Crônicas
..............Crónicas de Adonis Silva..............
Quanto mais me lês, mais me despes
Quando o meu olhar te faz sorrir, sinto que o mundo ganha cores mais vívidas e o meu coração se enche de alegria. É como se toda a grandiosidade do universo se manifestasse na simplicidade deste gesto, tão espontâneo e tão verdadeiro.
Cada vez que encontro teus olhos, percebo que há uma conexão única que se estabelece entre nós, uma conexão que vai além das palavras. É um entendimento silencioso, uma cumplicidade que só podemos reviver quando trocamos olhares. E quando esse olhar provoca um sorriso em teus lábios, algo mágico acontece.
É um sorriso que transborda de sinceridade, que revela a beleza da tua alma. Nele, enxergo tudo o que é bom e verdadeiro em você. É como se o mundo se iluminasse, como se todas as preocupações e tristezas se dissipassem diante da energia positiva do teu riso contagiante.
Quando o meu olhar te faz sorrir, percebo que sou capaz de te transmitir um pedaço das minhas emoções mais puras. Meu olhar é uma janela aberta para a minha alma, através da qual consigo expressar todo o amor e a felicidade que sinto por estar ao teu lado.
E mesmo nos momentos mais difíceis, quando o peso do dia a dia se faz presente, o poder do meu olhar te faz sorrir não se enfraquece. Ele se mantém firme, como uma luz que ilumina nosso caminho, nos recordando que juntos somos fortes e podemos superar qualquer obstáculo que a vida possa nos apresentar.
Quando o meu olhar te faz sorrir, percebo que somos uma equipe, cúmplices de uma história que estamos escrevendo juntos. É um lembrete constante de que estamos conectados, de que o amor que nos une é verdadeiro e profundo.
Portanto, a cada sorriso que brota dos teus lábios por causa do meu olhar, sinto-me pleno e grato. Agradeço por ter alguém tão especial ao meu lado, alguém que consegue ver o melhor de mim através de um simples gesto. E prometo que continuarei a fazer o meu melhor para sempre te fazer sorrir com o meu olhar.
( Adónis Silva )
..............Crónicas de Adonis Silva..............
Quanto mais me lês, mais me despes
Na penumbra do entardecer, ele caminha com elegância pelas ruas, seus passos parecendo flutuar no ar. Seus olhos são como duas esferas de mistério, brilhando com a intensidade de estrelas distantes. Ele é um homem bonito, e não há quem não erga um olhar curioso ao seu passar.
O sobrenatural o envolve, como uma aura invisível que o acompanha. Alguns dizem que ele é feito de sonhos, que sua beleza é apenas uma reflexão de um reino desconhecido. Outros creem que sua aparência é uma manifestação das forças místicas que governam nosso universo.
Seus traços parecem esculpidos à perfeição, uma harmonia inigualável de curvas suaves e ângulos precisos. Seu sorriso, um convite ao devaneio, deixa no ar um rastro de encantamento. Ele sabe que sua beleza é uma dádiva, mas também uma responsabilidade.
Ele se deleita com os olhares admirados, mas não se deixa envolver pela vaidade. Sabe que sua verdadeira essência reside nas profundezas de sua alma, mais do que nas feições físicas. Ele utiliza sua beleza para inspirar, para alegrar o coração dos que o cercam.
No entanto, esse dom não vem sem desafios. Alguns buscam se aproximar dele em busca de benefícios, desejo ou inveja em seus olhares. Ele é sensível a essas energias indesejadas, mas não se deixa abater. Com a sabedoria que adquiriu ao longo dos tempos, ele aprendeu a filtrar as intenções e a focar naquelas genuínas e verdadeiras.
Ao se permitir saborear o sobrenatural de sua beleza, ele mergulha em um universo paralelo, onde não existe espaço para superficialidades. Ele transcende a noção do efêmero e mergulha nas profundezas do ser humano, explorando a conexão entre as almas.
Ser um homem bonito, para ele, é uma dádiva que vai além da aparência física. É a oportunidade de tocar o sublime e de utilizar essa graça para trazer luz e amor ao mundo. Sua busca pela beleza verdadeira não se limita a espelhos, mas a momentos de empatia, gentileza e compaixão.
Portanto, enquanto ele caminha por estas ruas, deixando o charme em seu rastro, ele sabe que a verdadeira beleza reside na capacidade de enxergar além do que os olhos veem. Em cada sorriso iluminado por sua presença, ele compartilha o mistério e o sobrenatural que o habitam.
Lembrando sempre que a beleza está no coração daqueles que escolhem também irradiá-la ao mundo.
Portanto sejam bonitos de qualquer forma.
( Adónis Silva )
..............Crónicas de Adonis Silva..............
Quanto mais me lês, mais me despes
No dia em que bebi o teu charme de mulher,
E provei o teu suor, sabor doce e singelo,
Saboreei órgão que fica entre os pulmões,
Foi quando descobri o verdadeiro céu pelo qual anelo.
Teus olhos, estrelas brilhantes e divinais,
Naquela noite, me guiaram pelo universo,
Em teus lábios, encontrei o doce mel do amor,
E nos teus abraços, senti o fogo que tudo dispersa.
Foi assim que me perdi em teu encanto,
No dia em que bebi a essência do teu ser,
Teus suspiros harmonizaram-se com o ar,
E minha alma, com prazer, pôs-se a crescer.
Descobri em ti um órgão além dos limites do corpo,
Uma melodia que embala minha jornada,
E no calor da paixão, encontrei a iluminação,
No dia em que bebi o teu charme de mulher, amada.
Esse encontro eterno ficará gravado em meu peito,
Como a mais bela poesia, o mais puro refrão,
No dia em que bebi o teu charme de mulher,
Descobri o amor verdadeiro, sublime e então.
( Adónis Silva )
..............Crónicas de Adonis Silva.............
Quanto mais me lês, mais me despes
No dia em que o tempo parou,
O mar se escondeu nas estrelas,
A brisa se aquietou, o silêncio tomou conta.
No horizonte, um quadro se revelou,
O céu era um mar de luzes cintilantes,
Refletindo a imensidão do amor.
A areia beijava meus pés descalços,
Enquanto os olhos capturavam o espetáculo,
Das ondas que dançavam nas constelações.
A lua, serena testemunha daquele momento,
Derramava seu brilho prateado como um acalento,
Envolvendo tudo com seu encanto sedutor.
No mar de estrelas, a alma se perdia,
Nas cores que dançavam no céu e na fantasia,
De um mundo onde o tempo não existia.
E na imensidão daquele instante mágico,
Eu me sentia parte desse universo tão rico,
Cheio de mistérios e beleza indescritível.
No dia em que o tempo parou o mar,
Aprendi que a vida transborda em cada olhar,
E cada segundo tem o poder de eternizar.
Que mesmo nas perdas e nas adversidades,
Podemos encontrar a paz e a felicidade,
Basta olhar para o céu e deixar-se encantar.
Então, quando o tempo voltar a fluir,
E o mar voltar a encontrar seu lugar,
Guardarei em meu coração a memória de um dia,
Em que o tempo parou e o mar se escondeu nas estrelas.
( Adónis Silva )
..............Crónicas de Adonis Silva..............
Quanto mais me lês, mais me despes
A brisa da manhã acaricia suavemente o meu rosto enquanto me preparo para mais um dia de aventuras. As asas batendo no ar, o vento sussurrando nos ouvidos, sinto-me totalmente livre. Ser um pássaro é uma bênção que me foi concedida e eu aproveito cada momento.
Enquanto sobrevoou os campos verdejantes, observo a majestade da natureza. O céu azul se estende até o horizonte, parecendo infinito. Abaixo de mim, posso ver pessoas indo e vindo em suas vidas agitadas, completamente inconscientes da liberdade e paz que os meus voos me proporcionam. É uma sensação indescritível.
Ao passar por nuvens macias e esvoaçar com elegância dentre elas, sinto-me transportado para outro mundo. É como se eu pudesse tocar as estrelas e alcançar os mais altos sonhos. A adrenalina corre pelas minhas veias, me fazendo sentir vivo e vibrante.
Os outros pássaros dançam ao meu redor, como uma orquestra perfeita que executa uma sinfonia mágica. Observo seu movimento gracioso no ar, cada um com sua cor e forma singular. Cada um traz consigo uma história de vida, uma jornada na imensidão dos céus.
Enquanto deslizo pelos ares, não posso deixar de me maravilhar com a vastidão do mundo que me rodeia. Montanhas majestosas, extensas florestas e rios fluindo em harmonia criam uma paisagem de tirar o fôlego. Sinto-me pequeno diante de tanta grandiosidade, mas, ao mesmo tempo, poderoso por ser parte dela.
Nessas jornadas solitárias, encontramos a nós mesmos. A conexão com a natureza e com a própria essência torna-se mais forte a cada batida de asas. A cada momento de silêncio, sou capaz de sentir minha verdadeira essência voando além dos limites do meu corpo.
Quando a noite chega e o sol se despede, retorno ao meu abrigo. O cansaço do dia é substituído pela gratidão. Ter a oportunidade de escutar o meu próprio voar é um privilégio único. É uma experiência que guardarei comigo para sempre, alimentando meu espírito, renovando minhas forças e inspirando-me a enfrentar todos os desafios que a vida me apresentar.
Lembre-se, não importa qual seja a sua paixão, encontrar momentos em que você possa escutar "o seu próprio voar" trará uma sensação de plenitude, liberdade e conexão consigo mesmo. Acredite em suas asas e nunca pare de voar.
( Adónis Silva )
..............Crónicas de Adonis Silva..............
Quanto mais me lês, mais me despes
Entre a alegria e a alergia,
Encontro abrigo em meu ser,
Recuso o tóxico que tenta me inocular,
Prefiro preservar minha essência pura.
No turbilhão do mundo lá fora,
Escolho ser virgem de negatividade,
Mantenho-me distante do amargo salgado,
Que por aí solto vagueia.
Encontro paz em minha alma,
Cultivo a alegria que em mim floresce,
Através dela, transbordo harmonia,
Enquanto a alergia ao tóxico desaparece.
Na pureza da minha existência,
Rejeito a amargura que tanto fere,
E me resguardo em meu refúgio,
Entre a alegria e a alergia, reinvento-me.
( Adónis Silva )
..............Crónicas de Adonis Silva.............
Quanto mais me lês, mais me despes
No brilho intenso do olhar, a beleza se revela
Minha alma, verde em tons singulares
Reflete no teu ser, uma tela tão bela
Cada olhar trocado, um novo horizonte
O verde dos meus olhos, mistério profundo
Pinta a tela da tua vida, sutileza que encanta
Transformando o mundo em matizes abundantes
No verde, a esperança encontra morada
Na cor dos meus olhos, uma jornada
Como um jardim exuberante em plena primavera
Nossa união, uma sinfonia sincera
E quando nos encontramos, tudo se ilumina
Com o verde dos meus olhos, tua vida germina
O mundo ganha vida e se torna mais vibrante
Pois juntos, criamos uma sinfonia cativante
Então, mergulha nesse mar verde que te ofereço
Deixe que a cor invada teu universo por inteiro
E descubra no olhar, a magia que trago contida
( Adónis Silva )
SER MÃE (crônica)
Ah, tá bom! Então eu sou mãe, a querida, delicada, que ama incondicionalmente ( in-con -di-ci-o-nal-men-te), que faz a comida preferida de cada filho, vai ao mercado, àquela feira lá do bairro nos confins para comprar a pamonha mais gostosa que seu querido adora.
Faz cara de paisagem quando ganha um presente que não gosta e já tem certeza que não vai usar, mas não demonstra, senão a doadora pode se ofender. Compra roupas pro marido, mas tem que ficar dando dicas para ver se adivinham o que ela está “precisando”.
Faz um esforço danado pra se entender com a empregada, que por sua vez é mãe até com mais filhos, contrata jardineiro, eletricista, encanador e ai se algum deles fizer serviço porco! Importante, jamais pode bater o carro ou levar multas.
E por aí vai o rosário de penas que vou desfiando... pronto, já me distraí, isso é um trecho da música que a Amalia Rodrigues cantava, mas ninguém me deixa ouvir porque é chata e das antigas - de novo mãe, ah não!
Ah, sou mãe, o pilar da casa, mas eu nem comecei do começo, quando nascem os filhos, pediatra, vacina, escola, virose, aniversário do coleguinha, [......] colegial... dá licença, vou pular esta parte minha, a fase é deles, só mãe sabe.
Pulei, esqueci, nem sei mais quantos anos foram!
Onde eu estava mesmo? Sim, na família já formada, filhos grandes; vem os empregos, casamentos, genros, noras, netos...abortos...(doi, sempre dói de novo)
Alguém deve estar pensando, onde ela quer chegar com essa conversa, tudo igual, conheço esta história.
Aí é que está a questão:
Você que conhece esta história então me escuta. Mais...me ajude a contar tudo, não saia de fininho, somos iguais, não somos?
Dando continuidade, antes que citem a famosa frase - Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães, preciso fazer várias perguntas, questionamentos que não consigo solucionar sozinha. Você também não consegue! Vamos?
Aí a mãe faz o que pode para agradar a família, aguenta desaforo, vai perdendo os abraços, a beleza, a agilidade, surgem as artrites, com o colar de ites que o médico diz que é da idade, o pior, os “ais” verdadeiros e os costumeiros que ninguém quer ouvir.
Sem contar com o celular lindo de seu filho que ele lhe dá, bem intencionado, quando troca por outro bem melhor, e você não sabe usar bem, porém eles não tem tempo para ensinar. E tem aquela blusa que você ficou namorando na vitrine, quando criou coragem para comprar, chega em casa, vem a filha - ai que linda mãe, posso usá-la hoje? Aiaiai...
Não posso me esquecer: “mãe é a rainha do lar”. Fala agora, o que ela faz com o peso desta coroa enorme que colocaram em sua cabeça?
Como desfazer-se dela para aliviar os conflitos que ficaram presos pela força que ela engrenha comprimindo seu cérebro?
E os seus sonhos, seus medos, suas loucuras, seus tédios, seus planos interrompidos pelas diarreias caseiras?
Tem aquele filme que ouviu dizer que era ótimo, mas quando deu fé, já tinha acabado a temporada?
Onde será que ela guarda estes afetos, desafetos, inquietações, lágrimas de
banheiro, insônias, segredos íntimos, remédios sem receita, unguentos que a vó deixou a receita como herança?
Quem tiver alguma ideia, por favor me elucide, porque, como você, faço parte deste emaranhado de responsabilidades que a sociedade colocou em minha vida, sem perguntar se eu iria aguentar.
Por mim, eu colocaria tudo num baú (decorativo, para que não mexam), junto, um daqueles aparelhinhos de som made in china, com um pen drive tocando sem parar aquela música que me fascina desde o ano passado:
“Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós......”]
melanialudwig - maio/ 2018
Crônica: Brasil e a cultura eleitoral.
Carreatas e escassel, povo gosta do festival, uma pena esse bordel, gente faminta, a beira do colapso e a bagagem pesada das fanfarras em multidão, gasolina, fogos de artifício e as panelas vazias, e o pior, as mentes mais vazias, escassez de liberdade, escassez de decência, uma vez que o coloio entre rivais que de repente se tornam amáveis, cansaço, esgotamento, lamento, o ato, o fato, o Brasil, o povo e a assinatura popular em comunhão com a podridão, alto lá Brasil, que se vende e se dobra a realidade real, o real que move a população e destrói uma possibilidade realidade de vida real.
Giovane Silva Santos
Crônicas de verão
Nos raios iniciais solares
Na escola, antes das aulas
Devaneando suavemente nos bancos escolares
Do lado de fora na frente das salas.
Numa preguicinha matinal
Sono em mim se mostrando
Sentindo o sol e me sentindo menos mal
Pelos corredores me pego caminhando.
Com a leve brisa do vento
Caminhando lentamente com meus amigos
Bem devagar, lento
Passando pelos pés de figos.
Em mim mesmo procurando abrigo
Para sumir esse sentimento de vazio
Pisando nesse chão antigo
Na pele sentindo o frio.
Crônica " A Minha Verdade"
De Clara Albuquerque em 16/10/2015.
Superar? Ninguém disse que seria fácil ouvir um não da vida, mas ninguém disse que você precisava passar teus dias em casa chorando por isto. Ninguém disse que todas as pessoas do mundo seria obrigadas a gostar de você, aprenda que muitas pessoas vão te amar pelo que você é e muitas outras te odiaram pelo mesmo motivo. Não é possível agradar a todos, não é possível ser agradado por todos. Aprenda que é preciso aceitar cada NÃÕ da vida como uma forma de seguir por um caminho diferente daquele que você havia traçado. Errados somos nós que fazemos planos para a vida mesmo sabendo que os planos dela para nós são totalmente contraditórios. Pare com isso de achar que todo mundo tem que amar, que é só se apaixonar por alguém que este sentimento será será totalmente recíproco, não, não vai ser. Aliais, quase nunca é. Acostume-se. A vida te dará muito mais "nãos" do que sim. Aprenda que a maioria das pessoas irão te machucar, a maioria, eles irão te magoar, te fazer sofrer. Não dá pra dizer que a vida vai te tratar bem. Não, ela não vai.
Você vai apanha muito, até aprender a se defender sozinho. Chego com isso de achar que precisa de alguém para isso ou para aquilo. Você não precisa de ninguém, você nunca precisou e não há de precisar. Você só precisa de você mesmo, precisa acreditar em sí mesmo, precisa entender que tudo o que você deseja pode se realizar, mas para isso é necessário que você dê o primeiro passo. Não adianta ficar se lamentando se lamentando porque ouviu um não da vida. Meu bem, ela te dará tantos outro mais e se você resolver cair a cada um deles, vai ficar difícil sair do chão. Enxergue novas possibilidades, novos caminhos. Não se prenda a algo que não deu certo, coisas novas podem acontecer a todo momento, mas se você estiver focado demais no que aconteceu não terá tempo para enxerga-las. Enxergue tuas lagrimas, quem te ama que te ver sorrindo, não vai passar a mão na sua cabeça e dizer "tadinho". Não é de pena que você precisa, é de coragem para se reerguer. Para sorrir para o mundo e mostrar a todos que é sempre possível acreditar mais uma vez. Mesmo que sofra, mesmo que chore, isso não dura pra sempre. O que deve durar para sempre em nossa vida é a vontade de recomeçar.
Todos os dias é uma nova oportunidade de começar de novo.
CRÔNICAS DA ILHA
A Carruagem de Ana Jansen:
Era uma noite escura e tempestuosa em São Luís. As ruas de paralelepípedos estavam desertas, exceto por uma figura solitária que caminhava apressadamente. Paládio, um jovem estudante de sociologia, estava voltando para casa após uma longa noite de estudos na biblioteca. Ele sempre foi fascinado pelas lendas locais, especialmente pela história de Ana Jansen.
Enquanto caminhava pelo bairro da Madre Deus, Paládio ouviu o som de cascos de cavalo e rodas de carruagem. Ele parou e olhou ao redor, mas não viu nada. O som ficou mais alto e, de repente, uma carruagem negra apareceu na esquina. Os cavalos eram enormes e negros como a noite, e a carruagem parecia flutuar sobre o chão.
Paládio ficou paralisado de medo enquanto a carruagem se aproximava. Ele podia ver uma figura sentada dentro, uma mulher com um vestido antigo e um olhar severo. Era Ana Jansen. A carruagem parou ao lado de dele, e Ana Jansen olhou diretamente para ele.
"Você conhece minha história, jovem?" ela perguntou com uma voz fria e distante.
Paládio, tremendo, assentiu. "Sim, senhora. Eu sei quem você é."
Ana Jansen sorriu, um sorriso que não alcançou seus olhos. "Então você sabe por que estou condenada a vagar por estas ruas. Minhas ações no passado me trouxeram a este destino. Mas você, jovem, ainda tem a chance de mudar seu futuro."
Com essas palavras, a carruagem começou a se afastar, desaparecendo na escuridão. João ficou parado por um momento, refletindo sobre o encontro. Ele sabia que tinha testemunhado algo extraordinário e que a história de Ana Jansen era um lembrete poderoso das consequências de nossas ações.
A MENINA E O CACHORRO
Crônica em versos
Uma criança brinca com um cachorro
no meio da praça.
Na praça do Patriarca,
foi lá que eu vi.
Entre cinco e seis anos de idade,
tinha a criança.
Igualmente jovem era o animal.
A garota abraça, beija,
se desmancha em carinhos...
O cachorro retribui lambendo animado
o rosto da menina.
Os dois caem,
rolam no chão.
A menina ora por cima do cão,
ora por baixo.
Alguns pedestres param,
observam, riem, tiram fotos,
maravilhados com a beleza da cena.
Outros, apressados,
submersos em seus problemas,
incapazes de enxergar o mundo a sua volta,
passam sem nada perceber.
Uma mulher se aproxima,
Afaga a cabeça do cachorro.
A menina se levanta,
fica de pé, imóvel, séria.
Em sua seriedade,
o esboço de um sorriso enigmático,
quase imperceptível,
me fez lembrar Mona Lisa.
Com o olhar fixo na mulher
acariciando o pequeno animal,
a menina parecia esperar sua vez
de também receber carinho.
A mulher, no entanto, se levanta,
faz um último carinho no cão, arruma a blusa,
ignora a criança e vai embora,
diluindo o sorriso de Mona Lisa da menina,
que a acompanha com o olhar desapontado.
Eu, que a tudo assistia, pensei:
"Eh! Infelizmente é assim que nós estamos agora!
Devocional: Meu Caminhar Diário com Deus
2 Crônicas 7:14
14 Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.
Em nossa jornada pela vida, compreendemos que a luta contra o pecado e seus princípios de iniquidade busca nos destruir por completo, em todas as áreas. Quando estamos imersos na realidade do pecado, percebemos seu poder destrutivo avassalador.
Mas Deus, rico em amor e misericórdia, por Seu imensurável amor e graça, nos concede a cada momento a oportunidade de viver na realidade da Sua santidade. Aprendemos a confessar nossos pecados e nos abrimos ao poder curador do Seu perfeito amor.
Quando nos humilhamos diante da Sua poderosa mão e nos quebrantamos, Ele nos exaltará e nos revelará que somos chamados a viver o verdadeiro arrependimento. Essa mudança impactará não só nossas vidas, mas também a vida daqueles ao nosso redor.
Assim, Deus nos perdoará, e o poder do Seu perdão curará nossa alma, mente e espírito.
"" Minha ambição é cronica, palavra perfeita
o cesto de papel está cheio,
o azul me mantém, além das limitações
não sou poeta, gostaria de ser
poder voar em paisagens infinitas
poder amar acima de qualquer dor
a intenção é boa , mas de boas intenções o inferno está cheio,
sei...
A CRÔNICA DO MURO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Justo quando saio às pressas e não levo a minha câmera, o que raramente acontece, um grande motivo fotográfico assalta os meus olhos, em uma esquina distante. O que me resta é a transcrição paciente, sob os olhares curiosos de quem passa por mim.
Em um velho muro que o tempo castiga sem piedade, com os efeitos do sol, do vento e a chuva, leio a mensagem anônima que disponho a seguir: "Comunico aos familiares e amigos, que já não há mais motivo para sumiço, distanciamento e silêncio. Aqueles meus problemas foram resolvidos, não contraí novos problemas, minha saúde anda perfeita e vou bem, financeiramente. Logo, não existe mais o risco de choradeira e pedidos de socorro, empréstimo e locomoção motorizada. Apareçam; amo vocês.".
Quis fazer uma crônica sobre o assunto. No entanto, seria chover sobre o molhado. A crônica está na própria mensagem, sem necessidade alguma de aplicações ou adornos. Para quem sabe ler o mundo e a vida, cada momento já é uma crônica.
CRÔNICA SONSA E RANCOROSA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Depois de tantos acessos inúteis de fúria descobri, finalmente, que não preciso enforcar os meus desafetos... fazer nada contra os meus algozes, opróbrios e detratores. Agora sei que as minhas dores têm asas. Elas ainda são bem curtas, mas confio no milagre do tempo que as fará migrar lentamente para outros campos, quando eu menos der por mim.
Bastará que eu tenha calma o suficiente para dar aos meus desafetos todas as cordas do mundo. Com as cordas os troncos, as praças e até as plateias. Trata-los-ei como estrelas ou celebridades, para que a trapaça do meu bom senso tenha como atrair seus brios, as suas vaidades e a grande paixão que nutrem por si mesmos.
Eles próprios farão as suas forcas. Serão vítimas da própria pretensão. Não terei de fazer esforço para vencê-los, e para dizer a verdade, preferia não precisar vencê-los... muito menos desejar que algum desejo cruel se volte contra seja lá quem for... mas cá para nós: também tenho as maldades e mandingas de qualquer ser humano supersticioso e sonso.
A CRÔNICA DO SONHO
Demétrio Sena - Magé
Acordei assustado. Sonhei que tinha escrito o texto abaixo, e ao abrir os olhos, ele pulsava inteiro em minha mente. Palavra por palavra. Não quero "sobrenaturalizar". Existe uma explicação simples e plausível para isso. Apenas não a tenho. Segue.
"É tanta construção truculenta e vertiginosa de um futuro promissor... é tanta busca - sem pausa - de garantias pessoais excessivas, status, admirações externas...
É tanto empenho extenuante na escavação de "um lugar ao sol", que a noite chega sem se ter vivido em essência e sem se ter conquistado afetos verdadeiros; pessoais... apenas admiradores de nossas trajetórias e conquistas... do que temos... independente de quem somos, que se perdeu no turbilhão do processo precipitado e desumano de podermos nos auto recompensar pelas perdas em prol dos ganhos.
Podemos viver bem, ter conforto, afetos e reconhecimento, sem abrirmos mão da vida. É que a vida está em nós e não sentimos. O amor nos ronda e não vemos. A saúde se presenteia para nós, não abrimos a caixa e partimos em busca de podermos pagar por ela, quando a perdermos nos excessos do sonho que não administramos.
Tanto tudo, que o nada cresce por dentro. A solidão se agiganta entre nossas multidões. A morte, um dia tão distante, chega quando pensamos em começar a viver".
... ... ...
#respeiteautorias Isso é lei.
CRÔNICA DO CAFÉ
Cliente I: café, por favor.
Atendente: puro ou com leite?
Cliente I: puro.
Atendente: com açúcar ou adoçante?
Cliente I: açúcar.
Atendente: eis o café.
Cliente I: obrigado.
Cliente II: café, por favor.
Atendente: puro ou com leite?
Cliente II: não posso tomar leite, tenho intolerância à lactose. É uma deficiência de uma enzima no organismo, chamada lactase. Dia desses, bebi um copo de leite, tive cólica abdominal e diarreia. Foi horrível! Você não sofre disso?
Atendente: não, senhor.
Cliente II: agradeça todos os dias.
Atendente: eis o café... puro!
Cliente II: não vai perguntar se quero com açúcar ou adoçante?
Atendente: deveria, mas estou com receio de o senhor sofrer de diabetes e dar outra aula.
CRÔNICA DO BEBUM
O motorista é parado na blitz da Lei Seca.
Policial: "Boa noite, vamos fazer o teste do bafômetro?"
Motorista: "Não precisa".
Policial: "O que disse?"
Motorista: "Já confesso que bebi um litro de cachaça".
Policial: "Nesse caso, iremos conduzi-lo à Delegacia".
Motorista: "É o que quero".
Policial: "Pode se explicar?"
Motorista: "Flagrei minha mulher com outro".
Policial: "Caramba".
Motorista: "Recebi a notícia da morte de meu pai".
Policial: "Meus pêsames".
Motorista: "Meu filho foi preso por tráfico de drogas".
Policial: "E esse carrão"?
Motorista: "Emprestado do agiota para quem estou devendo uma grana".
O policial anota numa folha de papel e a entrega ao pobre infeliz.
Motorista: "O que é isso? É o endereço da Delegacia?"
Policial: "É da rezadeira".