Crônicas

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Dor crônica.

Espero o descanso da noite como o bebê faminto pranteia pelo seio materno.
Não há descanso no seio da noite, e a minha dor não cessa.
Então espero que o sol traga alívio em seus raios quentes.
Nasce o sol, e minha dor é maior que ontem.
Espero então pela chuva.
Espero que a orquestra de gotas tocando a superfície das coisas me deem a distração necessária para não sentir tudo isso.
Chove, e a música da chuva não me anestesia o corpo, ao menos tenho a desculpa aceitável de estar sem condições de outra coisa.
E a sinfonia necessária para fazer relaxar a decepção da alma.
Tenho na chuva o direito comum de dormir. Como se tudo fosse preguiça.
Medico-me e durmo. E acordo sem a obrigação de acordar como quem descansou.
É dia de chuva. É permitido ser improdutivo.
Posso oferecer ao meu corpo tudo o que ele precisa, e que será minimamente suficiente.
E isso me torna como todos os outros irmãos meus.
Sem culpa, e sem cansaço.

Inserida por Lizzyauer

ALGUNS DOS PROBLEMAS DE MARIA DAS DORES

CRÔNICA

“Maria” é um nome bom, por causa da mãe de Jesus (homem) que assim se chamava. Por isso é o mais "querido" até hoje pelas famílias.
A agregação da palavra “das Dores” ao nome de Maria, não vejo graça nisso!
Num passado não muito distante era mais comum esse nome “Maria das dores”.
Mas isso vem mudando ao longo do tempo; os pais mais "modernos" estão mais caltelosos quanto ao registro de suas filhas com esse complemento “das Dores”.
Todos nós temos problemas na vida,independente do nome que temos; mas, dá pra se pensar que as pessoas com esse nome “Maria das Dores”, tendem a ter muito mais complicações e dores, ao longo de suas existências, do que outras, com nomes diferentes.
Minha amiga a Maria das Dores daqui da região do Céu Azul é um exemplo disso; sempre vivia com problemas de toda ordem: quando não era um problema de saúde, era outro qualquer.
Certa ocasião foi buscar socorro espiritual numa congregação evangélica onde congregava: na época, vivia num relacionamento conjugal muito conturbado.
- Pastor Geny, não tô mais agüentando o home lá de casa! ... Ele tá impossível!... Bebendo, jogando, dançando,... ainda me agride constantemente.
Quero que o senhor ore, para que Jesus dê um jeito nesse problema; tenho urgência, estou em tempo de fazer uma “loucura!”...
- "Bem, quanto as agressões... A princípio, a senhora deveria registrar uma queixa contra ele numa delegacia de polícia, mas...
"Vamos orar sim, minha irmã. E mais: se você quiser podemos fazer uma campanha de oração nesse sentido."
- Sim pastor! Se o senhor puder fazer isso por mim serei eternamente grata!
O Reverendo convocou os fiéis naquela mesma noite, nesse propósito.
Dias depois a Maria das Dores voltou com um problema ainda mais grave:
- Pastor o senhor não devia ter feito aquilo!...
-“Aquilo” o “quê” minha irmã?!
- Depois que o senhor começou a fazer a campanha de oração, não demorou nada o home “bateu as botas!” Foi atropelado e não resistiu os ferimentos e morreu!
Se tava ruim com ele, agora, ficou pior. Com toda ruindade do mundo, era ele que levava o pão de cada dia para nossa mesa, e agora?! ... Somente Amarildo trabalhava lá em casa. Agora estou sem marido e sem emprego... Sem nada no mundo! A minha vida virou de "ponta cabeça".
O pastor fez uma cara de quem não gostou:
- Quero deixar bem claro minha irmã, que não oramos pro seu marido morrer. Oramos pra Jesus resolver o seu “problema” como a irmã pediu. Sabe de uma coisa, desde que lhe conheço por gente que a senhora sempre está clamando de uma coisa ou outra; isso é devido o complemento do seu nome: sugiro que tire o “das Dores” dele.
Mas era difícil demais... pois antes dela nascer já carregava consigo essa "cruz"- das Dores.
Dona Rufina sua mãe, não se cansava de bater na "tecla". "Se for uma menina se chamará Maria das Dores."
Aquilo era uma homenagem que sua mãe gostaria de fazer ainda em vida, à sua comadre Maria das Dores.
E todos da sua região só a tratavam de das Dores.
Além disso, o custo financeiro e burocrático do processo para a modificação do registro de nascimento de uma pessoa o inviabilizava a tomar tal decisão.
O pastor levou mesmo a coisa a sério:
encerrou definitivamente aquele tipo de campanha de oração que fizera em prol daquela irmã:
jurou no Santo altar com a mão sobre a bíblia que nem orava, e nem faria mais aquele tipo de intercessão coletiva em favor “desse ou daquele casal de cristão.
Ele lembrava de um trecho sagrado: “De que se queixa o homem vivente? Se queixa de seus próprios pecados.” E ainda: "Na hora de arrumar o 'homem' não orou nem pediu ajuda a ninguém,agora..."
Então, a viúva Maria das Dores com seu três filhos pequenos Carlos, Marcos e Cleide seguiam a sua via sacra sobrevivendo da ajuda dos irmãos de fé e de algumas outras almas bondosas do lugar. Pois, o marido não contribuía com a Previdência Social quando em vida.
Portanto, não pode deixar uma pensão para família.
Por volta de julho ou agosto do ano desse acontecimento, ela foi ter comigo querendo que lhe arrumasse um golinho de álcool-líquido; eu ainda tinha mais de meio litro desse produto, no seu frasco original, lá em casa; então prontamente tirei do recipiente uma porção do mesmo e lhe dei.
Todo dia ela estava lá na minha porta querendo mais um pouco.
Como naquele período somente o álcool gel estava disponível à venda no mercado (o álcool líquido estava proibido por força de uma Legislação estadual vigente) e, como eu fazia pouco uso daquilo, fui lhe cedendo sem maiores problemas toda vez que ela vinha a mim; mais para o final, disponibilizei todo o restante do álcool a ela.
Um belo dia, bem cedo, adivinha caro leitor quem queria mais álcool?! A própria: Maria das Dores!
- Não tenho mais, minha irmã. Mas, tenho uma cachaça muito boa de Serra dos Aimorés, que ganhei de um baiano que viera de lá recentemente.
- Eu aceito com todo prazer; nem precisava ser tão boa assim, não é pra eu beber mesmo... Sou evangélica: só bebo água e o vinho da Santa Ceia.
- Uai!... E quem está fazendo uso de bebidas alcoólicas em sua casa?
-Eu mesmo,mas,porém pra pôr na carinha de um “bicho de pé” (inseto, semelhante à pulga), que tá atazanando a minha vida há muito tempo.
Preocupado e desejoso de ajudá-la na resolução daquele problema, pedi para dar uma olhada em seu pé; vendo aquelas bolinhas escuras e seu pé bastante inchado, percebi que era muitos “bichinhos” que já estavam instalados naquele local há muito tempo e, naturalmente, ovulando bastante, então, concluí que havia a necessidade de uma intervenção cirúrgica mais criteriosa e o orientei que fosse ao posto de saúde mais próximo.
Dias depois, voltando do Hospital Evangélico onde estagiava, e chegando ao local aonde morávamos, a nossa rua estava tomada de curiosos e uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), parada na porta da casa de Maria das Dores.
Pronto!...
“Pelo jeito morreu alguém nessa casa!” Pensei. Só se pensa o pior nessas horas.
Mas, graças a Deus não era nada do que eu pensava!
Não havia morrido ninguém!
Maria das Dores estava sendo assistida por uma equipe de trabalhadores da saúde, e sendo conduzida ao Pronto Socorro João XXIII.
Para a retirada dos pobres “bichinhos de pé” “tontos” que nem “gambás” que pareciam ter adorado a ideia da sua hospedeira, de regá-los dioturnamemente com álcool e cachaça;
e com certeza insistiam o quanto podiam, para não sair daquele ambiente “etílico” que estavam envolvidos.
Se pudessem cantar, cantariam: “Daqui não saio / daqui ninguém nos tira /...”
Coitada da Irmã Maria das Dores!...Tem vivido, mas, tem sofrido!
“Se seus pais tivessem o cuidado de não pôr “ Dores” compondo o nome da filha, ou se Maria das Dores, tivesse seguido a orientação de seu pastor: removendo o 'das Dores' do seu nome, com certeza sua vida seria menos “dolorida”.
Há palavras que devem ser omitidas se for possível.
Tenho uma sugestão para os futuros pais:
na frente do nome "Maria" coloquem "Dolores", e a "dor" da sua filha,ao logo da sua caminha, ficará mais amena;
além de ser uma palavra mais romântica.

Fica a dica!

21.08.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

ALGUNS DOS PROBLEMAS DE MARIA DAS DORES

CRÔNICA

“Maria” é um nome bom, por causa da mãe de Jesus (homem) que assim se chamava. Por isso é o mais "querido" até hoje pelas famílias.
A agregação da palavra “das Dores” ao nome de Maria, não vejo graça nisso!
Num passado não muito distante era mais comum esse nome “Maria das dores”.
Mas isso vem mudando ao longo do tempo; os pais mais "modernos" estão mais caltelosos quanto ao registro de suas filhas com esse complemento “das Dores”.
Todos nós temos problemas na vida,independente do nome que temos; mas, dá pra se pensar que as pessoas com esse nome “Maria das Dores”, tendem a ter muito mais complicações e dores, ao longo de suas existências, do que outras, com nomes diferentes.
Minha amiga a Maria das Dores daqui da região do Céu Azul é um exemplo disso; sempre vivia com problemas de toda ordem: quando não era um problema de saúde, era outro qualquer.
Certa ocasião foi buscar socorro espiritual numa congregação evangélica onde congregava: na época, vivia num relacionamento conjugal muito conturbado.
- Pastor Geny, não tô mais agüentando o home lá de casa! ... Ele tá impossível!... Bebendo, jogando, dançando,... ainda me agride constantemente.
Quero que o senhor ore, para que Jesus dê um jeito nesse problema; tenho urgência, estou em tempo de fazer uma “loucura!”...
- "Bem, quanto as agressões... A princípio, a senhora deveria registrar uma queixa contra ele numa delegacia de polícia, mas...
"Vamos orar sim, minha irmã. E mais: se você quiser podemos fazer uma campanha de oração nesse sentido."
- Sim pastor! Se o senhor puder fazer isso por mim serei eternamente grata!
O Reverendo convocou os fiéis naquela mesma noite, nesse propósito.
Dias depois a Maria das Dores voltou com um problema ainda mais grave:
- Pastor o senhor não devia ter feito aquilo!...
-“Aquilo” o “quê” minha irmã?!
- Depois que o senhor começou a fazer a campanha de oração, não demorou nada o home “bateu as botas!” Foi atropelado e não resistiu os ferimentos e morreu!
Se tava ruim com ele, agora, ficou pior. Com toda ruindade do mundo, era ele que levava o pão de cada dia para nossa mesa, e agora?! ... Somente Amarildo trabalhava lá em casa. Agora estou sem marido e sem emprego... Sem nada no mundo! A minha vida virou de "ponta cabeça".
O pastor fez uma cara de quem não gostou:
- Quero deixar bem claro minha irmã, que não oramos pro seu marido morrer. Oramos pra Jesus resolver o seu “problema” como a irmã pediu. Sabe de uma coisa, desde que lhe conheço por gente que a senhora sempre está clamando de uma coisa ou outra; isso é devido o complemento do seu nome: sugiro que tire o “das Dores” dele.
Mas era difícil demais... pois antes dela nascer já carregava consigo essa "cruz"- das Dores.
Dona Rufina sua mãe, não se cansava de bater na "tecla". "Se for uma menina se chamará Maria das Dores."
Aquilo era uma homenagem que sua mãe gostaria de fazer ainda em vida, à sua comadre Maria das Dores.
E todos da sua região só a tratavam de das Dores.
Além disso, o custo financeiro e burocrático do processo para a modificação do registro de nascimento de uma pessoa o inviabilizava a tomar tal decisão.
O pastor levou mesmo a coisa a sério:
encerrou definitivamente aquele tipo de campanha de oração que fizera em prol daquela irmã:
jurou no Santo altar com a mão sobre a bíblia que nem orava, e nem faria mais aquele tipo de intercessão coletiva em favor “desse ou daquele casal de cristão.
Ele lembrava de um trecho sagrado: “De que se queixa o homem vivente? Se queixa de seus próprios pecados.” E ainda: "Na hora de arrumar o 'homem' não orou nem pediu ajuda a ninguém,agora..."
Então, a viúva Maria das Dores com seu três filhos pequenos Carlos, Marcos e Cleide seguiam a sua via sacra sobrevivendo da ajuda dos irmãos de fé e de algumas outras almas bondosas do lugar. Pois, o marido não contribuía com a Previdência Social quando em vida.
Portanto, não pode deixar uma pensão para família.
Por volta de julho ou agosto do ano desse acontecimento, ela foi ter comigo querendo que lhe arrumasse um golinho de álcool-líquido; eu ainda tinha mais de meio litro desse produto, no seu frasco original, lá em casa; então prontamente tirei do recipiente uma porção do mesmo e lhe dei.
Todo dia ela estava lá na minha porta querendo mais um pouco.
Como naquele período somente o álcool gel estava disponível à venda no mercado (o álcool líquido estava proibido por força de uma Legislação estadual vigente) e, como eu fazia pouco uso daquilo, fui lhe cedendo sem maiores problemas toda vez que ela vinha a mim; mais para o final, disponibilizei todo o restante do álcool a ela.
Um belo dia, bem cedo, adivinha caro leitor quem queria mais álcool?! A própria: Maria das Dores!
- Não tenho mais, minha irmã. Mas, tenho uma cachaça muito boa de Serra dos Aimorés, que ganhei de um baiano que viera de lá recentemente.
- Eu aceito com todo prazer; nem precisava ser tão boa assim, não é pra eu beber mesmo... Sou evangélica: só bebo água e o vinho da Santa Ceia.
- Uai!... E quem está fazendo uso de bebidas alcoólicas em sua casa?
-Eu mesmo,mas,porém pra pôr na carinha de um “bicho de pé” (inseto, semelhante à pulga), que tá atazanando a minha vida há muito tempo.
Preocupado e desejoso de ajudá-la na resolução daquele problema, pedi para dar uma olhada em seu pé; vendo aquelas bolinhas escuras e seu pé bastante inchado, percebi que era muitos “bichinhos” que já estavam instalados naquele local há muito tempo e, naturalmente, ovulando bastante, então, concluí que havia a necessidade de uma intervenção cirúrgica mais criteriosa e o orientei que fosse ao posto de saúde mais próximo.
Dias depois, voltando do Hospital Evangélico onde estagiava, e chegando ao local aonde morávamos, a nossa rua estava tomada de curiosos e uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), parada na porta da casa de Maria das Dores.
Pronto!...
“Pelo jeito morreu alguém nessa casa!” Pensei. Só se pensa o pior nessas horas.
Mas, graças a Deus não era nada do que eu pensava!
Não havia morrido ninguém!
Maria das Dores estava sendo assistida por uma equipe de trabalhadores da saúde, e sendo conduzida ao Pronto Socorro João XXIII.
Para a retirada dos pobres “bichinhos de pé” “tontos” que nem “gambás” que pareciam ter adorado a ideia da sua hospedeira, de regá-los dioturnamemente com álcool e cachaça;
e com certeza insistiam o quanto podiam, para não sair daquele ambiente “etílico” que estavam envolvidos.
Se pudessem cantar, cantariam: “Daqui não saio / daqui ninguém nos tira /...”
Coitada da Irmã Maria das Dores!...Tem vivido, mas, tem sofrido!
“Se seus pais tivessem o cuidado de não pôr “ Dores” compondo o nome da filha, ou se Maria das Dores, tivesse seguido a orientação de seu pastor: removendo o 'das Dores' do seu nome, com certeza sua vida seria menos “dolorida”.
Há palavras que devem ser omitidas se for possível.
Tenho uma sugestão para os futuros pais:
na frente do nome "Maria" coloquem "Dolores", e a "dor" da sua filha,ao logo da sua caminha, ficará mais amena;
além de ser uma palavra mais romântica.

Fica a dica!

21.08.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

O MAIOR SONHO DE LUDOVICO

CRÔNICA

Os sonhos é que nos movem. No dia que deixarmos de sonhar morreremos. Há sonhos de tudo quanto é jeito: os sonhos possíveis de serem realizados e os impossíveis; sonhos bons e sonhos ruins, sonhos estranhos, sonhos bobos...
Veremos a seguir um sonho não muito comum de se ver; que o achei engraçado.
Ludovico já estava com a família criada e aposentou-se ainda com uma boa idade.
Mas,só alcançou esse benefício devido a um acidente de trabalho; segundo comentários que circulam a “boca miúda”, entre a torcida do Cruzeiro, Atlético e América...
É que, foi o Ludovico que adiantou esse processo: provocando sua propria queda do quarto andar de um prédio em construção, onde trabalhava como ajudante de pedreiro.
Quebrou-se todo, e foi tido como morto por muito tempo, por populares e pela equipe de saúde do Serviço do Atendimento Médico de Urgência (SAMU).
Depois de dezenas de cirurgias...
Ficou internado numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) sobrevivendo com o auxílio de aparelhos, um ano e oito meses.
Abaixo de Deus uma árvore, plantada no passeio, também deu uma demão para sua sobrevivência: amortecendo o impacto da queda. Hoje, ele leva uma vida quase normal.
Se foi verdade o fato de ter sido ele o autor dessa loucura, apesar do sofrimento, o plano deu certo:
pois, logo depois desse ocorrido ele já estava recebendo seus parcos recursos da Previdência Social. Mesmo antes de receber alta do hospital.
Mas... Por um triz não perdera a sua tão preciosa vida!
Ludovico vivia dizendo que o dinheiro da sua aposentadoria era muito pouco, então, complementava sua renda fazendo pequenas “catiras” de celular,relógio etc., e, compras e vendas de ferro velho;
apesar de Messias, sua esposa, viver implicando com ele principalmente por não ter na casa um espaço adequado para acondicionar os materiais que ia adquirindo, e por não haver tanta necessidade daquele serviço extra.
A mulher estava certa: é sabido que o saldo de Ludovico no banco era “gordo”. Até já andou emprestando algum dinheiro a juros altos,tempos atrás.
Mas, depois de levar alguns "calotes" desistiu dessa atividade.
.
Ludovico não serviu ao Exército para não “prestar continência”- continência se presta com a mão aberta.
Pensa num sujeito “seguro”! "Mais seguro do que papagaio no arame". Assim era ele. “Não comia banana para não jogara a casca fora”.
Dona Messias, mais católica do que o Papa,era mais “mão aberta” digamos assim; e sempre carregava umas pratinhas na bolsa para dar de oferta,na congregação que frequentava;
mas o Ludovico...
Messias vivia pelejando com o marido para levá-lo ao santuário católico; mas perdia o seu tempo: ele só ia mesmo à igreja, quando a missa era de “ações de graças”.
Não se via coletores de ofertas nessas liturgias.
Estava explicado então, o verdadeiro motivo de tanta resistência de Ludovico em não cumprir suas obrigações da fé religiosa,com denodo como Messias gostaria.
Havia mesmo "cobra em seu bolso!"
Muito bom vizinho, o Ludovico, de vez enquanto vinha ter comigo: para propor um negócio qualquer, contar causos; quando era novo bebia "umas e outras" e bateu num delegado. Disse em certa ocasião.
E, numa dessas muitas prosas revelou-me, o seu “maior sonho na vida”, que me deixou de cabelos brancos:
Ele gostaria de ser enterrado no Cemitério de Ribeirão das Neves; sendo que morava em Belo Horizonte; numa região bem servida por outras opções de sepultamento.
“Como é que pode uma pessoa ter um sonho assim!" ... esse questionamento insistia em ficar comigo.
Se ele fosse residente ou natural dessa cidade, ou tivesse parentes por lá, seu desejo seria mais justificável.
Como, quase mineiro que já sou, fui matutar aquilo.
E, “Zé matuta matutou... matutou... Matutou”. E não achava o motivo do seu desejo maior de Ludovico;
“Não tenho pressa mesmo, uma hora dessa eu descubro o verdadeiro motivo disso.” Pensei.
Passaram-se quinze longos anos até que a verdade veio à tona!
Pela boca do próprio Ludovico:
“O bom de ser enterrado em Ribeirão das Neves é o preço baixo da taxa de enterro: é bem menor do que na capital.”
Pronto!!! Mistério revelado!
Eu já tenho visto muito sujeito “pão duro”, ”mão de vaca”. Mas como esse foi o primeiro!
Onde já se viu uma pessoa se preocupar em obter um desconto financeiro depois de morto! como dizia os antigos: É "vivendo e aprendendo!"

28.08.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

UM JOVEM LOBO ENTRE NÓS

CRÔNICA

Para quem não sabe “lobo” é um termo que as comunidades evangélicas usam muito para denominar o personagem que se veste de pele de ovelha; surge de fora ou do próprio seio das instituições religiosas, e se aproveita da boa fé dos fiéis, para levar alguma vantagem qualquer.
O "joio" nasce e cresce, juntamente com o "trigo". Há uma informação tipo assim no texto Sagrado.
E, praticamente torna-se muito difícil viver longe do joio, ou evitar um dano que ele causa; o lobo é sempre muito astuto.
Percebi uma particularidade curiosa quanto a esse “intruso”:
quando o lobo é de fora - de lugares distantes -, ao se dirigir a uma localidade qualquer, a sua boa fama vai a sua frente e chega primeiro que ele, a tal destino;
isso facilita muito suas ações de “trapacear” e aplicar seus “golpes” fatais.
Todo lobo têm uma boa “lábia” - como geralmente são os estelionatários-,daí mora o perigo das pessoas serem ludibriadas mais facilmente!
No início da década de 1980, poucos anos depois da minha conversão ao cristianismo e o meu ingresso numa entidade religiosa;
a mocidade era “fogo puro” (muito espiritual),na fé, no evangelismo, nas orações nos ensaios e nos louvores... E dávamos bom exemplo no testemunho cristão.
Uma vez por mês havia um culto sob a direção dos jovens nessa igreja que eu congregava.
Esse evento era muito “badalado” (era anunciado aos quatro cantos) por lá.
Convergiam ao lugar, jovens de algumas cidades da redondeza para participar conosco daquele trabalho.
Alegrávamos muito no Senhor, e na comunhão com os jovens irmãos visitantes.
Era um intercâmbio interessante aquilo!
Eu, naquele grupo de jovens era o mais “erado” (o mais antigo da turma),e já acumulava um pouco de experiência na fé, apesar de ser ainda um novo convertido.
Próximo da edição de mais um desses cultos mensais de jovens, estávamos todos ansiosos e desejosos que chegasse logo aquele dia.
A fama de um jovem “muito abençoado” havia chegado a Campos Belos, exatamente por ocasião do culto que iria ser ministrado por nós, jovens, daquela comunidade;
o mesmo, viria da cidade vizinha de São Domingos-nordeste de Goiás (mas, ele não era morador daquela instância, ninguém sabia sua origem), e poderia sim ter uma chance de ministrar a palavra de Deus naquele evento que iríamos realizar;
pois, já se sabia que ele era “muito usado por Deus com o "dom da pregação”.
Geralmente o presidente da mocidade dirigia aqueles trabalhos religiosos.
Nos dias que antecederam o referido culto; e, fazendo o papel de um conselheiro, orientei o Jamil, que na época estava como presidente da mocidade (posteriormente fora consagrado a presbítero);
que, não seria bom dar muita “liberdade” (no decorrer do culto) àquele visitante; nosso desconhecido, e que apenas permitisse a ele somente a oportunidade de uma pequena saudação.
Fiz tal sugestão pensando evitar um mal maior na seara do Senhor...
No ensaio dos louvores do conjunto de jovens na tarde do dia “D” do tal evento, quem estava lá?!
Exatamente o jovem visitante, tão esperado por toda da irmandade;
o Levigone! "De carne e osso!"
Ninguém imaginaria a que veio. E o que predominava em nós era a inocência.
Ele não perdeu tempo pois tinha urgência...
Levigone nesse ensaio, já teve logo sua primeira oportunidade de dizer alguma coisa;
mas, teria que ser breve as suas ponderações.
Na verdade Levigine nem queria falar naquele momento: pois como uma cobra ele sabia a hora certa de "dar o bote".
Mas, para não “chegar calado e sair mudo”...
Abriu sua ferramenta de trabalho a “arma de dois gumes” – a bíblia, que a usava como facilitadora do cometimento de seus delitos e como esconderijo.
E cravou em minha memória e na memoria de muitos para sempre, as palavras de Deus saída da boca de São Paulo:
"Mas como está escrito: as coisas que o olho não viu,e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam "(I Cor 2.9).
E baseado no referido texto acima, que lera para nós, fez um emocionante comentário em que muitas lágrimas rolaram dos olhos “simples” daqueles jovens.
E no pouco que falou deu para se vê, que Levigone era mesmo "terrível" na arte da oratória!...
Mas, "suas unhas" só mostraria mesmo, depois...
Ele não teve a receptividade que gostaria de ter, por parte da mocidade e da igreja; foi recebido com uma certa frieza.
Mas, ”tem problema não: se não dá de um jeito dá de outro.” pensava o jovem lobo.
Mudou o foco e já pensava em alguma possível vítima fora da igreja, na sociedade campo-belense.
Então,o joio irmanou-se ao trigo de maneira que não dava para saber “quem era quem”. E, andava com os crentes como se fosse um dos tais.
Para cima e para baixo lá ia ele “enturmado” com os servos do Senhor como se fosse um dos escolhidos de Deus.
O tempo passou...
Não é que o culto estava ruim naquele dia, longe disso. Mas naquela noite não sentimos muita alegria no espírito.
O clima na congregação estava meio tenso, e com poucos “glórias a Deus e aleluias”; para um povo pentecostal aquilo não era muito comum.
Percebi que havia algo estranho no ar...
Após o término do trabalho ofereci uma carona para o primo Jamil, que ainda morava com sua mãe no Brejinho – saída para Brasília.
Parei o fusca na frente da sua casa e ele já foi me dizendo:
- Primo, você não imagina quem passou hoje à tardinha, aqui em frente, dando tchau pra mim!
- Não tenho a menor ideia! Disse a ele.
- Foi o Levigone, o jovem lobo que estava entre nós.
- Como você soube que ele era um lobo?! O interroguei.
- Fiquei sabendo que o mesmo, fora embora, depois de roubar o corcel II de Zé da farmácia.
Sabemos que Deus fala de muitas maneiras...
Então resolvi fazer uma prova disso e lancei um desafio:
Combinei com o Jamil: - vou abrir a minha bíblia no escuro da noite, e você vai pôr o dedo na página da mesma;
e vamos ver qual vai ser a palavra de Deus para esse tipo de pessoas?
- Vamos! Concordou comigo.
E, segundo as sagradas letras “o que for acordado a cerca de uma boa causa aqui na terra será confirmado no céu”.
E assim o fizemos: abri a minha bíblia, e o primo colocou o dedo indicador da mão direita em uma das páginas do livro Santo, e acendi a luz interna do veículo;
e qual foi a palavra do Senhor para o jovem lobo que estava entre nós?!
Fora a seguinte:
"Mas os homens maus e enganadores irão de mal a pior,enganando e sendo enganados" (II Timóteo 3:13).
E São Paulo nos revela o verdadeiro perfil moral e espiritual dos lobos que podem está por aí entre nós:
“... os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo,mas a seu ventre: e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples (Romanos 16.18).

31.08.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

A Luta Nao Pode Esperar

Crônica baseada na morte do estudante de Matemática da UFG, Guilherme Silva Neto de 20 anos.

Por Josielly Rarunny




Imagine um jovem alternativo e revolucionário, desses que defende suas crenças, capaz de lutar até a morte. Literalmente.
Guilherme saiu numa manhã de quarta feira após uma briga com o pai, motivada pelo estilo do rapaz, causas sociais e políticas que Guilherme defendia.
O pai, engenheiro de 60 anos, conservador e depressivo não aceitava as atitudes do filho. Proibiu Guilherme de participar da tal reintegração de posse que ocupava universidades e lutava contra as propostas da PEC 241.
Discutiram. Discutiram feio por sinal. Dessas discussões onde se ouve gritos, xingamentos e ameaças. Saíram cada um para um lado.
Guilherme deu as costas e foi a luta.
Que a luta não pode esperar.
Quem sabe ele foi cantando a canção de protesto de Vandré.
Pra não dizer que não falei das flores.
A mãe na sala ao lado ouvia a discussão.
Em oração repreendia e preferiu não interferir.
Vai saber o que se passa no coração de uma mãe.
Aquela dor recolhida, aquele choro engolido, uma aflição que parece não ter fim. Um anseio de ver a paz reinando no almoço em família do dia seguinte.
Um almoço que não acontecerá mais.
O pai tinha o tempo de esfriar a cabeça ou sacar uma arma.
Advinha o que ele fez.
Voltou para casa.
Encontrou apenas aflição e oração em forma de mãe.
O filho não estava mais. Encontrou Guilherme numa praça perto de casa e disparou contra o filho quatro vezes. Houve tumulto e gritaria.
Guilherme conseguiu correr, mas o pai alcançou o filho e com mais disparos o matou.
E com o mesmo tempo que ele levou para sacar a arma, debruçou sobre o corpo do filho, talvez arrependido da besteira feita. Não quis ficar e lutar contra a justiça social e brasileira.
Que por sua vez nem é tão severa assim.
Preferiu antecipar o julgamento e a justiça divina.
Guilherme deu as costas e foi a luta.
Que a luta não pode esperar.
Quem sabe ele foi cantando a canção de protesto de Vandré.
Pra não dizer que não falei das flores.
Ninguém sabe, ninguém ouviu falar.
O que todos sabem é que ele foi.
Infelizmente, pra nunca mais voltar.

Inserida por JosiellyRarunny

UM MOMENTO NO PARAÍSO

CRÔNICA

Por um tempo, não ouvi e nem inspirei as impurezas, sonoras e do ar, da metrópole; provenientes dos motores veiculares - na sua grande maioria -,no processo da queima incessante de combustíveis fósseis. Foi um investimento compensador aquele meu: estar naquele Parque Natural.Tudo era novidades por lá,mesmo sendo eu de origem interiorana,mateira.
Notei uma leveza em meu corpo!...E uma folga em minh'alma!... quando pus meus pés naquele santuário.
Provei do doce das frutas e do prazer das massas; e matei a cede na fonte da água da vida.
Abracei o jequitibá, e como os povos indígenas,naquele instante,fiz meus pedidos a Deus; e olhando para a copa do mesmo,me vi mais perto do céu.
Guardei em meu arquivo pessoal,o registro das imagens das palmeiras-juçara, que fornecem ao homem o palmito...
E as achei bonitas!...
Morri de dó delas, ao saber que, são sacrificadas por tão pouco!...
Recebi a paz do silêncio e o frescor da mata, em cheiro suave da terra molhada pelas águas, que regam aquele paraíso, nos períodos chuvosos.
Andei... Andei...O tempo todo; pisando em tapete de folhas das árvores que desprenderam dos galhos no tempo certo, e forraram o chão para mim.
Mas, o paraíso não estava completo: senti muita falta dos pássaros e de meus amores... que também alçaram voos para outros lugares... Andam arredios.
Conheci o pau-brasil que deu o nome ao meu país; revi o umbuzeiro,o pau-ferro...o jacarandá,o cedro; e no caminho, me encantei com a beleza das flores!... A densa floresta do Instituto Agronômico, some de vista e é um encanto só!...controla o microclima urbano e preserva a flora e a fauna; serve de lazer para a população e de estudos para a comunidade científica; dentre outras atribuições.
Sentindo meu organismo a implorar por mais energia; no turno da tarde,lanchei com os cursistas,coordenadores do BH Itinerante,edição XXXIII; e com os idosos - do grupo de trabalho -, rodeado de crianças por todos os lados,da Escola Santa Maria.
Dei pitangas aos peixes, que fizeram a maior festa; no lago turvo, pelas águas da chuva; vi minha canoa do tempo de menino, ancorada no porto da minha infância.
Beijei o coração de Cora Coralina,que estava em sua poesia, preso no saquinho de sementes, que ganhei da cursista Berta Vieira,minha eterna professora!
E quando a lua banhou de prata meu corpo inteiro;repousei no hotel das abelhas solitárias.

(24.11.16).

Inserida por NemilsonVdeMoraes

1º Boa Noite do Ano.....

Hábitos de infelicidade crônica
1 - Sua crença padrão é que a vida é dura
2 - Acreditam que a maioria das pessoas não são confiáveis
3 - Persistem em se concentrar no que há de errado no mundo ao invés de se focar no que está certo
4 - Comparam-se aos outros, são invejosas maliciosas egoístas
5 - Seu maior desafio é esforçasse para ter tudo no seu controle
6 - Vêem o futuro com preocupação e medo e esquecem de viver o dia de hoje
7 - Enchem seus dias com conversas vazias fofocas e reclamações
Resumindo,entenda que ter hábitos positivos é o que fará a diferença entre você ser feliz ou infeliz, e que nem sempre é necessário fazer tudo com a divina perfeição. Você não é Deus.

Inserida por Alevillela

O desejo

Nos últimos dias me bateu um desejo de voltar a escrever as minhas crônicas. Transformar alguns “rabiscos digitados” no computador em escritos que abordam um pouco sobre o meu pensar e agir diante do que capto da realidade.
Com o passar do tempo me veio uma série de temas, como por exemplo: amor, perdão, paciência, angústia, liberdade, solidariedade, fé, sabedoria, filosofia. Porém, decidi simplesmente escrever, não com o sangue como direcionaria o filósofo alemão Nietzsche, mas com sensibilidade.
Então, como começar se não tenho um assunto específico?
Vamos lá! (...)
Pensando! Pensando!
No instante que penso, veio em minha mente o Rubem Alves, que tentava descobrir em uma de suas obras o pensamento que ele pensava quando se estava pensando. Parece loucura, não é?
Mas o que virá ser a loucura? Se não essa vontade infinita de ser o que a nossa mente nos possibilita sermos com os nossos sonhos, fantasias, desejos...
O que virá ser o pensamento? Se não vontade infinita de voar sem sair do lugar como cantarolava a banda Cidade Negra!?
Aí estou eu! Escrevendo sobre o pensamento, a vontade, a loucura e o desejo.
Mas... Voltando a Nietzsche, o que significa escrever com o seu próprio sangue? Talvez, pensar com a sua própria alma? Expor com sensibilidade, o seu amor por algo ou alguém?
Deixo algumas perguntas para servir de alicerce para novas possibilidades ou novas viagens... Encare essas indagações como uma espécie de caminhada infinita que só termina quando quiseres parar de fluir as suas próprias potencialidades.
Logo, o infinito aqui, quem vai determinar o que é, e será, é você, leitor.

Inserida por AVANDELSON

Aprendi ler adulta
Meu experimento começou com crônica Quase sempre última página de revistas não necessariamente inteligível
Cronistas bons ou ruins não julgo, reflito
Os livros chegaram e, a imaginação explodiu
O cérebro não acompanha meus sentires
A lógica muito menos
Quem espera que escreva algo relativamente bom, recomendo que leiam textos - entrelinhas e notas de rodapé -
Tudo que tento resumir em frase fica um verdadeiro fiasco, melhor dizendo "merda mesmo".

Inserida por ElizabethSenraGuess

FELIZ DIA DO TELEFONE
(parte da crônica de João Ubaldo Ribeiro, publicada no dia 10.03.13 no Jornal O Estado de S.Paulo)

"Mesmo consciente desses perigos, ouso dizer que a maior parte de vocês não sabia que hoje é o dia do telefone. Eu por acaso sabia e me lembrei assim que vi a data no calendário. E também já sabia de uma porção de coisas adicionais, inúteis mas talvez vistosas. Tudo isso, juro que é verdade, sem recorrer ao Google. Faz mais tempo que eu gostaria de admitir, escrevi um trabalho escolar sobre Alexander Graham Bell, o inventor do telefone, e não me esqueci de fatos importantíssimos. Para começar, Bell não era americano, como geralmente se pensa; era escocês. E, se vocês pasmaram com esta, pasmem com a próxima: nos primeiros telefones, não se falava e escutava ao mesmo tempo, era como nos walkie-talkies dos filmes de guerra americanos e os interlocutores tinham que dizer "câmbio", ao terminarem cada fala.
E, sim, D. Pedro II garantiu o papel do Brasil no sucesso da invenção. Os historiadores americanos lembram como Sua Majestade, durante uma feira internacional em Filadélfia, ficou estupefato com o novo aparelho e exclamou: "Meu Deus, isto fala!". Parece que ele botou mais fé na novidade que os americanos, porque o presidente americano Rutherford B. Hayes declarou mais tarde que se tratava de um aparelho interessante, mas sem nenhuma utilidade. D. Pedro ganhou um e as centrais telefônicas começaram a se instalar no Brasil, notadamente no Rio de Janeiro e, segundo eu li, tinham o hábito de pegar fogo com grande frequência. O coronel Ubaldo, meu avô, como vários de seus contemporâneos, na hora de falar no telefone, botava o paletó e passava a mão na careca, parecendo ajeitar uma cabeleira invisível e, depois que contaram a ele que funcionava com eletricidade, acho que nunca mais tocou em nenhum.

Inserida por carlosmachado67

Minhas Crônicas:

Certa vez, conheci uma mulher muito bonita e bacana, discreta e de bons tratos, que se casou com um cara aparentemente bonito e chique, de boa fala, o qual era metido a bom de sela, um tanto 171 (estelionatário) que se achava o dono do mundo.
Na rua por onde passava ele cumprimentava todo mundo com aquela voz imponente e chamativa, com um sorriso fácil e atraente, porém, gostava de tomar umas cervejinhas no boteco da esquina, e, ao chegar em casa, tratava mal a sua esposa e filhos, os quais até se escondiam debaixo da cama para não apanhar mais e mais.
Até que um dia, aquela mulher calada e honesta, resolveu ir às forras dos maus tratos sofridos, e, quando o seu marido quis levá-la para a cama, ela ergueu a fala e gritou com o dedo em rispe, soltando os cachorros desaguou: Não quero e nem preciso de você mais prá nada, o que assustou o indigitado marido que de inopino replicou: Nem para fazer amor?... E a mulher decidida respondeu-lhe: Nem prá isso nem prá nada! Já tenho alguém bem melhor do que você e se quer saber, já estou de malas prontas para ir embora agora desta casa e levar comigo também os nossos filhos que estão cansados de apanhar e de te ver bêbado todos os dias! Se quer mais, tchau! Fui!!!

Inserida por luizborgesdosreis

POBRE CÃO!...

CRÔNICA

Não estava nas ruas por acaso...provavelmente alguém o abandonou.
Quando apenas procurava um cantinho pra se esconder e amargar seu sofrimento.
Não muito côrtes,o ordenei que saísse do meu recinto comercial - quando o adentrou no mesmo - raiando com ele severamente; devido ao horrível odor que exalava de uma bicheira, em uma de suas patinhas traseiras.Mas, de imediato, tive que rever o meu gesto: por achar deselegante a maneira como dei aquela ordem imperativa de sua retirada do local.
Com certeza naquele dia já ouvira tantas vezes o mesmo "não" de forma “Sai pra lá cachorro...!” ou pauladas, e pedradas...
Do lado de fora da loja, tentei retificar o meu grave erro, estalei os dedos e o chamei para junto de mim. Eu já desejava contar com sua amizade.Mas ele, arredio, não esboçou nenhum sinal de receptividade ou alegria.
Os bichos também têm sentimentos como a gente... Ficam para baixo, tristes,quando perdem a confiança,a saúde e o desencanto com as pessoas e com a vida.
Eu precisava fazer alguma coisa por ele, além de um olhar de piedade. Dei-lhe um pão; pelo menos assim amenizaria um pouco a dor da fome.
Mas a doença tira o apetite.Sem ânimo até pra comer, somente degustou alguns poucos nacos do alimento.
Dou o maior valor nas ONGs que cuidam desses animais: as pessoas destas instituições têm um espírito enorme e iluminado.
Duas moças passaram nas proximidades,no momento; com as mãos no nariz, disseram em coro: “sai pra lá cachorro!...” Não gostei de ouvir aquilo.
E lembrei-me de buscar um gole d’água para o bichinho... Mas,demorando achar uma vasilha adequada, ao retornar a ele, não mais o vi... E, talvez nunca mais o verei. Por isso, se pudermos fazer o "bem" não devemos demorar muito.
Pobre cão!...Se pudesse falar... pediria um socorro imediato para os seus males.Se tivesse sadio e bem tratado, bonito. Cairia na graça de todos e não sairia do braços,do sofá...da cama. E Não lhe faltaria carinho e amor; mas debilitado daquele jeito, todos o repudiavam e o enxotavam. Até eu vacilei quanto a isso,conforme relato já feito.
E ainda têm pessoa que dizem: "vida boa é de cachorro." Bom seria se pudéssemos viver um "dia de cão" abandonado e doente. Quem sabe assim daríamos mais valor ao nosso‘melhor amigo’ (21.02.17).

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Um beijo no coração de cada mulher que ler
esta crônica que vem bem do coração de
um poeta romantico...
Osculos e amplexos
Marcial

MULHERES... ESSAS CRIATURAS MARAVILHOSAS
Marcial Salaverry

É sempre com muita satisfação que presto homenagem às mulheres, pois em todos os sentidos, são elas as responsáveis pelos nossos melhores momentos, desde nosso nascimento. E não falo somente em nome dos homens, mas em nome de todos os seres viventes.
Nosso primeiro contato é com nossa mãe. Nosso primeiro alimento também. Os primeiros cuidados que recebemos desde a mais tenra infância, sempre são prestados por mulheres. Vocês já repararam que nas maternidades são quase sempre enfermeiras que atendem. Para lidar com crianças e com parturientes, sempre são mulheres. Há que se ter uma sensibilidade especial para esse atendimento.
Depois, nos bancos escolares, para o ensino das primeiras letras, é a sensibilidade feminina que mais uma vez se destaca. A grande maioria do professorado primário é composta por mulheres. Claro, para se lidar com crianças, sempre a sensibilidade feminina é mais confiável. Afinal, é nas escolas primárias que se molda a personalidade dos futuros adultos. E essa é uma responsabilidade muito grande, que cabe às nossas heroínas.
Na sequencia da vida, as mulheres continuam sempre com a maior dose de trabalho.
Em priscas eras, as mulheres eram criadas apenas para cuidar da casa, dos filhos e do marido, a quem se devia obediência cega. Em algumas regiões, era obrigação tratar o marido como "Meu Senhor". Pode? Era assim...
Felizmente para todos, a situação mudou radicalmente. Mas a luta que as mulheres tiveram que manter para conseguir tal mudança, foi enorme... A resistência masculina à perda dos privilégios adquiridos há tanto tempo foi muito grande.
Torna-se desnecessário relembrar a quantidade de passeatas, de protestos que elas tiveram que fazer. Passaram por muitas humilhações. Mas ei-las agora, vencedoras e rainhas absolutas...
Bem, nem tanto, pois, por incrível que pareça ainda hoje existe resistência contra a ação das mulheres. Já conseguiram galgar posições importantes, mas ainda tem que vencer muitas restrições. Ainda existem homens e, por incrível que pareça, até mulheres, que acham certos trabalhos "essencialmente masculinos”, bem como para a prática de certos esportes, como o futebol, por exemplo, existe muita resistência quanto a sua prática pelas mulheres.
E sempre será um lindo espetáculo o futebol feminino, como todo e qualquer esporte praticado por mulheres.
Gente... Estamos no século 21, já notaram? Temos que abrir os olhos, e ver que as mulheres têm tanta capacidade quanto os homens para a execução de qualquer tipo de trabalho, para a prática de qualquer tipo de esporte. E ainda apresentam uma vantagem que cada vez se torna mais perceptível, pois elas tem uma sensibilidade muito apurada, que lhes permite tomar decisões mais acertadas em situações delicadas.
Temos que reconhecer isso, acabando com essas restrições que verificamos ainda existir. Por exemplo, não consigo entender o porque, que para um mesmo tipo de trabalho, o salário da mulher seja inferior ao do homem. Não dá para entender.
Não resta a menor dúvida que para o DIA INTERNACIONAL DA MULHER, em boa hora criado, (bem... não é hoje o Dia Internacional da Mulher? Discordo, pois todos os dias do ano devem ser o Dia da Mulher...) temos que prestar a mais significativa das homenagens, oferecendo uma rosa a cada uma delas. São muitas? Ora, também somos muitos a oferecer...
A vocês, criaturas maravilhosas, um GRANDE BEIJO NO CORAÇÃO.
E para todos que sabemos agradecer a presença sempre maravilhosa de nossas queridas companheiras, vivamos a seu lado, mais UM LINDO DIA.

Inserida por Marcial1Salaverry

CRôNICA DE UMA PASSEATA

Preso à minha classe e a algumas roupas, vou de branco pela rua cinzenta. Melancolias, mercadorias espreitam-me. Devo seguir até o enjoo? Posso, sem armas, revoltar-me? Preso à minha classe vou pela rua sem pensar nesses versos de Drummond. Não estou só, vou bem acompanhado. Se não posso me despir das minhas roupas, trato de me despir do pronome singular. Vamos pela rua aos milhares, às dezenas ou centenas de milhares, não sabemos quantos somos. Vamos a passo lento, entoando cantos esparsos, escassas palavras de ordem, entregando-nos por vezes a um silêncio involuntário, carregado de indizíveis vontades. À minha frente, uma imensidade de dorsos se funde numa massa amorfa cujo início me foge aos olhos. Às minhas costas, cartazes e faixas atravessam a paisagem e não se adivinha onde a turba pode acabar. Noto que o silêncio me devolveu a mim, me distanciou da coletividade. Só quando um grupo grita que tomamos as principais avenidas de São Paulo, que ocupamos o centro do Rio, só quando ouço esses alardes eufóricos me dou conta de que formamos um único e enorme corpo, um corpo que parou o país.

Inserida por DavidFrancisco

Isso dá Crônica

Tudo que você pensa dá crônica, como esses: Astronauta bebendo coca, Morto-Vivo, Amigo Camarão, tudo nesse mundo dá crônica.
Essas também dá: Aula Chata dá Crônica, Crônica sem graça não tem graça dá Crônica, esperando a mãe sair do computador dá crônica, estudar para que? dá crônica e até café cafeina deu crônica, esses são temas humorísticos. Agora vamos para temas críticos: Morreu mas eu era seu fã que foi a crônica do meu amigo cronista revoltado, Big Brother Brasil programa inteligente ou imbecil?, Você Lembra...? foi outra crônica minha, Escola ou Penitenciária? Uma boa crônica para falar da minha escola, Em um Piscar de Olhos outro Título muito bom e muito crítico, já dei alguns títulos críticos. Agora vou dar títulos para chamar atenção de muita gente: Os leitores gosta muito de títulos de amor, como pode ser esses: Amor sem traição, Traiu? Quer Vingança? esse ai muitas mulheres iam ler, Jamais vou te Esquecer seria um título muito lindo para os apaixonados, outros temas para chamar atenção que não são de amor: Flamengo Raça Amor e Paixão! Mesmo eu não sendo Flamengo esse Título ia chamar muita atenção porque é febre no mundo, Que País é esse? um titulo ia chamar atenção e seria muito crítico, Copa do Mundo será que estamos pronto para receber uma coisa desse porte.
Mas se você dar-se um título como esse: Vasco Vice Para Sempre não ia chamar nenhuma atenção todo mundo já sabe disso.
Tá vendo até isso deu crônica.

Moral: Tudo dar Certo, é só querer!

Inserida por MinhasCronicas

Crônica do Dia

A pessoa quase derruba o meu portão, fui ver "que palhaçada era essa", ao chegar lá, ela me perguntou: "Pq o portão tá fechado?". Eu juro que nunca tinha visto essa pessoa na vida. Então eu respondi: "Pq não deixamos aberto!". Ela me encarou, e eu continuei: "É que está muito perigoso por aqui, então a gente deixa fechado, - e pq cargas d'águas eu estava respondendo isso a uma pessoa desconhecida que quase derrubou meu portão?!-. Mas no fim, ela só queria falar com a minha vizinha... que não se encontrava. Saiu sem se despedir, sem me agradecer.

Inserida por dualys

Crônica: Compromisso com a verdade.
Preciso de um esclarecimento!...
Reza a Constituição brasileira que todo cidadão é igual perante a lei.
Então porque existe tanta impunidade, tantas pessoas injustiçadas?
É complicado compreender que políticos safados que saqueiam descaradamente o patrimônio do nosso país se quer vão a julgamento, por terem imunidade parlamentar, é inaceitável!
Roubo é roubo!
Se um cidadão comum entrar em um mercado e pegar (roubar) uma mercadoria qualquer, e o mesmo é pego, ele é julgado condenado e preso, entendam-me não estou dizendo que isso seja correto, apenas que o erro é o mesmo, porque quando o cidadão comete este delito o maior prejudicado é o proprietário do mercado, mas quando esses safados de nossa política cometem esses atos asquerosos, os prejudicados são todos os brasileiros. E normalmente a classe mais carente é a maior prejudicada.
Porque o dinheiro que seria investido em saúde, educação, saneamento básico e segurança vão parar todo nos bolsos destes canalhas.
A miséria assola nossa nação e faz vitimas em todo o seguimento da sociedade.
Não se engane pequeno burguês!...
Você também pode tornasse uma vitima da miséria. Porque no exato momento que você vira as costas para a realidade da população carente, você os esta abandonando a própria sorte, eles iram reagir, como lhes for possível.
Portanto são vocês quem arma nossas crianças, quem as prostituem, ninguém busca o que há de pior por prazer, mais sim por sobrevivência.
Para toda ação há sempre uma reação igual ou contraria, isso é pura física.
É horrendo ver ou saber que um jovem seqüestrou e matou um empresário qualquer, mas esse jovem será punido exemplarmente quando pego, nada mais justo ninguém tem o direito de tirar uma vida seja la por que motivo for, ainda mais por dinheiro, mas é horrendo também ver ou saber que um grupo de jovens de classe alta espancou uma pobre empregada e nada foi feito, ou que ateou fogo em um índio vivo por que acharam que seria divertido.
Agora se alguém souber a resposta digam-me, por favor, onde esta o artigo da constituição que diz que todo cidadão é igual perante a lei.
Poupe-me de tanta hipocrisia, o artigo deveria ser assim... Nenhum cidadão é igual perante a lei, depende muito de sua conta bancaria.
Eduquei meus filhos para respeitar a verdade, mais essa missão torna-se difícil diante de tantas atitudes vergonhosas, quando passamos o conceito de verdade às pessoas, deve ser cabal, singular, não deve haver ressalvas, verdade deve ser pura e exclusivamente verdade.
Se nossa constituição foi redigida sobre o embasamento da verdade, onde esta a veracidade deste artigo.
Essas situações são demasiamente frustrante, mais não tanto quanto ter consciência, de que nós brasileiros aceitamos a tudo passivamente sem nenhum questionamento.
É nosso o direito de compromisso com a verdade, respeitem nosso direito.


Autoria: Marizete.

Inserida por f16el14

Crônicas numa tarde de trabalho.
Nesta brincadeira, cantará novamente !


Ah! Os meus dias de estudantes ! Quantas brincadeiras. Uma infinidade de artes, coisas de adolescentes : Jogar bolinhas de papel, dar de ombros com uma só perna, corre-corre e outros. Deixar um pouco de merenda no prato, no copo de leite com achocolatado, folhas de cançasão...
Punição ? Sim, havia; ora era de frente para o quadro e algumas ajoelhado. Gritos? Sim.Como esbravejava alguns professores, ainda tinha uns mais "topetudos" que respondiam achando lindo tamanha atitude.Mas como tudo muda; a educação segue,mas a remuneração dos mestres...
Salvem os nossos professores ! Dignidade de sálarios. Liberdade para lecionar.

Inserida por adilsonrocha1

Sinto falta daquele tempo em que domingo era o dia perfeito para se fazer crônicas, aquele mesmo tempo onde tudo rimava com maior requinte.

Para quem um dia se titulou como "O poeta dos sonhos", hoje desempregado dos versos por realidade, essa situação um tanto quanto ultrajante me deixar mais que inquieto, deixa-me pávido com esse real mundo capaz de destruir o mais imutável dos sonhos.

Poeticamente falando, seria quase impossível voltar aos úberes tempos de sonhador convicto, até porque já estou naquela fase onde começa a cair a ficha literalmente.

Sonhar é tão bom, mais ter ao achar que poderá se tornar realidade é melhor ainda e se pudesse eu ter o dom de volta ao tempo, aproveitaria mais, festejaria de menos e gozaria mais as oportunidades que me foram concedidas com tanto amor e ardor na peleja.


Não que me falte gratidão à cara, pelo contrário sempre fui grato a tudo e todos, por menor que tenha sido o ato. O fato é que faltou penhor e os excessos foram tantos, no final desdenhei o pouco que me restou.

Vontade de sonhar ainda me restou, porque nunca é tarde para tentar nem cedo demais para ser feito, duvide sempre do destino, poise só assim serás capaz de viver sem essa hesitação em tomar a decisão da sua vida.

Inserida por netofreitas