Crepúsculo
Num reino onde o crepúsculo sussurra suavemente,
Lá mora uma alma, um andarilho no alto da montanha. Ele aventurou-se em terras da boêmia, onde as melodias dançavam, em euforia rítmica.
Foi pra boemia, com o coração em chamas, trovador de paixões, perdido num labirinto, pelas ruas de paralelepípedos.
Vagou com graça, procurando consolo no abraço da música.
Sob o céu enluarado encontrou seu palco,
Os salões sagrados de uma taverna, sua página sagrada, o toque do violão, uma serenata suave… Enquanto ele cantava seus versos, sua alma se manifestava.
Sua voz, um coro de apelo melancólico ecoando pela noite, em harmonia
Com cada nota, seu espírito ascendia, para os reinos desconhecidos, onde os sonhos transcendem. Ele foi pra boemia.
Amigo de poeta, onde o amor e a saudade se entrelaçam e se misturam,
Ele pintou quadros com palavras tão profundas, seus versos sussurravam com um som sincero. Ah, como as paredes da taverna ganhariam vida.
Com histórias de desejo e superação, ele cantou sobre o amor perdido e o amor ainda encontrado. De corações partidos e almas libertas. Através da névoa de fumaça e do tilintar de vidros.
Seus versos perfuravam, como o aperto de um amante. Ele revelou sua alma, com cada letra cantada, no abraço da boêmia, seu coração se apertou.
Foi pra boemia, um bom trovador.
A Bela terra minha, com as suas montanhas que escondem o crepúsculo do anoitecer e do amanhecer dos vales, Bela minha terra que presenteia rios que se beijam para fundirem-se espalmadamente em álacres beijos com o oceano para eternizar o amor à sua gente com estigma nos rostos de tanto chorar.
Sejamos luz na escuridão tenebrosa criada pelo crepúsculo recém chegado. Sejamos a cura para o ódio de quem por falta de carinho nunca soube a sensação de um dia ser amado, pelo simples fato de entender que a cruz em meio ao seu precipício tinha sinônimo apenas de fardo.
No silêncio do nosso crepúsculo haverá um filme em cartaz,
com uma sala exclusiva, uma única cadeira e um único telespectador.
Crepúsculo
É este o fim, então?
Tudo o que foi sonhado,
Tudo o que começou,
Encerra sem explicação?
O mundo fere intencionalmente,
Explora teu ponto frágil,
Revela o que poderia ter sido,
Sufoca, mas não te mata.
Encontrar forças para seguir em frente
É uma tentativa valente,
Mas lutar contra o universo inteiro
Acaba sendo extenuante.
Estamos todos perdidos
Neste vasto tiroteio,
Muitos caem e se vão,
Não quero ser um deles.
O poeta.
" No crepúsculo suave, a luz a se apagar,
As estrelas despertam, prontas a brilhar.
O vento sussurra segredos do mar,
E a lua, majestosa, vem nos encantar.
Caminhando por trilhas de sonhos e amor,
Cada passo é um verso, uma nova cor.
Na dança do tempo, o riso e a dor,
São notas que se juntam numa eterna canção.
As flores do campo se abrem pra vida,
E o sol que desponta traz a luz querida.
Em cada amanhecer, uma nova partida,
A vida é um poema em constante medida.
Que possamos viver cada dia com fervor,
Celebrando os momentos com todo o nosso amor.
Em folhas de papel, um coração a pulsar,
Cartas de amor que nos fazem sonhar.
Com tinta e carinho, segredos a contar,
Palavras que dançam, prontas a amar.
Cada letra um suspiro, um toque de emoção,
Na brisa do tempo, guardam a paixão.
Desenhando promessas com doce precisão,
Ecos de sentimentos em cada canção.
As cartas são laços que nunca se vão,
Mensagens eternas que aquecem o coração.
Em noites de saudade, elas vêm nos abraçar,
Relembrando o amor que sempre vai ficar.
Que cada carta escrita seja um tesouro a guardar,
Um testemunho da vida que nos faz vibrar. "
“No crepúsculo dourado, o sol se despede, A noite chega, e a esperança nos concede. Nas estrelas que brilham, sonhos se entrelaçam, E vaga-lumes dançam, como pequenas chamas.”
Ruiva
Nos traços de um crepúsculo ardente, Teus cabelos ruivos, em chamas de sol, Brilham como estrelas no horizonte, Tua presença é o sonho, o meu arrebol.
Teu sorriso, radiante como a aurora, Ilumina o céu de minha alma escura, Cada risada tua é como a música Que transforma o luto em doçura.
Em teus olhos vejo a dança dos astros, Reflexos de um mundo que eu sempre quis, Teus lábios, qual rubis de um jardim secreto, Despertam em mim um amor febril.
E, confessando agora sem receio, Este amor ardente, sincero e profundo, Quebro o silêncio com palavras nuas, Para que saibas o que é amar, o que é sentir.
Assim, deixo o coração em teus braços, Esperando que o destino nos una, Pois a ti, de cabelos ruivos e sorriso divino, Entrego todo o meu ser, minha fortuna.
Musa
O crepúsculo transformou se numa musa poética.
A sua serenidade desperta em min um forte sentimento de inspiração e de tranquilidade mental como espiritual.
Ele visita me duas vezes ao dia mas sua presença e tão admiravel e incansável que provoca em min uma alucinação cada vez mais prazerosa e desejável.
A sua complexidade e invejável pois une duas entidades e duas essências opostas,
o dia e a noite bem como o início e o fim que torna o ainda mais poderoso.
Ó natureza, não existe nada mais divino que tu!
"No crepúsculo suave da primavera encantada,
Um velhinho caminha, a alma iluminada.
Com rugas de histórias e olhos que brilham,
E cada passo dado, mil carinhos se trilham.
O perfume das flores penetra no ar,
Como a voz de um amor que não para de amar.
Ele sussurra aos pássaros, segredos do vento,
Numa dança de afetos, em doce momento.
As folhas dançam leves, como o amor que acaricia,
A lembrança das tardes, repletas de alegria.
Um balança de sonhos nas ramagens em flor,
E o tempo é um aliado desse eterno amor.
Ah, primavera, tu és o palco do beijo,
De mãos entrelaçadas, num eterno desejo.
Os risos das crianças se misturam ao canto,
E o velhinho sorri, num amor tanto!
Sabe que a vida é um ciclo, um constante renascer,
E em cada primavera, é um novo aprender.
Com um coração de pétalas, cheio de ternura,
Ele vive o amor, sua maior fortuna."
O sol se vai.
No embalo dos meus pensamentos, a luz cai em seu crepúsculo. Onde o sol se esconde lento, vai seguindo o seu curso. E ao lado da minha amada, minha alma se alegra, com o perfume da maresia envolve, colho os frutos que semei ao dia.
Encontros
Num crepúsculo encantado, duas almas se encontram, compartilhando histórias e risos, tecendo poesia com gestos e olhares. O tempo se detém , revelando que aquele encontro não foi coincidência, mas sim o destino entrelaçando dois corações destinados a uma eterna dança de amor e compreensão.
No crepúsculo dos desejos,
Nasce a paixão em seu olhar,
Um obsceno fogo que arde,
Entre o amor e o encantar.
Encontro de almas perdidas,
Que buscam viver e reviver,
Curar as feridas antigas,
Num abraço que vem do querer.
Despedida é só um momento,
Orgulho que se esvai na ilusão,
Esquecer é um ato lento,
Desamar é a duração.
Consolar é a luz da aurora,
Que apaga a sombra do medo,
Acender o fogo que chora,
Em cada passo, em cada enredo.
No palco dessa vida incerta,
Há o desejo de caminhar,
Entre o crepúsculo e a aurora,
No eterno ciclo de amar.
No crepúsculo da alma, nasce o desejo,
Chama ardente de paixão que se ergue,
Obsceno e intenso, como um beijo,
O amor, em seus mistérios, nos segue.
Reviver os momentos de encontro,
Onde viver é mais que uma pulsão,
Curar a ferida, o medo, o desencontro,
Na despedida, há um novo refrão.
Orgulho cede lugar à humildade,
Ilusão se desfaz em claridade,
Esquecer é o preço da liberdade,
No consolo da aurora, há verdade.
Apagar as sombras do passado,
Acender a chama do presente,
No crepúsculo, o sol é abraçado,
E a vida se faz eternamente.
No crepúsculo de incertezas, coração agitado,
Me pego questionando gestos, sorrisos, apaixonado.
Seu olhar, antes intenso, agora me deixa confuso,
Beijos que, outrora, eram meu mundo, hoje um abuso.Músicas dedicadas, declarações de amor no ar,
"Eu te amo" repetido, será real o amar?
Inseguro, mesmo quando prometeu não partir,
Me perco nas dúvidas, vejo nosso amor fugir.Na trama dessa incerteza, me vejo perdido.
Duvidei de mim mesmo, e agora estou ferido.
Perdi-te para minhas próprias sombras, saiba,
Meu amor adolescente, a dúvida foi a faísca.
No crepúsculo em que a noite desperta,
Onde as sombras sussurram segredos do além,
Vejo-te, bela dama, em tua essência incerta,
Com olhos de abismo e alma de éden.
Tua pele, de mármore pálido e frio,
Reflete a lua com um brilho sutil,
E em teu semblante, um mistério sombrio,
Desvenda a beleza do eterno, do irreal.
Caminhas entre rosas de espinhos ocultos,
Com vestes escuras, um véu de mistério,
E teus passos ecoam em mundos sepultos,
Onde florescem desejos, onde mora o etéreo.
Entrego-te, então, um buquê de flores,
Orquídeas negras, lírios sombrios,
Cada pétala guarda segredos e dores,
Dos amantes que viveram em silêncios vazios.
Aceita estas flores, musa do crepúsculo,
Como símbolo de um amor eterno e profundo,
Pois mesmo na escuridão, teu brilho é único,
És a estrela que ilumina meu mundo.
Em teus olhos, vejo o universo,
Tuas lágrimas, chuva de prata,
E ao te dar essas flores, confesso,
És meu sonho, minha dama inata.
Assim, que entre espinhos e rosas,
Nos encontremos em um abraço mortal,
Pois até na mais sombria das horas,
Nosso amor floresce, eterno e imortal.
🍂
Dentro da tarde,
No crepúsculo do sol
à escuta e a pausa
Nos levando ao silêncio
-
A experiência interior
em tempos barulhentos
chegou, sentou
e ouviu.