Covardia
A covardia nos faz querer saber quando serão os dias chuvosos, para permanecermos dormindo esperando os dias de sol para despertarmos.
Dá-me o teu pior aos montes para que seja rápido e letal...a conta-gotas é covardia...cansei de me doer todos os dias.
vagabundo pinta o 7,
e a sociedade estabiliza,se alivia...
a tal ato extremo de covardia!
vivemos na prisão, do dia a dia
mas jugado vc sera um dia!!!
PINTA O 7 LA NO INFERNO VAGABUNDO
PÓS ACABO SUA MORDOMIA, VAI VIVER DE AGONIA
A vida é a pior das prisões, o amor a pior das rameiras e a covardia o pior dos enfermos. Somos forçados a viver de uma forma preestabelecida pela sociedade, e qualquer ideia que saia desse fluxo nos é temida.
Somos covardes.
Eu sou um covarde.
Quem melhor que eu para saber como devo viver? Mas o medo nos toma e acabamos por viver como está pregado. Somos escravos condenados à morte pelo lamento eterno de uma vida reprimida.
Ao menos escrevo
Continuo fria e dispersa. Colocara a culpa no medo, agora coloco na covardia. Nada se aproxima dos planos de menina, nem dos planos “menos menina”. E o que eu queria era ter palavras para mentir que estava vedada e não vi as coisas acontecem (nem vi a verdade contida nos meus anseios).
Desejava namorar alguém que me fizesse explodir de paixão (desatada em olhos alheios). Desejava ter ciúmes. Desejava morrer de ciúmes, sem bem conseguir dormir; pasmar de amor, sem conformismo e com ingenuidade; passar dia, noite, e madrugada com o pensamento preso, em horas soltas; roer as unhas de ansiedade para aquele alguém chegar, de ansiedade para saber se o futuro imitará o presente na sensação de que, todos os dias, a felicidade será buscada, ainda que dolorosamente. Desejava ser castigada pela força de vontade em não esmorecer.
Desejava imaginar coisas ridículas; não perder traços de ímpetos infantis enquanto (incomensuravelmente) apaixonada. Desejava dois minutos de apreciação, depois de horas de saudade.
Desejava, e desejava tanto. Mas não esperava que o desejo precisasse ser confeccionado com as minhas mãos.
Não esperava lágrimas de espera - de espera vazia (mesmo depois das lágrimas). Não esperava o costume dos meus olhos e o compensar do meu coração; que a mágoa viesse seca a ponto de ser narrada e escrita no papel, e que atribuiria a culpa do meu mau desempenho, frente ao que aspiro, a mim mesma!
Não esperava que minhas metas tornariam-se objeções vivas, vivas e latentes, racionais e distantes. São tão minhas as metas... Não porque são únicas, mas porque os sintomas, as reações que causam, são tão minhas!
O presente nada mais é que uma oportunidade de projetar o que há de vir. O presente que não é uma condição para o futuro, não é o meu tempo. É minha náusea.
Sinto-me livre, porque já vivi acorrentada à angústia de dizer - ainda angustio respostas pendentes com esforços que não bastaram para alcançar os desejos graves e intensos, sem repouso, sem ornamentos.
Esperava, pois não tivera hora marcada com os acontecimentos.
Agora é sim, ou não: Nada entre, nada mais.
A covardia do homem pode ser definida no ato do isolamento de si mesmo que gera a solidão e a falta de amor pelos que acreditam que você deva ser forte e potente para abrigar os frágeis.
O que falar de quem tem a coragem de praticar a covardia de tirar sua própria vida, quem somos nós?
Ué, por acaso não somos extremamente covardes, por ficarmos nos degradando aos poucos; quando comemos mais o que nosso corpo precisa; quando dormimos mais que o devido; quando dormimos mal, etc.
Ué, por acaso não somos suicidas que escolhemos as doses homeopáticas de um veneno que vai nos matar apenas amanhã; quando fumamos cigarro, e bebemos álcool sem limites, aparentemente inofensivos; afinal porque morrer hoje se sou covarde suficiente para escolher morrer amanhã.
Ué, mas para estes casos usamos a desculpa de que "nascemos já morrendo"; sim é verdade, mas, será que estamos respeitando a ordem natural da vida que Deus estabeleceu; quando nosso enfarto de amanhã é consequência de estilo de vida de hoje.
Ué, o que me faz melhor ao que fuma e bebe, usa drogas; quando minha alimentação tem sido meu vicio predileto, cujo esta também uma droga, vai me levar a morte.
Porque temos a mania de classificarmos as coisas erradas nos outros, como "pecadinho" e "pecadão", para justificarmos nossos pecados.
Quando vamos cumprir o mandamento "Amar ao próximo como a ti mesmo."? Alias, como será possível se não sabemos amar a nós mesmos, quando optamos por sermos estes suicidas covardes, dizendo que devemos amar ao próximo, mas nos contrariamos quando fazemos nossas escolhas de suicídio, que nos da a sensação de vida para sempre, porém a escolha é da morte.
Do que Deus tem culpa, quando nossas escolhas através do livre arbítrio, tem nos levado a esta desagregação da humanidade. Do que adianta culpar a ironia do destino, se apenas estamos pagando um preço das escolhas de nossos ancestrais, cujo nossos filhos e netos também pagarão um preço, pois nossas escolhas tem sido de morte a cada geração, pois simplesmente não aprendemos a amar cada um a si próprio. Como posso reivindicar mais Amor ao próximo, se eu nem me amo, como posso amar a Deus que não vejo, se nem me amo.
Como podemos lutar contra um sistema de drogas, se criamos novos sistemas de drogas licitas, ao qual tem nos dado prazer e nos levado a morte tanto quanto as drogas ilícitas, em escalas menores sim, mas a escala é escolhida de acordo com nossa covardia, para enganar a nós próprios.
Deus me perdoa, pois eu tenho sido mais um suicida, estou tentando contra minha própria vida, ao qual é Sua moradia. Tenha misericórdia de mim. Como posso falar do mal que faz ao próximo se pratico o mal contra mim mesmo.
Palavras de um ex-suicida.
Sombras projetadas ao fim do dia
(Pelo sol que novamente se vai)
Devoram as luzes com covardia,
Aos poucos, e enquanto a noite cai.
No fim não há sombra... Ou tudo é sombra.
Às vezes, por medo, conformismo, ou ate mesmo, preguiça e covardia... Podemos perder pra sempre, raros e únicos momentos de pura alegria.