Crime
Generalizações são falácias para fugir de temas complexos e nivelar tudo pelo confortável viés de confirmação da mediana neurotípica
A grande tragédia da conivência, é a somatização semântica que desliza irreversívelmente pra mazela, junto
a ilusão de lucro ou ganho futuro.
Mas!
Sobrará de todos apenas pó.
Reconheçamos: Precisamos [também] de uma mudança cultural ! Algumas pessoas têm imenso preconceito contra quem algum dia (e por algum motivo) subtraiu um alimento do mercado ou algo semelhante, mas andam abraçadas a sonegadores fiscais, estelionatários e grandes contraventores que enriquecem ilicitamente, como se a prática destes últimos não fosse criminosa."
MENORES CRIMINOSOS DEVEM SER JULGADOS COMO ADULTOS?
Depende!
Existem menores que têm mais consciência dos seus atos que muitos adultos.
Existem adultos que têm menos consciência que qualquer menor de idade.
A lei, como se doutrina, deve ser igual para todos, sem exceção.
Porém, mais capital e importante é a sua APLICAÇÃO.
A aplicação da pena, a condenação, deve levar em conta os vários aspectos
da vida dos envolvidos em crimes: O meio em que vivem e viveram, os crimes de
que foram vítimas e dos quais participaram. Enfim, avaliar profundamente seu modo
de vida de maneira o mais abrangente possível.
A pena deve ser tal que eleve o nível de consciência do elemento criminoso, de forma
a poder coexistir pacificamente em meio à sociedade da qual participamos.
Infelizmente, dispomos de poucos julgadores que pensam desta forma.
Onde está a consciência dos juízes? Em que nível? Como condenar a penas terríveis se
não tem a consciência da dimensão de seus atos? Provavelmente jamais puseram os pés
numa Penitenciária ou num Centro de Detenção Provisória, onde os condenados são tratados
pior que animais. E se o fizeram, o mais provável é que não ficaram mais que alguns minutos, ansiando nunca
mais retornar.
E a resposta às condenações da forma como são hoje doutrinadas é o aumento da criminalidade,
com as cadeias transformadas mais em escolas de crimes que em centros de recuperação.
O juiz deve ser pessoa de alto nível de entendimento e interpretação dos
fatos da vida, que irá aplicar penas severas àqueles que realmente sejam julgados de
acordo com o nível de consciência existente no momento do crime.
Apesar da LEI ser igual para todos, a PENA para um mesmo tipo de crime pode ser
diferente.
Sendo o juiz pessoa de alto nível de entendimento e interpretação dos fatos da vida,
irá aplicar penas severas àqueles que realmente sejam julgados de acordo com o nível da
consciência criminosa existente no momento do crime.
Consequentemente, não deve existir limite de idade para uma pessoa ser levada a julgamento,
desde que se leve em consideração seus níveis individuais de conhecimento e de consciência
do ato ilegal praticado.
Que coisa mais ingrata !
viu o original e gostou ,
e de maneira sutil ,
copiou e transformou
Logo isso será percebido ,
furtar ideia é crime,
nada ficará sem castigo ,
mas colocar autoria - redime!
Ele apaziguou o meu choque e me manipulou de tal forma, que não tive nem um segundo para entender o crime hediondo que tinha ocorrido.
INSENSATEZ
Saudade de Deus!
Outrora o meu pastor.
Faltou-me tanto
E nada me faltaria
Eu andaria com Ele
Pelos vales dos ossos secos
E levantaria homens fortes,
(Um grande exército),
Mas não posso nem a mim
Mesma reviver.
Eu cantaria após lançar
A semente e ver os brotos
Mas não pisei a terra prometida
Fui infiel, fui réu do pecar.
Destemida, andei pelas montanhas a sós
E por vários sóis vivi ausente,
Descrente.
Saudade de Deus...
Se eu andasse com Ele
Os vales estariam vazios de ossos
E na terra haveria brotos
E eu não apenas olharia de longe.
E a canção estaria para sempre
Em minha boca.
Eu nunca enlouqueceria
Na minha insensatez
CAMINHOS
Bendito é o caminho por onde tive que passar.
maldita a estrada por onde nunca pude os pés colocar.
Maldita, porque como em um convés, ressuscitou-me a ira
de não poder me trasladar, sentir o ar, o vento batendo...
o vento da liberdade de voar ou caminhar nas veredas da vida,
arremessar-me enquanto posso, devagar ou a passos lentos,
ou voar na velocidade da luz que me conduz ao infinito, a um lugar indefinido! Caminho meu, aqui vou eu. Bendito és porque por ti passei, não me declinei.
BRISA
Seja bem-vinda,
oh, brisa das manhãs de primavera,
ao meu recôndito jardim de Heras!
A esse jardim sem flores nem amores.
Não vá embora!
O tempo logo se fará aurora,
e um resto de flores colherei na estrada,
esquecidas, deixadas.
E trarei para cobrir meu muro escuro...
E pousarei nos ramos a flor
que sonhou minha primavera nos galhos da hera.
VOLTASTE
Voltaste do mar,
Oh ruidoso vento!
Ouviste a voz da terra em desalento.
Sofreu e até chorou
Alguns versos tristes
Na folha de papel.
E assim soprou
E tudo se refez, ruidoso vento!
Até os cabelos dela, os fez em desalinho...
Voltaste!
Um brinde! Um vinho!
SOBREVOO
Sobre voo?
Sobrevoo
Sobre tempestades
E até sob o ades
Mas quem sabe sobre o mar ?
E nesse desentoo
Eu sei que há o ar
E também o fim
De qualquer voo
E que seja um jardim!
Sobrevoo!
TEU SILÊNCIO
Amo teu silencio de frutas frescas
Assim amo teus lábios roxos das vinhas.
As tuas mãos de luvas bordadas e finas
Amo-as tão pequenas, quase de menina!
Teu silêncio... Esse de paz sepulcral.
Teus lábios, um mel que me alucina
Tuas mãos de luvas bordadas e finas
Em minha pele tu as faz tão divinal!
E então, pobre de mim que sonhei
Pela vida a fora desenhei-te
Para sempre tê-las agora...
Mãos de fadas encantadas, tão pequenas!
Suaves, feito luvas finas, bordadas
Alvas... Ainda sinto o cheiro das açucenas!
Joana de Oviedo
Quando eram jovens e apaixonados,
contavam seus segredos um ao outro.
Mas quando envelheceram sem ter podido
fazerem-se felizes, viram seus segredos
degladiando-se diante dos seus olhos
e de seus cansaços.
Não sei bem explicar o que me atraia
para aquele ser tão insignificante,
Talvez nossa insanidade fossem irmãs gêmeas...
Suas histórias preferidas
eram as de quadrinhos infantis,
mas nessa altura da vida
Não se cabia em nenhuma delas.
COMPLEXO DE INFERIORIDADE
Nunca se sentiam suficientes um ao outro.
Mas não se abandonavam a si mesmos.
Talvez porque ninguém os desejasse.