Crônicas
Fala Professora
A crônica da bronca
Um aluno em sala de aula ao portar - se indisciplinado foi levado a diretora que aplicava - lhe um sermão:
- Por que você age assim? Não respeita a professora, não faz a lição, importuna a aula ...o que adianta por fora bela viola e por dentro pão borolento!
O sermão soou tão alto que ecoava pelos corredores. O aluno permaneceu em silêncio e assim foi levado de volta pra sala de aula. Mas, como há alguns dias atrás a própria diretora, em uma Reunião Pedagógica, onde convocaram todos: professores e funcionários, disseram sob a importância da postura do professor em sala de aula. Todos deveriam tomar cuidado com o que diziam aos alunos em sala de aula, visto que havia um pai que estava insatisfeito com a forma que uma determinada professora tratava seus alunos em sala de aula, pois o mesmo ouvira brados da professora humilhando o aluno com seus "sermões". Fizera uma reclamação formal e queria uma resposta por escrito, pois caso não fosse tomado as devidas providências, iria acionar a ouvidoria e processar a escola.
Ao eco conciliei o fato e fiz alguns questionamentos sobre a bronca ao aluno o qual estrondou em altos brados:
- De que adianta por fora bela viola e por dentro pão borolento!
Parecia que havia raiva na voz da diretora, mas pareceu - me contraditório num dia cobrar postura e no outri agir sem compostura. O aluno merece respeito até mesmo dentro da sala da diretora. Com está bronca o aluno foi humilhado, escurraçado verbalmente e emocionalmente.
O que se quer dizer na força de uma voz?
De onde vinha a raiva da diretora?
Ela queria dar bronca no menino ou em todos que pudessem ouvir? Será que estaria querendo atingir - me? Até isso pensei e busquei razões ou motivos que se ela estivesse com raiva de mim, daí que encontrei:
- Assim que começou este ano letivo houve o seguinte episódio: - Estava eu em minha sala e por várias vezes ao consultar a pasta contendo os conceito e notas finais do aluno, não encontrava determinados ano/série e fui a sala da diretora e informei. Ele disse que pediria para a vice diretora da tarde ver isso. Ela resolveu em partes, pois dois anos/séries não foram encontrados, motivo pelo qual os históricos das referidas salas ao serem consultados seus registros, iam para a caixa com nota:
- Mapão não encontrado na pasta!
E assim insatisfeita fui levando meu trabalho em frente, mas o computador voltou a dar problemas igual ao ano passado, então comuniquei a secretaria e fiquei no aguardo da providência e assim se passaram três ou quatro dias. Até a diretora chegou a questionar - me por duas vezes:
- Você não vai fazer os históricos?
- Vou. Respondi-lhe secamente, certa de que ela sabia que se estou parada é porque alguma coisa aconteceu e que já comuniquei e estou no aguardo da providência. ( Até durmo, se quiser, pois quem avisa, amigo é!).
A questão é que se usavam a máquina de xerox o computador desligava, sem contar que não havia sinal de internet. (Eu já tinha avisado e não sou papagaio pra ficar repetindo.).
Até que enfim chamaram os responsáveis técnicos da Secretaria de Educação e lá vieram. Trocaram o transformador do computador porque não estava segurando a carga elétrica, resolvendo o problema, mas aproveitando da situação eu disse aos técnicos:
- Toda vez que ligo o computador ou quando cai a força ou ainda quando ele simplesmente não liga, tenho que ajustar o relógio, não haveria possibilidade de colocarem uma bateria para girar isso?
- Nós não temos a bateria. Respondeu um deles.
- Mas, está bateria é muito cara? Perguntei.
- Não. É baratinho. Disse ele.
- Quanto? Perguntei.
- Três reais. Falou.
- E qual é o modelo para este computador e onde pode ser comprado? Perguntei.
O técnico disse o modelo, anotei em um papel e seria possível comprar em qualquer banca de eletro- eletrônico e que se a escola comprasse eles viriam instalar. Então levei isso à diretora que disse - me com ares de boa "amiga":
- Você não pode comprar? Depois te dou o dinheiro...
- Eu não! ( Pois, pensei: - Oxe! Dê - me o dinheiro, que eu compro!).
Ela, ainda insistiu:
- Ah! Compra vai...( Com voz de quem quisesse - me contornar).
- Por que que você não pode fazer isso?
Mas, eu que do verde, colho maduro; Do grão já faço o pão, respondi - lhe espontâneamente...
- Oras, porque você tá me devendo o seis reais da cópia da chave e não me pagou até hoje...(Ops! Pensei, mas já foi). Sai, mais que de imediato e ouvi o eco:
- Que chave? (Fulana: Vice diretora: Vamos nomeá-la: Bete), dá pra ela seis reais! Disse nervosa, pude ouvir da minha sala.
Sentei - me um pouco e testei o computador, estava tudo ok, mas como já era por volta das onze horas estava a abrir o armário para colocar a comida para aquecer em um suporte em banho Maria, já não disponha nesta sala de espaço e tomadas para frigobar e microondas. (Risos) Pois, tenho a autorização assinada por está diretora para os dois aparelhos meus serem colocados e usados por mim na escola, mas vamos - se dizer que estou evitando fadiga...( Mas...). De repente a diretora adentra a minha sala e deposita seis reais sobre, este armário dizendo:
- Tô pagando uma dívida que nem eu sabia que tinha! E saiu. ( Pareceu - me que bufava...).
Eu, simplesmente não iria fazê - la lembrar, mesmo porque sei que cada um sabe exatamente o que faz e fez, mas muitas vezes preferem apagar detalhes que parecem - lhes insignificante, contudo eu não sei porque raios, me apego exatamente a estes por menores que os outros fazem questão de não guardar em suas memórias.
Então haveria a possibilidade de a diretora estar com raiva de mim por ter - lhe dito uma verdade e na verdade quis chamar a mim de pão borolento. A questão é que de fato fui ruim ao dizer - lhe, mas também não consigo fingir e muito menos que me façam de trouxa, pois prefiro ser o pão que ninguém come, do que pão fresco de fácil consumo, pois gosto da verdade, da honestidade e da razão.
Moral da história: É melhor ser fingido e ser querido do que ser verdadeiro e ser odiado.
A crônica da curiosidade
Aos trinta e um dias do mês de julho de dois mil e dezenove, um helicóptero sobrevoava aos redores da escola e eu esperava meu esposo, que havia acabado de me ligar dizendo que o trânsito estava tumultuado. Sentada em minha cadeira giratória estava em silêncio quando de repente a curiosidade:
- Já bateu o sinal, você não vai embora? Indagou a diretora.
- Estou sem o carro hoje. Respondi - lhe. Ela como se quisesse dar - me atenção começou argumentou se eu estava igualmente a ela:
- Como assim? Questionei.
Ela continuou e dissera que estava sem o carro dela e que no último dia dezenove havia se envolvido em um acidente na avenida São Paulo - Rio. Um senhor portando de muletas atravessava a rua à frente de um carro na frente ao dela. Ele freia bruscamente e ela bate e vai parar num poste, um carro que vinha atrás, sem ter como desviar bateu na traseira do carro dela. Outros carros foram batendo, ocasionando um efeito dominó. O carro dela havia dado PT. Ouvi curiosamente o relato que ela fazia e acrescentei algumas perguntas se houvera vítimas, se estava sozinha. Na graça de Deus nada lhe acontecera, exceto o susto e uma dorzinha no peito. Depois da narrativa disse - lhe que sorte que não se ferira. É. Disse ela e foi embora. Eu ainda a aguardar meu esposo, fui ao banheiro, depois peguei a minha bolsa e fui aguardar no portão da saída. O helicóptero ia e voltava. A vice diretora da tarde e a coordenadora estavam lá e comentaram que deveria ter acontecido alguma coisa, se eu estava a par.
- Não, mas sei que está tudo parado na avenida Ítalo Adami, meu esposo ligou e disse que está preso lá. Argumentei. Logo meu esposo chegou e ela disse:
Se tiver novidade era para contar para ela, mas meu esposo não sabia, então eu nada disse. Entrei no carro e um senhor estava junto, apenas cumprimentei e seguimos ao som do helicóptero que sobrevoava ainda o local. Soube que o homem era o funileiro que fez um reparo no arranhão de nosso carro, ocorrido em uma rua em Caraguatatuba. Uma moça simplesmente veio em nossa direção batendo a bicicleta do lado da porta do motorista. Desequilibrou - se. Prestamos socorro, mas fora somente um susto. Ocorreu no verão do ano passado. Deixamos o funileiro próximo a padaria e voltamos ao local do trabalho de meu esposo, para pegar nosso filho que havia ficado no salão de cabeleireiro. Nosso filho entrou no carro e meu esposo foi pagar o corte: R$ 45,00, cabelo e barba. Mas, por curiosidade lá ficou por dez minutos e voltou com a seguinte narrativa:
- No posto em frente à escola Nova Itaquá, um funcionário do posto estava trocando o óleo de um carro, estourou o compressor e a plataforma desceu esmagando o funcionário. O helicóptero sobrevoava para transmitir ao vivo na televisão.
A crônica da fumaça
Quinta-feira do mês de julho de dois mil e dezenove por volta das nove horas da manhã fui tomar sol na varanda da minha casa. Peguei uma cadeira e sentei - me de costa para o sol, quando de repente observei na minha sombra algo que me surpreendeu:
- A sombra sobre a minha cabeça se movia!
Fiquei observando aquilo e lembrei - me desta foto tirada na escola em que trabalho. Neste dia ao voltar para casa estava pensando em mudar a minha foto de perfil do Facebook e daí que observei que havia uma coloração diferente na foto em volta da minha cabeça. Brincando comentei ao meu esposo e filho:
- Olha! Nesta foto estou com aura!
O meu filho disse:
- Deixe - me ver!
Ele achou engraçado e rimos juntos! A questão é que nos dispersamos com outras coisas e não mudei de foto, simplesmente me esqueci do ocorrido, mas quinta-feira voltei a olhar novamente para a foto e me perguntei:
- Seria a minha aura?
Como não sei afirmar concretamente a respeito, fui pesquisar no Google e constatei que de repente meu celular havia captado a minha aura. Contudo, não posso afirmar cientificamente nada. Mas, como minha sombra se movia saindo algo sobre a cabeça, na quinta-feira fiquei algum tempo observando a sombra. Meu esposo havia ido trabalhar e meu filho estava dormindo. Depois de observar a minha sombra mexi o cabelo para certificar que não estava úmido. Sai do sol e encontrei meu filho na sala. Chamei - o para que visse tal fenômeno. Ele disse:
- Normal, o meu também sai! Disse isso mais como uma lógica, do que propriamente um fato, pois observarmos sua sombra e nada aconteceu, mas sobre a minha cabeça se movia, saindo algo sobre ela, literalmente dizendo, estava saindo fumaça da minha cabeça. Agora mesmo fui até o sol e observei a minha sombra novamente e a fumaça outra vez se movimentava no chão.
A crônica do endeusamento
Existem pessoas que sofrem da síndrome do endeusamento por que acreditam que os outros ao seu redor tem obrigação de serví - las. Pedem água, pedem remédio, pedem comida, pedem chinelo, pedem roupa para vestir. Quando não são atendidos prontamente reclamam e chegam a gritar com seu 'servo', que muitas vezes é quem está por perto. Normalmente se portam de vítimas da doença, justamente porque tem tanta carência e tanta preguiça misturada ao narcisismo e ao edeusamento e acabam atraindo todo tipo de doenças. Segundo os sábios as pessoas atraem para si todas as coisas, inclusive às doenças. Embora haja muito ceticismo em relação a isso é necessário observar os fatos mentais e os fatos espirituais que mobilizam um ser para ser, projetar, querer. Os pecados existem e conspiram contra o pecador. Muitas pessoas não se atentam aos sinais que a própria vida lhes apresentam e somente sentem ou 'despertam' diante das consequências, que muitas vezes, vem - lhes sobrecarregados de dor e sofrimento.
O espírito é a alma. O pensamento é a mente. O espírito se apodera do pensamento e da mente e muitas vezes a rege, porque a pessoa desconhece a ligação entre a própria mente e o próprio espírito. O espírito nunca é mal, negativo, egoísta, ambicioso, ganancioso, ruim, soberbo, mas a mente sim, enquanto o ser humano não conseguir compreender que a alma é de Deus e que a mente é que é da pessoa em seu corpo enquanto matéria viva, atrairá para si coisas indesejadas, pois a mente quer dominar o espírito ou a alma, mas isso é impossível, por isso Deus mostra - lhes a consequências. Portanto, tenhas humildade e se quer água busque e beba; se tem condições de 'mandar' alguém lhe dar o 'remédio' podes fazer por conta própria, se não podes ao menos peça com humildade e depois agradeça; quer comer faça a sua comida, se não podes fazer, peça com humildade e depois agradeça, tudo de que precisares faça por conta própria e se não conseguir peça com humildade, afinal as pessoas não tem nenhuma obrigação em te servir, mesmo que seja um ente querido, afinal se nem tu gostas te servir imagine os outros, por isso esgote dentro de si a própria capacidade antes de cobrar dos outros. Depois agradeça até mesmo a si mesmo, afinal sua vida é de Deus.
A CRÔNICA DO AMOR
O amor quando é mútuo, supera todos os limites da humanidade, ultrapassa todas as camadas da atmosfera. Transforma-se em algo inenarrável, indispensável e profano. Amar é vagar constantemente rumo ao paraíso. Entretanto não se enganem, esse fenômeno se desfaz. Pois a privação mundana é inerente ao egoísmo que promove a emulação. Assim todo encanto, e toda aquela beleza cósmica transforma-se num caos. É assim que o amor morre, porque ele só é perene quando é regido pela confiança e na cumplicidade sem fim!!!
030822III
Crônica da lealdade
A lealdade é algo que nutre o relacionamento,
Como a seiva que alimenta o caule, este que produz os ramos, ramo que retribui com a flor!
Assim é a lealdade, a verdade e o amor.
A flor gera frutos, os filhos vem do amor!
Os frutos produzem a semente
A verdade fortalece o amor.
As sementes que serão histórias ...
O filho? Este é o mais puro presente do amor.
Afinal! O que é o amor ?
181217
CRÔNICA: OS RICOS NÃO AMAM
Os ricos não amam, eles copulam com a perspectiva da procriação, além de saciarem o ensejo libidinoso intrínseco dentro de si.
Por isso, eles não sofrem, porque não lhes faltam quase nada. São todos detentores do dinheiro, da auto estima, do prazer, do reconhecimento social, até mesmo da capacidade de praticar a indulgência.
Lhes faltam quase nada: Só o amor!!!
151222
CRÔNICA DA AMIZADE
A amizade é salutar, quando surge naturalmente sem sacrifícios. É óbvio que para vivermos em sociedade, compartilhando de um mesmo espaço, é necessário a interação entre as pessoas. Não se vive sozinho neste universo mundano, sempre há a dependência de um para com outro. A amizade se desenvolve através da rotina. Jamais deverás exaltar o quão és amigo para alguém. A plenitude, a magia da vida só acontece quando às pessoas, por si só, reconheçem no próximo tal virtude. Até mesmo porque, dependemos de um desconhecido, tanto quanto necessitamos dos parceiros, da família e dos amigos. Nem sempre quando precisares, encontrarás refúgio num tabernáculo, ao lado de um grande amigo.
240423
CRÔNICA: INFINITAMENTE PIOR ?
Num dado momento da vida, fui detentor da convicção, que o ser humano mais mentecapto e desprezível do mundo, era o cidadão pessimista, sem identidade. O desconhecedor nato, daquilo que é denominado protagonismo. A baixa autoestima massacra o ego do indivíduo. Isso o deixa fragilizado, alvo frágil para seus oponentes. Neste caso, tais opositores são os narcisistas. Que ser abominável! Com o seu padrão de grandiosidade e uma visão excessivamente positiva de si mesmo. É paradoxal, a autoestima inflada deste, que se vê como uma divindade. Mas é compreensível. Traumas do passado, deixam sequelas não é somente nas pessoas inseguras, atingem letalmente os narcisistas. Pois são portadores do ego inflado ou infantilizado, e necessitam exarcebadamente de reconhecimento e autoafirmação.
Numa noite em 2005
CRÔNICA: DE PAI PARA FILHA
Como entender o mistério da vida. Aquele cidadão carrancudo, quase mudo , devido os lampejos da vida. Abnegar o mundo, viver numa voracidade, que até a perspicácia dos titãs perdera de vista, tamanha a intensidade do fluxo vivido. O mundo rapaz; te tornou assim. És o senhor de ninguém. Quão dura fora a vida pra ti. Órfão de mãe e pai , antes do seu nono janeiro vivido. Poderia dizer, setembro. Porém quando me lembro, minha alma retrai- se , a minha mente foge de toda a normalidade! É cidadão! (...) não vieste ao mundo para ser pai.
Porém o mundo gira, e numa destas guinadas , ao segregar- me do meu habitat, tudo mudou.
Aventurei- me no anseio de alçar voo rumo ao mundo distante. Mas não adianta querer determinar o norte da tua vida. Me tornei pai, empenhei com todas as minhas forças. Hoje vejo , que mais nada eu seria, se não fosse pai.
O meu mundo só é mundo, porque você existe !
300624
CRÔNICA DA SOCIALIZAÇÃO
No passado um sábio disse que a vida é feita de fragmentos. Mas digo mais! Além de ser fragmentada, a vida é extremamente seletiva.
Seleciona- se a tudo, e/ ou todas as coisas.
O mais intrigante, é quando um indivíduo imagina estar sendo seletivo, mas na verdade, é um ato ilusório. Um delírio. É impossível alguém fazer alguma seleção, quando o mesmo não está inserido em nenhum contexto social.
161024
Um discípulo perguntou a um velho sábio sobre quem vinha primeiro, se era a energia ou a força. E com a serenidade costumeira a resposta do ancião pareceu cheia de complexidade para um entendimento superficial sem os mecanismos da reflexão profunda:
"Sem energia perdemos a força - respondeu-lhe o velho homem -, no entanto, você pode estar pensando que é a força que produz energia. Mas veja bem que não há força sem energia. Neste caso, precisamos descobrir o que é causa e o que é efeito. Não nos parece aquela mesma história de quem veio primeiro se foi o ovo ou a galinha? Então, onde estaria a energia neste caso? Porque a energia que a força produz é secundária, e a força que a energia produz é a força primeira ainda misteriosa como a própria luz. Observe que a luz também é efeito, pois a causa é a energia.", completou o mestre.
E o discípulo ouvindo tudo aquilo, não teve força para replicar, porque estava psicologicamente esgotado, sem energia para raciocinar.
Vamos descombinar?
A gente caminha pela vida fazendo acertos de todas as ordens.
Primeiro são os que se destinam aos pais. Temos a necessidade de deixar combinado nosso compromisso em fazer tudo adequado, certo, dentro do esperado. O esperado por eles, claro.
Depois vêm os acertos que fazemos com a vida. Alguns que sequer raciocinamos direito. Mais ou menos como se assinássemos um cheque em branco só porque o credor - vida - nos parece da mais alta confiança. Nem sempre. Será?
Com ela combinamos, combinamos, combinamos. Combinamos concluir com êxito os estudos, aprender a nadar, entrar para faculdade, concluir a faculdade, conseguir emprego, falar inglês. A lista não termina porque a vida não terminou.
Acertos que fazemos em momentos em que éramos outros. Sim, outros.
Escrevendo, me ocorre, sem nenhum planejamento, a letra do Caetano que bem poderia ser dedicada para a vida, num trecho que nos permite algumas leituras e releituras internas... "Você é meu caminho (...) desde o início estava você (...) meu mar e minha mãe, meu medo e meu champanhe. Visão do espaço sideral. Onde o que eu sou se afoga! Meu fumo e minha ioga, você é minha droga, paixão e carnaval... Meu Zen, Meu Bem, Meu Mal (...)"
É isso: "onde o que eu sou se afoga!" Na era das combinações o que nós somos às vezes se afogar pelo que fomos, éramos ou pensávamos ser ou pensaram que fossemos. Mesmo que haja alguém com a crença - terrível - de que somos os mesmos desde o útero. Devo dizer que invejo essa pessoa. Ela deve ser bem menos inquieta que eu. Gente que acredita que não mudou nada, por favor, não leia essa crônica. Ela lhes soará como um acinte quando só quer propor um assunto. Não. Não é uma provocação. É uma constatação. Mas, se essa constatação lhe provocar algo, aproveite.
Então, viva a sua vida!
Por Allan Garrido
Viva a sua vida. Esqueça as preocupações à toa, aquelas que povoam a sua mente e não deixam você dormir. Já parou para pensar que amanhã você, nem mesmo, pode estar vivo?
Dramático? Talvez... Mas é a realidade! Diga-me uma coisa:
- Você tem controle do que vai acontecer no próximo instante? Não precisam me responder, é claro que não!
Então viva a sua vida. Claro que não é por isso, por essa falta de controle do futuro, que você vai sair estragando o seu presente. Óbvio que não! A proposta aqui é que você viva um segundo, um minuto do teu dia de cada vez. Que você viva a sua vida e encare-a de frente. Que você saiba aproveitar os momentos de alegria, de prazer e descanso com seus amigos, parentes, namorados(as) e etc...
Não estrague esses instantes. Talvez eles sejam os únicos. Já parou para pensar nisso? Quantos amigos ou até mesmo seus pais não se lamentam de não ter aproveitado mais esta ou aquela pessoa e que se arrependem até o último fio de cabelo por isso, e dizem:
- Poxa! Se eu soubesse que iria partir teria aproveitado até o último segundo, teria agido bem diferente...
Tá vendo! Olha ai o amargor do arrependimento! Por isso meus amigos, não deixem para fazer amanhã o que se pode fazer no dia de hoje. Amem, dancem, cantem esqueçam um pouco seus problemas, curtam o momento de estar vivo, apesar das dificuldades, e celebre a vida. Os momentos em que passamos são frágeis e tudo pode se desintegrar num instante, num breve instante.
Sou voluntária consecutiva de minhas atitudes, dos meus risos e choros...
Sou uma coletânea acústica de versos que me exprimem, me expressam, me definem... Depende dos olhos que me observam, do corpo que me sente e de tudo que estiver envolto.
Sou expressão pura, basta notar-me com alma!
Não tem mistura na minha verdade, tem bossa nova!
Sou autêntica na íntegra, combustão que incendeia carnavais, acelera o verão, aquece o frio, desabrocha a primavera e opaca o outono e não divido meios termos, faço valer um inteiro do texto e mesmo sendo transparente, me encolho no segredo de minhas autorias e faço quem me ler -seja com os olhos, seja com a boca- respeitar e desvendar a melodia!
Não Quero Apontadores
O apontador de lápis é a prova viva que nem sempre a evolução quer dizer melhora, ela quer dizer mudança. Quando apontamos um lápis com apontador, ou ele não aponta por completo ou a ponta se quebra. Com um estilete é diferente, esteticamente não pode ser melhor, mas com certeza é mais prático e eficaz, os cortes feitos, além de prazerosos para quem os fazem, moldam o lápis ao seu bel prazer, na hora de afinar a ponta, o pozinho deixado pela raspagem do grafite será soprado, inexplicavelmente uma sensação de dever cumprido brotará dentro de nós, suavemente a ponta será testada nos dedos (os mais corajosos o fazem nas bochechas) e o lápis pode enfim continuar os seus afazeres.
A menina que falava mal de mim
Até que ela era bonitinha, sem querer ofender, mas tinha mania de apontar meus defeitos- acho que foi bem difícil fazer ela enxergar quem eu realmente sou. Talvez seja por não me conhecer bem, apesar de longas datas ao meu lado...
A menina que falava mal de mim, dizia coisas absurdas: meu cabelo estava fora de moda e se eu continuasse comendo daquela forma explodiria, também, jamais conseguiria realizar e concluir minhas metas- era sempre assim, não merecia o fruto do meu esforço." O que essa menina tem, hein? " Mas que bom que o tempo passa e os problemas são solucionados : falta de amor próprio, detectado." Recalcada", pensei. Mesmo assim, com muito esforço, resolvi apresenta-los, um trabalhão, mas deu certo. Hoje em dia, parei de falar mal de mim, do meu cabelo, do meu peso... Vê, que absurdo, a menina que falava mal de mim era eu, mas acredite, atualmente vivemos um caso de amor platônico e só queria dizer... Eu me amo.
Que o Futebol é a paixão nacional disso eu não tenho dúvida. Não tenho dúvida também que o que aconteceu com o Neymar ontem deu uma chacoalhada nos ânimos da brasileirada. Foi um sentimento estranho né? As pessoas colocam um peso tão grande sobre as costas de alguém e um dia essas costas quebram, que coisa, foi até literal. E esse sentimento estranho pode ser também de impunidade, os juízes, aqueles que detêm o poder sobre o jogo fazem o que querem, agem como bem entenderem, enxergam a falta onde não há, e em algumas situações até enxergam, mas se cegam, 'passam a mão na cabeça', distribuem cartões para quem não os merece. Esse 'sentimento estranho' é o reflexo do que acontece com o nosso mundo, a cada momento, em todos os setores em que vivemos, seja no seu trabalho ou no templo que você frequenta, seja na roda de colegas ou até entre sua família. A impunidade está aí, o mundo todo olhando para ela e ela, simplesmente, dando um 'xauzinho' de miss. É possível dizer também que essa 'revolta' que vemos na mídia (a mesma mídia omissa em tantos outros casos), no facebook, nas conversas em nossas casas, poderia ter uma porcentagem destinada a tantos outros exemplos de impunidade que temos visto por aí. Exemplos? Só se informar sobre a debilidade do sistema econômico, a decadência da saúde, a falta de segurança, os adoradores cada vez mais ávidos do jeito Lannister de ser (manipulações, egoísmo, arrogância, sede extrema pelo poder). É a cabeça das pessoas sendo alterada e ninguém está se dando conta disso. As pessoas não têm mais palavra. Elas olham nos seus olhos e mentem descaradamente. Estamos sob o domínio desses juízes. Onde estão os nossos valores? Esquecidos, como o sentimento estranho 24 horas depois.
- Caio Rossan, em 05 de julho de 2013.
#COPA2014 #OCAMPEÃOVOLTOU (E vamos pensar mais em outros aspectos, unidos não apenas no futebol. Que o campeão volte e acorde, pra valer!) #FORTESENTENDEM
ESTOU GRÁVIDA
De livros abortados
De leituras interrompidas
De contos inacabados
De remédios ingeridos
De poemas iniciados
De amores mal resolvidos
De palavras mal pronunciadas
De versos não construídos
De rascunhos rasgados
De noites mal dormidas
De crônicas não anunciadas
De acrósticos obstruídos –
Sinto-me enjoada, pesada,
Preciso parir.
Psiquiatria da intensidade
Sempre me senti mal por ser tão sensível e intenso. Se eu amasse, eu amava demais. Se me tirassem a paciência eu me exaltava muito, se eu chora-se era dilúvio, se na alegria eu radiava sol na tristeza desabafava até com a lua.
Sempre 8 ou 80, sem meio termo, sem meia boca, sem meio drama, sem meio amor. Não entendo como as pessoas conseguem serem mornas agridoce, amantes de noite e desconhecidos de dia. Conquista e some, chovem mais não molham, mastiga e não engole muito pelo contrário, Cospem!
Sociedade sem temperatura ou intensidade nem a física explica. E se fôssemos um recinto, Qual seria o meio termo do vazio e do cheio? E se escolhemos ser energias? Não podemos escolher ser Prótons ou nêutrons? Me diga, Quem consegue viver de meios termos?
Viver de extremos nem sempre é tão ruim quando viver de indecisão. Ausência de reprocidade no quesito intensidade , muitas vezes condena as relações fazendo que quem sente muito, deva se sentir muito mais (no ar de lamentação) por serem assim como são. Lembro-me do dia em que eu levei alguns chocolates a minha paquera logo de primeiro encontro, mal o conhecia mais sabia que ele era chocolatra sem me importar o que ele pensaria de mim por que não agrada-lo mostrando que eu estava feliz por vê-lo naquela tarde. e no fim ? Ele se encantou comigo, não o assustei nem um pouco com minha intensidade. E talvez se tivesse assustado? Ele não se-ra o cara ideal para mim. Sensibilidade hoje em dia parece ser doença sem cura, com intensidade sentimental então? Vish, você se torna digno de uma ala solitária na psiquiátria.
Loucura diagnosticada por se doar completamente a quem se ama, transtorno de ansiedade por contar os minutos para ver alguém que nos é tão especial, estresse pós traumático pelos rompimentos bruscos, depressão pela falta de amor próprio, desenvolve demência quem inocentemente acredita cegamente na bondade das pessoas, hiperatividade com quem se preocupa com grandiosas demostrações de afeto, todas ao mesmo tempo. Déficit de atenção na própria rotina por ansiar a noite, para que assim possa escutar a rotina de outra pessoa. Alguns chegam até em um transtorno obsessivo compulsivo por deixar o ciúmes liderar a relação. E o TOC emfim aparece , por conferir-mos mil vezes suas intenções antes de nós relacionarmos por completo.
Sobre a cura? Seu tratamento é feito com apenas um único remédio: altas doses de coração partido e cara quebrada para desenvolver a frieza. Ao fim do tratamento uma minuciosa necropsia aprofundada das decepções para dar o óbito ao sentimento.
Tentei todos os tratamentos possíveis, até mesmo o eletro choque na esperança que algo por dentro me esfriasse por completo, pois a única coisa que adquiri com ele foi apenas o choque de realidade que o problema não estava comigo, por mais que as pessoas ao me redor quisessem me fazer acreditar nisso.
Não há mal nenhum em ser intensa e sentimental! Desde que sabemos de que forma usar essa característica nossa para que não seja uma vulnerabilidade. Não há doença alguma por amar de mais ou se doar demais, ou sentir demais, issos são traços nossos e que independente do tempo, alguma hora vai aparecer a alguém que saiba corresponder, respeitar e compreender . Desenvolvendo a reciprocidade necessária nesse aspecto.
Cada um dá o que há de melhor em si independente do grau do sentimento, e isso necessariamente não quer dizer que se ama mais ou menos, isso só quer dizer que independente das pessoas o amor tem que existir seja de forma igualitária ou não, só precisa ser sincero e verdadeiro.
por que ninguém se basta de meios termos, nem ama um meio amor! Já que de morno já basta o Café .
Talvez a maior doença da vez seja pensar que se é doente por não mostrar desinteresse para seduzir alguém, ou viver um meio amor com medo de não achar um inteiro, ou simplesmente deixar tudo na bolha das incertezas. Já que buscar o inteiro(a) intenso(a) que nos completa nos faz ser nomeados Loucos no laudo psquiatrico da sociedade.