Covinhas no Rosto
Estevão, cheio de graça e poder, falava com sabedoria sem temer; seu rosto brilhava como o de um anjo, diante de Sinédrio, sem medo ou dano; não puderam resistir,
fitando-o, viram o seu rosto como o rosto de um anjo.
As lágrimas banham o rosto daquele que muito sofreu, para muito em breve o sorriso inundar a face daquele que verdadeiramente lutou
Deus é a suprema revelação no rosto daquele que nada tem a perder, do gigante a ser pequeno e do humilde que só tem a ganhar
Nenhum trabalho físico e espiritual será tão salutar quanto a transformação do suor do teu rosto em pão diário a brotar na mesa
Ilusão Perene
Em silêncios vorazes da minha mente,
Desenho teu rosto em nuvens de ilusão.
Teu sorriso é miragem persistente,
Um eco distante da minha solidão.
No labirinto dos sonhos não vividos,
Caminho entre sombras que criei.
São passos mudos em versos contidos,
Histórias de um amor que nunca terei.
Teu olhar, farol em noite vazia,
Ilumina caminhos que não existem.
És poema oculto em melancolia,
Notas de uma canção que os ventos distem.
Abraço o vazio com ternura insana,
Cultivo esperanças em terras áridas.
Sou viajante em jornada profana,
Buscando sentidos em palavras pálidas.
E assim, na eternidade do invisível,
Vivo amores que o mundo não conhece.
Pois amar-te em silêncio é admissível,
Quando a realidade não me enaltece.
No horizonte dos sentimentos vãos,
Encontro conforto na fantasia.
Segredo guardado em minhas mãos,
Amor que nasce e morre a cada dia.
Serei eu a sombra de um passado gasto,
Um rosto desfocado na água turva do tempo?
Serei eu o vidro de um amanhã incerto,
Baço e quebradiço, perdido no vento?
Ou serei apenas a sombra de agora,
Projectada num vidro que mal se sustenta,
Um lampejo que nasce, respira e se evapora,
Como um reflexo que o silêncio fragmenta?
Sou eu a sombra ou sou o espelho?
Sou o que se parte ou o brilho que ensejo?
Coloque um sorriso nesse rosto, nem tudo está perdido como pensas. Mas tudo depende de qual ângulo está mirando e do modo em que você enxerga as coisas.Nem tudo é ruim como parece. Olhe de novo, e de novo, até encontrar ângulos diferentes, até descobrir repostas diferentes, até esbarrar em uma alternativa que se encaixe em seus propósitos.
Seu sorriso é o encontro da ternura, com a felicidade, é a mais bela expressão que faz de um rosto uma inspiração poética...
Um vestígio
de amor
escorreu no
meu rosto
hoje pela
a manhã:
Então lavei-o
sabendo que
naquele momento
eu estava lavando,
decepção,
desgosto,
e a solidão...
Não tenho palavras delicadas para traduzir o teu rosto, porque em teus olhos não existe doçura da menina que sonhei...
Maldade
Eu sempre soube
Que não era só amor
E esse suor em meu rosto diz
Que não suporto mais
Correr e tropeçar
Subir e cair do alto.
E no final
É sempre sobre saudade
Essa maldade em meu peito
Meu peito torto e oco
De tanto amar
E desabar na maldade
A maldade do amor.
Paraíso encantado!
No rosto uma brisa agradável
No horizonte um céu azul
Que reflete no espelho das águas
Deste rio maravilhoso
Como querendo a nos ensinar que são nestas pequenas coisas, que estão o verdadeiro sentido da vida.
Às vezes basta simplesmente sentir uma brisa no rosto e ver o esplendor de um rio mostrando o caminho para o encontro com o mar, para entendermos o quanto é sublime viver.
A vida não é linear, e o outro não te oferece sempre o mesmo rosto, o outro te oferece um rasto hoje, e um novo rosto amanhã, e por aí vai. Nesse caso, se você quer manter o seu casamento, há os acertos que precisam sempre ser feitos... Então, você puxa um pouco para cá, puxa um pouco para lá, eu te ofereço isso, você me oferece aquilo, segue para aquele lado, segue para aquele outro. Dito assim parece uma negociação fria, mas não é
Blumenau Poema
Este poema é bem
mais antigo do que
você imagina,
e no teu rosto fez
uma suave carícia.
Um poema que fez
festa dançando só
nos pátios das aldeias
xokleng e carijó,
e virou notícia.
É o poema do "Poema
para o Índio Xokleng",
que esculpido pela Elke,
virou criptopoema
e ganhou forma revel.
Um poema que bebeu
muito dos ribeirões
Velha e Garcia,
e se inscreveu poesia
no Rio Itajaí-Açu.
Na campina florida
e do vento a sinfonia
solta foi assobiando
o quê seria a melodia
da primeira bandinha.
(Este poema é uma homenagem
ao casal Lindolf Bell e Elke Hering).
Ainda no rosto
está a umidade
das lágrimas
pelo Sri Lanka,
A dor do mundo
nessa alma
latinoamericana
ninguém estanca.
A vida me espanta,
Vem, e me diz
que estou errada:
mártires estão
por todos os lados,
De concentração
há campos infantis
inenarráveis;
E governantes
de braços cruzados.
Mesmo que seja
a canção derradeira,
Ela é pelo General
que o único crime
foi ter sido patriota
e continuar sendo;
Canto o mesmo
e o tanto pela tropa.
Você precisa escutar:
O quê se exarcerba
a mim também afeta,
a Terra é o meu lar.
(Se permita libertar e se reconciliar).