Covardes
Para os covardes a vergonha
Para os valentes a vitória
Para os frouxos o vexame
Para os ousados a glória
Durante uma pandemia o que está em jogo não é a disputa entre valentes que a enfrentam e covardes que se escondem. Ela acontece é entre irresponsáveis e conscientes, entre os solidários e os indiferentes, os que enxergam o todo e os que olham o próprio umbigo, e entre os que querem e os que não deixam que ela termine.
Os covardes só atacam quando estão cercados de medrosos e frouxos com mais saúde física. Esses sacripantas não fazem nada sozinhos sempre tem apoio desses fracos.
" Os fortes não se envergonham de chorar,
já os covardes... esses! dão as costas e vão embora,
abandonando os compaheiros após a derrota."
A testemunha falsa ri agora, mas não escapará às lágrimas, pois a vida é implacável com os covardes.
Os egoístas e covardes não pensam em ninguém além deles. O egoísta enxerga o mundo somente como um domo de espelhos. O covarde sempre foge ou se rende antes de lutar. E nenhum dos dois consegue servir.
Desprezamos nossos sentimentos até mesmo quando eles ardem no peito. Somos covardes munidos de silenciadores. Aprendemos que é mais fácil anestesiar a dor da dúvida, pois ela aceita pequenas conquistas. Um brinquedo, uma viagem, um carro, uma promoção... Aprendemos a sentar e a fingir de morto para ganhar míseros biscoitinhos. Aceitamos a mediocridade nas relações porque tememos que a dor da entrega seja aguda. Seria incrível ter coragem para sair dessa entorpecida vida de extintor, séria mágico permitir que aquela pequena faísca durasse tempo suficiente para incendiar nossa alma. Aprendemos a querer demais e a nos doar cada vez menos. Não é difícil andar de mãos dadas, difícil é caminhar na mesma direção.
Suspender a bandeira
branca, não significa
dizer quesomos covardes,
mas, que precisamosem
nome da paz, saber a
exata hora de recuar.
Eu apredi que desistir sem tentar é covardia,e os covardes não entrarão no Reino do céus. (Apocalipse 21:8)