Frases sobre corvos
Passeando pelo cemitério, me surpreendo ao me deparar com um pequeno e negro corvo que me fita sem parar,
Ao perceber que há algo em seu bico, minha curiosidade só aumenta
O que será aquilo? O que essa ave carrega?
Eu me mantive inerte e de fato admirada com aquele acontecimento, pois eu não imaginava;
E ao me aproximar ela não se mexeu, aquela ave de morte ali permeneceu.
Destino, loucura, pensem como for,
ela carregava consigo em seu bico uma flor.
Flor esse que para mim simboliza amor e morte, ela carregava uma rosa em seu pequeno porte.
AMIZADES TIPO CORVO OU COLIBRÍ?
O ser humano é especialista em julgar pelas aparências. Fazemos isso com as coisas e também com as pessoas. Às vezes olhamos para nosso semelhante e concluímos que aquela amizade é improvável ou, que seria uma amizade extraordinária. Seja porque aquela pessoa inicialmente não nos causou fascínio ou porque nos fascinou demais com a sua “plumagem sedutora”. A verdade é que podemos ser facilmente levados a cometer erros se nos firmarmos apenas na primeira impressão ou no que ouvimos falar a respeito destas pessoas.
No mundo do Marketing imagem é tudo, mas nas relações não precisamos disso. As relações não sobrevivem de belas imagens. Para nos certificarmos se uma parceria dará certo ou não, é preciso vivenciá-la, a menos, é óbvio, que tenhamos motivos comprovadamente legítimos para agirmos de modo contrário.
Vejamos por exemplo, estas duas criaturas do reino animal: (1) O corvo, ele está entre as aves que menos causa fascínio em nós, a começar por sua aparência. Sua fama, então, nem se fala, desde a antiguidade essa ave é associada á morte. Porém, a maior parte de tudo o que sabemos a respeito do corvo trata-se de mito, apesar de seus hábitos necrófagos e sua plumagem negra. Uma das verdades mais legais sobre os corvos é a sua capacidade de sentir empatia. Os corvos são ainda, monogâmicos, ótimos pais e bem inteligentes, além de brincalhões; (2) O colibri, ou beija-flor, não há como não se encantar logo de cara por eles, não somente pela beleza, mas também por seu desempenho no ar, capaz de prender a atenção de qualquer expectador. Os machos possuem uma plumagem mais vistosa e chamativa, para atrair parceiras para a reprodução. Eles são solitários, só ficam juntos para o acasalamento, pois acabam brigando muito. O cuidado parental é exclusivo das fêmeas. São elas que constroem o ninho, encubam os ovos e alimentam os filhotes sem ajuda dos machos, o que mostra o quanto são egoístas. Tão belos, tão atraentes, mas tão voltados para si mesmos.
Na vida lidamos com isso, com pessoas que tem fama de “corvos”. Não nos atrai nem pela sua aparência nem pela sua fama, mas quando nos aproximamos para conhecer melhor, nos surpreendemos com suas reais características e como a relação com elas nos acrescenta coisas boas.
É bem verdade que as pessoas “colibris” também existem e muito nos confunde, a princípio nos seduz com sua beleza e habilidades. Mas com o tempo podem se revelar egoístas e voltados para seu próprio mundo Seu desempenho para conosco vai depender mais de nossa admiração para com elas; Do quanto a aplaudimos do que da lealdade e amizade.
Saber lidar com esse último grupo de relações é um desafio contínuo para muitas pessoas , especialmente as mais empáticas e sensíveis.
Há outros que preferem desistir, por acharem que é a maneira mais fácil , afinal ter um convívio com tais pessoas é muito desgastante.
Mas, uma pessoa empática, sua sensibilidade não lhe permite abrir mão de seu semelhante, mesmo que estas sejam relações improváveis para a maioria das pessoas. E se a admiração falhar e for preciso recomeçar, ela o fará, quantas vezes forem necessárias. Obviamente que nem tudo depende apenas dela. Muitas vezes a empática até consegue abrir mão de seu bem estar, mas a outra pessoa não, neste caso, são elas que desistem, evidenciando a fragilidade da relação, o tipo que desaparece em fração de segundos. Como bem escreveu Zigmunt Bauman: “As relações escorrem entre os dedos”, mencionando o fato de que estas, estão cada vez mais superficiais.
Mas uma lição podemos tirar para nossa vida a respeito desse tipo de amizade: “se não nos respeita, se não nos ama pelo que somos se não é recíproco, então, não devemos insistir, "sermos respeitadas como pessoas é melhor que receber flores”.
Nenhum ser humano dá conta de viver de imagens, nenhuma relação sobrevive de aparências, nem mesmo no mundo virtual. Que sejam poucas, que sejam até mesmo improváveis, mas que sejam verdadeiras.
Eu aprendi com águias a voar, pois além da sensação agradável, também aprendi que corvo nenhum chega perto aqui nas alturas.
Daqui de cima vejo o desespero deles em
Tentar me alcançar sem sucesso.
Eu daqui só consigo sorrir deles.
Na sombra do ébano, o corvo negro pousou,
Seu coração aflito, pelo vermelho se encantou.
Sonhou dedicar-se, amparar com ardor,
Mas no passado vermelho, feridas eram a flor.
Alado de carmim, o pássaro vermelho voava,
Um passado de dores, em seu peito pesava.
O negro ofertou amor, prometeu proteger,
Mas o vermelho, em sua dor, não podia entender.
O negro, tão leal, quis curar cada mágoa,
Mas o vermelho, ferido, não podia abrir a alcofa.
O amor era fardo, pesado demais a suportar,
E assim, triste e solitário, o negro o viu partir e vagar.
O ébano viu o vermelho alçar voo distante,
Seu coração sangrou, dor insuportável e constante.
Nas asas da saudade, o vento os separou,
O negro ficou, sozinho e abandonado, dilacerado.
E no ar, o lamento do ébano ressoou,
História de amor e dor, na escuridão ecoou.
Duas almas que anseiam, mas não podem se entrelaçar,
O negro, ferido, assiste o vermelho partir, seu coração a sangrar.
Uma antecipada nas despedidas ao 2022 que está
quase no bico do corvo, e que não vai deixar saudade,
por causa de um "covidado" que está voltando mesmo
sem ter sido convidado...
ANO VELHO CIAO BELLO
Marcial Salaverry
Feliz Ano Novo,
para tudo de novo...
É o que sempre desejamos,
e aos amigos auguramos...
Felicidade no ano que inicia...
Para o Ano Novo,
desejos formulamos,
resoluções tomamos,
mas nem sempre observamos...
Quando este ano findar,
novamente tudo faremos,
as coisas boas repetiremos,
e as burradas esqueceremos...
Promessas para o ano faremos,
um regime iniciaremos,
aquele amor bandido esqueceremos...
Será que conseguiremos?
Vamos mudar tudo neste ano...
Novo amor encontraremos...
Nossa vida mudaremos..
Bem, ao menos tentaremos...
Neste ano que vem chegando,
vamos ver que a vida continua,
e essa é a verdade nua e crua...
Mas seguiremos tentando...
Um ano novo vai começar...
De todas decisões,
pouca coisa mudaremos,
e muitas, sequer tentaremos...
O melhor para o ano que vai nascer,
é simplesmente a vida viver,
deixando tudo acontecer,
sem muito nos aborrecer
com o que suceder...
O único pássaro que se atreve a atacar uma águia é o corvo. Ele senta sobre suas costas e bica seu pescoço. No entanto, a águia não responde e nem luta, não perde tempo e nem gasta sua energia com ele. Simplesmente abre suas asas e começa a subir o mais alto que pode. Ou seja, quanto mais alto é seu voo, mais difícil é para o corvo respirar e logo cai por falta de oxigênio.
Diante disto, quer um conselho?
Deixa de perder tempo com os corvos…
Continue seu voo nas alturas e eles, por si só, despencarão.
"" Não tenho habilidade para ser corvo de noticias. As tragédias, mais que desumanas, em mim não causam poesia, apenas lamentáveis dores...""
E da ferida necrosada, retiro a carne morta e limpo-a para que cicatrize.
Devoro os cadáveres e deixo a terra pronta para o plantio.
Adubo o solo já seco e árido, ainda que não vá ver as flores que ali brotarão.
Eis que sou como os corvos, com sua aura de morte e dor, vivendo a par da humanidade
E ficando apenas o tempo necessário para fazer o que é preciso.
Ainda que não vá comer do fruto das futuras arvores, ainda que nem chegue a pousar em seus frondosos galhos, ainda assim faço meu trabalho.
E alço voou sem nunca ter um abrigo fixo.
Com os olhos envenenados vemos o sangue, vemos o medo correndo em cada veia, em cada artéria. Sai de seus pulsos coágulos de ódio, em suas tripas e entranhas repousam os corvos, aqueles carniceiros que devoram o amor. O coração ainda bate, treme, vibra, geme, senti como nunca senti, dor, agonia, medo da morte, alegria, fim..... Acordo e os corvos ainda me observam..... Mais uma vez, mais um dia, um ano talvez....
Beleza Mórbida
Tortura-me muito a vê a pútrida mente se acendendo cada vez mais, na podridão do âmago dos humanos, essa hereditária, sádica e nefasta que eu e você temos de deixar... Os frutos do amanhã.
Sou um louco? Talvez. Mas prefiro ser esse louco do quê mais um receptáculo abastado de ignorância e com um cérebro provido de uma visão anuviada; que só ver com os olhos. Prefiro vagar na treva e viver ao desalento com minha consciência conturbada.
Eu prefiro o mórbido farfalhar das folhas orvalhadas das árvores melancólicas que decoram o ermo e olvidado cemitério que visito... Nele, sinto-me menos atormentado... Seu silêncio me encanta, como uma melodia sonâmbula...
E às vezes, pareço ouvir o eco do sussurro feral da morte permeando aquele vale sepulcral coroado pela névoa lúgubre. Mas além desse estranho e soturno eu, que tanto resmunga, há uma amiga aprofundada na tristeza mais abissal.
Ela, sim, compreende-me, e mesmo possuindo uma beleza fantasmagórica e estando remota, ela me entende. Estou sempre de preto por luto a ela. Ela está lá, solitária, em meio ao negrito da rainha noite.
Pálida, taciturna, fria e quieta como uma lápide velha...
Sempre espreitando nas noites sombrias; imponente e inspiradora com sua beleza nua.
Como eu, nos ocultamos quando a noite moribunda dá seu último suspiro.
Sempre que a noite ressuscita, ela emana seu encanto opaco, e lá fica perscrutando o mundo impregnado de seres depravados...
Sua imagem pura e deprimente sempre vai me encantar... Porém, sinto que seu brilho nada mais é que lagrimas por testemunhar à horrenda raça humana espalhar sua insanidade. Ela está sempre lá em cima, vista por tudo e por todos sob ela...
Não usa traje, todavia parece está em volta de uma mortalha.
E talvez somente a pálida lua nas trevas da noite, saiba o destino que nos reserva.
"A noite mais negra se fizera através de seus gritos, a raiz do medo germinando dentro de seus frágeis corpos esqueléticos e doloridos, sufocando-os perante a realidade absurda que se desdobrava, diante dos olhos já muito cansados, onde a inocência em seus pobres corações, fora cruelmente furtada por vivas-sombras rastejantes, por dúvidas obscuras, por aparições duvidosas, fantasmas do passado e segredos perturbadores, os quais, suas almas dormentes ainda não haviam experimentado."
Triste pássaro negro,
Já o vi mais feliz a ponto de rir.
Outrora batiam forte suas asas,
Hoje velho corvo, nem sabe voar!
Triste pássaro negro!
Com ansias por uma vida cruel.
Ovelha desgarrada! anda dissoluto;
E com olhos de pássaro triste.
Triste pássaro negro!
Teu olhar traz o presságio
De uma violenta dor abstrata,
Triste pássaro negro!
De dor em dor, anda sem amor
E pairando sobre a desgraça.