Cristão
"Como cristão, sinto um abismo entre o 'eu' que almejo e o 'eu' que vivo, e a vergonha é a ponte que os separa."
(Romanos 7:15-20; 2 Coríntios 12:9-10; Filipenses 3:12-14)
O EQUÍVOCO DA FÉ IMPOSTA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Aquele moço cristão destratou abertamente, sem qualquer motivo relevante, o moço ateu. Chamou-o de perdido, predestinado ao inferno, servo do diabo e outras classificações que não me agrada repetir. Ao mesmo tempo, tentou impor uma fé que se baseia em seu Deus, na retidão, no amor ao próximo e na liberdade... justamente a liberdade, sinônimo de não imposição.
O ateu, com olhar piedoso e compreensivo, não retrucou. Não devolveu sequer uma sílaba das ofensas que ouviu. Parecia fazer, intimamente, uma prece. Uma prece de ateu à inexistência divina, por aquele cristão atormentado pela intolerância; o preconceito. Por um conjunto conflituoso que denota o profundo equívoco relacionado aos ensinamentos possivelmente sinceros aplicados nos cultos e louvores em sua grei.
Agiu exemplarmente, o ateu. Deu exemplo de compreensão, piedade, amor e respeito próprios de quem não acredita em Deus por sensibilidade, fraqueza ou franqueza, por ver tanta maldade nos corações. Corações iguais ao dele, ao nosso e o daquele moço cristão amargo, acuado e contraditório que se oculta numa retidão imposta exclusivamente pelo temor do inferno.
NEM POR FÉ
Demétrio Sena - Magé
Nem se fosse cristão, eu compraria
uma ideia de bençãos reservadas,
alegrias guardadas em armários
para servos ilustres; mais contritos...
Eu creria num Deus imparcial,
que não tem preferências, preterências
nem a "lei marcial" impiedosa
sempre a postos por erros só do outro...
E meus cultos seriam sem rompantes
de quem acha que Deus é serviçal
dos amantes venais de shows da fé...
Caso fosse cristão, não portaria,
como nunca portei qualquer certeza,
que Deus sempre seria meu mordomo...
... ... ...
#respeiteautorias É lei
Religião sem ética
Agostinho teólogo cristão do século 5, dizia que o mal em si não exista.
O mal é a privação do bem e todas a vezes que o bem se ausenta, o mal vem à tona. Mas o mal em si não existe, pois se ele existisse nós teríamos que dar conta de uma ideia teológica muito difícil. Deus é o criador de todas as coisas e por que então ele criou o mal? O mal em si não existe,o que existe é a ausência do bem, Deus criou a bondade e a maldade é ausência de deus e nesta hora as religiões tem as suas múltiplas formas de lidar com essa percepção, há aquelas que são maniqueístas, bem de um lado e mal do outro, há aquelas que são circunstancialistas,isto é, dependerá da ocasião que está vivendo e há outras que são normativas e permanecendo de maneria mais direta ao bem e o que é o mal.
A maior obra da literatura escrita sobre esse tema, foi escrita por um homem que tinha grande questão religiosa e foi Fiódor Dostoiévski, quando escreveu o livro Os Irmão Karamazov, ele cita uma frase que sintetiza essa questão, "se deus não existe,tudo é permitido". Essa é uma questão, será que a ética está apoiada apenas na religião? Em grande medida, a ética está apoiada na religiosidade e já algumas éticas então apoiadas em religiões.
Mas também, em nomes de religiões da história já se praticaram a patifaria, assassinatos, genocídio e a pilhagem.Portanto não é a região em si, que se torna o motor da convicção ética. A convicção ética vale muito mais a partir de valores de respeito à vida coletiva e da vida geral em suas múltiplas manifestações, pela crença que não é somente a minha vida que possui validade.
Os valores não são egoístas e nem poderiam sê-lo, embora sejamos um animal que como outros tende a perpetuação do gene, a gente não quer que a nossa vida seja apenas e tão somente essa perpetuação do Gene Egoísta que é o tema clássico de um livro do etólogo, Richard Dawkins. A lógica não é essa, ela é muito mais e aprofunda a ideia de uma divindade que possa parecer nas suas várias expressões, mas que ao mesmo tempo seja capaz dentro de sua maneira de nós com ela entendermos e com ela lidarmos e nos oferecer valores. É possível ética sem religião,claro, é possível religião sem ética ? De maneira alguma.
Todo cristão que deseja manejar bem a Palavra da Verdade precisa da exegese para entender o que o texto de fato diz e da hermenêutica para aplicar o que ele realmente significa. Sem essas ferramentas, corre-se o risco de interpretar a Bíblia com base em achismos, em vez da verdade.
O DIABO é um serzinho humanizado que o homem cristão dissemina na sociedade através dos métodos religiosos. De chifrezinho vermelho para conotar a ideia de maldoso. Desprezível e vulnerável. Oh Diabo!.
Para o cristão não há uma liberdade de crença ou de escolha, mas o verdadeiro e o falso, a ruína, o bom e o pecado.
As festas juninas são religiosamente comemoradas, herança cultural do povo cristão. Criada pelo catolicismo não é nenhum exagero. Satisfaz tanto quanto um retiro espiritual e ou baladas noturnas. Todo o pecado compensa. Aquele que for indigente transgressor será compensado em dias santos por apenas instantes de ladainha fervorosa e por uma confissão nada muito comprometedora ao sacerdote “Viva as festas Juninas”.
Para o cristão não há uma liberdade de crença ou de escolha, mas o verdadeiro e o falso, a ruína, o bom e o pecado.
Ser cristão hoje, para muita gente é vergonhoso. Não falo referindo no que as outras pessoas acreditam ou deixaram de crêr, não, falo isso porque hoje, nesse milênio, não se escuta mais falar em Deus, Jesus Cristo. As pessoas tem vergonha de ouvir uma música gospel. Eu também gosto de sertanejo, rap, rock.. Mas nunca esqueço do meu proposito, que é o proposito de todos, santificar o nome de nosso senhor. Particularmente, o meu convivio, se baseia em volta de pessoas que acreditam no mesmo dogma. Mas hoje para escapar das coisas fúteis está muito difícil, vivemos cercados, engolidos pela técnologia e não tem como ser diferente, nossa evolução causou isso. Para o bem ou para o mau, cada um de nós tem que escolher e é essa escolha que tira o joio do trigo. Agradeça a Deus, você acordou hoje para mais um dia, um presente, uma dádva. Acredite em Deus, ele cumprirá toda promessa, acredite.
SER PAI É COMO MATEMÁTICA..
É multiplicar o elogio, o carinho, o amor e dedicação. É ser cristão e dividir o pão.
É subtrair do seu filho, o desgosto, a saudade, o medo e a solidão.
É somar momentos de alegria que jamais serão esquecidos por ele.
Ser pai é somar, dividir, subtrair e multiplicar
Ser pai é amar.
Ao cristão cabe se esforçar no conhecimento das Escrituras, buscar intimidade com o Eterno, e amorosamente colocar em prática as doutrinas contidas nas Escrituras, e zelosamente viver à altura da teologia que professam crê.
Infelizmente, o compromisso cristão em nossos dias é medido pelo cumprimento de dogmas institucionais e não pela piedade vivida na comunhão do Senhor.