Criação e inspiração
Eu sou sua alma sagrada
Em outra pessoa encarnada
Imagino-te vazia
Sem poder dividir comigo
Uma vida de alegria
Se minha vida ao deu lado fosse
Eu seria o senhor das batalhas
Vencedor da guerra fria
Marido da Imperatriz
Enfim,eu seria feliz
Simplesmente todo dia
E tudo por ti faria
Se eu pudesse te ver face a face
Ou, quem sabe,você se lembrasse
De algo que o tempo apagou
Que existiu por alguém que pensou
Em poder alegrar o seu dia
Enquanto você dormia
Na rede descansa a criança
que nada sabe do tempo
que é dança que as pernas trança
que é luz que o escuro leva
O tempo a si mesmo leva
deixa a luz que a vista cansa
e a vista já não alcança
Mas fica no tempo a lembrança
da tarde onde dorme a criança
Sonhando que a tarde é sua
Vive aqui,vive na lua
Mas olha de longe a rua
Que não sabe aonde vai dar
Criança
À noite vê o claro da lua
A noite os mistérios inflama
E o medo deita em sua cama
Abafando a voz que o chama
Pra avisar que em alguma noite
A sua infância estará distante
E seu choro o tempo desperta
Criança
O tempo tem hora certa
de chegar aonde não se sabe
E parar ao tempo não cabe
E a noite depressa flutua
Nasce o Sol,que espanta a lua
E assim nasce mais um dia
E na rede descansa a criança
Se prestar bem atenção, vai perceber que a melhor parte de você é aquela onde Deus, mesmo sem seu consentimento, Se revela por inteiro.
-Nao quero.
é melhor que querer;
pois quem nao quer, nao arrisca perder.
Porém perder é melhor que ganhar;
pois sempre que se perde ganha-se mais.
E quem ganha só perde uma vez e nunca mais.
O processo de criação do artista é uma atividade lúdica e só nela o homem é verdadeiramente livre, pois ele próprio determina suas regras.
Inspiração
Junto ao mar,
Distante do mundo
Vejo-te, espelho das minhas ilusões...
Das dores ou amores, num segundo
Brotam flores, poemas...
Canções!
Compassos e descompassos virtuais
Concebo a virtualidade como meio disponível para se criar significativos laços amistosos, apesar da distância geográfica.
Para muitos, revela-se como porta de acesso a um mundo de sonhos; de fantasias que desejam viver junto a seres utópicos – misteriosos habitantes das telas – dotados de refinadas qualidades e escassos defeitos...
Conscientemente, um campo onde - desprovidos do contato físico - precisamos redobrar os sentidos para lermos o oculto nas palavras trocadas, nas imagens distorcidas que inevitavelmente despertam sentimentos; um campo onde precisamos ouvir a voz do silêncio para captarmos a essência do outro, sutilmente, revelada nas entrelinhas do que escreve e/ou nas ondas que emite.
A cautela e a seletividade são poderosas aliadas tanto no mundo real quanto no virtual, visto que expressivo número de homens e mulheres mascara sua verdadeira identidade, devotando-se a jogos emocionais manipulados por uma criança interior profundamente ferida.
Sondarmos a essência do outro e nos revelarmos despojados de máscaras não é tarefa fácil, porém a prudência e a retidão demarcam caminhos para evitarmos provar, mutuamente, o gosto amargo da decepção...
A mulher com sorriso de criança
um sorriso que me enche de esperança.
A mulher que confunde meu coração
faz a amizade beirar a paixão.
A mulher em que penso todo dia
que por ela minha vida mudaria.
A mulher que tem meu carinho
que faz eu não me sentir sozinho.
A mulher com uma voz linda de ouvir
que com suas palavras me faz sorrir.
A mulher que me traz felicidade
agindo com todo sua simplicidade.
A mulher que me encantou subitamente
que sempre me deixa contente.
A mulher com quem passos noites a sonhar
que me ensinou novamente a amar!
NINHA;
Ninguém sabe começou o amor que sinto por você;
Imagine um sentimento puro e firme;
Não chega aos pés do amor verdadeiro que sinto em meu coração;
Hoje depois de te perder;
Afogo minha solidão em inesgotáveis lagrimas;
NINHA;
Nada nesse mundo vai fazer eu te esquecer;
Imaginar você em braços de outra pessoa dói minha alma;
Nunca imaginei ficar longe de você;
Havia horas de raiva que gostaria de estar bem longe;
Agora que esse meu desejo no momento de raiva realmente aconteceu, “choro”;
NINHA;
No dia que você com todo sinceridade, quiser me amar de verdade;
Ignore tudo e todos;
Não perca tempo, me diga, estarei te esperando;
Hoje escrevo essa mensagem para imortalizar na internet o meu amor por você;
Apesar de todas as coisas contrarias, eu serei sempre seu.
De seu único e verdadeiro amor.
“AMOR MEU”.
Gostar de alguém e entender, sem egoísmo, que a partida será melhor para ela, desejar a felicidade sem arrependimento, mesmo tendo que supostar a distância e aceitar um momento ou uma vida sem essa pessoa, sem perder o sentimento, pois a sua felicidade se faz devido à dela, isso é especial. Amar não é monopolizar, amor se constrói, amor é respeito. No amor nos doamos por completo, nos jogamos sem medo da queda e no final descobrimos e tudo valeu a pena.
A paixão é ilusoria
Apaixonar-se é se encantar por alguém, e criar para essa pessoa uma imagem que apenas nós vemos. Isso explica o fato de muitas vezes pessoas de fora discordarem de nossa visão e atitude; por fora parecemos idiotas.
A paixão nos deixa 'fora do ar', como se arrastasse nossa mente para outra dimensão, ela venda nossos olhos com algo mágico, colorido e com prazo de validade muito curto; Paixões sempre são intensas, porém curtas; seu resultado na maioria das vezes é um coração dolorido e descrente, que prefere ficar longe de relacionamentos durante muito tempo.
Apesar dos pesares, apaixonar-se não é de todo mal, pois sempre acabamos aprendendo, amadurecendo e seguindo em frente; sequência essa que talvez um dia nos leve à um amor verdadeiro, sem espasmos cardíacos.
Cavardes se unem a fim de criar Coragem e agem contra quem for incapaz de reagir. Assim se defende a causa de quem vive na Covardia.
Toda as tragédias do mundo moderno em última instância foram criadas pelos homens. Sendo assim não havia razão que oss impedisse de transforma-las.
Qualquer atividade torna-se criativa e prazerosa quando quem a pratica se interessa por fazê-la bem feita, ou até melhor.
Eu, sinto que ficou fora do que imaginei tudo o que quis, que embora eu quisesse tudo, tudo me faltou.
Pátria minha
A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.
Se me perguntarem o que é a minha pátria, direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.
Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias, pátria minha
Tão pobrinha!
Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação e o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!
Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.
Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu...
Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
Amada, idolatrada, salve, salve!
Que mais doce esperança acorrentada
O não poder dizer-te: aguarda...
Não tardo!
Quero rever-te, pátria minha, e para
Rever-te me esqueci de tudo
Fui cego, estropiado, surdo, mudo
Vi minha humilde morte cara a cara
Rasguei poemas, mulheres, horizontes
Fiquei simples, sem fontes.
Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamen
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também"
E repito!
Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão...
Que vontade me vem de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.
Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.
Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
"Pátria minha, saudades de quem te ama…
Vinicius de Moraes."
seja o que for, era melhor não ter nascido,
porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
a vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
a dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
e ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
e tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.
cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
é preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
que há-de ser de mim? que há-de ser de mim?
Nota: Techo do poema "A Passagem das Horas"