Cronica Escolas Gaiolas Escolas Asas Rubem Alves
Quando se preparam mulheres nas mesmas escolas e para os mesmos empregos que os homens, não se leva em conta nem a natureza nem as exigências práticas da mulher. Nesse sentido, contribui-se para a desintegração da sociedade quando, mais tarde, essas mulheres se deparam com uma oportunidade inesperada de se casar ou buscam conciliar o emprego com as tarefas domésticas — o que na maioria dos casos é simplesmente impossível; ou, em nome do emprego, renunciam ao casamento — o que na maioria dos casos entra em conflito com a inclinação do seu coração; ou, como geralmente ocorre, sem arrependimento, abandonam completamente o emprego, juntamente com sua independência e liberdade, e com grande alegria se unem ao marido de sua escolha. Mas, neste último caso, com toda a sua educação, ela não só desperdiçou muito tempo, dinheiro e capacidade de trabalho, como também adquiriu pouca preparação para a enorme tarefa de dona de casa e mãe.
Temos mais igrejas do que escolas. Isso revela a realidade de uma sociedade onde o sistema educacional ainda falha em formar indivíduos plenamente capacitados, sem que se tornem analfabetos funcionais. Quando isso mudar, as igrejas provavelmente terão um papel menos central. Espero que isso aconteça antes de 2182, ano em que se prevê a passagem de um asteroide que possivelmente poderá causar danos semelhantes a 22 iguais as bombas Fat Man e Little Boy.
Na melhores escolas e universidades do país as boas notas não devem ser a única forma de avaliação,ou seja,os alunos devem ser estimulados a fazer trabalhos de pesquisa dos mais variados assuntos onde os melhores trabalhos devem receber prêmios como incentivo aos estudantes.A assiduidade também merece ser premiada,pois estudantes assíduos também apresentarão excelente assiduidade no trabalho.Logo,a frequência baixa pode ter relação com o transtorno de conduta na infância e adolescência e com a psicopatia na fase adulta.
Que todas as escolas educacionais possam, de acordo com suas administrações, metologias e filosofias, tirar proveito dos fins e objetivos da Educação Nacional: preparar o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, cujo ensino baseia-se nos princípios da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a liberdade de expressão, a arte e o saber; o respeito à liberdade e o apreço garantido pelas leis civis e governamentais; a valorização da criatividade e da experiência extra-escolar e às condições ligadas à educação, ao regimento escolar, ao trabalho de suas atividades práticas e à solidariedade humana.
O Gondoleiro do Amor
Barcalora
Dama Negra
Teus olhos são negros, negros,
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar;
Sobre o barco dos amores,
Da vida boiando à flor,
Douram teus olhos a fronte
Do Gondoleiro do amor.
Tua voz é cavatina
Dos palácios de Sorrento,
Quando a praia beija a vaga,
Quando a vaga beija o vento.
E como em noites de Itália
Ama um canto o pescador,
Bebe a harmonia em teus cantos
O Gondoleiro do amor.
Teu sorriso é uma aurora
Que o horizonte enrubesceu,
— Rosa aberta com o biquinho
Das aves rubras do céu;
Nas tempestades da vida
Das rajadas no furor,
Foi-se a noite, tem auroras
O Gondoleiro do amor.
Teu seio é vaga dourada
Ao tíbio clarão da lua,
Que, ao murmúrio das volúpias,
Arqueja, palpita nua;
Como é doce, em pensamento,
Do teu colo no langor
Vogar, naufragar, perder-se
O Gondoleiro do amor!?
Teu amor na treva é — um astro,
No silêncio uma canção,
É brisa — nas calmarias,
É abrigo — no tufão;
Por isso eu te amo, querida,
Quer no prazer, quer na dor... Rosa!
Canto! Sombra! Estrela!
Do Gondoleiro do amor.
FAÇA VALER PENA....
Muitas vezes as portas das gaiolas estão abertas,mas para que os pássaros alcancem voos para a felicidade é preciso determinação para se lançarem fora delas,...não se prendam em gaiolas se prendam em corações que estejam dispostos a se lançarem em voos com vocês......
Fuja de todas as gaiolas
Voe ... Se liberte!
Seja da mesmice
Seja da cozinha
Seja da tv
Seja no amor
Seja do cobertor
Seja da monotonia
Seja da cadeira velha
Seja de tudo que lhe agonia ...
Vá... Voe !...
Seja pássaro dono de suas rédeas
e suas próprias asas !
Fuja de certos padrões e chatos patrões
Fuja de tantos comodismos e certos vilões
Fuja das regras vis da sociedade podre
Não dê ouvidos a quem vive e vegeta
em seu mundo ogre
Seja tua própria liberdade
Faça bem o que lhe der vontade
Desde que não agrida
não fira e nem incomode ninguém.
Seja teu canto de próprio bem .
Cante
Dance
Rebole
Brinque nem sei lá do quê
Mas Seja sempre Você
Não se preocupe com julgadores
ditadores e falsos impostores .
Fuja de certos clichês!
Porque enquanto se puder Viver
Jamais seremos tarde
para sermos o que quisermos Ser .
Pequeno Pássaro
Voe, Oh pássaro
Não há gaiolas
Liberte-se de si
Meu pequeno pássaro
Não existe volta
Talvez você nunca saiba
Mas veja por si próprio
E não voe sozinho
E se voar, voe alto
Bata as suas asas
Força, meu pequeno
Não perca-as no ar
Pule do ninho
Só depende de você
Sinta o vento em seu peito
Não há gaiolas
Cante, explore e viva
Talvez você nunca saiba
Apenas voe
Vivendo em Gaiolas
Há pessoas que se expressam no minúsculo,
E o minúsculo, sempre terão.
Há sonhos que se morrem ao despertar.
E ao despertar, nunca existirão.
Há sonhadores que já estão enferrujados.
E deste ferrugem só se renovarão,
Se perceberem que tudo na vida vale a pena.
E se torna possível para almas grandes,
E impossível, para almas pequenas.
Quero libertar meus sentimentos,
abrir gaiolas de isolamento,
deixá-los correr de encontro ao vento
sem represálias ou contratempos.
Que eles soprem as dunas,
espalhem areias, revirem os montes,
que brinquem de esconde-esconde
nos labirintos e mistérios das ruínas.
Povoem recantos baldios,
transformem o silêncio em sonoros delírios,
percorram terras e mares
e encantem corações vazios.
Que brilhem qual purpurina
que à luz do sol faísca, fascina...
Que voem quais pássaros que migram
e levem aos poetas as mais belas rimas.
LIBERDADE
Nunca gostei de pássaros em gaiolas. Por mais bonitos que sejam e por mais que eu me sinta bem em companhia deles, prefiro deixá-los livres. Se quiserem cantar pra mim, conhecem o caminho da minha janela. E se eles cantam na minha janela é porque não querem cantar em outro lugar naquele momento. Eles são livres. E eu também.
Gaiolas :Doces Prisões
Redomas de madeira e ferro, que trazem beleza pelo que não representam...
Emblemáticas , as doces prisões, abrem as portas para o infinito...
Grades por onde brincam os ventos da liberdade...
e filtram as luzes do alvorecer...
Salas vazias, de vida, de tristes gojeios
lembranças de liberdade
doces prisões!
A liberdade que tanto dizem existir...
O criador de pássaros prende os seus em gaiolas, então o criador sente sua gaiola e sabe que o pássaro é somente um pouco menos livre que o seu criador, mas são duas liberdades e dois paradoxos de liberdades diferentes, os indivíduos amam falar de liberdade, eles nunca viram a liberdade, eles nunca tocaram na liberdade, eles não sabem o cheiro da liberdade, distantes dela afastam-se mais e mais, confusos e tortos para dentro pq não conseguem superar tal paradoxo.
ATÉ AMANHÃ CAMARADA NOITE
Preso, que nem animais de circos
Em gaiolas sem horizontes
De ferros que cortam de tão frios
Que regelam corpos e mãos
Como águas gélidas das fontes
E matam de fome nos montes
O poeta eremita dos chãos.
Um dia, ele vai quebrar as correntes
Do mal da maldita união
Em que o afundaram na ilusão
De vidas coloridas, tão diferentes.
E quando as grades estalarem
Por força do seu querer,
As águas da revolta soltarem
Os gritos do seu sofrer
Ele vai querer dizer à noite
Do seu acoite:
Até já,
Até amanhã,
Camarada noite!
(Carlos De Castro, in Outeiro de Pena, 23-06-2022)
SONS SEM GAIOLAS
Ali, naquele galho retorcido
Repousam pássaros
Em ninhos ornamentados
Pequenas flautas com asas
Por si, são embelezados
Pelo torpor da existência
Ali, átrios e ventrículos se contorcem
O som tem insônia
O eco toca campainhas em hiatos
Sem perturbar nenhum átomo
E, a melodia mais bonita, foi cantada
Com saudade
Se conseguir ouvir
Diga-me que SIMbemol
Um par de asas
Um par de orelhas
Batem com muita fugacidade
Para ouvir a tua voz
O teu sorriso é um piano completo
Cada tecla me desafina
Me retoca o batom
Sei que meu pássaro logo passará
Esteja isento de ingressos
Ingressa-te livremente
No paraíso dos meus sons
Onde não há serpente
Nem maçãs
Só há pássaros vermelhos
Que passam nos meus lábios
E entram em espelhos
Espanto os corvos bons
Não me deixe em pausas
Contorça-me em teus tons
A verdade mesmo é que não me encaixo,
Sou pássaro livre,
Incontido,
Quebrei todas as gaiolas que dos que acham que me prendem,
Meu canto é livre,
Meu vôo, nunca baixo,
Gosto de cada traço,
Gosto do exagero,
Do Caos,
Sou a última gota,
Também sou o balde que transborda,
Prefiro o sentimento que me corta,
Do que o copo vazio,
Pobre e sem vida que discorda,
Não tenho limites,
Existe régua pra medir o Universo?
Então, porque preciso ser o inverso?
Por isso falo o que penso,
Choro,
Grito,
Gargalho,
Gemido alto, nada escondido,
Sou uma força da natureza,
Energia,
Pura,
A cura...
Para esse mundo de lamentos e mentiras,
Vivo ao inverso desse mundo,
Vivo o puro e profundo,
E é isso que tenho atraído no mundo.
Sem medo.
Esse é meu segredo.
Super Bonder preparado,
Para cara e coração quebrados,
Quando precisar,
Mas,
Me jogo,
Logo.
De cabeça,
Sem titubear,
Aprendi a ser meu próprio lar.
Quem é você?
Elá é livre, menina solta, liberdade, um passarinho que não vive em gaiolas, que ama, que voa mas sempre volta, por que amar quem voa é assim, quanto mais liberdade pra viver, pensar e agir, menos ela vai querer voar pra longe, por que ela sempre vai voar muito alto e longe, mas sempre vai voltar.
Liberdade a pedir e nada poder!
Da liberdade tão afastadas:
Esmeraldas em fortes gaiolas;
Zebras em jaulas pintadas;
Caixas com caladas violas;
Atrás de grades, mãos atadas
E coelhos em apertadas cartolas...
Querer voar, cantar, ter ou ser,
Querer sorrir, pedir, e nada poder!
Pequena ou grande liberdade,
Pesada ou leve solidão?
Agitado carrossel é calamidade,
Sossegado passeio é servidão.
Do desapego à saudade,
Entre devaneio e razão,
Qual o sabor da plenitude?
Doce deserto ou multidão rude?
Que venturas quereis colorir
Do que não se vê ou espera?
Cego que tudo vê florir,
Que do Inverno vê Primavera,
Que à liberdade pode sorrir,
É, qual sol sorri à quimera,
Partida para uma viagem
De branca tela e bagagem!
Pão de cada dia
Os bichos estão à solta,
e as gaiolas estão sem seus pássaros feridos
A ferida não está morta
E a morte nos manda seu cupido
A viola não noa só,
E a solidão também dá seu nó!
O fruto da amêndoa é doce
E o sal da terra nos pede exumação!
Semear o que já nasce com grão
Pra dividirmos o pão de cada dia
"Na aceitação cega das certezas da vida, construímos gaiolas ao redor de nossa essência, transformando-nos em meras sombras da grandiosa complexidade que a vida oferece. Libertemo-nos, desafiemos as supostas verdades e, ao adentrar a vastidão das possibilidades, confrontemos não apenas a beleza, mas também a assustadora incerteza. Pois é na busca incessante pela verdade que mergulhamos nas profundezas da nossa existência, explorando as intricadas possibilidades que compõem a essência humana. Nesta jornada interminável, encontramos a razão de tantas incertezas, descobrindo que a verdadeira essência da vida reside na corajosa aceitação de que a realidade é simplesmente nossa própria construção.”
(@marcellodesouza_oficial)