Cotidiano
Na vida trancamos os sonhos no baú da memória para que possamos caber na mediocridade do cotidiano.
Sou cronista do cotidiano, crítico social falando de tudo o que dói e incomoda no dia a dia, mas sob um viés afirmativo, o que não é fácil. Mas, só assim, o mundo evolui. Pelo menos o nosso, daqueles que enxergam, ouvem e sentem-se fora do padrão.
"No cotidiano da existência, nada é sem motivo ou por acaso. O que faço com os acontecimentos é que define os sentimentos que brotarão, e esses sentimentos é que definirão os rumos destes acontecimentos... procurarei transmutá-los então!"
Não cabe a palavra Amor no que já se tornou banal e cotidiano. Amor é descoberta, vivência, sede de novos e imensos horizontes. Simplesmente não dá para prender o Amor em um vidro de conserva.
O nosso cotidiano é a melhor escola que frequentamos.
É por meio dele que vivenciamos e aprendemos a diferenciar o que realmente merece ser arquivado em nossas mentes ou continuar fazendo uso.
DEIXE O AMOR TRANSBORDAR DE VIDA ESSE DESERTO QUE É O COTIDIANO QUE VIVEMOS
Já ouviu falar que dois corpos não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo, no espaço? Essa é uma regra básica da física, que serve também para o amor.
Não há amor, nem felicidade, nem paz onde se cultiva e se prolifera o ódio, a inveja e o preconceito.
Não há como amar, tampouco ser amado, quando as suas ações são regidas por sentimentos que o afastam o tempo todo. Um olhar de ódio para tudo e para todos leva a um vício: o de reclamar.
Se nada for bonito, encantador, terno e apaixonante, a vida será sem graça, é óbvio.
O amor precisa de espaço para entrar, para chegar. Precisa de portas abertas, de olhar calmo, de leveza, de paixão, de sorrisos e, se houver arte, se houver música, vai ser mais fácil.
Em meio à correria do cotidiano, num mundo onde as academias são os únicos lugares para que seres da espécie humana se entreolhem, há pouco espaço para o amor. O ódio, a inveja e o narcisismo adoeceram a raça humana, que parece ter se esquecido dessa necessidade tão básica que temos do afeto.
As pessoas parecem estar cheias de ódio, de desesperança, impregnadas por uma incapacidade de deixar que algo bom saia de suas bocas. Reclamam o tempo todo, odeiam, invejam, xingam e acreditam piamente que, um dia, vão encantar alguém.
Eu não quero um amigo, irmão, namorado, companheiro ou colega que não tenha algo de bom a me encantar.
As pessoas estão perdendo o encanto pela vida, por nós mesmos e, claro, pelo outro. Sem amor, adoecemos. Cristo, já provou que isso é verdade. Odiar é um vício que se alastra, é feito uma bactéria que se procria em todo o ser da espécie humana.
Talvez o amor seja a única salvação, talvez seja a única coisa que realmente valha a pena na vida, mas ele se tornou um estranho para muita gente.
Uma grande parte das pessoas não o conhece, nunca o viu — tornou-se solo infértil para ele, parece criar um campo magnético de repulsa ao afeto, exatamente por estar impregnada pelo seu oposto — o ódio.
Lembra da citação de Coríntios ao dizer que “sem amor eu nada seria”? Isso e a mais pura verdade!
O trânsito, a política, os seus pais e a sua chefe não seriam problema se houvesse mais amor.
E o tão sonhado amor para toda a vida seria uma realidade se simplesmente nos dispuséssemos a cultivá-lo.
Há apenas um único obstáculo, o ódio, e ele pode estar atrapalhando.
Então, viremos a chave, experimentemos amar mais.
Se funcionar, por favor, escreva-me contando!
Eu sou apaixonada por histórias de amor!
Espero que o nosso cotidiano seja transformado pela boa vontade, um dia de muita positividade, livramento e felicidade!
Que tenhamos paciência, tolerância e não sejamos ingratos, mas que possamos colher tudo aquilo que plantamos com muita veracidade;
Desejo sem demagogia que as minhas palavras desperte a sua alegria, que transforme os seus momentos com o meu cumprimento de... BOM DIA!
"ORAI E VIGIAI -- expressão bíblica de suma importância para o nosso cotidiano: temos que orar (rezar), e ficar atento para que às nossas escolhas sejam às corretas e não sermos enganados"
Na política, na religião e na realidade do cotidiano é o dinheiro que tem poder.
Entenderam porque Jesus desagradou aos poderosos da sua época?
A sua vida mais humanizada, espiritualizada e menos material não passava de uma ameaça e de um mau exemplo, sob a ótica daqueles que, verdadeiramente, controlavam as pessoas e, consequentemente, a sociedade, naquele tempo. E nada mudou, apenas foi repaginado para atender aos novos tempos. O povo continua sendo a fonte de enriquecimento de todos que têm poder o conduzir a mente humana. E ai daqueles que tentam acordar o povo que vive adormecido.
O dinheiro tem o poder de mandar, inclusive, na alma. E até pode determinar quando a prática dos bons valores deve ser exercida.
Á melodia pode ser a base daquilo que vivemos e que nos faz andar o cotidiano emite as ondas do som que impulsiona a humanidade.
O PIOR DOS PATRÕES:
Em nosso cotidiano a busca pelo sucesso, pela Ascensão pessoa, é bastante nutrida, quando começamos nos entender de gente, logo deixamos aflorar o sentimento de ambição na busca de um bom emprego e sucesso profissional, e ao almejarmos tal objetivo, na qualidade de seres humanos, nunca estaremos realizados, sempre ambicionamos voos maiores, assim sendo, não poderia ser diferente com o nosso protagonista.
Que ainda garoto, começou trabalhar, o salario, nossa, quase simbólico, porém necessário para suprir suas necessidades de adolescente, cinema, barzinho, chocolates e etc. Era um pouco escravo, más quando não queria ir, pronto, não havia muita responsabilidade, patrão não metia medo, a liberdade era o foco, seu porto seguro.
Já crescido, bom, legalmente reconhecido como legitimo trabalhador, ainda assim, seu patrão não podia de direito escraviza-lo, protegido pela lei, mesmo que de maneira opaca, contudo tinha direitos às férias, fins de semana com a família, assistência médica, sem contar os vários feriados anuais, bem como direitos adquiridos como sendo: 13º salário, terço de férias, salário família, etecetera e tal.
Depois de crescido físico e financeiramente, não mais era um reles empregado e, sim, um bem sucedido empregador, pasmem começava conhecer o pior patrão que podia conhecer, deveras, não lhe dava direito às férias, décimo terceiro, nem pensar, não podia mais adoecer, tampouco viajar nos fins de semana, nunca mais teve o prazer de dirigir seu possante, família, agora era segundo plano, seus sonos e sonhos, se perderam na solidão da noite, mora hoje em um avião, sua pátria é o mundo, o paladar estrangeiro, seu mundo restrito e ilusório.
Enquanto descobria, que somos os nossos piores patrões perdia-se no mundo nefasto do fugaz poder material, que aprisiona a alma e o corpo físico numa irreal sensação de felicidade...
CRÔNICA AO COTIDIANO:
Há momentos que pensamos em um só instante Pluft... Jogar tudo para o alto e desaparecer... Evaporar em brumas e só!
Você ainda não se sentiu assim? Como se estivesse dentro de um quarto fechado sem entrada nem saído? Como uma roupa justa, justíssima, sob sol a pino. Feito uma gravata sufocando-lhe a respiração?
Quiçá o sapato mutilando seu quinto dedo.
É certo dizer que assim nosso mundo desaba sobre nossas cabeças deixando transparecer não ter fim todo esse sofrimento que sucumbe nosso bom humor em um contexto que propõe empatia.
Ah! Você não se liga? Ou nunca vivenciou?
Certamente és o pensamento de que as estações são mutáveis. De maneira seleta e glamurosa. Ah! Como é assustador esse nosso momento de ausência.
Ora! Quem nunca viveu esse tédio e suas maluquices em seu cotidiano de outrora?
Então, mirem-se nas Marias/Marias – Fateiras do nosso sobrevivente Araçagi que nas tardes de sexta-feira cantarolavam em suas margens enquanto lavavam seus “fatos” vendidos no dia seguinte na feira livre da “Esperança”.
Tais quais as lavandeiras do romântico Tejo, do imortal poeta português Fernando Pessoa que também foram vítimas dessa famigerada pantera austera.
Não obstante, só depois de crescidos convivemos com esse mal.
Todavia, só há um lenitivo para a cura desse Mal Agouro que assola a humanidade. Renascer... Deveras renascer.
Será? Ou quem sabe se espelhar nas Marias/Marias do Araçagi ou nas lavandeiras do Téjo que além de lavarem seus “Fatos”, deixavam fluir naquelas águas correntes seus tédios para aflorar a vida.
FELICIDADE EM PEDAÇOS
No cotidiano da vida a gente aprende, aprendendo lições de que para a viver e conviver a gente precisa ser cada vez mais gente.
Às vezes nos tornamos ranzinzas, julgando que a experiência nos dá o privilegio de nos tornarmos mais exigentes ou absolutos.
Ledo engano.
No mundo de hoje, temos que nos reciclar e reinventar, para continuarmos atualizados.
Caso contrário, paramos no Tempo.
O tempo urge e passa e não para para dar caronas.
É raríssima essa tal de Felicidade plena e encantada, cantada em versos, musicas e prosas.
O que existe são momentos felizes: FELICIDADE EM PEDAÇOS.
Ninguém come um bolo inteiro de uma só vez.Ele é degustado em fatias, para descobrirmos o seu verdadeiro sabor e aroma.
- Ah! Estava-me esquecendo: não queira comer o pedaço do outro ou o bolo inteiro. Divida-o com alguém.
Pensemos nisso...
Márcio Souza.
(Direitos autorais reservados pelo autor)
Márcio Souza. 11.09.17
OUÇA MINHA HISTÓRIA *
Ouça minha história,
Como se ela fosse importante,
Ofereço-lhe minha memória,
A alma temerosa, relutante...
Ouça minha história,
Vou lhe falar do quanto já sofri,
Dos amores que amei,
Das vezes em que quase morri,
Das lágrimas que chorei;
E de como enfim, sobrevivi.
Ouça minha história,
Tantos erros cometidos,
Numa luta inglória,
Palavras ditas em vão, momentos perdidos,
Em tão curta trajetória...
Ouça minha história,
Onde a felicidade também teve lugar,
Verões luminosos, inesquecíveis,
Beijos cálidos á luz do luar,
Risos francos, audíveis,
Muitos sonhos para sonhar...
Ouça minha história,
Sei que não ouvirá nada de novo,
Falo de uma vida de derrota e vitória,
A vida simples de alguém do povo.
*Poema participante do Coletivo Declame Para Drummond 2012
° ೋ ✿ ° Para desejar uma tarde linda para você : DOÇURAS !!! Porque a nossa vida é linda demais para viver de amarguras! ° ೋ ✿ °