Crônica sobre o Álcool
Euforia e Tristeza
A euforia que sentimos ao consumo de drogas, álcool e entres outros entorpecentes, não se compara a euforia que sinto ao te olhar de longe e imaginar como seria uma vida com você...
Porém a tristeza que sinto por não te ter por perto, te tocar ou mesmo sequer te ver, acabam me levando a euforia dos entorpecentes para me esquecer dessa sensação de tristeza...
E então você se contenta com uma barra de chocolate por dia
Você precisa é de álcool e cigarros
Não amor
Nem afeto
Mas, solidão
Necessidade de ouvir a alma ecoando pelas paredes
Conversar com o sofá
E beijar o filtro
Sentir o estômago doendo
e doer o peito
por dó
do resto.
Quero o sossego do nada
e a resposta do tudo
do todo
As pequenas vindas do que vem
e as idas do que sobra
Deixar a barba e o cabelo crescer
e ouvir Joe Cocker pela madrugada
Andar pela rua sem olhar pra qualquer lado
e entrar nos olhos de quem passa
e passar pelos olhos de quem entra.
Eu não quero salvar ninguém
Minha amiga favorita tinha alguns excessos de álcool, mas sempre que eu falava disso ela se afastava, eu estava esperando um bônus há muito tempo, compartilhei felicidade e tudo deu errado, ele revelou não ser muito religioso, mas era uma pessoa de bom coração.
Não tenho medo de aceitar algumas coisas como são, evitar desentendimentos, e fazer baixar o termômetro da ansiedade, fui independente e inflexível demais por muito tempo, meu amigo preferido se afastou, tinha uma enxurrada de lembranças desconfortáveis e tudo isso me deixava imóvel, perdida no tempo.
Provavelmente uma pessoa radical, inconveniente e agressiva eu fui, mas sempre com remorso no olhar, com a vontade de vencer tendo nas entrelinhas a petulância de se ruma pessoa difícil. Eu sou forte, protetora, carinhosa, generosa e pouco paciente, sei perder a arrogância e tenho medo das pessoas que não conheço e julgo pela capa.
Adoro frio, detesto calor e nasci em Manaus, reconheço-me nas histórias alheias, sinto-me ridícula às vezes ao destilar o ódio com tanta facilidade, evito conversa fiada, admiro a forma como muita gente luta pelo que acredita.
A cerveja e o suor não me apetecem, sou explosiva e já tive pretendentes gostosos em minha vida, mas nada que valha mais que um bom caráter, claro que você não deve mudar sua essência, mas pode pensar em ajustar alguns comportamentos, fico magoada só de pensar em tanta coisa que não relevei.
Essa mania de ser verdadeira, de ser real é bastante grosseira, não quero dar notícias importantes, não quero perder tempo numa relação fadada ao fracasso, não quero uma lógica baseada em ressentimentos e amarguras, não quero ser exaustiva e deprimente.
Não quero uma sinceridade católica, e um medo burguês de ser feliz, não quero carapuças servindo lindamente. Quero um mundo de atitudes, quero me acometer de alegria de repente, sem sentimento de culpa, sem o estranho arrependimento, com a liberdade e seu preço.
Meu marido parece muito feliz no casamento então descobri que ele tinha outra, uma válvula de escape, meu mundo caiu, tive sede de sucesso matrimonial e descobri que meu relacionamento era uma farsa, até onde pude perceber só estava bom para mim.
Não exatamente estava tudo perdido, ele ficava com as partes boas e eu com as ruins, frequentávamos a alta sociedade, eu tinha necessidade de agradar, de ter o máximo de pessoas ao meu redor me elogiando, não tinha controle de seu passos, nunca fui de fiscalizar ou controlar, achava que se a porta estava destrancada e se ele ficava é porque estava tudo bem.
A pessoa boa aparenta ser direta, verdadeira e confiante, a pessoa má aparenta ser exigente, grosseira e arrogante, eu era uma mistura de ambas, observei a movimentação e os flertes ele não sabia que eu sabia e eu não sabia se queria que ele soubesse.
Com o tempo eu me torno mais forte, cobro, luto, brigo, xingo, diminuo o meu peso enorme, descomunal, não queria ser a mulher carente ou grudenta, não queria voltar a ter intimidade na cama, o fato de saber que mais alguém além de mim compartilhava a cama com ele me dava nojo.
Renasci das profundezas da carência, desacreditei no meu casamento, não aturo perdoar o símbolo do desrespeito que se chama traição, deixei a crença de que era só uma fase de lado e fui para o xeque-mate.
Não há vencedores ou perdedores na separação, a pior coisa do mundo é ser admirada por qualidades que você não quer ter, você se importa com o que estão pensando de você, você fica intelectualmente chata e decide não salvar o mundo de ninguém, nem o seu.
Os cactos estão nascendo
o açúcar derretendo
o álcool evaporando
a vaca foi pro brejo
ela vai voltar mais tarde
anunciando alguma coisa
ou coisa nenhuma
nada será como foi
o verde não amadureceu
a moça já tem netos
o galo canta dia e noite
as trovoadas, relâmpagos e raios
anuncia que a tempestade chegou
ela é forte e muito poderosa, também destruidora
ela não vai ficar
e querendo que ela volte sempre
não importa o tamanho da destruição
mesmo deixando vidas em ruinas
ela será sempre desejada como uma felicidade
semelhante ao amor
Em cada calçada que eu olho,
Me deparo com tristeza.
Miséria, alcool, doença
Em uma só natureza
Em quanto isso,
Tem família rica na fartura
Comendo metade da dispensa
A outra metade vai pra lixeira
Tristeza!
Saber que isso acontece
E nesse momento, outras famílias
Mal botam um pão na mesa
Dureza! verem isso
Ainda com olhar de frieza.
Por que o indivíduo toma essa atitude
No País que tá em decadência ?
E é frequência,
Não é ocasião
Disperdicio existe sim,
Mas não existe
pra quem precisa de pelo menos Arroz e Feijão
PREÇO DO ÁLCOOL (02/03/2014)
Há um mistério no álcool,
um prazer carnal, coletivo, indiscreto
(Mazelas que matam o corpo,
aos poucos, sobem a mente).
Incorreto negar que os prazeres que me proporcionou
foram em vão.
O corpo faz, a cabeça aprende.
O corpo repete, a cabeça sente.
Bebemos as cervejas que nos entregam,
misturamo-as todas substâncias ilícitas.
Tudo é droga, e é disso que me mato.
Se não saio, me prendo.
Se me solto... enlouqueço.
Há consequências brutas.
Tudo tem preço.
Álcool da pá
Um role massa pra uns
Mas não basta pra alguns
Que só azedam e julgam
Fantasia de cordeiro
Marionete de uma raposa
O que fechava a menta
Era obra de Deus
Mas não como ateus
Que nem eu que acreditam
Que amor não se compra
Se vende e aluga
Mantendo ereta a postura
Curte se pá sempre que der
Mantém a vibe
Acorda na hora certa
Conquista o respeito
Pois de todos os jeitos
Eu vou curtir a doce história
Dando um gole na memória
Mas vou sair
Observar
E acender no meu cantinho mais um
A lua ta brilhante
Sei lá se tava grande
Ou se foi só foi donde eu vi
Tipo, do topo de uma roda gigante
Tamo ai pra aprender de verdade
Não gostamos de falsidade
Não aceite os meus mesmos erros
Dias e noites por nada
Uma noite bebendo álcool, e do meu lado nenhuma graça;
E saio daqui em zigue zague até chegar em casa.
E hoje não tem?
Hoje não tem, não!
Mais uma noite por nada, e segue assim até na madrugada;
Quando o dia amanhece eu já não estou mais de cara.
Mais hoje ela vem?
Hoje a tarde ela vem sim!
Se não vier!
Uma tarde frustrada, quase que caio da calçada;
Elas veem e passam, só sorriem e não dizem nada.
Eu sei que elas tem!
Elas sempre tem! razão.
As noites no quarto, caio da cama;
Rolo pelo chão;
E só me resta conversar com solidão;
Porque o sono não vem,
Porque o sono não vem, não.
Pense: se o consumo de álcool fosse proibido mas 90% da população bebe e 10% não. Esses 10% precisam beber e vão atrás de meios para arrumar bebida, compram de lugares onde a higiene é um caos e nem sabem como foi feita a bebida. Eles vão continuar bebendo mesmo sendo proibido e mesmo correndo risco de vida. E quem não bebe, vai continuar não bebendo. Nesse caso, legalizar o consumo de álcool da condições melhores para quem quer beber, isso não obriga os 90% que não querer a beber.
A discriminalização do aborto não te obriga a abortar, ela da condições seguras a mulher que quer fazer isso, queira você ou não que ela faça.
Foi ontem a noite
Bastaram algumas gotas de álcool.
Ele me disse "eu te amo"
E eu disse "eu também" "eu te amo"
Nós plantamos
E estamos regando todos os dias
Na maioria da vezes com coisas boas
Esta florescendo.
E te ver dormindo ao meu lado
A cada dia é um presente mais gratificante
Você, garoto, consegue fazer meu coração sorrir.
‘ÁLCOOL’
Às cegas, a cozinha definha.
Sozinho, a madrugada consome.
O gosto de vodca tem fome.
Paredes anunciam rotinas.
No estômago, a água declina.
Desequilíbrio a cabeça tortura.
Na vida, tudo amargura.
Vulneráveis pernas toxinas.
Metafísica a cadeira suporta.
Reflexos viajam no fardo.
Não atendera vozes de portas,
Ou sentimentos desesperados.
O vazio fingiu-se, desbota.
O álcool ficara calado!
O dia em que o álcool passou a ter mais valor que o amor.
Não faz muito tempo, me lembro como se fosse ontem, ainda existia o sentimento nomeado de amor e eu acreditava e confiava muito nele, vivia me apaixonando e vivenciando o mesmo por várias e várias vezes, confesso, era algo muito bom.
Ele me enchia de esperança, me confortava, quem nunca se pegou rindo á toa ao ponto de estar feliz sem motivo apenas por amar alguém. Não tinha coisa melhor que atender o telefone sabendo que do outro lado estaria ela, esperando por mim assim como eu esperava por ela.
Mas, do mesmo jeito que ele surge, ele se vai, e pior, sem explicação. Quando o amor se vai tudo que resta é você, você e o seu mundo escuro, sua prisão que comporta apenas uma cela, e lá está você. Preso, vítima de sua própria dor, tentando ser forte mas não é o suficiente, pelo menos ainda não.
Você sofre durante um período porém se fortalece após tanta dor e cria uma barreira feita de pedra entre seus sentimentos e seu coração, para que um jamais volte a unir-se com o outro. Se vê completamente moldado e adepto à solidão, acompanhada de um copo de uísque ou qualquer outra bebida, não importa, isso o faz refletir e ver quão inútil o amor foi, ele nos torna vulneráveis, frágeis, exceto quando envolve familiares ou amigos, mas no caso é sempre um garota.
A bebida pode fazer compania à qualquer um, ela não julga, ela não te troca e usa pelo que você é ou tem, você usa a bebida, talvez um conforto temporário.
Posso dizer que a bebida é como um velho amigo engarrafado.
O cigarro é o revérbero da criança autômato equimoseada que abandonou sua chupeta,
O álcool é o inconsciente dos pomos platônicos,
O baque é o mediato das vacinas dadas e suportadas pelas aprazíveis enfermeiras,
Mas e a dor? de onde ela vem?
Ou será que nunca lhes atingiu a ideia de que nada faz sentido?
Eis então a lógica para destoar meu apontamento.
Mas, será, que, a, lógica, faz, sentido? Ou será que precisa de mais vírgulas?
Percepção
Será que existe, lá no íntimo, profundo e pleonástico da nossa consciência
Um verdadeiro sentido? Será que existe uma razão lá, bem lá no fundo?
Aliás, já reparou hoje no espelho como é estranho viver?
Não afirmo nem desafirmo
Mas que o cigarro, o álcool e o baque....
Filosofar sem álcool só é mais fácil para achar o caminho de casa.
Não consegui ser filósofo porque deixei de beber por livre e espontânea pressão.
Foi aí que comecei a me embriagar com as palavras.
Quer saber... fico eufórico, não tenho ressaca e as poucas dores de cabeça foram um processo ou outro que eu tirei de letra.
Antes eu escrevia das dores de amores. As dores se foram.
Cuidado com o álcool !
Todo mundo está cansado de saber que se trata de uma droga. Da categoria das permitidas e aceitas mas ainda uma droga. As coisas andam bem longe do brinde, do acompanhamento de uma refeição, daquela primeira dose que acelera os batimentos cardíacos e desinibe as primeiras palavras. O que se vê é o exagero da bebida alcoólica com mil desculpas e subterfúgios para tornar aceitável essa perigosa droga que mata mais do que qualquer outra. Mata quem bebe e quem tem o infortúnio de cruzar o caminho dessas pessoas que não perceberam que essa comédia é uma tragicomédia.
Fragmentos: 13/05/2012
Entenda que o álcool nunca vai diminuir seus problemas. Ela só irá lhe criar ainda mais dores de cabeça. Nunca pense que se embebedar será sempre uma forma de se esquecer, pois, a dor de cabeça o fará lembrar de tudo, novamente e mais precisamente, mais pesado do que antes.
UNIVERSO RESPLANDECENTE
Universo resplandecente
Quem adverte pode comprar
O álcool destrói a mente ou leva a gente a uma realidade total
Que a subversiva mente do meu eu não destrua o acalanto original
E que perpetue a altivez da diguinataria esquadra real, ou seja, que a loucura não me empeça da vontade de viver.
Tirulo: cinema
Como falar de gente sem que seja plágio,
como dizer que amo álcool e bebo você.
Como curar doenças que eu mesmo cultivo
como cultivar amores que eu nunca amei,
fazer da nossa vida labirintos mágicos
ter senso e consenso e não ter ética;!
Com sangue nas veias e grana no bolso sigo em frente
mas se a pobreza ataca,engulo minha fala,fico doente
sinto me mais fraco,mesmo estando forte,
que meus mestres me perdoem o tempo perdido
que eu me arrependa do que ainda não foi dito!
Volte pra casa antes que seja tarde,
nao se perca sozinho,
finja ser feliz!!
Golpe.
Aquele álcool que viajou por minhas veias, retardou meus reflexos, fez-me deliciar nos graves braços do ignorado que me beijando os lábios calou-me as palavras. Larguei por distração. Ouso dizer que algo me prende onde não deveria. O odor de fumo encravado em meus fios de cabelo relembra-me do instante em que virei deixando marcas de batom; joguei-me de cara aberta, sem minha espada e armadura, pensando no ineficaz, abocando em mim uma cobiça daquele corpo, desejo frígido, consternação, com uma breve pretensão de assassinar, trucidar por despeito. Sinto-me obtusa.
Na televisão querem seu dinheiro, vendem a beleza do álcool, a compra da própria segurança por ter um silicone no corpo, a idéia que um bisturi vai te fazer se sentir mais atraente, mais invejável. Somos ensinados a cuidar do nosso corpo, mas o prazer por meio dele é um pecado. Hoje a felicidade vem dentro de uma pílula emagrecedora.
É uma espécie de conspiração na qual todos participam desde pequenos, um acordo velado em que você finge que fala a verdade e eu finjo que acredito.