Criminalidade
A partir do momento em que a população de uma cidade não tem mais tranquilidade para andar na rua, a criminalidade venceu.
Transtorno de domingo
Aos olhos de todos - as vísceras - completamente expostas. Expostas feito quadros, feito instalações contemporâneas nas ruas da periferia. Sacadas ao meio dia na frente de todos, na porta da padaria. E o corpo, sem identidade ou cor revirado às avessas, a revelia de sua vontade. Caído de ponta a cabeça na sarjeta, após tamanha tormenta.
De repente, um grande alvoroço! As sirenes do carro de resgate interrompem o silêncio local - chegam primeiro que a polícia - essa chega instantes depois com todo seu aparato.Mas já é tarde demais!
Todos observam calados, incrédulos com o ocorrido. Ninguém fala nada, ninguém vai embora. E como se ainda esperassem acontecer algo permanecem no local, velando o corpo. O sangue encarnado que escorre do corpo já roxo, segue pela guia da calçada em linha reta, na direção do esgoto.
Já se passam das sete da noite e o corpo permanece ali, no mesmo lugar! Só que agora coberto com uma manta de papelão improvisada, feita de caixas de óleo de soja, doadas pelo dono da padaria. Ninguém parece ter pressa de tirá-lo daquele lugar. Só o dono da padaria se preocupa com o corpo, pois já é hora de baixar as portas, de fechar o comércio e acabar com todo aquele grande transtorno de domingo.
As campanhas eleitorais e o Funk são gêneros da cultura de massa. Baseiam-se em discursos vazios e temas de interesse geral para conseguirem a adesão de uma multidão de pessoas sem senso crítico. A diferença é que o Funk é alimentado pela criminalidade de pequena escala, enquanto as campanhas eleitorais alimentam o alto escalão da criminalidade do país.
O grande problema da periferia não são as pessoas de lá, e sim a ignorância do sistema que, sem se dar conta, cria os próprios monstros que subvertem-no.
'Neguinho'
Censuram-te!
Não permitem-lhe o livre pensamento
a livre expressão.
Vendem-lhe produtos que não lhe servem a nada
obrigam-no a andar sempre na linha
e andando sempre tão reto, jã não percebes
o quanto te curvas, o quanto és servo de tal esquema?
Que sistema é esse, que cega nossos jovens, cega nossos adultos
e agora, cega também as nossas crianças?
Enquanto você dorme tranquilo este teu sono alienado
a morte espreita-o, feito um predador à presa.
Sem que percebas, fecham o cerco à tua liberdade
já não és mais livre, mesmo que pague, se puder pagar!
Mas antes, acenam-lhe com uma invenção de última época
afagam-lhe a nuca com um mimo qualquer.
Tocam música boa ao pé dos teus ouvidos
amaciam a tua carne com as marcas da moda
as propagandas enchem a tua mente do mais absurdo vazio
não há em você mais consciência ou razão.
Inerte e sem reação, você perde, o sistema ganha.
Em menos de um segundo, uma bala perdida
- bem no meio da testa - te encontra por acaso,
numa esquina qualquer de um bairro qualquer da periferia.
O sistema vence mais uma
e você perde toda a sua inocência de uma só vez.
Tudo que é crime chega a ser amoral, mas não é que tudo o que é amoral chega a ser crime.
O comportamento por mais que seja reprovável em determinadas sociedades, só torna-se crime quando a lei tipifica o facto como sendo crime.
De que adianta passar uma vida inteira correndo atrás do enriquecimento ilícito, pra no fim ser pisoteado como um rato, e pior, perante os filhos e todo mundo?
"A ocasião faz o ladrão", quer dizer então que todos nós já nascemos com uma propensão para o roubo???😏 Ah! Conta outra, vai!😏
Quando se posterga que milionários paguem impostos, quem paga pelo bens usufruídos por todos é todo o resto da população. Isso pode gerar um efeito em cascata, no qual a sonegação ou o simples fato de não pagar pode inviabilizar todo o já precário estado de bem-estar social, aumentando a evasão escolar, o desemprego, a falta de saneamento básico e de saúde, desembocando na violência e na criminalidade.
10/01/2024
a respeito da eterna discussão a respeito da taxação de grandes fortunas
No Código Penal de 1926 havia um artigo 139 muito estúpido – "sobre os limites da legítima defesa necessária" – segundo o qual você tinha o direito de desembainhar sua faca somente depois que a faca do criminoso estivesse pairando sobre você. E você só poderia esfaqueá-lo depois que ele esfaqueou você.
"De tempos em tempos, duas questões vêm e me assombram a alma:
A primeira, a partir de quando a tecnologia da automação substituirá quase a totalidade da força de trabalho humano nas atividades comuns, com a extinção da imensa maioria dos postos de trabalho que temos hoje.
A segunda, saber se nesse período as pessoas nascerão fadadas a miséria, fome e criminalidade, um tanto do quanto já vemos hoje, ou se finalmente teremos evoluído enquanto humanidade para compreender o sentido e a relevância dos conceitos de redistributividade e justiça social.
Embora não tenha nenhuma previsão de resposta quanto a primeira, receio pela sua brevidade, já quanto a segunda, tenho medo de pensar sobre tanto, no entanto, não me calo, por isso reflito, instigo e falo."
O miserável profissional não merece ajuda. Vive a chantagear toda sociedade, com carinha de coitado e viver uma rotina de criminalidade nos locais mais prósperos de sua cidade.
O termo comunidades avançam pelos bairros nobres da cidade do Rio de Janeiro. Um resultado simples, onde o poder publico não investe com politicas publicas de qualidade a criminalidade cresce e opera livremente.
Nossas crianças de hoje abandonadas longe das escolas, da comunidade e do convívio familiar saudável são os melhores e mais promissores alunos da criminalidade e em pouco tempo os mais jovens chefes impiedosos que iram abalar toda estrutura criminosa urbana.