalizou ou você a quebra continuamente.

O estado regula aquilo que nós damos para ele regular, simples assim. Quem manda em sua vida? Você ou o estado. Lhe digo que é o estado. De tanto empoderarmos o estado, fizemos dele nosso pai, ou mãe se preferirem. O estado lhe diz: Use cinto de segurança, senão você poderá se machucar, use capacete, senão você poderá se machucar. Se cuide, senão te puno. Ora, essas questões nem sequer deveriam fazer parte de uma lei em um mundo civilizado. A própria consciência do ser humano, deveria entender que para sua proteção individual, essas ações são necessárias, independentemente de uma norma regulatória.
Poderão aos gritos dizerem: Ora, não evoluímos a esse ponto, precisamos de regras senão a sociedade desmorona.
Observem o quão essa afirmação é perigosa: “Precisamos de regras”. Quando afirmamos isso atestamos nossa animalidade. Mostramos que como seres humanos, temos que ser domesticados, adestrados, senão não conseguiremos viver em sociedade.
O estado que criamos não é nosso porto seguro, antes, é a coleira que nos mantém presos, é o forcado que impede que atravessemos a cerca.
Quanto mais você evolui como ser humano, menos você necessitará do estado. Quanto mais você evolui, mais clareza sobre as coisas você consegue ter. Assuntos antes polêmicos, se tornam simples. Assuntos simples, viram poeira ao vento. Questões que hoje ainda enchem salões como: aborto, racismo e homossexualidade, perdem a importância, pois para um ser humano, a raça, o comportamento, o trato da vida, são apenas questões individuais e devem ser respeitadas por cada indivíduo.
O nosso mal, é que importamos demais com o alheio, opinando sobre como os outros devem conduzir suas vidas, e esquecemos que pessoas não são marionetes de nossos desejos e vontades. Muitas vezes queremos o melhor para a pessoa, mas, como saber o que é melhor para outra pessoa, sem se tornar ela? Usamos uma única receita para todos os males. Isso é no mínimo perigoso.
Você e o estado podem andar de mãos dadas, mas, não se esqueça, ele é sua cria, e não o contrário. Charles Chaplin, parafraseou: “Não sois máquina! Homens é quem sois! ” Pergunto, com tanta submissão e controle de sua vida, somos homens ou máquinas?
Pense e reflita.
Paz e bem.

Inserida por Massako

Estar apaixonado é diferente. Um diferente bom, mas estranho.
Tudo parece ser uma indireta: um documentário no televisor; uma cena de um filme ou até seu próprio pensamento.
É estranho para um adolescente de poucos anos estar escrevendo sobre amor – O que ele sabe sobre amar? – E eu te respondo com toda a polidez possível; Estou mais perdido do que uma lágrima na chuva, um sopro numa ventania ou um adolescente num site de escritores e leitores.

Inserida por Jairo

Seja feliz, aprenda a dar um passo para trás.

Somos levados a acreditar que o caminhar deve ser contínuo e que andar para trás, figurativamente falando, é um retrocesso em nossa vida.
Nem sempre será assim, se você trilha por um caminho errado, nada impede você de dar meia volta e retornar, mesmo que você perca um precioso tempo, estará após, percorrendo o caminho correto.
Muitas decisões em nossa vida podem ser revistas a partir de uma pergunta simples: Será que, o que estou fazendo está me trazendo felicidade?
Quando falo de felicidade, cito ela em seu sentido mais amplo, abrangendo a felicidade pessoal, profissional e a relacional.
A partir do momento em que você reflete estas questões e, se chegar a conclusão de que algo não está bom, então é a hora de dar um passo para trás, e buscar enxergar aonde, e em qual momento você tomou o caminho ou a decisão errada.
Enxergar o erro não é fácil, pois dificilmente acreditamos que estamos agindo de forma errada e que o amanhã se mostrará contrário, e que as decisões foram acertadas. Ora, quem caminha para o abismo, chegará ao abismo.
Entenda que se você faz algo que te mantém no mesmo lugar, com certeza você está fazendo algo errado, afinal, você não está evoluindo.
O passo para trás é necessário para te dar um novo impulso, te preparar para um novo salto.
Se lhe falta conhecimento técnico, volte a estudar. Se lhe falta capacitações, aprenda. Se você não está feliz consigo mesmo, reavalie suas ações.
Quando varremos o chão, para que ele fique limpo, é necessário que sempre voltemos a vassoura, senão deixaremos sujeira no local.
Assim também é a nossa vida, nossos feitos passados, nos colocam aonde devemos estar no presente, se hoje, algo não está bom, olhe para trás, e reveja seus passos. Corrija-os.
Apesar de alinharmos o tempo com a nossa perecibilidade, pois o tempo nos brinda com o seu final a todos os dias, devemos entender que sempre há, enquanto vida houver, a possibilidade de confrontar nossos erros, reatarmos com o passado, e seguir em frente.
O passo para trás, lhe impulsionará.
Aprenda isso, entenda isso, seja feliz.
Paz e bem.
Ilumine seu dia.
Sorria, mesmo na escuridão.
Massako🐢

Inserida por Massako

Penso, logo...

René Descartes, filósofo e matemático, em sua obra, Discurso sobre o método, cita a frase: "Cogito, ergo sum." Que traduzido para português, pode significar: Penso, logo existo, ou, penso, portanto sou.
Descartes, chega a este raciocínio após duvidar das verdades de todas as coisas. A única coisa que ele não duvidava, era de sua existência como ser pensante.
Se analisarmos de forma simplista o pensamento sobre a dúvida, que pode ser lançado sobre todas as coisas, chegaremos a uma conclusão de que: Quanto mais sólido for o pensamento, mais difícil é a sua mudança de estado.
Façamos uma comparação com a água. Quando ela está em estado líquido e corrente, ela é capaz de receber, absorver, e diluir com facilidade as coisas. Já em estado sólido, a mesma água, se tornará, para os objetos externos, algo quase impenetrável.
Os pensamentos solidificados e as crenças cegas, são como essa água congelada. E, nos impedirão de absorver as novas visões, ideias, conceitos e transformações, que estão ou estarão presentes no nosso ambiente.
Nossos conceitos e nossas verdades, são testadas a todo momento. E muitos sofrem com isso.
A rigidez ou a flexibilidade com que se tratam esses assuntos, é que farão diferença.
Temos que, como seres pensantes, entender que cada um têm a sua forma de ver o mundo e, que ao final, todos poderemos estar errados.
Aprender a absorver novas idéias e conceitos, servirá para ampliar nosso horizonte de conhecimento. O que ao final, parece ser algo bom.
Pense nisso.
Paz e bem.
Ilumine seu dia.
Sorria, mesmo na escuridão.

Inserida por Massako

“O Caos na Avenida Central”

No principio era um dia como outro qualquer; um dia de folga.
Aproveitei então para resolver questões pessoais de rotina.
Já não era mais cedo, também ainda não era tão tarde. Afinal era uma tarde.
Enquanto eu caminhava pela avenida central, percebi que algo além do normal pairava pelos ares. Pressenti que o clima era tenso. Observei a reação das pessoas que ali passavam; e de outras que ali permaneciam.
Uma criança chorava no colo da mãe, que se apressava em atravessar a rua. Outras maiores eram imediatamente puxadas pelo braço em companhia de seus pais. A senhora se ajeitava com sua sacola de compras.
Em instantes percebi que pessoas corriam pela calçada. A tensão era constante e progressiva.
Pessoas se refugiavam em algum canto, outras procuravam abrigo onde houvesse.
Seu Joaquim da padaria imediatamente tratou de baixar uma das portas.
O grupo de estudantes se aglomerava no ponto de ônibus, e logo se espremiam para entrar na condução.
O ciclista em desespero largou sua bicicleta e correu para o armazém.
Percebi então que a tensão aumentava e a reação das pessoas era cada vez mais freqüente e conturbada; O desespero era notório em meio a tamanha confusão.
Os ambulantes tratavam logo de recolher suas mercadorias, outros se apressavam em baixar suas barracas.
Moradores locais espiavam das sacadas, e logo davam jeito de fechar suas janelas.
Em meio a toda algazarra surgiam homens da guarda municipal que corriam em direção a marquise.
Mais adiante, militares com seus cães atravessaram a rua em direção ao ponto de ônibus; outros se adentravam na galeria comercial.
Um soldado fazia gestos para o restante da tropa que rodeava o quarteirão.
Os pombos assustados levantaram vôo.
Pardais rodeavam a torre da catedral e logo sumiam entre os prédios.
Ouviam-se barulhos. As vezes agudos, as vezes mais graves.
Logo as barracas eram aos poucos atingidas.
Os automóveis estacionados, nem mesmo os que estavam em movimento escaparam.
Pessoas que não se abrigavam, ou aquelas que andavam distraídas também eram atingidas. Alguns ainda tentavam correr para um lugar seguro.
Enquanto eu permanecia ali, imóvel, observando toda aquela algazarra...
Fui atingido no ombro direito, depois no esquerdo... Naquele momento fiquei sem reação.
Fui atingido novamente no ombro direito, depois no braço, no peito...
Ouviam-se vozes gritando: Saia logo daí!
Percebi então que a rua se embranquecia pelo granizo que caía do Céu.
A chuva era o de menos; molhava, mas inicialmente não fazia mal.
Mas o granizo quando batia na cabeça, incomodava bastante.
Fui imediatamente para a marquise e esperei que a chuva passasse.
Fiquei ali o resto da tarde observando o caos da tempestade inesperada que agitava a correria urbana.
(Carlos Figueredo)

Inserida por carlosfigueiredo

Qual o melhor caminho?

Há um pequeno adágio que diz: "Nossa vida, nossa escolha."
Esse dito, não está errado. Somos donos de nossas escolhas, e seremos responsáveis por elas também.
Toda escolha, toda decisão tomada representa um caminho a ser seguido.
E nessa jornada, não há atalhos, você pode ir mais depressa, ou, mais devagar, porém entenda, você não conseguirá jamais cortar o caminho.
Peguemos uma escolha simples, você pode escolher ter uma vida carregada de vícios ou regrada deles. Você pode fumar, beber, usar drogas, enfim, você tem essa liberdade de escolha. Mas, você sabe que isso lhe trará problemas, e não é necessário alertas externos. Você pode ter uma vida saudável, mas, isso também não é garantia de longevidade, apenas de qualidade de vida. Ou seja, todas as escolhas, trarão e terão algum resultado.
O grande problema é que somos imediatistas, até porque vivemos no presente e queremos que as coisas se resolvam neste momento.
Mas, tudo são escolhas. Você tem esse poder de decisão. Os caminhos de sua vida você decide, mesmo que você não tenha a liberdade completa, pois isso também não existe. Por isso, todo caminhar presume em percorrer uma distância, e ao percorrer essa distância, com certeza o caminho só se tornará mais fácil, se você estiver preparado para percorrê-lo.
Como se preparar para o caminho? Bem, isso é uma escolha sua, você conhece suas necessidades, logo, a solução está e sempre esteve em você.
Qual o melhor caminho? Não há. Há somente escolhas e consequências.
Pense nisso.
Ilumine seu ser.
Seja luz, seja paz.
Massako🐢

Inserida por Massako

O tempo

Sou o tempo e tenho o meu papel a desenvolver, eu não paro nunca e jamais pararei.

Percebe-se que devo seguir o meu percurso.
Eu o tempo não faço perguntas.

Como também não o questiono, se vai, para onde, ou se vai ficar.

Eu sou o tempo logo, portanto não tenho começo, como também não tenho fim, De repente sou invisível aos olhos e coisas!

Logo o tempo não passa
O tempo deixa que passemos por ele.
O tempo não nós pergunta?
Ora já é tempo, tá no tempo
eis chegada a hora.
O tempo pode ser até calculado,
porém o tempo não tem medida certa.

O tempo é projetado
O tempo é invisível
O tempo é um estado
O tempo é o senhor tempo
O tempo não pede passagem
O tempo tem o seu tempo
O tempo segue o percurso
O tempo não define a hora
O tempo não estabelece momentos
O tempo não dar condição
O tempo não espera o amor
O tempo é perdão
O tempo não guarda rancor
O tempo é solidão
O tempo não descrimina
O tempo é solidário
O tempo não quer desilusão
O tempo é perseverante
O tempo não passa.

O tempo não passa!
O tempo deixa que passemos por ele.

O tempo não permite e não aceita, que daremos um tempo.
Como poderia se o tempo não é nosso!

Ora! Ora!
Oxente!
Más como poderei seguir senhor tempo, para mim ter tempo, dar um tempo, nesses tempos de isolamento e solidão, se faz necessário para que não apenas olhe pela janela e veja o senhor tempo passar.

Não!
Como poderei assim fazê-lo meu caro ser, eu nunca paro, o meu percurso deve ser contínuo, não há estação, muito menos paradas obrigatórias.
Vocês homens tem essa mania de querer me controlar.

Ora essa!
Como poderei lhe esperar se tenho que seguir, percebe que agora tá claro, e logo daqui a pouco tá escuro, pois bem, eu meu caro amigo tenho que seguir o meu curso. Se agora tá nítido e daqui a pouco nem tanto é porque eu não paro nunca, há ia me esquecendo vocês homens, inventam e inventam coisas, como exemplo as novas tecnologias, que causa o ilusório de aproximação, não percerbem portanto que sou eu o tempo, e que não tenho tempo para estar perto ou longe, eu o senhor tempo não estou nem longe nem perto, apenas estou passando de forma sincronizada, sem pressa e muito menos exageros, pois sei que sou contínuo e que tenho tempo para que o tempo exerça seu percurso no tempo hábil de deixar momentos de escuridão, más sabendo que como o senhor tempo darei luz e clariarei suas vidas, porém saibas que sou o tempo e o tempo não é muito e nem pouco apenas o tempo.

João Almir

Inserida por JoaoAlmir

⁠Um retrato dolorido do isolamento
Vi meus vizinhos aos poucos irem perdendo o brilho nos olhos por não poderem conviver com o próprio neto. Vi o neto deles, que mora na casa da frente, chorar por não poder abraçar os avós.
Vi minha vizinha, a mãe do bebê sofrer por ter que inventar mil desculpas para o filho não entrar na casa dos avós.
- Bê, o vovô perdeu a chave do portão, não tem como entrar, meu filho.
Eu olhei dentro dos olhos da avó deles e vi a dor de não poder abraçar o neto, a tristeza de estar isolada e o medo de não saber quando poderiam novamente estarem juntos.
Tenho visto cenas como essas diariamente e meu coração é revolto de um amor impensável que me faz querer estar perto deles para aliviar um pouco esse sofrimento que o isolamento vem lhes causando.
Minha mãe, para ajudar, se oferece para dar uma voltinha com o menininho na rua (que é sem saída e 100% segura).
Quando somos obrigadas a sair para comprar algo que está faltando, questionamos sempre se eles precisam de algo.
É o mínimo que se pode fazer como pessoa, de pessoa para pessoa.
Não é um favor, é uma obrigação como ser humano, porque se não pudermos tirar algo bom dessa crise, o que estaríamos aprendendo, então?
Meu desejo? É que possamos logo sair dessa e que tudo seja MELHOR que antes.
Não quero nunca mais ver um garoto de 3 anos tentando entrar no quintal dos avós para abraça-los e ser impedido por algo que ele ainda nem entende.
Não quero nunca mais ver uma mãe ter que inventar mil desculpas ao filho na tentativa de proteger sua família, seus pais.
Não quero nunca mais ver um casal de senhores chorarem por não poderem abraçar o próprio neto.
Não é justo, por isso, vamos ficar em casa o máximo que conseguirmos, até essa crise passar, para que os Bernardos desse mundo possam abraçar seus avós.
Texto de Vida Erin Zurich

Inserida por agenciadk

⁠Ofereço-te uma xícara!


As tardes espreitam a noite e a noite me relembra a madrugada e um céu sem estrelas e sem lua, ruas vazias e mais nada.

A brisa suave do horizonte traz-me a felicidade dos deuses do prazer, a sensação vadia de que perdi você.

O amor tem um sabor de existência e esse gosto vem do doce de um beijo ou do encanto de um sorriso e até mesmo do silêncio do entreolhar.

A gente se entreolha, isso é um máximo, os olhares não dizem nada pois escondem por trás da timidez a voracidade de corpos sedentos e de almas com aparência inocente pois o amor é inocente, ensina as trilhas do prazer desnudo.

Ofereço-te uma xícara, esbanje suas lágrimas para que seja o meu café das tardes miseráveis onde desejava o teu corpo e o teu beijo, a essência de mil loucuras e de minhas ternuras obsessivas, o aroma de meus dias ansiosos e o café de minhas tardes solitárias onde eu bordava novas paisagens de amor enquanto você galanteava confidências no leito quase perfeito da glória.

E nessa rotina entre o tudo e o nada, sem saber o que é o amor, nada mais importa - um sorriso a toa, a saudade sem passado e um desprezo, desprezo?

- Que beba água de pote, só entendo de amor e é de amor o que me adorna.

Inserida por gnpoesia

⁠A AQUARIANA SONHADORA

Bela sempre foi a garota que fez mais planos surreais e utópicos do que planos de carreira, casamento ou coisas da vida cotidiana. Sempre que começava a pensar, pegava-se perdida nos devaneios e pensamentos do seu próprio universo.

O mais interessante disso é que Bela nunca deixou de ser responsável por cada ação e responsabilidade com seus deveres, dividindo sempre um tempo para a rotina e para as memórias fantásticas que vez por outra, conseguia manifestar no seu dia comum.

Bela era a garota que todos queriam como amiga, mas que ninguém queria como inimiga. Certa do que queria para si, nunca deixou se levar por pessoas menos profundas que a sua essência, ou que a privassem da liberdade de pensar e agir conforme o que acreditava. Liberdade fosse talvez a sua palavra favorita.

Os seus planos e sonhos sempre foram difíceis de alcançar, é como se pra ela a vida não tivesse sentido se não existisse junto a magia e o mistério de desvendar coisas que ninguém sonharia em descobrir ou ter em mãos. Dinheiro nunca importou mais do que o prazer de ter alcançado um objetivo ou ter para si coisas com pouco valor mas com bastante significado.

Bela era a aquariana sonhadora que fez do mundo um lugar melhor e marcou o coração de todos ao seu redor com suas ideias malucas, histórias indecifráveis, piadas com humor negro e uma habilidade incomparável com as emoções de quem ela amava, antes de partir dessa para um lugar melhor.

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⁠A REBELIÃO DOS TAURINOS

- Eles chegarão em 3 dias! - Disse uma das integrantes da tribo de touro.
- Não nos prostraremos mais diante da tribo de leão! nascemos do aço e da guerra, tomaremos o que nos foi reservado... A nossa força! - Bradou a líder de touro, Astrid. (gritos de guerra)
A tribo de touro sempre foi destemida e sagaz, mas naqueles tempos foram escravizadas junto com outras tribos pelo signo de leão, o qual centralizou o poder em suas mãos por meio da força e do fogo.

- Quem lutará ao nosso lado? - Perguntou Astrid. - Áries foi o primeiro a se manifestar, disse que temos seu total apoio. Aquário disse que seu maior tesouro era a liberdade e também se juntará a nós. Gêmeos está planejando um ataque minucioso, disse que em breve mandarão mensageiros com mais detalhes. Os capricornianos estão divididos, alguns disseram que lutarão, eles chegam em 1 dia e meio.


- E o restante das tribos? - Ainda não se manifestaram senhora. Creio que não conseguiram mandar a mensagem a tempo e já estão sendo oprimidos pelos soldados de leão. - Muito bem. preparem as tropas e sairemos dessas cavernas imundas dentro de dois dias. Mostraremos o que acontece quando se mexe com os Taurinos. Vingança!

Após o ocorrido, a enorme tribo de leão soube das rebeliões que se aproximavam e juntou todas as suas legiões para marchar em direção às montanhas onde se localizavam as cavernas. O grande rei Leon IV queria mostrar o fogo e a espada a todos que se opusessem contra ele, mesmo sabendo que nem todos do seu reino concordavam com a decisão de centralizar o poder nas mãos de uma só tribo.

O resultado foi devastador. Quando as legiões de Leon IV subiram às montanhas instigadas pela fúria de seu rei, parte delas foi dizimada por grandes pedras de fogo, um ataque peculiarmente planejado por gêmeos. Após isso os taurinos desceram em um ataque furioso contra leão, algo nunca visto antes. Astrid prometeu dar seu sangue e sua vida pelos seus, e sua fúria era tão grande que seus gritos podiam ser escutados a centenas de metros.

Áries desceu sobre leão com certo sorriso sádico no rosto, como se gostasse de estar no meio daquilo tudo, enquanto os aquarianos faziam emboscadas friamente calculadas para pegá-los por trás. Eram rápidos e certeiros. O exército de leão era absurdamente maior, o que levou muitos taurinos a serem dizimados na primeira linha de frente quando a batalha começou. Astrid permanecia intensa e em fúria, destruindo tudo que passasse ao seu redor com seus machados.

De repente capricórnio apareceu com integrantes de mais 5 tribos, ele tinha ido buscar ajuda! o que ninguém esperava é que eles não tinham avisado nada, talvez pelo fato de temer que seus planos fossem estragados por mensageiros de leão ou algum infiltrado entre eles. Leon IV sucumbiu diante do machado de Astrid, enquanto os arianos quebravam as pernas de seu cavalo.

Os que não foram dizimados pela fúria dos rebeldes foram presos e tiveram todos os seus bens confiscados, enquanto alguns que estavam por obrigação na guerra receberam clemência e o equilíbrio foi restabelecido. Aquele dia ficou conhecido como Batalha dos Signos, e só ocorreu graças à astúcia e desejo de justiça de uma taurina, uma mulher com sangue guerreiro nas veias chamada Astrid.

Inserida por rogertxt

E eu cheguei de manhã no estacionamento e meus olhos procuravam beber das mesmas flores de ontem, mas hoje elas estavam murchas e sem graça, eram apenas mato pelo batente da parede. Que triste é um milagre de cores e fantasias se tornar indigno de atenção, aliás indignado estava eu, como podem durar tão pouco? Ouvi alguns passarinhos cantando em mim:
"O mais belo rosto do mundo está construindo em cada minuto sua velhice miserável, seu irresistível, e cada vez mais próximo fim." Cecilia Meireles
"... dura tempo o bastante pra se tornar inesquecível." Chorão

Bom, elas eram belas e discretas (como eu gosto), invisíveis pelos cantos construindo suas cores, suas flores. Desabrocham como um raio de sol que beija o orvalho da manhã, e suas cores faiscavam como estalinhos de São João. Meus olhos eram obviamente as fogueiras que queimavam de admiração. Mas tudo se acabara, ainda olhei mais três vezes para ter certeza que meus sentidos não me enganavam, por saudade e por esperança. Segredei-lhes baixinho - Quando irão florir de novo? - Eu, as borboletas e os passarinhos temos olhos ansiosos para fazer festa.

Olhei outra vez e percebi que as flores estavam na verdade fechadas (desdesabrochadas?), talvez para se esconderem dos amantes mais ferozes que seriam capazes de arrancar flores e jurar amor eterno, (pois a lua e as estrelas não podem roubar, é cosmicamente proibido!)

Com o passar da manhã, o sol expulsava o que restou do frio da noite e as flores se abriam, tão devagar quanto as nuvens que se arrastavam no céu, cada pétala parecia recém pintada. Não vi qualquer espinho esbelto e pronto para apunhalar, mas não a toquei, o ato de tocar nas flores pertence às borboletas que também desabrocham, são flores voadoras.

Inserida por tassio_reis