Criação e inspiração
Do meu outono os desfolhos,
Os astros do teu verão,
A languidez de teus olhos
Inspiram minha canção...
Eu tenho as melhores e mais engraçadas companhias. Tenho amigas de infância, que cresceram ao meu lado, e mesmo que estejam brigando comigo por mais uma vez eu chegar alegremente alcoolizada da balada ou por qualquer idiotice que eu tenha feito, elas permanecem aqui, ao meu lado. Somos tão diferentes, mas tão unidas. Somos irmãs.
Você está apaixonado por sua melhor amiga, mas ela te procura apenas para pedir conselhos, ajuda ou lamentar que algum cafajeste feriu o coração dela.
Treine, dê sempre o melhor de si e nunca se renda. Porém, nunca esqueça que a sua mente pode te levar as extremidades que o seu físico jamais chegaria sozinho.
Marshall: Eu prometo para você, seus melhores dias ainda estão por vir.
Lily: Amo muito você por dizer isso, mas chega uma hora em que isso deixa de ser verdade.
Sobretudo, tenho certeza de que Deus está nos detalhes e as coisas simples são as melhores. Taí uma dessas velhas e surradas sabedorias que a gente teima em esquecer.
Houve um momento em que o aperto foi tão extremo e aflitivo que eu imaginei não conseguir suportar. Eu nem sabia que, exatamente naquele ponto, a natureza tecia asas para mim, em silêncio, mas foi lá que senti que eu era feita também para voar. O aperto, entendi somente depois, era uma espécie de morte, um prenúncio da transformação, uma ponte que me levaria a outro modo de ser.
Os suicidas são as melhores pessoas do mundo, pois preferem tirar suas próprias vidas por falta de amor do próximo, do que tirar a vida do próximo como aqueles que não souberam amar e ser amados.
O que é "dar um tempo" em um relacionamento? Se a melhora num relacionamento fosse baseado em um "dar um tempo", o meu primeiro namoro aos 15 anos ainda estaria nessa condição, "num tempo". Isso não existe, ou é ou não é, ou vai ou racha... "Dar um tempo" é coisa de namoro mais ou menos e o pior... de gente mais ou menos. É a pura covardia de quem quer navegar em alto mar, sem perder a praia de vista.
Fui instantaneamente acordada pelo pesadelo criado pelos meus demônios, amedrontada por não poder evitá-los como sempre fiz. E me é cada vez mais instigante o fato de que a cada dia mais eles se assemelham com minha realidade. Antes fossem deveras irreais, visto que de alguma forma minha consciência me diria tranquila que tudo não passara do que os estudiosos chamam de: resto de informação. Sim, todos esses sonhos devem ter fundamento nas minhas mais humilhantes covardias, como se o meu medo atraísse todo o mal que me aguarda ansiosamente. Meu inferno pessoal já sente tanto a minha falta que me persegue antes que houvesse chegado o meu dia, tratando-me já como posse - um brinquedo - por não ter suposto pra minha alma um destino melhor merecido. Assim se fazem meus momentos, torturantes e regados a sorrisos sombrios encobrindo um coração nostálgico e cansado de doer. Quero contar que cada batimento assemelha-se a uma mão áspera que o truxida árduamente, incessantemente, como demonstrando o quão prazeroso é me ver desfalecendo. A sede que um dia sentí pela vida foi se esvaindo tanto quanto não me resta mais desejo de imaginar futuros, nem de me incluir nos planos das pessoas mais próximas. Nem meus mais afetos são capazes de enchergar nas entrelinhas que algo me deixara doente. Mas, seria o choro mais profundo da alma uma doença? Ou o reflexo de que o viver é cansativo demais para quem tem um espírito anêmico e marcado pelas mordidas dilaceradas e com cicatrizes profundas causadas pelos sanguessugas da hipocrisia, da hegemonia posuda e mentirosa, das leis que afligem o pobre e enaltecem o rico. Sinto que até minha fuga do assunto como ele é, vem como uma explicação enigmática pra quem me escuta. Só quem lê com a alma é capaz de entender o que meus demônios me fazem. Tenho saudades do tempo em que sabia dominar ao menos meus pensamentos e minha vida.