Cristianismo
Na antiguidade a homossexualidade não era vista como pecado, esta visão surgiu com o cristianismo que propagou uma ideia que antes estava restrita aos judeus. E isto é uma grande contradição, pois os cristãos pregam o amor ao próximo.
A mulher é a geradora da vida e sendo o cristianismo contrário a vida logo tratou de humilhar as mulheres.
O antagonismo entre comunismo e cristianismo se deve mais as semelhanças entre as duas ideologias do que as diferenças.
De onde flui seu preconceito com o Cristianismo Carlos?
-Não tenho preconceitos para o Cristianismo, tenho críticas. E elas se baseiam numa única sensação que ele propicia: O encontro consigo mesmo. As pessoas não seguem a Jesus por medo da morte, isso também ajuda, mas seguem por não se encontrarem durante a vida. Não sabem quem são, por isso aceitam explicações fúteis de sua história - de onde vieram - e promessas para seu futuro - para onde vão. É só por isso.
O cristianismo é baseado na cultura de distintos povos como os gregos, os romanos, os judeus e os cultos orientais como os de Ísis e Osíris e o de Mitra.
O cristianismo quando surgiu se dirigiu aos escravos e as mulheres principalmente, ou seja, tinha como público alvo os mais oprimidos pela sociedade romana e poderia ter criado uma sociedade fraterna. Todavia, a religião se degenerou em um despotismo de caráter divino, os que se livraram do jugo romano foram crucificados na cruz de Cristo e os bispos transformaram-se nos novos césares de toda a Europa.
A grande maioria das igrejas é deficiente em três ferramentas do cristianismo que promovem o seu crescimento: conhecimento, testemunho e treinamento de novos obreiros.
O cristianismo prega que você reprima seus instintos naturais e assuma uma conduta falsa e artificial.
O cristianismo faz as pessoas se sentirem escravizadas pelo pecado, enquanto Jesus Cristo faz elas se sentirem livres por ele.
O cristianismo nos propõe estado de felicidade abundante que não são condizentes com os prazeres e as experiências vividas pela humanidade
A maior corrente do cristianismo é chamada de católica, mas é o islã que está mais perto de se tornar a religião universal.
Certamente, sem a crença
na ressurreição, é inexplicável a expansão do cristianismo
após a morte de Jesus e, por sua vez, é
evidente que não foi a fé que produziu a crença
na ressurreição, mas foi a convicção nessa crença
que dissipou a incredulidade e o desânimo dos
discípulos e gerou a fé.
O ímpio pode seguir o Cristianismo, mas jamais poderá carregá-lo em si! É preciso renunciar ao ego para Cristo fazer morada em seu lugar.
31. “Amor”
O mais refinado artifício que o cristianismo tem de vantagem sobre as demais religiões está numa palavra: ele fala de amor. Dessa maneira ele se tornou a religião lírica (enquanto, em suas duas outras criações, os semitas deram ao mundo religiões épico-heroicas). Na palavra “amor” há algo tão ambíguo, tão sugestivo, que tanto fala à recordação e à esperança, que mesmo a mais fraca inteligência e o mais frio coração percebem algo do cintilar desse termo. A mulher mais sagaz e o homem mais vulgar pensam, ao ouvi-lo, nos instantes relativamente mais desinteressados de toda a sua vida, mesmo que Eros não tenha voado a grande altura no seu caso; e as inumeráveis pessoas que sentem falta de amor, por parte de pais, filhos ou amados, mas sobretudo aquelas da sexualidade sublimada, fizeram no cristianismo seu achado.
(Extraído do livro em PDF: 100 aforismos sobre o amor e a morte - FRIEDRICH WILHELM NIETZSCH- Copyright da organização © 2012 by Paulo César Lima de Souza- Companhia das Letras)
"Gandhi tinha o maior respeito pelo cristianismo, por Cristo e pelo Evangelho. Seguindo seu caminho da satyagraha* acreditava seguir a Lei de Cristo. Seria difícil provar estar ele inteiramente enganado nessa crença ou que fosse ele, em qualquer grau, insincero.
Uma das grandes lições da vida de Ghandi é a seguinte: Ele, um indiano, descobriu, através das tradições espirituais do Ocidente, sua herança indiana e, com ela, seu reto pensar. Ora, na fidelidade à sua própria herança e ao seu sadio equilíbrio, pôde apontar aos homens do Ocidente e de todo o mundo um meio de recuperar o reto pensar dentro de sua própria tradição, manifestando, assim, o fato de que existem certos valores essenciais e indiscutíveis – religiosos, éticos, ascéticos, espirituais e filosóficos – sempre necessários ao homem e que, no passado, conseguiu ele adquirir.
Valores sem os quais não pode viver, valores atualmente em grande escala por ele perdidos, de modo que, sem preparação para enfrentar a vida de maneira plenamente humana, corre agora o risco de destruir-se completamente. Esses valores podem ser denominados “religião natural” ou “lei natural”, seja como for, o cristianismo admite sua existência, pelo menos como preâmbulos à fé e à graça, se não, por vezes, muito mais que isso (Rm 2, 14-15; At 17, 22-31).
Esses valores são universais e é difícil ver-se como possa haver alguma “catolicidade” (cath-holos significa “tudo abranger”) que, mesmo implicitamente, os exclua. Uma das marcas da catolicidade é precisamente a de que valores em toda parte naturais ao homem se realizem, no mais elevado nível, na Lei do Espírito e na caridade cristã. Uma 'caridade' que exclui esses valores não pode reivindicar para si o título de amor cristão."
(*Uma palavra fabricada por Gandhi. Sua raiz significa “apegar-se à verdade”)
O que mais me impressiona no Cristianismo é o momento que deixamos de pensar em nós mesmos e passamos a nos preocupar com a construção do Reino de Deus.