Crônica Palavrão

Cerca de 20 cronica Crônica Palavrão

Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão

Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém

Acho que eu fico mesmo diferente
Quando falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
E uso as palavras de um perdedor

As brigas que ganhei
Nenhum troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei

As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci

O Direito do Palavrão

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a "vulgarização" do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito, sua índole.
"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas Pra caralho, o Sol é quente Pra caralho, o universo é antigo Pra caralho, eu gosto de cerveja Pra caralho, entende?
No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não" o substituem. "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma! . O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepne", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o- pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o- pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cú!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cú!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cú!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!". Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda- se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!.
Grosseiro, mas profundo... Pois se a língua é viva, inculta, bela e mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. "Nem fodendo..."

Pedro Ivo Resende

Nota: Muitas vezes atribuído erroneamente a Luís Fernando Veríssimo, Arnaldo Jabor ou Millôr Fernandes.

...Mais

"Cospe a pedrinha, Mansur!"

(*) Frase que se tornou proverbial. Mansur era um "boca-suja", sacristão de um bispo, que tentava inutilmente corrigir-lhe a linguagem, permeada de palavrões. Até que lhe ocorreu a idéia de que Mansur mantivesse uma pedrinha na boca para ajudá-lo a lembrar-se de evitar expressões indecorosas. Num certo dia de intenso calor, o bispo percorria a estrada - a pé, acompanhado por Mansur -, em visitas pastorais, quando ouviu uma velha que com insistência chamava por ele, do alto de um morro. Quando os dois acabaram de subir a penosa encosta, a velha explicou que o chamara para abençoar sua ninhada de pintinhos... O bispo, passando o lenço na testa, voltou-se para Mansur (também ele furioso...), dizendo: "Tudo bem, Mansur, pode cuspir a pedrinha!"

Eu falo o que penso, falo palavrão, falo besteira sim, faço piadas muitas vezes melhores que as deles. Não sou de escutar e ficar calada, não levo desaforo pra casa, (mas isso não faz de mim uma barraqueira, tenho horror a mulher assim). Sou complicada, manhosa, impulsiva, carente, ansiosa, ás vezes nervosa, não sei fingir estar calma quando estou brava, não sei sorrir se quero chorar. Tenho uma TPM infernal. Não sei esperar nada, quero tudo pra ontem. Eu vou pras festas, eu canto, eu danço conforme a música, de funk á rock. Eu faço o que eu quero e o que eu acho certo, sem medo do que os outros vão falar. Ninguém manda na roupa que eu uso. Tenho vários amigos homens, sou extrovertida e faço amizade fácil. Dou risada de tudo e de todos. Eu bebo sim, (mas é claro que nunca fiquei bêbada, sei a hora de parar, ter classe é tudo). Mas apesar de tudo isso, eu tenho muito amor, sou meiga, sou sensível, sou carinhosa, choro por tudo, não tenho medo e nem vergonha de demonstrar sentimentos. Sou mais emoção do que razão. Tenho sonhos, e um deles é encontrar o homem certo e casar de branco na Igreja.

Se menina meche no cabelo, é patricinha. Usa shorts curto, é puta. Fala palavrão, é mal educada. Se ri alto, quer chamar atenção. Se é ruim nos esportes, é zoada. Se tirou uma nota baixa, é burra. Se tirou nota boa, é nerd. Se beija é galinha e se não beija, tá se fazendo de difícil. Posso falar uma coisa? Vai tomar no cu se você pensa assim. Autor desconhecido

Sou aquela mulher que anda descalça, que não usa salto e fala palavrão.
Sou aquela mulher, que levanta um muro, meche com enxada e tem calos na mão.
A mulher que sabe cozinhar, lavar, passar e colocar piso no chão.

Uma certa vez me perguntaram: Mas por que? é por falta de Homem?
- Não Minha cara, é Apenas a Evolução.

Para uma explicação mil palavras são pouco.
Para estragar uma situação um palavrão é muito.
Para uma conquista mil atitudes são pouco.
Para destruir uma relação uma atitude é muito.
Resumindo; não interessa a quantidade de palavra e nem atividades, mais sim a intenção.
O pensamento antes de falar ou agir fará toda a diferença.
O pensamento vale prata, a palavra vale ouro, mas o silêncio não tem valor.
Sem esquecer que muitas vezes o silêncio também é uma prece.

AMOR

Pequena palavra, mas na verdade é um palavrão. Dita em vão, sem dó nem piedade, sem carinho, sem amizade. Reflete a alma com singela sinceridade e se faz capaz de julgar a verdade.
Pequenina de nome, mas de grande propriedade, traz consigo uma nova lição, que nunca será tarde.
Saber usá-la não é difícil, mas, só a use quando for propício.

Hoje é dia de Maldade!
Dia de chutar o balde,
Dia de comer com a mão,
Dia de falar palavrão,
Hoje é dia de Maldade!
Hoje é dia de chegar tarde,
Inventar desculpa esfarrapada,
Dia de aprontar,
Sair pra curtir a Night e tomar uns BiriNight,
Hoje é dia de dançar,
Curtir a Noite toda,
Hoje é dia de Maldade!
Hoje é dia de liberação,
Dia de liberdade,
Dia de zoação,
Hoje é dia de meter os pés pelas mãos,
Hoje é dia das Tretas,
Hoje é Sexta-feira,
Hoje é dia de Maldade!
Hoje é dia de tirar fotos comprometedoras e postar no Instagram e Facebook,
Dia de azaração,
Hoje é dia de Maldade!
Hoje é dia de documentos comprobatórios,
Hoje é dia de viver o hoje,
Hoje é dia de se preparar para o amanhã,
Hoje é dia de Maldade,
Hoje é dia de beijar na boca e viver essa coisa louca,
De pensar naquela situação,
Hoje é de chupar a língua,
Comemorar com os amigos,
Dançar aquela dança que te faz bem,
Hoje é dia de Maldade!
Hoje eu só quero Maldade!
Hoje... eu tô pra Maldade!

Esse é pra você,
Que diz que em Deus crê...
Que sabe do atraso moral que é um palavrão,
Mas o usa em toda situação.
Traições, omissões, drogas e bebida
É isso mesmo que quer pra sua vida?
Nega, mas não deixa de fazer um só dia
Será que não tem amor por sua família?
Você que fala tanto em Jesus
Mas vive na escuridão e não emana nenhuma luz.
Atenção vive a pedir...
Mas o amor não consegue sentir.
Aplausos vive a clamar
Mas ser humilde é mais que falar.
Não dá valor no seu pai
E esquece que um dia ele se vai.
E só o que fica é a culpa
Por não ter tido boa conduta.
Sentimento esse que mata,
Pense no quanto maltrata!

Inserida por GabiFaria

PARADOXO

Quero a paixão, e também a doçura.
Quero o palavrão, e a palavra pura.
Quero ser a esposa, e também a outra.
Ser a amiga sensata, e também a louca.

Quero o beijo casto e o beijo devasso.
Quero da mão o afago e o bofetão
Da língua, o amargo e o melaço
Ah! Eu quero tripas e coração.

Quero ser anjo, mas também ave de rapina.
O caminho seguro e o penhasco da perdição.
Quero, enfim, ser a harmonia que desafina
Em sinceras juras de amor e de maldição.

Pois a vida é um paradoxo
De vida-morte, dor-prazer
De que vale o ortodoxo?
Nos opostos está o equilíbrio do ser.

Inserida por linamarano

Era um bando de sentimento
hoje é um bando de palavrão.
Era o espelho da beleza sincera
hoje são cacos, sem salvação...

Era linda a poesia
e a musica era de amor
a voz era suave, brilhava no fundo da alma
havia um forte calor
Porem da mao que dava carinho
Só me apontou o horror.
O ódio e sua sutil leveza,
de fazer tudo chegar a miseria,
Me golpeou o coração
deu um nó em minha traquéia.
A minha mao que precisava da tua
apenas acenou um dedo, o do meio
não disse mais nada, fui embora sem rodeios...

Eu sei que nosso amor é quase puro ódio
tão dificil de entender
e o que eu queria que fosse pra sempre um dia
hoje eu quero esquecer
que ironia da vida
ontem mesmo eu dizia que tudo que eu tinha era voce
e agora tenho que me levantar sozinha
e evitar minhas lagrimas
agora só me resta eu
mesmo assim
quero fingir que nao doeu
o que passou ja esta pra tras
agora eu nao quero á ninguem
por mim tanto faz

Ta machucado mais eu supero
vai demorar pra sarar
mas eu espero
nao ha nada na vida que o tempo nao possa curar

Logo eu encontro um novo motivo
pra um longo e sincero sorriso.

Inserida por anagabir

Vítima

Criança inocente ao dizer um palavrão – tem um adulto negligente a ofendê-la. Elas na inocência repetem esses lixos verbais. Como dói ouvir adultos ofendê-las em nome da boa educação, pois precisa dar-lhe um corretivo quando comete um “erro”. Ora, como pode um inocente cometer erro? Porque será que no dia-a-dia encontramos tantos adultos com dificuldade de se relacionar?

Inserida por Marquezin

SEMPRE ASSIM

Grito milhões de palavras,
Serei lembrado por um palavrão!
Escrevo mil poesias,
Para ser lembrado um mau escrito!

Faço centenas de declarações,
Conquistarei quando não dizer mais nada!

Faço-me presente todos os dias,
Na ausência terei valor!

Ofereço o melhor de mim todos os dias,
A relevância dos meus atos...
Só quando partir!

É assim por mim;
É assim contigo...
É assim com todo o mundo
Sempre será assim!

Inserida por REGISLMEIRELES

Não! Não!
Não pode falar palavrão
Não pode gargalhar
Por o pé no chão
Filosofar
Não preciso dos seus modos
Nem das suas regras
Do seu jeito tosco
Porque eu gosto mesmo
Do burburinho da multidão
De ficar descalça e soltar um palavrão
De gente que ri e se abraça
De gente quente
De gente!!!
Sem modos, sem regras
De gente que arde
De gente que sente!
Não preciso da sua hipocrisia
Só preciso dessa gente
Só preciso amar, amar e cantar

Inserida por thaisduran

PALAVRÃO

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Xingaria o mais alto que pudesse,
pra quebrar os andores do poder
com a fúria do verbo e do seu eco
nas tocas das excelências.
Nos covis das majestades.
Nas tocaias da hipocrisia
dos que dominam por lei
ou por farsa e graça
da liturgia.
Eu queria gritar o palavrão,
pra ferir os ouvidos do político,
do jurista e do sabiocrata,
do mandachuva cristão,
de todos os que se arrogam
donos das virtudes
e da verdade.
Por sobrevivência ou medo,
Xingo baixinho; em segredo:
Honestidade... honestidade.

Inserida por demetriosena

“Gaiola”, palavrão é.
E o maligno chama uma juventude para "o baile da gaiola", o fazem exaltar o pior inimigo de suas vidas: a dependência de um vício nocivo que não te deixa chegar a plenitude do bem estar; esta gaiola do: "toma, senta e ousadia", é uma prisão que quer possuir a sua vida; só Jesus pra livrar e liberar desse mal letal!

Inserida por MaViTri

Gramaticando

Dois pontos para acariciar
Sopa de texto palavra e letra
Já podem tomar
E a vírgula, só pode chupar, só pode chupar
E nós......só estamos na treta
Opaa pera aí alguém quer falar
De espaço para o travessão entrar
Falando de gramática é isso que a gente acredita
Cuidado ponto de exclamação
Ele vomita!
Para entender isso você tem que estudar
Ponto de interrogação é sempre na frente
A traz não dá!!
Gramaticando, ticando ticando ticando
Grama ticando
Palavrinha vai acentuando
Palavrão também acentua meu irmão
Isso te parece vulgar?
Melhor maneira de se aprender de se estudar

Inserida por jurandi_franca

Sinto ciúme, faço fofoca, falo palavrão e tenho dias azedos. Sou quase normal e quase louca. Não sei muita coisa, mas procuro estar com os olhos e ouvidos abertos para absorver tudo que a vida me dá. Adoro viver, a ideia de um dia morrer me assusta. E eu amo, amo demais. Tenho um amor imenso pelas pessoas que são importantes na minha vida. Hoje, consigo separar e saber quem é meu amigo, quem é colega, quem é conhecido. Apesar disso, convivo bem com todos. Pouca gente sabe a fundo da minha vida e de mim, eu disfarço. Não gosto de me expor.

Se eu gostasse de mulher que diz palavrão a todo instante, se comportando como um homem - mal educado - eu casava com um. Feminilidade se refere às características e comportamentos considerados por uma determinada cultura por ser associados ou apropriados a mulheres. A feminilidade nos homens tal qual a masculinidade nas mulheres, é normalmente considerada negativa por agir contra os papéis tradicionais. Existe um diferença muito grande em se considerar assim ou seguir um modismo. Tirante à homossexualidade, é bem simples: homem gosta de mulher - as femininas - e mulher gosta de homem, os masculinos na expressão da palavra. Palavrão, não cai bem bem para ambos. Educação é tudo.

Inserida por swamipaatrashankara