Crônica sobre Política
ANTIALEXANDRINO
De João Batista do Lago
Inclino-me a quebrar
todas tuas santas regras
Não há coisa mais ve-
lha que tê-las presente
Todas as suas amar-
ras são paletas negras
Que prendem o pensar
livre em virtual corrente
A tua linguagem sô-
frega afasta o ser jovem
Espírito sui ge-
neris... indiferente…
Avesso do teu ver-
so tão insignificante
Que nada faz sentir…
pois é tudo desordem
Deixa-me aqui liberto trovador vetusto
Toma teu veludoso fardão nobre bardo
Mortalha ele será para tua pobre lira
Não me queiras tu indicar novos caminhos
Seguirei os meus com os meus pergaminhos
As pedras do meu caminho eu mesmo as tirarei
DESPERTAR DO SER
De João Batista do Lago
Sinto o desespero dos sujeitos
que se desgraçam em seus desejos,
que se perdem no lodo de suas verdades,
que se encavernam em suas culpas,
que se morrem sem a possibilidade do renascer!
Esses garimpeiros de desejos
são profetas cosmológicos insanos,
enclausurados em suas distopias seculares;
pouco sabem da potência da força
que lhes podem transformar em demiurgos!
Plenos de suas verdades seculares
subjugam o outro sob o canto do amoral,
arrastando massas para o sepulcro abismal
sob o em riste da espada ditatorial,
que degolará qualquer mente que não se pretenda igual!
Ó irmãos de culpas várias e impostoras,
Não vos acomodeis com o jugo opressor,
Não aceiteis as sombras como realidades únicas,
há, por certo, força luminosa em vosso corpo
capaz de livrá-los dos proféticos grilhões
(Aí, então, sabereis do novo renascer e
aprenderás que a única liberdade possível
é a liberdade que te permitirá demiurgo do ser.)
ALMA DE SÍSIFO
De João Batista do Lago
A noite é fria…
Gélida!
O espelho esfumacento
não me revela
nesta fria noite… fria.
Algo dentro de mim
grita feito besta fera.
Ouço-o.
O lamento é lúgubre
e lúgubre é o meu lamento!
Feito Sísifo
desço a montanhosa noite
refazendo meus pensares.
Amanhã terei que rolar a rocha até o topo!
Renascerei ou mais um dia morrerei?
Titulo: Mundão
Passamos cada segundo
Sonhando com um novo mundo
Onde tudo é perfeito
Independente do que é feito.
Mas se tudo é perfeito
Onde vamos parar
Sem guerras de classes
Para nós diferenciar
Podemos ser loucos
Por um dia acreditar
Que esse mundão, um dia vira
Com igualdade
Para ó sustentar
E sem Preconceitos
Para nós afastar
Mas com esse mundo ideal
Já não podemos contar
A corrupção já tomou o seu lugar
Mas enquanto vivemos....
Ainda podemos sonhar.
À BEIRA DO CAIS
De João Batista do Lago
O velhinho sentado à beira do cais
é silêncio puro
num final de tarde febril
no ocaso de um dia de abril
onde o sol não sorriu para os cabelos brancos
feito asas de gaivotas soltos na imobilidade do vento
Sento-me ao seu lado
vazio...
e calado...
e mudo na prenhez do tempo e do espaço…
Os meus cabelos ainda estão viçosos
alinhados e sem quaisquer querelas com o vento
estão nervosos
e bem mais sofridos que aqueles cabelos brancos sustentados de experiências
capazes de tudo falarem sem uma palavra sussurrar
E eu tão jovem querendo auscultar
o lamento que somente as ondas do mar ouvem
caladas e correm como loucas para...
para guardar na profundidade do seu mar profundo e eterno
as minhas queixas...
as minhas querelas...
e todas as minhas
mágoas guardadas na plenitude daqueles cabelos brancos feito asas de gaivotas famintas do peixe
De repente
o velhinho sentado à beira do cais
levanta-se
e sem me dizer uma palavra
sem um adeus
sumiu na plenitude do tempo e do espaço
Fiquei só sentado à beira do cais...
No dia em que a "raça" humana se tornar realmente racional, e compreender a diferença entre sorte, esforço, mérito e privilégio, e deixar de olhar para os próprios interesses com prioridade, aí sim, estarei em paz.
Mas enquanto essa Utopia não se concretizar, cabe a nós fiscalizarmos o comportamento daqueles que detém o poder de gerência e transformação dos direitos coletivos.
E se tudo isso acontece hoje, foi porque negligenciamos o dever de fiscalização lá atrás - que ainda reproduzimos no dias atuais - aceitando o indigno em detrimento de interesses pessoais ( por simulada falta de tempo, recebimento de vantagens e nítida carência de solidariedade).
Somos egoístas por natureza, pois dispomos de boa parte de nosso tempo para prazeres individuais, mas não separamos segundos para o bem comum.
A história da humanidade é lamentável.
Incrível como eu me acostumei a comprar coisas caras e fúteis, mesmo sabendo que muitos morrem de fome, talvez a poucos quilômetros de mim.
O individualismo cultural é o verdadeiro câncer da humanidade, que passa de geração pra geração a medida que nos diferenciamos por nossas condições financeiras, etnias e crenças.
Vivemos sempre na busca de "vantagens": como ter mais dinheiro, morar melhor, e ter condições de exibir pertences como forma de agradar a sociedade.
Hoje, ser bonito é ser melhor. Ter um corpo belo, dentes perfeitos e vestimentas de dar inveja, o torna mais atrativo.
Ou seja, as pessoas se preocupam mais em "ter" do que "ser".
Até porque a sociedade confunde o que uma pessoa é com o que ela tem.
E tudo o que somos não pode ser tocado. Somos o que vivemos e o que sentimos.
E o que sinto, nesse momento, é um imenso desprazer em ser humana.
Porque apesar de tudo o que refleti agora, amanhã certamente irei acordar no meu colchão caro, tomar um banho de dez minutos, passar minha maquiagem que certamente alimentaria uma família por um mês, sem deixar de passar meu perfume importado, e ir trabalhar com a falsa impressão de que o que faço da minha vida, é realmente importante.
"O grande paradigma da vida é sempre achar que haverá um amanhã, e neste dia teremos a oportunidade de fazer o que deixamos para depois. Aquele abraço, aquele beijo, aquele pedido de perdão, aquele dia especial em família. Afinal, é unânime entre os moribundos a famosa petição, independente de credo - por favor Senhor, só mais um ano!
No entanto, durante toda a vida tivemos oportunidades de fazer, o que somente na morte, desejamos com todo nosso sentimento."
Thiago Oliveira (1986 a)
"A empatia é um estado de intelecto emocional. Quando praticada, nos imuniza do egoísmo. Evita ofender e ser ofendido. Empatia, é a prática da autoconsciência. Ao entendermos que, existe um universo de possibilidades para além do nosso egocentrismo, rompemos as barreiras do preconceito. Com isso, compreendemos melhor o nosso próximo."
Thiago Oliveira (1986 a)
A festa já acabou
É carnaval,
E a minha alma pula, inquieta,
Sem paz.
É carnaval,
E as alegrias só restaram nos carros alegóricos,
Nos enfeites brilhantes,
Nos comas alcoólicos.
É carnaval,
E as alegrias só ficaram
Nos instantes, efêmeros,
Intervalos
De dor.
É carnaval,
E a banda passa,
E a vida passa,
Diante dos seus olhos.
Acabou-se o carnaval,
E só restaram os confetes,
No chão.
"Decidir abster-me de comentar minha indignação sobre a maldade alheia, não é um gesto de covardia. É um ato reflexivo, que me proporcionará dois caminhos de paz. O da direita, é não criar contendas e seguir meu caminho em harmonia com o mundo. O da esquerda, será agir em pró da causa e revolucionar através do pensamento filosófico."
Thiago Oliveira (1986 a)
"Quando temos a certeza de que vivemos como almejamos, certeza de que temos uma vida digna, ainda que não seja abastada de materialismo. Passamos a nos preocupar com o que acontecerá após a nossa morte, tanto quanto, nos preocupavamos com o que ocorrera antes de termos nascido."
Thiago Oliveira (1986 a)
"Sobreviver no estado do Rio de Janeiro, Brasil é tão heróico e vibrante quanto sobreviver ao desembarque nas praias da Normandia, França. Fato ocorrido em 6 de junho de 1944, o famoso dia D. Tão mortal quanto as MG42 alemãs. Aqui lutamos contra Sarampo, Corona Vírus, Febre Amarela, Zica Vírus, Dengue, Gripe, Chikungunya, Milícias, Tráfico, Autoridades Corruptas e Analfabetismo Funcional."
Thiago Oliveira (1986 a)
"A existência de alguém, que se opõe aos meus pensamentos é fundamental para o meu crescimento, enquanto ser social. E, entender a importância do outro ser no processo de aprendizagem, na jornada de vida, compreendendo, respeitando, aceitando ou não sua opinião, me tornará de fato, cidadão."
Thiago Oliveira (1986 a)
Existe uma diferença gritante entre os que controlam os meios políticos e econômicos, e que por ventura roubem muito, com os proletariado, que pega transporte público, hospital público e que eventualmente rouba pouco.
Na ficção a justiça cega lê nossa constituição e diz sobre igualdade, mas na prática o que se vê e o que se pratica são tratamentos diferentes.
Não se enganem, enquanto nós estamos discutindo politica, esquerda, direita, liberal, homexualismo... o verdadeiro problema acontece bem na frente dos nossos olhos. Mas o excesso de informação banal confunde nossa percepção para o que realmente importa.
Eles são apenas sorrisos enjaulados
Eu busco sempre as conexões pra estabelecer alguma relação os tentáculos sempre tenta grudar em alguém
As vezes acabo ficando com ninguém
Ninguém pra conversar, dar risada, ser eu mesmo
A solidão me atormenta
Fico sempre tentando me conectar com as pessoas, mas elas já estão conectadas com seu telefone
Fico no meu quarto chorando todas as vezes que lembro que me conectei com pessoas e tive que me desconectar
Os problemas das pessoas são tantos que não pra eu escrever todos eles aqui
As pessoas não sofrem somente com os problemas do país eles tem mais problemas e esses problemas
E do próprio país
Cada um tem um eles machucam de diferentes formas um mais grave que outro
Os problemas são esses: as pessoas não se conhecem, elas não conversão mais, elas não olham para os lados
Estão sendo controladas
Existe um padrão o padrão do capitalismo, você não tem vida, vc tem status
Você não pode ser fraco, nem não querer lutar pra sobreviver, a arte não é vivida todo mundo busca a era clássica
O belo toma conta e feio é desprezado
Então toma lixo na sua cara vê se aprende vê se cresce
Eu vou dar tapa na cara de cada um não importa se você não vai gostar pq o país tá aí
Um lixo
Porque vocês não querer estourar o milho de pipoca?
E sabe o que vai acontecer com o milho que não estoura?
Um caso a pensar 🤔
Refletir é mais forte!
Quem tá com a razão🤷🏻♀️🤷🏻
Qual é a verdade disso tudo?
Quem ouvir, quem seguir?
E a vida? E a morte 💀❓
E o caos instalado, quem pode resolver?
Política?! Ciência?! Cultura?! Economia?! Quem já usa máscara não precisa de outra!
Políticos aliados aos bons costumes cristãos.
Headbangers (metals, rockeiros, ecléticos, etc.) aliados aos bons costumes políticos.
Cuidado para não perderem seus direitos!
Não mais brincos, cabelos compridos, tatuagens, moto clubes, etc.
Pois se não seremos obrigados a seguir os bons costumes do padrão social.
Infelizmente, estou convicto de que qualquer palavra que eu puder usar de repúdio e revolta às atuais falcatruas da politica brasileira, neste momento, ainda poderia correr o risco de ser taxado como “omisso” diante o gigantesco conteúdo acumulado e crescente.
Então, diante deste quadro surreal, que nos afetam a todos, só poderei deixar aqui registrado, o crescente desejo, que toma minha alma, resumido numa única e pequena frase...
“ FORÇAS ARMADAS NAS RUAS JÁ...”
(Teorilang)
Fato que gera dúvida pertinente, sendo. Caminhões frigoríficos são usados para alocar corpos com COVID19. Posteriormente a pandemia, voltarão a transportar carne para mercados, e compraremos estas carnes. No entanto, podemos confiar que, tais caminhões serão desinfectados? E se forem, podemos confiar na qualidade do serviço?
Resposta plausível: "Brasil".
Thiago Oliveira TSO
Estamos cada vez mais a deriva, em
meio ao caos de uma tempestade,
sem precedentes. Sendo guiados por
um comandante descrente, intolerante e meio louco. Perdeu sua bússola e acabou de perder seu mastro principal .
Deu um tiro no pé.
Seus oficiais estão abandonando o navio.
O comandante está se isolando e no desespero começará a mentir e omitir a verdade. Não somos cegos"
O que será dos passageiros inocentes que estão em seu navio ?
Que Deus nos ajude a sair dessa.