Covinhas no Rosto
Sorriso estampado no rosto e um brilho no olhar, este para estampar as lágrimas e aquele para ocultar o pranto
SONETO II
Tens pele macia
Como pétala de flor.
Em teu rosto,
Tens alegria e amor.
Parei um pouco a pensar,
Se algum dia,
Novamente,
Irei por ai lhe encontrar
Até agora,
Estou sem resposta
Nem sei o que dizer...
Em algum dia,
No futuro,
O mundo vai nos responder...
Enquanto minhas lagrimas rolam pelo meu rosto, vc permanece perdido como se não estivesse vendo eu chorar, não entendo essa realidade alternativa que vc está, não consigo entender! ou será que vc não está perdido e talvez perdido estou eu... vc não vê ou não quer ver à verdade...
A chuva vai lá fora.
Aqui dentro as lágrimas escorrem em meu rosto…
Não é de mágoa ou desgosto.
Mas sim falta do seu rosto.
Olhando eu acordar, sem nada falar.
Parado a observar e sempre a perguntar.
Tem algo melhor do que ficar ao seu lado ?
Pois ao seu lado não dá para ficar parado, é beijos pra todo lado!
Agora a chuva cai, não tem sol…
Apenas cama fria e um lençol amassado.
Mas você não está ao lado.
Não resta mais nada a não ser lembranças.
Seu perfume está no ar!
Sua voz escuto chamar, olha, você não está lá…
Só me resta sonhar.
As rosas que me deu se despedaçam, como meu coração…
Não vou ligar, pois sei que não irá atender.
Mas saiba que estou a sua espera!
Venha aquecer meu viver.
Venha trazer o sol e rasgar meu lençol.
Venha me amar, pois aqui é seu lugar.
Venha…
Venha!
Amado meu, revejo teu rosto sobre minhas pálpebras
Regozijo-me com teu doce sopro sobre minha pela quente.
Seu fresco é tão profundo em minha alma que já não me aguento em mim!
A ansiedade de te ver me deixa tão fadigada
e meus olhos já não resistem aos teus encantos
Ó amado meu...
anelo ao menos tua repentina presença!
Quão belo e precioso ès
Ó amado meu
quantos sentimentos ainda escondo em meu tesouro!
Um dia serão totalmente apresentados a ti,
Assim como um livro aberto lido constantemente
Dia após dia,
Ó amado meu
O tempo já não é tão válido como os tempos de outrora,
agora os minutos me ignoram e ativam a minha ira
Em você encontro apenas uma parte de mim
E em mim, uma completa parte de você!
2008
Acordei me sentindo mal, pondo um sorriso no rosto levanto e ajo "normal", ninguém nota a diferença, ninguém pergunta nada, olho para o espelho e vejo algo horrível, eu mesmo, viro de costas, e saio de perto do espelho, sem fome e sem desejo, volto pro meu quarto e deito, sabendo que o amanhã será o mesmo.
Ares do tempo
A passagem dos ares do tempo conseguiu:
Desenhar no meu rosto
O brilho do olhar
Na minha boca
Dosar o calor para os beijos
No meu coração marcar
Fronteiras para o amor
Na minha alma
Esculpir limites para os desejos
Espera ansiosa
Espero sereno,
está tratado.
seu rosto moreno,
as mãos delicadas,
sua boca molhada,
o suave morder de lábios,
a me convidar,
para a intensidade,
com certa crueldade,
num movimento,
perfeito, compassado,
só descansado,
após o ápice do prazer.
Espero, e você não vem.
O ente estranho
Estava eu de frente
para um estranho ente,
não tinha rosto, não tinha olhos,
nem nariz; nem orelhas,
nem cabeça nem nada,
mas tinha boca e tinha dentes.
Eram dentes fluorescentes,
feito pingentes, que as meninas usam
nas boates quentes.
Perguntei-lhe, reunindo coragem,
foste tu amizade?
Ele não me respondeu,
disse, em um gemido, algo incompreensível,
alguma coisa como:
“mais um preto morto, no pais dos pretos,
e ninguém liga, nem grita”.
Percebi que estava diante da
impunidade, da maldade,
cruel, crueldade, sem rosto,
sem nome, sem idade.
Fuja daqueles que são pessimistas e
mal-humorados, se alie aos que tem um sorriso no rosto, e que buscam pela paz.
Coloque o seu sorriso no rosto,
vista -se de alegria, de energias positivas, de encantamentos, de bondade e não esqueça do mais importante:
AGRADEÇA A DEUS POR TUDO.
A lágrima
"Agora a dor era lágrima,
que desceu do rosto amargo.
Escorreu por sobre a rosa,
deixando lá gosto de amor.
Sem querer levou consigo,
o perfume daquela flor.
Caiu em cima do verde,
e o fez brilhar de amor.
Para longe mandou beleza,
expressando o grande amor."
Enfim tudo recomeça... e que bom que novamente acordámos.
Lavo meu rosto, escovo meus dentes, tomo meu café e me preparo para ir trabalhar como qualquer outro dia normal...
Mas para que afinal?
Qual o propósito na nossa existência e a relevância nisso tudo...
Qual a verdadeira razão para estar... se quando partirmos não sabemos o que vai ficar, pois tudo o que fomos, somos e talvez ainda seremos, valeu a pena ou foram só os dias passando mesmo?
Será que tantos porquês no fim das contas farão algum sentido, ou foi só tempo perdido?
Um dia tudo será apenas silêncio e essas perguntas que vão ficar...
Mas é o que temos, e o que podemos fazer é simplesmente continuar...
A placa de censura no meu rosto diz:
Não recomendado à sociedade
A tarja de conforto no meu corpo diz:
Não recomendado à sociedade
Afagar teus cabelos negros, tatear teu rosto meigo e corpo desnudo.
Descobrir, despertar teus segredos ocultos.
Despertar a amante ardente adormecida há muito
Sufocar os valentes desejos em beijos conduz o prazer arfante.
Sugar gota a gota a deliciosa substancia que produz o corpo, desfalece a alma arrebata.
POESIA.
O teu retrato.
Eu vejo o teu retrato,
vejo teu rosto e o teu legado.
Mas já passou, e foi um sonho,
queria eu que ainda não tivesse acabado.
Do amor que eu te dei,
espero que dele não te tenha faltado,
mesmo que estejamos afastados.
Mas há algo que ainda nos junta,
que me faz voltar ao passado sem luta,
e o que te trás para mim é teu retrato,
naquele mesmo momento,
inacabado, inalcançável,
intocável, parado…
Talita Azevedo.
"Alguns dias trago no rosto um olhar de noites mal dormidas, mas levo sempre na mente bons pensamentos de noites bem pensadas".
“Em meio à multidão, fico procurando seu rosto em cada pessoa que ali transita, me pego a refletir sobre aquele movimento que me atravessa, buscando um sentido para este impulso, me questionando o que de fato tanto procuro em meio àquela imensidão humana, então mergulho o mais fundo possível em minha existência, empregando um olhar mais demorado na questão aparente, a qual me possibilita por um instante ser atravessado pela angustia, a qual me proporciona uma possibilidade de compreensão, onde esta me conduz a uma dicotomia profunda e intensa, o que tanto procuro, nada mais é aquilo que não quero encontrar, e este conflito me faz evocar que aquele rosto, olhar, toque e cheiro que tanto procurei, nunca mais encontrarei, visto as tempestades e mares que já se passaram durante todo esse tempo, e que talvez essa luta entre a esperança e o medo, não passe apenas de velhas lembranças”.
