Crepúsculo
O Crepúsculo da Razão e a Ruína da Virtude
Dizei-me, ó cidadãos, o que é a justiça? Será ela um jogo de conveniências, onde o certo e o errado se dobram conforme os desejos dos poderosos? Pois observo com espanto que aquele que rouba é exaltado, enquanto o que defende a retidão é vilipendiado.
Se o governante de um povo reflete a alma de sua nação, então, pergunto-vos: que males corroem o espírito do Brasil? Como pode um povo, conhecendo os crimes de um homem, escolhê-lo para liderá-los em vez daquele que, ainda que imperfeito, trouxe consigo a bandeira da ordem e da pátria?
E que dizer do tribunal supremo, que já não zela pela justiça, mas sim pela manutenção de interesses que lhes convêm? Pois vejo homens de bem perseguidos não por seus crimes, mas por ousarem manifestar-se contra a corrupção. Não são mais réus os que saqueiam a nação, mas sim os que ousam questioná-los.
E a família, fundamento sagrado da sociedade, como pôde tornar-se alvo de ideologias que desprezam sua importância? Como pode um povo que preza pela honra e pela verdade tolerar a dissolução dos laços que sustentam a moral e a tradição?
Oh, insensatos! Se a sociedade rejeita o bem e exalta o mal, não será a ruína sua única herança? Pois toda nação que despreza a verdade, cedo ou tarde, provará o gosto amargo de sua própria decadência.
Mas não vos enganeis! Há ainda aqueles que resistem, que não dobram os joelhos à mentira, que não vendem sua consciência por migalhas de promessas vãs. A história nos ensina que a verdade pode ser perseguida, mas jamais destruída.
Escolhei, pois, se quereis ser servos da ilusão ou defensores da verdade. Pois o tempo julgará vossas escolhas, e a posteridade verá quem permaneceu de pé quando as trevas tentaram apagar a luz.
Quanto mais nos aproximamos do crepúsculo da vida mais sentimos necessidade de estarmos junto aos deuses
“O crepúsculo dos sons
O Brasil empobrece a cada ano
não se escuta mais músicas nas esquinas,
o show da praça emudeceu.
As guitarras de Armandinho e Dodô
silenciaram.
A tropicália de Canô
envelheceu...
Caetano, Djavan, Bethânia e Gil,
a bossa de João encantos mil.
A onde foi morar parar a poesia
do canto de vitória e de folia
dos ricos acordes de harmonia...
A lira do Orfeu tá Bahia.”
―Evan Do Carmo
CREPÚSCULO DOS DIAS
Na infância da existência
nossa consciência de tempo
e espaço nos iludia fácilmente
nos fazia ouvir sons inefáveis
de promessas de prosperidade
víamos imagens de um futuro sem dor
o sofrimento dos outros era só uma ideia
algo que não poderíamos compreender
nem lamentar.
Como criança, brincávamos
com sol durante o dia,
à noite com as estrelas
como se ambos fossem para nós
eternos amigos,
leais companheiros de viagem
rumo à eternidade.
Contudo, chega o crepúsculo dos dias
quando olhamos para trás
e enxergamos um por do sol,
outrora colorido
agora sombrio e cinza,
com um olhar distante e melancólico
reconhecemos que o tempo é inexorável
um pássaro mudo, que não canta mais
a canção favorita dos homens
os sinos que agora tocam
são ecos sem melodia definida
nossos ouvidos céticos não ouvem mais
os acordes da esperança.
Evan do Carmo 23/08/2018
Crepúsculo de Ouro
O sol despede-se em fogo e mel,
derramando luz sobre os ombros da cidade.
As montanhas, sombras líquidas,
respiram o último suspiro do dia.
Um raio tímido dança no vidro,
sussurra segredos ao vento morno.
O céu veste ouro, veste brasa,
desfaz-se em luz antes do adeus.
E a noite, lenta, estende os braços,
balsâmica promessa de silêncio.
Mas o sol, eterno, dorme apenas,
guardado nos olhos de quem o viu.
Evan do Carmo.
O Eterno Crepúsculo
Caminha o homem, sem rumo, sem lares,
Sob um céu de cinzas, em tons sepulcrais.
O vento murmura segredos dos ares,
Levando memórias, levando sinais.
As cidades jazem, ruínas vazias,
O tempo as consome, num último ardor.
Os nomes se apagam, virando poesias,
Sussurros dispersos, sem fé, sem fulgor.
A vida, um eco que morre ao ser dita,
Um breve estilhaço em meio ao vão.
O homem conhece a dor infinita
De ser luz fugaz na imensidão.
Sem pressa caminha, pois nada perdura,
Nem o tempo, nem a razão.
E no efêmero, a beleza mais pura,
O peso da morte, a redenção.
Ergue-se o sol, um astro em cansaço,
Suspenso no abismo do tempo sem fim.
O homem sorri, num último instante,
E some no vento, num verso ruim.
No crepúsculo da esperança, ecoa o lamento dos esforços vãos, em versos tristes entoados pela alma, onde o amargor se entrelaça às lágrimas, e o destino desvenda sua face mais sombria.
Pesadelo:
Cai o crepúsculo anunciado no horizonte.
O avanço da noite envolve a floresta fria.
O vento serpenteia entre as montanhas.
No centro da vasta escuridão se revelam os segredos dos espíritos que habitam a mata...
Segue o ritmo de um tempo que não é mensurado...
No breu da noite a magia da luz reflete nos seres os tons de prata.
O murmúrio do silêncio evoca o rolar das águas sobre as pedras...
Tocas e cavernas serão abandonadas...
Todos saem sob o camuflado do verde musgo, e os que foram vistos serão devorados...
Corre tempo, corre vida, corre perigo.
Correm as águas, corre o vento, Corre ao abrigo...
Logo vem o clarão da aurora rompendo a escuridão...
Os mistérios se escondem sob as raízes da mata, E na imaginação dos homens que nela habitam...
As cores da montanha agora se avistam...
No coração da floresta, pulsa a vida...
Pulsa a vida...
Pulsa a vida...
Crepúsculo
A Lua já esta exausta
As horas correm tudo corre ao seu redor.
Embriagada tudo o que vê parece rodar.
Será loucura? Será pintura? Ou invenção da criança?
Só sei que ela se cansa, mas não se importa em esperar.
Fez-se dona da madrugada
Princesa noturna
Dadiva do dia
E hoje embriagada, chora...
E descem com as lagrimas que escorrem pela sua face
Um leve toque de sua maquiagem,
E aos poucos se revelam suas olheiras
Marcas de um cansaço
Excesso de trabalho, talvez.
Uma bela atriz, que não decora um papel.
E por apenas aparecer na cena
Que de fato vive e não encena. Tudo se completa
Não se precipita, e não perde a hora.
Nada lhe atrapalha, e não me atrevo a dizer que erra.
Mas se sente só, pois seu amante trabalha dou outro lado da Terra.
E agora o que dizer se nada mais me convém?
Diz a mim crepúsculo. Aonde esta a jovem aurora que não vem?
Bom Dia!
No olhar uma esperança bonita vestida de gratidão, na boca uma prece sincera sobre a curva do sorriso e no coração a certeza que equilibra as minhas dúvidas: acordar é a primeira benção que Deus reservou para mim.
EDWARD CULLEN
''O sangue constante em meu sonhar
analiso os passos medrosos em amar!
Sempre sinto algo, algo em meu pulsar...
você acelera meu coração, isso...acho que é amar!
Minha carne e meu pensar. Sentes?
Um coração morto e gelado,
poderias bater de novo?
Sua experiência, no meu eu mais profundo...
é a justifica suficiente para criação do meu mundo!
Sei que não posso te amar.
Luto contra meu intenso desejo
O desejo de te dominar, de te amar!
Sou a lua no luar,
você a brisa a soprar!
Sou a lua no céu a tomar,
você o grande fenômeno...
Fenômeno a me tomar: eclipse lunar!
Eu prometo te amar: Bella és meu pensar...
Para sempre sangue, para sempre o luar.
Não posso parar, parar de evitar...
Lutar e lutar para ficar longe de você!
Se houvesse uma única maneira,
de fazer você entender: que vivo por você!
Não consigo deixá-la: te amo Bella!
O mundo ao derredor,
não tem função ao pulsar.
Sem você em meu profundo olhar!
Quando meus braços encontram você,
abraço e sinto o mais profundo do meu mundo!
Pois meu eterno mundo é você!
Algumas coisas não tem fim...
Como meu amor por você.
Sua alma é pra mim...sinto!
Sinto seu poder, seu poder em me vencer!
Seu sangue em beira morte...
É vida pois tu és forte.
Eu pensei que já havia dito...
Pois hoje, Bella, assim repito:
eu não existo num mundo
onde você não condigo ver!
Eu prometo te amar.
Para sempre no nosso sempre e sempre!
Meu coração é igual à águia!
Que espera a tempestade para voar acima!
Mas você me capturou...te amo Bella!!
Querida, não importa o quanto...
o quanto o dia seja perfeito!
Sempre tem um fim, mas sei que meu amor...
Por você, Bella, é amar...amar forever!!!"
-Ao som de THOUSAND YEARS (CRISTINA PERRI)
Por trás do mosaico de cores do arrebol vejo-te me sorrir misterioso, como um convite cifrado nos olhos indecifráveis da lua.
Que a noite chegue com o silêncio que o sono pede, com a leveza que os sonhos querem e a poesia que o luar sugere.
O sol vai se afastando de forma quase imperceptível até tornar-se uma tímida réstia de luz entre as nuvens; com ele os olhos vão pesando e as pálpebras devagarinho se fechando; o coração vai serenando, a respiração se acalmando e corpo ficando leve, leve, muito leve até que o sinto flutuar no universo mágico dos sonhos.
Fecham-se as cortinas do dia para o suntuoso espetáculo do sol. Mas o grande show não termina com a despedida do astro; por trás do rendilhar de cores do acaso surge esplendorosa a lua sob o aplausos das estrelas e o olhar curioso dos anjos toda vestida de prata.
Daqui a pouco se vai o dia; a noite vem. O sono faz barulho, bate na porta, na janela e a nossa única vontade é abraçá-lo, é nos entregarmos ao cansaço, àquele vai e vem gostoso dos sonhos nos roubando a consciência.
Que ao findar desse dia, somente o cansaço nos vença! Que a nossa fé se fortaleça e a gratidão prevaleça.