Cotidiano
►Refúgio
Aquele meu abrigo
Dentro dele não sinto perigo
Possuo liberdade, anda é proibido
Do mundo caótico, lá eu respiro
Não importa o que aconteça
Estarei seguro, tenho a certeza
Posso entrar chateado
Posso entrar magoado, abalado
Mas estarei bem, naquele lugar
Pois, nele poderei descansar
Os pensamentos poderei organizar
Esse lugar é, para mim, essencial
Em outras palavras, ele é especial.
O lugar que me conforta
Meus lamentos ele suporta
Para mim ele abre as portas
Me carrega em suas costas
Pobre, pobre dele
Abuso muito ele
Mas minha necessidade é alta
E ele nunca me falta
Sempre presente para me ajudar
Sempre de mãos abertas para me apoiar
Eu passo muito tempo com ele, eu sei
"Mas preciso dele", eu direi
E não o abandonarei
Todos procuram tentando o achar
Mas poucos conseguem encontrar
O verdadeiro está escondido
Eu sinto.
Precisamos nos aliviar
Dores de cabeça, nos livrar
Então, precisamos o alcançar
Ele vai nos escutar
Nos deixar pensar
Não quero me adiantar
Mas creio que é importante
És tipo meu ajudante
Totalmente relevante para mim
Preciso dele, em fim
Sempre esteve ali
E sempre o vi
Mas só hoje o senti
Estranho? Mas é a verdade
Sinto o ar da liberdade
Nenhuma inimizade
Nenhuma falsidade
Nem mesmo crueldade
Longe da sociedade, a bondade.
Lá é onde me acalmo, relaxante
Respiro e penso bastante
Afinal, sou o único ocupante
Torno-me um viajante
Em busca de algo empolgante
Dos problemas torno-me um atacante
Alguns resolvo em instantes
Lá é onde eu durmo
Onde me sinto seguro
O abrigo desse meu mundo.
Adormeço e acordo desesperado, são nesses momentos que estou desprotegido, ao adormecer sou despido de minha armadura, que me protegeu de todo o medo, angústia, dúvida e tristeza durante o dia, é nessa hora que meus demônios vêm me assombrar, ainda bem que toda noite tem o seu fim, preciso novamente da minha armadura....
Quando morre os nossos pais, somos órfãos.
Quando morre a(o) nossa(o) companheira(o), somos viúvo(a).
Mas quando morre um filho, nem nome tem.
A pior herança da guerra é termos que explicar para as gerações futuras que incontáveis vidas se perderam por causa da nossa própria estupidez.
Ela tinha prazer em acreditar nas coisas boas da vida e seu maior desejo era poder distribuir alegria por aí.
Não é preciso fazer algo extraordinário, pois é na simplicidade que uma folha nasce entre o concreto.
Porque alí, dentro do coração dela mora o amor dele, no dele, mora o dela. Todos os dias eles se encontram e botam seus corações pra namorar.
Acho essa história de “se fazer presente” muito subjetiva. Todos temos vidas corridas, trabalho, faculdade, curso, afazeres domésticos, animais de estimação... Tudo isso toma tempo e disposição sim! Acho importante reservar um tempo para as pessoas queridas, para o lazer e encontros familiares, acho importante a procura, mas não acho que ela deva vir de uma só parte.
Por que só uma das partes deve procurar, se disponibilizar, dar seu jeito? Por que só uma das partes deve ser compreensiva, entender, esperar? Quando ficou estabelecido que alguém deve seguir padrões e ideais de vida de outras pessoas para ser aceito, para ser amado e respeitado? Somente se é reconhecido como “ente querido”, parente, filho, irmão ou até mesmo amigo quando se vive sob as expectativas dos outros?
Num mundo tão confuso, violento e cruel penso que perder bons momentos baseando-se em preconceito e falta de compreensão é total perda de vida, tempo e amor. Espero pacientemente o dia em que as pessoas serão mais amorosas e somente o amor importe. Até lá fico aqui com minha vida corrida.