Criação
A realidade é criação da mente humana. Só existe a interpretação do que ela seja. Ou será que nós quem a criamos? Todos os conceitos são criados pelo cérebro. Ou ele está totalmente certo ou pode estar totalmente errado.
Somos deuses de nossa própria criação. Em nossas vidas, existe apenas o eu. O mundo é um deserto, a realidade externa é composta por luzes modeladas pela mente.
Processo de criação, introspecção, fração de segundos pensando no que faz falta, esqueci do que já tenho, me empenho, a maçã do jardim eu mordi, relembrei o que vivi, ando meio esgotado, luto todo dia pela sobrevivência do corpo, minha alma grita, as vezes eu ouço. Me resolvo no texto, ou ao menos tento, livre como o vento, se algo não existe, eu invento, momento que se repete, fugi da rotina, produzi serotonina, anfetamina, bebida. Olhares vazios a procura do nada, trabalhador com a inchada, o senhor com sua estátua, planejamento do clube, segredos que eu soube.
Apenas não sei ler direito
A lógica da criação
O que vem depois do infinito
E antes da tal explosão?
Não teria sentido nenhum a projeção e criação do ser humano, com sua capacidade cognitiva, que o difere dos irracionais, se tudo terminasse na morte. Por esta e outras razões entendo que somos mentalmente imortais. Mas creio que é na vida telúrica que optamos pelo eterno feliz.
Não teria nenhum sentido a criação do universo, se não visasse o ser humano com inteligência consciente, o propósito de oferecer-lhe, na existência temporal, a oportunidade de conquistar a Vida Eterna.
O evento da criação nos ensina que acatar a Palavra de Deus é essencial para dar sentido à vida. Sem isso, corremos o risco de apenas presenciar o mover do Espírito, chorar de emoção, consumir cortes de Tiktok e sermões, mas continuar com uma vida sem forma e vazia. Cristo não prometeu uma vida fútil, mas vida em abundância! O que você tem sido ministrado a fazer hoje? Perdoar mais? Buscar mais? Esperar, avançar, recuar, servir mais ou se arrepender? Não deixe a Palavra apenas ecoar; deixe a luz da Palavra apostólica resplandecer e experimente o poder de Deus ainda hoje.
"Por que Jesus sendo Deus livre sem precisar de nada da criação para ser Deus, quer precisar de nós? Por que Jesus não divide sua glória com outros deuses, porque Ele quer que sejamos completamente d'Ele, não apenas 50, 70, nem 99,999% mas 100% d'Ele?
Porque Ele quer que sejamos felizes, não apenas 99,999% feliz, mas completamente felizes."
O que é a vida?
Como sendo a criação permanente do novo, a vida é o que acontece entre uma respiração e outra, é uma condição de energia que busca mais energia, potência em busca de potência. Intervalo de tempo em que uma energia dura com alguma consciência que acredita ser alguma coisa, dor e sofrimento, afinal de contas não me lembro de ter sofrido antes de nascer e tenho a nítida impressão de que não sofrerei depois de morrer, a vida é o excesso, a surpresa e a fecundidade.
A verdadeira essência da criação, a verdade divina da fé, é que o mundo foi feito pela Palavra de Deus. E, se você conhece a Palavra de Deus, você pode viver conforme Sua vontade e transformar sua realidade conforme o plano divino.
Ao refletir sobre a criação de Deus e o fato de uma inteligência divina, não humana, percebe-se que a própria natureza é uma expressão da sabedoria de Deus – que entender a criação, a natureza, é entender os sistemas maravilhosos e complexos que Ele criou. Negar que essa criação tem um propósito divino e que Deus a mantém viva e consciente é apenas uma limitação da visão humana.
Para aqueles que veem o mundo com os olhos de fé, é claro que a natureza é viva, moldada pela Palavra de Deus, e responde ao Seu chamado, refletindo Sua grandeza e sabedoria.
Com todo amor e delicadeza que Deus tem na criação e perfeição da beleza de uma borboleta, Ele também tem na vida de cada “filho” que o aceita de verdade e vive os seus propósitos; Deus é Deus!
Contemplar a Criação é um caminho para a cura interior.
Nos dias de hoje, somos constantemente arrastados por uma enxurrada de informações, compromissos e distrações. Vivemos numa era em que a velocidade dita o ritmo e a contemplação é quase vista como um luxo, relegada a momentos raros e fugazes. Entretanto, a capacidade de parar e observar os detalhes da Criação é mais que um simples exercício de apreciação estética; é um caminho para a cura da mente, do corpo e da alma.
A Criação – seja ela vista nas majestosas montanhas, no sussurrar das ondas do mar, no delicado desabrochar de uma flor ou no canto dos pássaros ao amanhecer – está repleta de beleza e significado. Cada elemento carrega em si um reflexo do Criador, um convite silencioso para que voltemos nossos olhos e corações para algo maior do que nós mesmos. O ato de contemplar nos conecta ao essencial, ao eterno, e nos lembra que há algo sagrado em tudo o que nos cerca.
Contemplar a natureza não é apenas um ato espiritual; há evidências científicas que comprovam seu impacto curativo. Estudos mostram que passar tempo em ambientes naturais reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e aumenta a produção de serotonina, promovendo uma sensação de bem-estar. Além disso, observar a harmonia das formas, cores e sons na natureza pode ajudar a acalmar a mente, estimular a criatividade e até mesmo fortalecer o sistema imunológico.
Mas a contemplação vai além do simples "estar na natureza". É preciso aprender a ver. Muitas vezes, estamos fisicamente presentes, mas nossa mente está em outro lugar, preocupada com o futuro ou revivendo o passado. Contemplar é ancorar-se no presente, prestar atenção ao agora, com todos os sentidos abertos. É sentir a textura de uma folha, perceber as nuances de um pôr do sol, escutar o som do vento passando entre as árvores. É, acima de tudo, permitir que esses detalhes penetrem em nosso ser e nos transformem.
Há uma tendência em buscar o extraordinário: paisagens exóticas, viagens para lugares remotos, experiências únicas. Porém, a contemplação verdadeira não exige nada disso. Os detalhes curativos da Criação estão ao nosso redor, mesmo nos lugares mais comuns. Um jardim em casa, o céu visto pela janela, as estrelas que brilham à noite – tudo isso é um reflexo da obra divina.
O problema é que estamos perdendo essa habilidade de nos maravilhar com o cotidiano. A enxurrada de estímulos artificiais, como o brilho constante das telas e a correria diária, embota nossa percepção. Parar para observar uma borboleta que pousa em uma flor ou o simples voo de um passarinho parece, para muitos, uma perda de tempo. Mas, na verdade, são nesses momentos que reencontramos nossa humanidade e nos reconectamos com nossa essência.
Num mundo que valoriza o fazer, contemplar é um ato de resistência. É dizer "não" ao ritmo frenético que nos desumaniza e "sim" à quietude que nos cura. A contemplação nos ajuda a recuperar o sentido da vida, não como uma corrida desenfreada em busca de resultados, mas como uma jornada cheia de significados.
Essa prática não exige técnicas complexas ou mudanças radicais. Tudo o que precisamos fazer é começar. Uma caminhada ao ar livre, sem pressa, pode ser um bom ponto de partida. Sentar-se em silêncio, observando o movimento das nuvens ou o balanço das folhas ao vento, pode se tornar um ritual diário. Até mesmo em ambientes urbanos, há belezas a serem contempladas – um raio de sol iluminando um prédio, o som da chuva no asfalto ou o sorriso de uma criança.
A Criação nos chama constantemente para contemplá-la. É como se cada detalhe da natureza – das mais grandiosas montanhas às mais minúsculas gotas de orvalho – fosse uma mensagem de amor do Criador, um lembrete de que somos parte de algo imensamente maior. Ao atendermos a esse chamado, não apenas experimentamos uma cura pessoal, mas também nos tornamos melhores cuidadores do mundo ao nosso redor. Quando percebemos a beleza e a sacralidade de tudo o que existe, nos sentimos responsáveis por proteger e preservar a Criação.
Contemplar é preciso. É uma necessidade tanto espiritual quanto humana, um antídoto contra a ansiedade, o estresse e a desconexão que afetam tantas pessoas nos dias de hoje. É um convite a redescobrir a alegria nos pequenos detalhes, a encontrar cura na simplicidade e a perceber que, em cada pedaço da Criação, há um reflexo do amor divino.
Por isso, reserve um momento hoje para contemplar. Olhe ao seu redor com olhos atentos e coração aberto. Permita-se obter a cura pela beleza da Criação e, ao fazer isso, descubra um sentido mais profundo para a vida. Afinal, o ato de contemplar é também uma forma de oração – uma das mais puras e transformadoras que podemos experimentar.