Crônica sobre Política
Todos os meios de comunicações são bem tendenciosos, mas as cartilhas partidárias também o são. De modo que não se pode mais ficar absorto ao que acontece ao redor e direcionar o olhar para uma única dita "verdade". Não podemos permitir que um partido ou outro tenha o "divino poder" de nos direcionar para o que eles acham que é certo ou errado, pois sabemos bem em qual animal de tração que é colocado viseiras para não olhar para os lados. Temos muito a aprender para saber distinguir política de politicagem.
“Aos intelectuais cabe-lhes aprofundar a percepção da realidade social para evitar que se alastrem as manchas de irracionalidade que alimentam o aventureirismo político; cabe-lhes projetar luz sobre os desvãos da história onde se ocultam os crimes cometidos pelos que abusam do poder; cabe-lhes auscultar e traduzir as ansiedades e aspirações das forças sociais ainda sem meios próprios de expressão.”
Brecht que me perdoe, mas o pior analfabeto é o analfabeto poético: ele não vê, não sente, não se dá conta da vida ao seu redor. Ele não sabe quando os ipês amarelos começam a florir, o dia em que haverá superlua, o instante em que um afeto se transforma em amor. O analfabeto poético se orgulha e estufa o peito dizendo que não tem tempo para essas coisas. Não sabe que, da sua ignorância poética, nasce a frieza, a ingratidão e, o pior de tudo, a falta de vínculos com o resto da humanidade.
São Paulo cresceu nos últimos trinta anos sem planejamento algum, áreas de preservação invadidas por troca de votos, pessoas incompetentes administrando setores essências, crescimento desordenado, abandono total da administração pública e super população são só alguns dos fatores que levaram São Paulo ao caos hídrico....
Numa sociedade injusta, há um permanente e infindável jogo de espera, onde os menos favorecidos esperam que os afortunados façam algo por eles e estes, por sua vez, consideram que já fazem o bastante e que ao Governo sempre cabe fazer a sua parte. Neste sórdido, vicioso e perigoso jogo político, a injustiça cresce, o pobre nunca governa, a política não cumpre sua função, como ciência da arte de bem governar um povo, e todos perdem. Os menos favorecidos perdem o direito de viver com dignidade, os afortunados perdem o sono e a decência e aqueles que governam perdem a moral e facilmente se corrompem.
Mais vale o trabalho e o esforço de um marido que sai para semear, e cultivar os frutos provenientes da terra para então colhe-los para o seu próprio sustento e de sua familia, ou a cintilante luz do sol e o frescor da chuva sem as quais de nada valeria seu trabalho e esforço? ; Pois , assim o é na república democrática, de nada vale o trabalho e esforços individualistas em detrimento da incomensurável relevância da "Ética e da Moralidade" , as quais , caracterizam-se como de suma importância para uma republica democrática ausente de "inequalidade" , isto é , com plenos direitos e deveres igualitários a todos os cidadãos pertencentes da mesma.
Quem milita na vida pública precisa ter sentimento coletivo e amor ao próximo. Nada se conquista sem a solidariedade humana, o diálogo e o entendimento neste meio. Uma liderança alcança o sucesso quando mais representa o sentimento humano, quando vê em cada mãe a sua mãe, em cada pai o seu pai, em cada irmão e filhos os seu. Nestes quatorze anos de convivência com a necessidade humana militando na política aprendi muitas coisas: a principal delas é que LEALDADE se paga com LEALDADE e FUNCIONÁRIO se paga com SALÁRIO. É muito mais difícil você ter a lealdade a seus sonhos de um funcionário do que a de um amigo que sonha com você. Um projeto coletivo de forças para beneficiar um coletivo enfraquecido pelas injustiças só se faz com pessoas movidas pelo amor e a solidariedade, diferente disso é privado, visa lucro, é medíocre do ponto de vista da realização coletiva, social. A massa quer representantes acessíveis e solidários, patrões eles já tem numa relação limitada por acordo meramente comercial. Assim teremos melhores homens liderando o que há de melhor numa sociedade: nossa gente, na busca de um ideal anônimo horizontalmente falando e gigante do ponto de vista de conquistas.
Nunca um ano se pareceu tanto com outro como 2014 em relação 1964. O que ocorre no Brasil é o acirramento de forças políticas antagônicas, a aversão de certos setores da sociedade por uma candidata eleita, pessoas descontentes com o governo e impedindo o restabelecimento daquilo que acreditam que é a ordem através de uma intervenção militar, cartazes dizendo que o país não será uma nova Cuba, a grande mídia atacando o governo, a paranoia de que um golpe comunista é iminente e alguns grupos religiosos afirmando que se o atual presidente continuar no cargo a família e os valores cristãos serão destruídos. O ano de 1964 tinha as mesmas características de 2014, mas claro que com um contexto histórico e personagens diferentes. Cabe as pessoas que conhecem a História decidirem se querem que um fato se repita neste caso não como a tragédia de 1964, mas como uma farsa que ilude muitas pessoas em 2014.
Quando tudo está dando certo em um governo é fácil apoiá-lo, quando tudo está dando errado é fácil criticá-lo, quando é para protestar é fácil, mas na hora do vamos ver de verdade e partir pra cima contra o governo não sobra um pois é muito mais fácil renegar a história do que lutar por um bem coletivo. Em resumo, as pessoas se acomodam fácil com as coisas e se preocupam mais com seu próprio ego do que com um bem coletivo e por mais que esta diga que luta por um bem coletivo é porque na verdade existe um ego interno que a obriga a querer atingir algo.
"A valorização de um homem que enriqueceu à custa da malversação do dinheiro público é apresentada como um exemplo de inteligência e capacidade. Chegamos a tal estupidez que há muitos que julgam que as funções públicas são apenas um caminho de enriquecimento, e julgam até justo o político torpe e corrupto, que nada mais faz do que aproveitar-se de uma situação."
As pessoas muitas vezes não sabem ou não conseguem distinguir que a questão não está na legitimidade do Governo - porque a legitimidade é dada no momento em que o partido sobe ao poder e a escolha é feita pelo cidadão. O que importa é o que chamamos, em termos de Direito, discricionalidade, ou seja, as opções de escolha do Governo.
Em termos do princípio da discricionalidade, o poder executivo pode escolher fazer uma coisa ou outra desde que isso esteja em conformidade com a lei, e consoante às suas vinculações. Isso quer dizer que o que nós podemos criticar é apenas a forma das escolhas administrativas do Estado, onde, por exemplo, o Estado abriu poucas escolas, poucos tribunais, onde deveria abrir mais, ou fazer mais. Não está em jogo a sua legitimidade parlamentar ou a legitimidade de governar.
A evidência empírica sugere que as pessoas que mais estão dispostas a pagar pelos custos pessoais (em termos de tempo e esforço) da participação [política] são aquelas com as opiniões mais extremas. Os extremistas têm interesse pela política e tendem a ser os mais insatisfeitos com o status quo, e por isso tendem a ser os cidadãos mais altamente participativos.
As eleições passaram, e é uma pena ter ocorrido tantos atritos, em uma população tão inteligente, brigar pra que? É democracia, a escolha dá maioria, mesmo que eu tivesse escolhido o lado "oposto", eu aceitaria a democracia, escolha da maioria. Aliás nunca existiu lado oposto, a cor vermelha nunca foi oposto do azul, o açúcar nunca foi o contrário do sal, o que não pode é continuarmos fazendo mal.
É preciso desprendimento para combater os corruptos que continuam e continuarão a sustentar seus egos com dinheiro espúrio; é necessário ter um túmulo no coração, para sepultar a incompreensão dos omissos, que não fazem e não deixam fazer; é imprescindível tolerar a arrogância dos que se imaginam proprietários de todos os saberes.
Pirapora, a cidade que "já foi" e "já teve" virou uma terra fértil em "laranjas", servidores fantasmas, "aspones" e até "malas pretas". É muita gente se vendendo a preço de banana, cargos públicos, bolsas famílias e seguro pescador. Outros, enchem os bolsos, fazem caixa e pé-de-meia com as máfias do combustível, das diárias, do transporte e da merenda escolar...
Interessa, sim. Porque as mentiras têm pernas curtas e mais cedo do que tarde vocês serão desmascarados. Porque só se constroem castelos de areia baseados em mentiras. Porque já está claro que vocês governam com os corruptos, que vocês continuam e pioram ainda mais a política econômica que traz a miséria e o abandono para a grande maioria do povo. Que vocês governam com os ricos e para os ricos, sem os pobres e contra os pobres.
Você pode dar um castelo para um rato, mas ele não entende, sempre vai procurar um esgoto. E não é que ele não tenha suas ambições, claro que tem, mas não são nem de longe dignas de honra. Ao contrário, é apenas um oportunista buscando aventura e prazer, o queijinho de hoje e mais nada. Então, defino: ratos não podem ser reis, não dê poder há eles! O rei precisa pensar em governo, em disputas genuínas em busca do fortalecimento do seu povo e de seu império, o rei precisa pensar em grandeza. Ratos, no entanto, gostam do inóspito, são aventureiros medrosos, são tão sagazes quanto sujos. E nem adianta tanta esperteza, afinal, o fim é sempre o mesmo, o esgoto. Se der um castelo a este bicho ligeiro, vai logo perceber que o trono e um cedro não transformam sua natureza, precisaria bem mais que isso. Teria de dar a ele uma mente, coração e ensinar-lhe sobre caráter.
Só pensando: Deus anda tão ocupado com famílias inteiras sendo destruídas pela insanidade e ambição desenfreadas do ser humano que tá deixando a gente aqui, nesse país maravilhoso, sofrer um pouco para aprendermos mais com a própria história. Um povo q escolhe pra ter como administrador um opressor, um tirano com um discurso totalmente voltado para a intolerância e o preconceito e, o que é pior, encontrando eco nos comportamentos semelhantes onde vale mais o próprio umbigo do que amor ao próximo, como tão maravilhosamente nos foi ensinado. Um administrador que fala que não governa para uma parte da nação em que foi eleito, que promete o extermínio dos que não compactuam com seus ideais, que a todo momento se contradiz em seus discurso e prática, que prega o ódio. Vamos rezar sim... elevar nossas preces ao mundo todo pra que haja mais compreensão de que humano é o SER e não o TER.
Hoje em dia na Venezuela, os dias amanhecem sem cor, em contraste com sua bandeira. A batalha se torna obrigatória ao acordar, quando não se tem mais nada para colher. Os lixos viraram mercado e a competição na podridão é contra ratos. As crises nas ruas, é gargalhada para o tirano, que faz dancinha enquanto o povo apanha. Aqueles que negaram ser canhotos, sofrem nas mãos daqueles que deveriam ser seus protetores, os olhos murchos não creem em nada, pois, não há nada que traga consolo. Querem resistir e quanto mais resistem, mais lhe afundam a chaga, porém são essas marcas, que motivam seus companheiros de nação. Vemos uma resistência pacífica contra uma ditadura que penaliza, querendo impor uma falsa constituinte. A multidão, por sua vez, segue nas ruas buscando desesperadamente pelo que deveria ser seu por direito, a liberdade.