Crime

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Aligia-se e irritava-se assim com essas perguntas experimentando também um certo prazer. Aliás, essas perguntas não eram de maneira nenhuma novas, nem repentinas, eram já velhas, dolorosas, antigas. Havia já algum tempo que vinham ferindo-lhe e corroendo-lhe o coração. Muito; havia já muito tempo que se enraizara e crescera nele toda essa tristeza atual; nos últimos tempos se acumularam e reconcentraram, assumindo a forma de uma horrível, bárbara e fantástica interrogação que lhe torturava o coração e a alma, reclamando uma resposta urgente. (...)Era evidente que agora não se tratava de ficar triste, de sofrer passivamente, fazendo apenas apreciações acerca da insolubilidade daqueles problemas, mas de fazer impreterivelmente qualquer coisa, imediatamente, o mais depressa possível. Fosse o que fosse, era preciso tomar uma decisão ou...
"Ou renunciar completamente à vida!", exclamou de repente com raiva. "Aceitar o destino docilmente, tal como é, de uma vez para sempre, e abafar tudo no seu íntimo, renunciando a todo o direito à ação, a viver e a amar!
"Compreende, meu senhor, o senhor compreende o que quer dizer isso de não ter para onde ir?", de repente veio-lhe à memória a pergunta que Marmieládov lhe dirigira na noite anterior. "Porque todo homem precisa de ter algum lugar aonde ir!"

Apressou-se a olhar à sua volta, nem sabia a procura de que

Depois que dera pelo banco, observou à frente dele, a uns vinte passos, uma mulher que passava, à qual, a principio, não deu a mínima atenção, como não dava a nenhuma das coisas que lhe passavam pela frente. Quantas vezes não lhe acontecera ir, por exemplo, para casa, e não se lembrar de maneira nenhuma do caminho que seguira para chegar até lá e pelo qual estava já acostumado a passar! Mas aquela mulher que passava tinha qualquer coisa de estranho, que saltava logo à vista, e, pouco a pouco, lhe foi prendendo a atenção... A princípio, contra a sua vontade e quase com aborrecimento, e, depois, cada vez com mais força. De súbito, sentio o desejo de averiguar concretamente o que teria aquela mulher de estranho. Em primeiro lugar devia ser muito nova; ia sem chapéu, com aquele calor, sem sombrinha e sem luvas, e movia os braços de maneira um pouco grotesca. (...) A mulher não caminhava com firmeza, curvada e cambaleando para um e outro lado. Até que por fim aquela visão acabou por atrair completamente a atenção de Raskólhnikov. Cruzara com a moça junto do banco; mas, quando chegou junto deste, ela se deixou cair numa extremidade, apoiou a cabeça no espaldar e fechou os olhos, dominada por um cansaço visível. (...) Raskólhnikov não se sentou, mas também não decidiu a retirar-se.

Não há no mundo coisa mais difícil do que a sinceridade e mais fácil do que a lisonja.
(Crime e Castigo)

O pior crime que posso imaginar seria enganar as pessoas, sendo falso e fingindo que estou me divertindo 100 por cento.

Kurt Cobain

Nota: Adaptação de trecho da nota encontrada junto ao corpo do cantor

Não é um crime amar o que não pode ser explicado.

O crime é produto dos excessos sociais.

Detesto fingir e mentir. Vale mais a pena a gente se explicar francamente... (Crime e Castigo)

A diferença entre a polícia e o bandido é que o crime paga melhor.

Antes de tudo eu quero viver, do contrário seria melhor não existir. (Crime e Castigo)

"Meu crime? amar demais alguém proibido. Meu castigo? amar tanto e não ser correspondido."

Torne-se o sol e todos o avistarão. O dever do sol é existir, ser o que é! (Crime e Castigo)

Alguns entram pra droga, outros entram pro crime. Sua vida ce que faz, seu destino ce define.

Se mentir fosse um crime, todas estaríamos na cadeia.

"Esse crime, o crime sagrado de ser divergente, nós o cometeremos sempre"

Puna somente aquele que cometeu o crime.

Não é só a morte que iguala a gente. O crime, a doença e a loucura também acabam com as diferenças que a gente inventa.

Roubar, não resta dúvida, é um crime, e é próprio de quem não tem nenhuma educação. Mas como a maioria das coisas que faz quem não tem nenhuma educação, é desculpável dependendo das circunstâncias. Roubar não é desculpável, por exemplo, se a pessoa está num museu, resolve que um determinado quadro ficaria melhor em sua casa e simplesmente leva o quadro para casa. Mas se a pessoa está morrendo de fome e não tem outro meio de conseguir dinheiro, é desculpável que ela leve o quadro para casa e o coma.

Se amar você for crime, qual será minha sentença?

Nunca pense que a guerra, por mais necessária ou justificável que seja, não é um crime.