Covinhas no Rosto
A menina que dançava
Falaram-me de uma menina,
Que enquanto descobria seu ritmo,
Pensava-se menos leve,
Que o ar que a circundava.
Seu corpo feitio de brisa,
Se deslizando compenetrado,
Já mostrava que havia canto,
Mesmo quando não escutavam.
Parece-me que seu cabelo,
Poderia ser azul esverdeado,
Como se fosse coreografia de raios,
Se estendendo em sua face.
Como a desconheço, dar-lhe-ei o nome Eduarda,
Aquela que guardou nos pés,
A dança como abrigo,
E se foi envolvendo de ritmos,
Pungidos de existência.
Assim lhe surgiram os duetos,
Com seus deleites sonoros,
E também o estrondar de tambores,
Sucedendo sinfonias.
A esperança lhe chegou,
Como um bale compassado,
Mantendo firmes os braços,
Olhando para o alto, a seguir na direção.
As vezes até parece,
Que nem sequer percebia,
Que viver também se aprende de dança,
Que o tempo faz emergir.
Dança-se no silêncio da alegria.
Na tristeza acalentada.
Descobrem-se em distintos momentos,
Cenários convertidos de linguagens.
Na há movimento sem emoção,
Pulsar alheio, sem sonoridade.
Se dança com pó no rosto,
Com o brilho de enfeites costurados.
Mal sabe essa menina, que um dia lhe contarão,
Que estava a dançar com dor e graça,
Feita melodia de passos,
A poesia dançante da vida.
Carlos Daniel Dojja
In Poema para Crianças Crescidas
Foi como uma brisa suave que bateu no meu rosto...
E você deixou a refrescante sensação das manhãs, que sempre vem cheia de amor, todos os dias, da continuação de sonhos, repletos de encantos em passos suaves dentro de um coração que lagrima por sua ausência. Sentir você foi um dos meus mais completos sentimentos. E este ainda faz moradia, permanente, em mim. E no tempo, o tempo que passa é o mesmo que fica, tocando, fazendo-me lembrar de que o amor não se vai sem que antes tenha ficado e fincado pra sempre. E eu sei que vou te amar através dos meus versos, gravado na minha memória, por toda minha vida.
"Tradicionalmente, o evangelho de João é chamado o “Evangelho dos Contemplativos”. O símbolo do Evangelista é a águia, a única criatura capaz de olhar diretamente para o sol sem precisar desviar o rosto ou ficar obcecada por seu esplendor excessivo. Foi este Evangelho que, mais que qualquer outro livro, me trouxe para a Igreja Católica; foi por amor dele que escolhi o nome de João como meu nome batismal. Levei muitos anos antes de conseguir compreender como alguém poderia ter outro evangelho predileto a não ser o de João".
E que te chegando a velhice, eu desejo que se possas ver em teu rosto não as marcas da dor que te fizeram rugas,
mas sim a paz que ilustrou teus dias.
Minhas memórias… meu rosto verdadeiro… meu nome… Eu não sei de nada. Está tudo envolto em fumaça negra. Mas a fumaça irá clarear um dia. É nisso que acredito.
Toca o meu rosto
Que eu toco o teu
Beijo os teus lábios
Você beija o meu
Dorme no meu abraço
Me aquece no teu
Provei do teu amor, me amarrei
Perdido nos teus braços me encontrei
Pois a vida nos ensina que o rosto de menina
De repente esconde uma grande mulher
OLHOS
Que olhos de sonho
este teu rosto tem.
Iguais nunca vi
iguais ninguém tem.
Junto deles viver,
dias de luz infindáveis.
Amando-os em silêncio
tê-los no coração.
Olhos de amor, olhos de paz,
olhos que serão meus
esses olhos de sonho.
que vivem no rosto teu.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. Aclac
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
São 4 da manhã, que vento gostoso que vem da minha janela, ele passa pela cortina e encontra meu braço e metade do meu rosto, é gelado e refrescante, tem o cheiro da noite, é perfeito.
Face interior
Cada pessoa tem um rosto,
Sua intimidade escondida,
Os sonhos mais secretos,
Os anseios ocultos,
Aturdidos pelo momento.
O desconhecido, o medo.
A façanha de cada um,
Os mais remotos sentimentos,
A mais forte angústia,
Revelando a face interior.
Passe com a sua dor no caminho, mas não olhe tanto para o chão , doutro modo deixa de ver o sol que acena no rosto de quem passa.
António Cunha Duarte Justo
in Poesia e aforismos de António Justo
A flor do bigode
Uma flor brotou no bigode daquele homem.
Nasceu uma e depois a outra.
Elas ficavam lá o tempo todo.
Ele era tão engraçado
que aquelas flores traziam
beleza ao seu rosto
e uma fragância matinal ao seu nariz!
Ele se perguntava: porque estas flores nasceram aqui?
Então eu pensei: deve ser porque você é diferente!
É uma pessoa privilegiada!
Nem todos os bigodes tem flores!
Esperando
Lindo é quando vejo
o teu rosto em resposta
a mais um recado.
Tenho a impressão que
só para mim escreves,
e assim me enganando,
permaneço aguardando.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Não ponha as suas expectativas em nem esperança nas pessoas pela sua aparência e nem suas influências sobre outras, mas sob suas atitudes bondosas , generosas, de compaixão, de misericórdia e que jamais cobra e nem joga em rosto os seus feitos ou sua ajuda ao próximo; pois elas são feitas de forma voluntária, de um coração doador e pela essência do amor nelas encontrado.