Covardia
Nhô
As mãos calejadas
Nhô carregava
Profundas cicatrizes
E uma alma marcada
Pela covardia
Um sofrimento constante
Quanto mais trabalhava
Mesmo Sem merecer
Seu Senhor açoitava
Bem distante de sua terra
A golpe de chicote, berra
No cativeiro de tortura
Marcados com abreviaturas
Sem conhecer felicidade
Se somos todos seres humanos
Porque não serem tratados com igualdade
Ao branco o poder
E pro negro um sonho de liberdade
Um com dinheiro que o sorriso escorre
Outro no corpo o sangue escorre
Mas todos se igualam quando morrem
Covardia da alma, brincar com o outro nas coisas relativas ao amor pelas justificativas rudes e torpes da paixão.
Covardia, excitar uma perene emoção que seja no coração de qualquer um, quando só existe passageiro interesse pelo fulgor bastardo da paixão.
Não precisamos de armas e nem de guerras, porém, a covardia tende a nos devolver aos campos de batalha.
Reiniciar sempre é importantes, pra por fim a corrupção das ameaças, que nessa vida covardia nunca passas.
Em situações conflituosas silencie para evitar um mal maior. Mas, nunca silencie por medo, covardia ou injustiça.
a covardia sentimental
os covardes sentimentais fogem de tudo
de qualquer possibilidade de envolvimento
criam um personagem e o interpretam propositalmente
esse personagem tem pose de durão
sentimento é sinônimo de fraqueza
grande parte dos que agem assim
têm muitas cicatrizes maquiadas pelo dia a dia
estão cheios de histórias mal resolvidas
de amores não correspondidos
ou de experiências desagradáveis
escondem tudo o que podem pra debaixo do tapete
não suportam a possibilidade de admitir suas fraquezas
parecem invencíveis
intocáveis
mas são paticamente inexistentes
aqueles que conseguem manter tudo isso
depois de serem abraçados pela paz que o amor proporciona
quando o amor nos toca
não há pose que consigamos sustentar por muito tempo
o amor nos despe do mundo
nos torna crianças novamente
tira-nos rótulos e a importância dos diplomas, cursos e riquezas
o amor permite exalarmos nossa própria essência
sem maquiagens, sem personagens
o amor tem o poder de nos transformar
principalmente em nós mesmos
Renúncia não é masoquismo ou covardia: é deixar algo que considerados bom por algo que consideramos melhor!
Fugir das emoções
é covardia sentimental.
É como fugir dos problemas...
Enfrentemos, pois,
as emoções da vida
com o coração aberto
e com a cabeça erguida.
Não é covardia, é amor próprio. Não é falta de coragem, é respeito por mim mesmo. Quem conhece a força da corrente não se arrisca em mar bravo. Não se lança ao oceano quem já se afogou no mesmo. Não se atira ao precipício quem já não tem mais asas. Não se lê um livro esperando algo surpreendente, quem já o leu uma vez. O amor engana os tolos, aos desavisados, mas não aos feridos por ele mesmo. Ando numa fase de minha vida que prefiro acreditar desacreditando. Sonhar com o pé na realidade. Não espero mais nada, nem almejo grande coisa. Virei pedra, encosta de ilha, apenas observo as ondas que em mim se quebram.
Ricardo F