Crer

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Há muitas razões para duvidar e uma só para crer.

Carlos Drummond de Andrade
"O Avesso das Coisas. Aforismos". Editora Record. 2ª Edição. 1990

Acreditar que não acreditamos em nada é crer na crença do descrer.

O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa.

O mais importante para o homem é crer em si mesmo. Sem esta confiança em seus recursos, em sua inteligência, em sua energia, ninguém alcança o triunfo a que aspira.

Um grande erro: crer-se mais importante do que se é e estimar-se menos do que se vale.

Amar é metade de crer.

A punição do mentiroso é não se crer nele.

Crer-se no progresso não significa que já tenha tido lugar qualquer progresso.

Convém ter uma religião e não crer nos padres, assim como convém fazer um regime e não crer nos médicos.

Creia em si, mas não duvide sempre dos outros.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Eu creio no Deus que fez os homens, e não no Deus que os homens fizeram.

Crer é muito monótono, a dúvida é apaixonante.

Não queiras entender para crer; crê para que possas entender. Se não crês, não entenderás.

A fé em Deus nos faz crer no incrível, ver o invisível e realizar o impossível.

Tudo é possível ao que crer.

Jesus Cristo
Bíblia, Marcos 9

Unus quisque mavult credere, quam judicare (qualquer um prefere crer do que julgar por si mesmo).

Verifica-se uma mudança quando a gente deixa de crer naquilo que em outro tempo pode ser verdadeiro, mas agora se converteu em falso, quando retira seu apoio a instituições que em outro tempo lhe podem ter servido, mas que agora já não servem; Quando se nega submeter-se ao que uma vez pareceu ser um jogo limpo, mas que agora já não é. Tais mudanças, quando se verificam, são o resultado de uma verdadeira educação.

Compreender para crer, crer para compreender.

O Horror dos Vivos
Ao menos junto dos mortos pode a gente
Crer e esperar n'alguma suavidade:
Crer no doce consolo da saudade
E esperar do descanso eternamente.
Junto aos mortos, por certo, a fé ardente
Não perde a sua viva claridade;
Cantam as aves do céu na intimidade
Do coração o mais indiferente.
Os mortos dão-nos paz imensa à vida,
Não a lembrança vaga, indefinida
Dos seus feitos gentis, nobres, altivos.
Nas lutas vãs do tenebroso mundo
Os mortos são ainda o bem profundo
Que nos faz esquecer o horror dos vivos.

Tudo crer é de um ingênuo. Tudo negar é de um tolo.