Crônica Narrativa
Uma HISTÓRIA DA CAROCHINHA – essa é uma narrativa de ficção, qualquer semelhança com fatos reais terá sido mera coincidência!
Era uma vez... em um Reino muito distante, onde havia um país denominado IMPUNILÂNDIA, que era belíssimo, pois tinha tudo do bom e do melhor em sua natureza – sem terremotos, maremotos, furacões, tsunamis, vulcões, com clima ameno o ano todo, um solo fértil e um povo trabalhador – no entanto, as suas leis eram feitas por CRIMINOSOS DE ALTA PERICULOSIDADE (CAP) e o seu Código Penal era denominado “O GRANDE QUEIJO SUÍÇO”, porque haviam nele mais furos do que no próprio.
Na IMPUNILÂNDIA a justiça tinha como última instância o SUMO PRETÓRIO FINAL (SPF), onde os seus componentes eram denominados CAVALEIROS DAS CAPAS PRETAS (CCP).
Os CCP eram escolhidos pelo REI e avalizados pelos CRIMINOSOS DE ALTA PERICULOSIDADE (CAP) para ocuparem os seus cargos vitalícios. Porém, no intrincado sistema governamental do país, os CCP eram os responsáveis pelo julgamento final dos CAP que, pela legislação, eram os únicos com capacidade legal para retirar qualquer um dos CCP de seus cargos.
Devido a esse emaranhado de leis a IMPUNILÂNDIA, um país que tinha tudo para ser a maior potência do Reino, ficava rastejando de forma bisonha em uma avalanche de casos de corrupção e pendengas jurídicas que, quase sempre, acabavam em prescrições de prazos e ninguém do ALTO ESCALÃO governamental era punido e, na IMPUNILÂNDIA, a vida segue sem o esperado... VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE!!!
Gerônimo
(Nos Estados Banidos da América
a Narrativa de um Nativo Americano)
Poderia ser um índio anônimo,
Impetuoso em seu frenesi,
Mas consagrou-se como São Gerônimo,
Salvador dos Apaches, protetor dos colibris.
Cravejou bravamente tua adaga,
Nos que violaram teu brio.
Ele não foi um índio anônimo,
Ele tinha um nome, Gerônimo !
Presentearam-no com usura,
Na fúria que se sucedeu,
Vinte anos de clausura,
Por um crime que não cometeu.
Colonizador ávido em louros,
Gerônimo perdido em apuros.
Nas Planícies erigiriam condomínios,
Ceifaram os espíritos de sua linhagem,
No deserto levantaram um cassino,
As Doutrinas escoaram pela margem.
Porventura não tornou-se um engano,
A narrativa de um nativo americano.
Toda vastidão de uma peleja épica,
Ocorrida nos Estados Banidos da América.
Ele não foi um Índio anônimo,
Ele tinha um nome, Gerônimo !
Amigo faz-me lembrar da narrativa bíblica do Cristo ressurreto se encontrando com Pedro, depois deste tê-lo negado três vezes. A pergunta no encontro foi: Pedro, você me ama? Perceba, não houve um pingo de acusação ou rancor. Talvez curas e confissões (leia a passagem na íntegra!).
Em muitas traduções do grego o termo amor não está como Agapē (amor divino), mas como Philēo (amor de amigo). Neste caso específico, e apenas a partir destes originais, digo, Jesus não queria saber se Pedro o amava como Deus, e sim como um amigo. O Cristo místico deseja que tenhamos uma relação de amigo com ele. Que lembremo-nos uns dos outros também no mais alto grau da transparente amizade. Isso excede todo o entendimento.
NARRATIVA DE AMOR ...
Ventura que tenho, tendo o que celebrar
Brado, ardo em emoção, e sou um zelo
Vou aos céus, e me ponho a aconchegar
No abraço, sem que eu possa contê-lo
Feliz, e leve vai o pensamento pelo ar
Solta-me o coração, livre, sem detê-lo
Na vida, sensação, no amor e no olhar
Apenas um momento de um donzelo
Festejo a mim mesmo, estou amando
Suspiro sem boca ter, sem visão vejo
É a paixão que lateja e que apavora!
Ora, como é bom este sentir brando
Quero a vida, e vida, mais, eu desejo
Eis o grau em que estou, e vou afora!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11/04/2021, 05'45" – Araguari, MG
ALGUNS MOTES E NADA MAIS
Cada frase é um começo pra uma bela narrativa.
De: Carlos Silva
Nesses motes trago ao mundo, lições que a vida me deu.
De: Carlos Silva
O que não vivo no presente, eu deixei no meu passado.
De: Carlos Silva.
Pensei que a vida fosse um sonho, não acordei para viver.
De: Carlos Silva
O que mais eu quero na vida é ter a sorte pra viver.
De: Carlos Silva
Nos passos que dei na vida, Deus tava sempre comigo.
De: Carlos Silva
Não se tem certa direção, quem segue caminho errado.
De: Carlos Silva
De tudo que eu fiz na vida, a melhor parte foi viver.
De: Carlos Silva
Se eu errei foi tentando, acertar um bom caminho.
De: Carlos Silva
Na minha estrada de flores, respeitei cada espinho.
De: Carlos Silva
No mote de quem escreve, tem o amparo do glosador.
De: Carlos Silva
"O homem sonha monumento, e só ruínas semeia".
De: Paulo Eiró
A verdade é que a mentira, só engana o mentiroso
De: Carlos Silva
Esperança e ilusão
São as essencias do amor
De: Carlos Silva
A vida é uma escola
Onde o destino é o professor.
De: Carlos Silva
O amor é um santo remedio que cura qualquer doença.
De: Carlos Silva
Quem não crê em Deus nao sabe,
O que quer dizer amor.
De: Carlos Silva
Quem não ama desconhece
Pra que foi feito o amor.
De: Carlos Silva
O passado tras as lições, pra não errar novamente.
De: Carlos Silva
Quem pensa que sabe tudo, é porque não aprendeu nada.
De: Carlos Silva
O acerto ensina que o erro, tem chance de se consertar.
De: Carlos Silva
O embriagado é o fruto, causado pelo vendeiro.
De: Carlos Silva
O espelho sabe revelar, qual o teu melhor amigo.
De: Carlos Silva
A pandemia é a causa de um efeito programado.
De: Carlos Silva
Quem morre sem perdoar, não tem de Deus o perdão.
De: Carlos Silva
"Voce um dia foi a flor
que perfumou minha estrada,
hoje sem vida murchou
nao tem cor, cheiro e mais nada"
CARLOS SILVA POETA CANTADOR
NARRATIVA
Sobre a folha, aquela poesia plural
No verso, sentimentos empilhados
Nas saudades, os suspiros arfados
Na quimera, a ventura sem igual
E, tudo, numa poética sentimental
De especiais eventos, ali pintados
Em cadencias e tons apropriados
Dando a escrita um traço visceral
É dum sussurro com certo legado
Cochichado de um intimo secreto
De um momento, assim, inspirado
Então, a poesia, se faz num trajeto
E o poeta não mais se senti calado
Narrando as sensações no soneto!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/09/2022, 20’53” - Araguari, MG
O dia amanhece e a vida oferece a pluralidade da narrativa, às vezes, há regras, mas há escolhas e caminhos que depende de você! Por exemplo, afaste as cortinas que a separa do palco! Não é preciso unanimidade dos aplausos para o show ser inesquecível.
Seguir se apresentando pelos caminhos é o que torna tudo essencial à jornada da vida. Isso deve ser primordial! Pois será a imensurável mostra do grande artista que existe em quem deseja escrever sua própria historia.
Rama Amaral
COMO A SERPENTE CONVENCEU EVA A COMER DO FRUTO PROIBIDO
Com base na narrativa bíblica, os seguintes sentimentos podem ter sido despertados em Eva diante dos argumentos da serpente:
1.Curiosidade: Eva pode ter sentido curiosidade sobre o conhecimento proibido que a serpente oferecia, levando-a a questionar o que Deus estava escondendo.
2.Dúvida: As palavras da serpente podem ter plantado dúvidas em sua mente sobre a veracidade das instruções divinas, levando-a a questionar se Deus realmente sabia o que estava falando.
3.Ambição: A tentação de se tornar como Deus, conhecendo o bem e o mal, pode ter despertado uma ambição em Eva por alcançar um nível de conhecimento e poder que estava além de suas limitações humanas.
4.Tentação pelo proibido: O fato de a árvore ser proibida pode ter intensificado o desejo de Eva de provar o fruto e experimentar o conhecimento que estava fora de seu alcance.
5.Anseio por igualdade com Deus: A proposta da serpente pode ter estimulado em Eva um desejo de igualar-se a Deus em sabedoria e compreensão, buscando alcançar um nível divino de conhecimento.
6.Desconfiança em relação a Deus: As palavras da serpente podem ter levado Eva a duvidar das intenções de Deus e a desconfiar de Suas ordens, alimentando uma sensação de descontentamento com as restrições impostas.
E a serpente, o espírito enganador, continua, hoje, usando estratégias semelhantes a essas e igualmente astutas e praticamente infalíveis!
A trajetória de José é um reflexo da grande narrativa de Deus para a humanidade, uma história que nos fala de redenção, restauração e triunfo sobre as adversidades. Assim como José enfrentou desafios e superou obstáculos, também enfrentamos tribulações em nossa própria jornada. No entanto, a história de José nos lembra que mesmo nas situações mais difíceis, Deus está trabalhando para cumprir Seus propósitos.
Livro: Saindo da Masmorra
A Batalha dos Guararapes: O Nascimento do Espírito Brasileiro"
Narrativa para vídeo curta:
"Em 1648, no coração de Pernambuco, o Brasil vivia um momento decisivo. O domínio holandês ameaçava as terras brasileiras, mas algo extraordinário estava para acontecer. Guerreiros indígenas, africanos e portugueses, unidos por um sonho de liberdade, formaram um exército único: o primeiro sentimento de um povo brasileiro nascia ali. Sem recursos e em menor número, enfrentaram as forças holandesas nas colinas dos Guararapes.
O que é que é movimento? Não era apenas a luta por território, mas por identidade. Vitória não era garantida, mas a coragem era inabalável. E eles venceram! Daquele ato de bravura nasceu o embrião do Exército Brasileiro e, mais importante, a ideia de uma nação livre e unida.
Moral: Lembre-se: a força de um povo não está em suas armas, mas na união e na coragem diante das adversidades."
Desjejum Virginal da Poesia
A metodologia de braços abertos
anota a edição narrativa do silêncio
pautando-se pelo som das ideias.
O desjejum virginal da poesia
alimenta-se dos meus dedos
e do prurido dos meus pensamentos.
O estrume das amórficas palavras
arranha o suor ébrio da memória
e aconchega-se ao sintético sonho.
A urgência de transbordar o Sol
ultrapassar os limites do Amor
para sentir o peso da inexistência.
PARA PESSOAS QUE POSTAM COISAS LEGAIS
(APENAS UMA REFLEXÃO MINHA)
Hoje li esta frase numa postagem: "Dizem que quem não perdoa vai para o inferno... Mas e aqueles que fazem da vida dos outros um inferno, vão para onde?"
Sim, tem gente que, desde que acorda até a hora que vai dormir, só entende de infernizar a vida dos outros com importunações de todo tipo, com grosserias, com provocações maldosas, mentiras, insinuações e ironias, uma torpeza atrás da outra, só para incomodar mesmo.
Mestres na arte da notícia falsa, desenham narrativas que endossam o que defendem, buscando destruir todo e qualquer pensamento contrário.
O motivo pode ser religioso, político, esportivo e por aí vai. Não importa.
O que importa é que se você está na contramão do que elas pensam ou gostam, você não presta.
E profetizam: o inferno é composto por pessoas como você.
Conhecedoras da própria escuridão, não acreditam na luz alheia.
E tome pedrada!
E você, que vibra amor, paz e concórdia, que vive numa boa com a sua consciência, que seleciona textos instrutivos e elevados que possam beneficiar os outros, é obrigado a engolir em seco para não arrumar encrenca, por que é isso que estas pessoas procuram: discussão.
Este é um terreno que elas dominam muito bem: o da discussão e onde perder tempo é o objetivo. Enquanto você está discutindo, tentando se explicar, não tem tempo de postar ou falar coisas mais significativas.
Ou seja, você está deixando de espalhar coisas boas.
E isso o inferno real adora e quer!
Porque estas pessoas são suas portas, de onde sai o fogo do fracasso, da desolação, da discórdia e da separação.
Tenho muita pena de gente assim, mas fazer o que, não é mesmo?
Sei que a frase é batida, mas a vida é feita de escolhas, sim, e cada um só pode oferecer aquilo que traz no coração.
Que elas não se espantem de receber, mais cedo ou mais tarde, o troco pela taça de veneno que ofertaram ao mundo, rindo e debochando.
Aos prantos, terão notícias do inferno pessoalmente, antes mesmo que imaginam.
(Lori Damm, 29 de setembro 2021)
PS.: Ei, você que posta coisas bonitas e relevantes, que fala de Deus, de amor e de união em seus posts, nunca desista, ok? Coragem, força e fé. No final, o Bem sempre vence, é promessa do Cristo!
Às vezes, as palavras são como notas soltas, melodias que flutuam no ar, sem destino certo.
Elas sussurram segredos e desejos, como o vento que acaricia as folhas das árvores.
Nossos suspiros são versos não escritos poemas que se perdem na vastidão do tempo. Eles ecoam nas paredes do coração, como o eco de uma canção antiga e esquecida.
E assim, entre ais e uis, dançamos na vida, cada passo uma estrofe, cada olhar um verso. Somos poetas da existência, compondo nossa história nas entrelinhas do destino.
Esvai-se o tempo paralelo aos precipícios
seus passos ressoam pelas paredes e correm para longe
ouve-se nada
De olhos escancarados e pernas bambas
cai
fita o esvoaçar das areias no céu crepusculoso
esfria
A noite vem chegando aos poucos
sua anunciação provoca espanto
medo
A possibilidade cada vez mais real daquela garganta vir a tornar-se
a sua tumba
seu eterno descanso
repouso
sem lamúria
de um cadáver que aos poucos derrete
calmamente
sendo apreciado com elegância pelos vermes
de outrora
e sempre
A noite
sem os ventos
traz o ensurdecedor silêncio
que até conforta
O céu
super estrelado
surge na fenda
que se estende por cima dos olhos
Como se estivesse frente a frente com um rasgo na imensidão única do espaço, numa brecha para as estrelas, distantes luzes a vagarem violentamente pelo negro esplendor entre as galáxias emaranhadas nas teias do cosmo. Leve, separa-o do chão flutuando hipnotizado pelo infinito espaço celeste conduzindo seu espírito elevado para além do cânion , para além do vale, percebe-se afastando de si seu mundo deixado para traz, pronto para abandoná-lo à própria condenação. Vai para o eterno abismo escuro onde o mundo ainda está a cair, cercado por distantes pontos de luz flutuando no vazio.
Torna-se ausência...
some
Enquanto seu corpo o perde de vista mergulhando entre os astros, deixa de sentir, morre o tato, olfato e paladar. Como uma pedra qualquer, ignora sua dureza e passa a afundar na areia levando consigo a insensibilidade fria para o passeio petrificado de quem nunca sai do lugar. A partir de agora é vaga lembrança de si, aos muitos esquecida e mil vezes fragmentada em poeira de olvidamento.
- Sorria mesmo que os problemas acabem com seu dia. Sorria mesmo que o seu coração esteja quebrado. Se você apenas sorrir, todos os seus problemas podem desaparecer.
- Mas não é possível sorrir.
- Mostre seu sorriso para mim
- Meu sorriso se esconde…
- Seu sorriso é o mais belo.
- Meu sorriso pode ser belo, mas o que me corrói por dentro faz com que tudo que há em mim, se torne feio.
- Nada em você é feio, olhe-se no espelho.
- Se eu me olhar no espelho, vou querer morrer.
- Morte é uma palavra forte…
- Morte é do que eu preciso.
- Você precisa de amor.
- Amor é para quem não tem o que fazer.
- Amor é para quem sabe viver.
- Você precisa de amigos de verdade.
- Nesse ponto eu concordo com você, eu preciso de amigos de verdade.
- Você precisa de quem te faça sorrir, de quem te faça mostrar esse teu sorriso lindo.
- Eu preciso ficar só.
- Tem certeza que é disso que você precisa?
- Tenho absoluta certeza que não preciso de você.
- Se eu não fosse eu, você iria precisar?
- Não, você poderia ser quem fosse que eu não precisaria.
- Você precisa de um abraço
- Me largue!
- Acalmasse, feche seus olhos…
- Eu não preciso de você.
- Você precisa de mim mais do que pensa.
- Eu quero você… Longe de mim.
- Você quer meus braços te envolvendo levemente
- Eu quero você…
- Eu sei, eu quero você mais do que você pensa.
- Você não quer…
- Eu quero você.
- Pra que você iria me querer?
- Para te ensinar a amar.
- Eu preciso aprender a amar?
- Todos precisam
- Então me abraça e me ensina a amar.
- Quer mesmo que eu ensine você a amar?
- Quero.
- Feche seus olhos.
- Estão fechados.
- Agora, só os abra quando você sentir o amor entrar em você.
- Mas como eu vou…
Ela aprendeu a amar, com um único beijo e finalmente conseguiu abrir seus olhos e sorrir."
Vagava pelos anéis de saturno
Diante o vendaval que rodeava o noturno
Um mito medieval, brindado as taças
Surgindo de um caldeirão lançado as traças
Choveu da remição neste instante a goteira da existência
Frutificando os filhos do zelador com paciência
Não houve remorsos dos cosmos nas singularidades
De santo graal em mãos mostrando suas necessidades
Como fundo do espaço uma tela
Uma obra de Monet enclausurada na cela
Até tangente pela espada de um jovem cavaleiro desembainhada
Foram processos estelares na guerra de encruzilhada
Herança sagrada que se construiu com as enevoadas
A linhagem dos lagartos havia começado assim supracitadas
Uma relíquia no meio do universo
Brotando trevas e luz de num mesmo extroverso
Deixaram exposto sua linguagem metalinguística com jargões
Continuando a caçar perdido no orbe o lendário cemitério dos dragões
"Não deixe que o entusiasmo seja o motivo de seu trabalho. Cultive o amor pelo que faz, pois o entusiasmo é da mente e o amor é do coração, do sentimento. O que é da mente, é passageiro, mas o amor é eterno. Procure envolver com amor tudo aquilo que fizer com entusiasmo.
O cultivo da harmonia e fraternidade é o antídoto dos nossos conflitos psíquicos e até de dores materiais, pois eles provêm dos conflitos psicológicos.
A felicidade verdadeira só existe quando estamos desapegados de qualquer interesse particular. Nossa personalidade tem a impressão de que nesse estado, isento de egoísmo, perdemos o interesse pela atividade; isto realmente acontece quando só temos como fim nossa satisfação ou nossos prazeres. Se procurarmos ver, amar e sentir Deus nas suas manifestações, somos inundados por um contentamento puro e de alegria não maculada pelo desejo de satisfação própria. Para mim, isto é a real felicidade.
Para a maioria dos encarnados, felicidade é sinônimo de poder, seja mental ou material, satisfação, ociosidade e prazer.
Entretanto todos esses estados são cultivos de futuras dores que não tardarão a florescer.
Observando tantos encantos que o Pai criou, vislumbrei, como que numa compreensão simultânea, um pouco das dificuldades da vida humana, até que o homem se volte para viver como parte integrante do Universo. Quando esta integração for realidade constante, o ser humano viverá o oposto de todo esse sofrimento."
Eles estavam em cima de uma mesa de piquenique naquele parque junto ao lago, à beira d’água escura, com parte de uma árvore caída, talvez um ipê amarelo com as raízes expostas, meio escondidos por uma bancada. Sentaram-se sobre a parte superior da bancada e tiraram os sapatos despreocupados. Era a triste como março, e a grama do parque era muito verde, o ar cheirava a sol. Havia abelhas, e o ângulo do sol fazia a água parecer ainda mais escura. Ocorriam mais tempestades naquela semana, com algumas árvores derrubadas e o som de motosserras destroçando. Suas posturas na mesa de piquenique eram idênticas: levemente avançados com os ombros arredondados e cotovelos nos joelhos. Às vezes, quando estavam sozinhos e pensando ou lutando para se entregar a Jesus Cristo em oração, eles se encontravam em dúvidas.
“E?”
“A história não termina. Não é no sentido tradicional. É possível que essa realização final seja a que finalmente desperte a escrita, mas acho esse resultado duvidoso. Acho que o ponto não importa.”
“Cadê o fim?”
“Isto, penso eu, é a chave para a qualidade narrativa da história. É terapêutica, não em seu conteúdo, mas na interpretação, que procura de uma só vez que você se identifique com a representação.”
“Qual é a do urso?”
“Judiaram do urso. O propósito da literatura é provar que não estamos sozinhos."
Bem vinda seja a tragédia grega da divisão divina, que nos obriga a buscar pelos pedaços separados de nossos corpos e almas, que nos faz sentir incompletos e vazios, que nos impulsiona a levantar em dias tortuosos e buscar em outras almas o que repare as nossas próprias, dando assim um sentido a cada pegada que deixamos marcada nesta terra durante todo o tempo de vida humano.
Assim como trágica, esta divisão muito bem feita tem suas boas faces, pois assim eu posso sentir a satisfação de te encontrar, a sensação de formigar e por um momento uma felicidade tão grande que seria capaz de te fazer voar, e assim eu conheceria o motivo daquela coisa toda de jovens apaixonados ser tão famosa, as "borboletas na barriga", finalmente fariam sentido.
Eu poderia finalmente me sentir completo, eu poderia me completar contigo e te completar comigo, a simplicidade de passar tempo juntos e fazer planos pro futuro, discutir gostos e rir de coisas bestas, curar as feridas uns dos outros, para que quando a terra volte a girar e nos separemos novamente, eu possa me gabar a todos os deuses e homens de que fui sortudo de viver tamanha felicidade e satisfação porque te encontrei.
Tudo que você precisa são 20 segundos de coragem.
Eu sou aquele que esteve cuidando, cuidando de suas almas, reparando suas feridas e ouvindo seu choro, estive ouvindo seus gritos. Porém não sinto pena dos humanos, não sinto empatia ou comoção por eles, entendo seus sentimentos e o valor dos itens que acumulam durante suas vidas, e o valor que pregam às pessoas que mantém perto.
Há uma rachadura que em toda a minha existência e em todos os milênios que vivo cuidando me intriga, me interessa bastante.
Vinte segundos, não mais que isso
Um pico de coragem insana aplicado á mente humana pode criar rachaduras incuráveis no destino, das coisas mais simples até pecados imperdoáveis. O que leva um humano a esquecer toda uma jornada vivida por nada menos que vinte segundos de insanidade? E veja só, o que eles podem fazer é impensável.
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"Será capaz de encontrar-te em 20 segundos, ser humano? Tu que trata a ti mesmo com desgosto em pronomes ruidosos tão escassos de real comparação seria capaz?"
O humano baixa a vista. Não há esperança em seus olhos, não há espectativa. Ele procura atento nos nós de seus dedos calejados o sentido, mas não é como se eles fossem lhe fornecer alguma resposta, eles estão cansados e doloridos, assim como cada célula em seu corpo. Ele solta o ar em um suspiro cansado "Eu não sei, só imaginei que poderia ser suficiente. Afinal… não há nada que eu precise dizer, as pessoas me conhecem, sabem o que eu diria, e não há nada que eu queira fazer, pois não vejo esperança ou sentido, não vejo mais necessidade alguma de me mover."
"Então o que fará? Eu terei que lhe observar gastar mais de mim por mais vinte segundos? Eu te observarei se manter de pé e olhar o nada outra vez? Se não há nada a se fazer, não há sentido em deixá-lo por mais alguns míseros vinte segundos!"
O humano ri.
Do que está rindo?
"Qual a graça?"
O humano parece ter receio de responder, porém se ergue com petulância e um brilho antes inexistente queimando em seu olhar "Você." - ele aponta - "ficou bravo porque não vê sentido, como uma criança que ficou cheia de ter que repetir a mesma atividade"
A voz dele era firme, ele sabia que não haveriam consequências em barganhar como tempo
O tempo, sem motivos para negar os benditos vinte segundos ao humano ou continuar uma conversa sem sentido com um ser pequeno como um verme, lhe concede com desgosto. Com um leve sinal de dedos, o humano é levado de volta á terra, não antes de ouvir o tempo perguntar:
"O que é que você está indo realmente procurar em vinte segundos, garoto?"
Rindo outra vez, leve e calmo como nunca antes, responde:
"Eu encontrarei a paz."
Não poderia negar, vinte segundos. Há coisas que o tempo nunca entenderá.