Crônica sobre Política
O problema de querer orientar a população através da linguagem escrita é que a maioria dela, 90 % ou mais, composta por analfabetos, semi-analfabetos e analfabetos diplomados, não sabe ler, não gosta de ler, odeia ler, tem preguiça de ler, e não faz um esforço sequer para ler nem mesmo um parágrafo, e quando lê não entende o que lê, lê uma coisa e entende outra coisa. Assim, tais informações ficam restritas a um pequeno grupo, ou somente ao grupo onde surgiram. É por isso que os áudios do WhatsApp e os vídeos do YouTube fazem muito sucesso entre essa gente. E é por isso também que os criadores das fakes news deitam e rolam. É também por isso que estamos todos f...dos e mal pagos.
O problema maior não é perder o emprego, mas perder a dignidade também. Porque muita gente, trabalhadora, quer viver do seu trabalho, do seu suor, e não de míseras doações do próximo. Isso ajuda, mas humilha e envergonha também. Por isso o auxílio emergencial do governo, numa pandemia, por exemplo, é de fundamental importância, é menos humilhante para os trabalhadores informais ou desempregados.
Pra quem vive pressionado contra uma "bola" que gira em torno de 107.000km por hora e rodopia cerca de 465m por segundo, simultaneamente, como nós vivemos, até que estamos indo muito além de qualquer coisa que alguém pudesse esperar de um humano, só não pode "parar no tempo" (nem ir pra direita).
Apesar dos pesares, eu vejo um futuro bom para a humanidade, e para os outros animais tbm, e para as outras espécies de vida tbm, um futuro mto bom, com pessoas mentalmente evoluídas, dotadas de mta empatia, de modos bem humanizados, mas mto distante ainda, não é pro nosso tempo, nem pras próximas mil gerações.
Para defender um país, primeiramente é preciso defender a qualidade de vida dos pobres, o bem-estar de um modo geral, aquilo que é justo e bom para todos, doa a quem doer. Nenhum funcionário público, por exemplo, vai trazer mudanças positivas para o país defendendo causas próprias, como os seus salários e a estabilidade de seus empregos, isso é hipocrisia.
Se hoje eu tivesse que usar uma metáfora para simbolizar aquele cara – ou aquela – que está sempre em cima do muro, e nunca se posiciona perante as situações importantes, nem mesmo diante de injustiças, e nem sequer aborrece ninguém, sem sombra de dúvida que ele seria a da “pessoa zero à esquerda"; medíocre ou sem valor algum. Os zeros à esquerda não valem nada, nem um tostão furado.
Um político consciente não defende partido. Um político consciente tem, de uma maneira geral, um posicionamento favorável ao que é importante e justo para o bom desenvolvimento do povo, e do próprio país, independentemente de direita ou esquerda ( ou seja lá o que for), e vice-versa. Isso tbm vale para o eleitorado.
Se as lideranças políticas, aquelas, anônimas, dos bairros e favelas, pensassem, talvez, hj, o povo brasileiro não defenderia interesses particulares de políticos, de quinta, nem direita nem esquerda, mas, sim, melhorias no sistema público, e, o bem-estar em prol do coletivo, a começar pelos lugares a que elas, e suas famílias, e amigos, pertencem.