Coruja
A CORUJA E O PAVÃO
Nara Minervino
Uma coruja e um pavão se reuniram para falar sobre a coisa mais importante da vida.
A coruja disse:
- Penso que a coisa mais importante da vida é a sabedoria, porque o sábio consegue ver tudo o que é belo na vida.
O pavão, cheio de sua beleza exterior, disse:
- Que nada! A coisa mais importante da vida é a beleza exterior, porque tudo o que é belo chama a atenção, é aplaudido e desperta o interesse de todos.
A coruja, sabendo que era feia por fora e vendo que todos admiravam, de fato, a beleza do pavão, pensou que o pavão estava certo. Então, resolveu deixar de estudar e se dedicar a ficar cada dia mais bonita por fora.
O tempo passou, a coruja não adquiriu a beleza que procurava e, além disso, deixou de ser sábia.
Quando a coruja foi procurar pelo pavão, considerando-o seu amigo, o pavão disse:
- Não fale comigo, coruja burra! Não sou seu amigo. Tu não sabias que a coisa mais importante da vida é a sabedoria ou não terias deixado de estudar para se dedicar a ter uma beleza que, com o tempo, só vai se acabando!
MORAL: Cuidado quando um inimigo dá um conselho amigo.
É preciso aprender a definir quando nos encotramos nos tempos de coruja ou nos tempos de falcão. Saber esperar quando estamos na mó de baixo e saber atacar quando temos todos os trunfos na mão!
Se o bater das asas de uma borboleta causa o caos, com certeza o abrir dos olhos de uma coruja restaura a paz.
Literatice
Em se tratando da coruja
Retratei-me no argumento.
O literato insigne me corrija,
Se necessário, faça relato!
Coruja da minha literatice
Que pra muitos é chatice
Está coisa de obra literária
Á ser sebo de ordem etária,
Tem o "que" de displicência
Mas, na atual circunstância
Não quero fazer relevância!
Ative-me visionária futurista
Sem contudo perder a vista!
Não retalhe um ser de aprumo,
II
Em todo fazer, há conquista!
Senão há que ser taciturno,
Sem imaginação, só infortúnio,
Do tipo que se torna um basta!
Do basta, basta a tramela
Que fecha porta e janela!
É preciso ter a coragem
Até para ser pó de aragem!
Sou ainda tão pequenina
Lá do resgate da minha fé
Não que o meu eu menina
Seja coisa de saudosismo,
Ou outro do nervo do seu pé!
Lanço cá o amplamismo!
III
No mundo de homem boné
Todo feito e coisa de mané
Ficam sonhando com efeito
Da cirurgia dentro do peito!
Do tipo que gosta de engano,
Que vive entrando pelo cano
Nadando no contra da maré!
Andar pra frente e não de ré,
Significa enfrentar o absurdo
E colocar vista no que anseia
Pois, afinal no tudo do mundo
Tem espaço pra tudo que creia!
Creia em Deus e em ti também
Coloque na trilha o seu trem!
IV
Porque se há dizeres assim:
- Se não escolhes, outro fará!
Pois então, não escolha o será
Escolha ser o sim do mocassim,
Ao invés de chinelo de corda!
Apesar de que a crise assusta
Mas, não desista da sua luta
Que tudo há encanto! Acorda!
E daí, que se tem idade na nuca?
Velho (a), novo (a), não importa!
O que importa é ter muita cuca!
Isso cá com os botões que tenho
Deveria evitar álguma resposta,
Contudo, só no riso me contenho!
V
Visto que, o riso é algo displicente
Prefiro a precaução do silenciamento
Onde ordeno o meu pensamento
Na forma, deveras, a mim atraente!
Não quero discutir conduta
Cada um tem sua menuta
Na chave da consciência
Mas, há sempre uma advertência:
- Sabedoria!
Daí a fazer consultoria
Verificada alguma obra,
Há que dispor-se como cobra?
Nem sempre há, que ser um ás!
Faças o que te realizas e gostas
Afinal, sejas um visionário (a) da paz!
Seja como uma coruja na madrugada
que, com uma sábia postura,
atentamente observa
para que as ameaças
não lhe ataquem de surpresa.
A Coruja é o símbolo da sabedoria exatamente pelo fato de que, ao observarem os hábitos degrandes pensadores, intelectuais e artistas, notaram que estes produziam bem mais à noite. Também sou notívago.
Coruja das ruinas
Compadece na opressão
Ruinas únicas
Ha amplitude desse vale
Sensações caóticas
Destruição ásperas sólida
Ruinas um dia
Instaurada nessa apática singularidade.
Coruja no Deserto
Conflito ocasional
Resquícios de um dia jogado
Aos ventos do silêncio
No horizonte
Decide envolver
Silenciar, sutileza da alma
Resisti tenebroso horrores.
Dentro da floresta, o coaxar do sapo,
o guizo da cascavel, o crocitar da coruja,
o chamado do uirapuru, entre tantos outros, mostram os caminhos de mistério,
contados ao pé da fogueira, sob a luz da lua,
guardado nas canções de amor e de cura...
ecos de caminhos da própria vida que
formam o coração de cada lugar.
Hegel certa vez comparou a filosofia com a coruja da deusa Minerva, que carrega toda a sabedoria e justiça do mundo, mas só voa ao anoitecer, quando não há muita luz para ser aproveitada....
Narra o mito que a Sabedoria e a Justiça, personificadas pela deusa Minerva (Athena na Grécia) é fruto de Métis (a astúcia) com o poderoso Zeus, ordenador do Cosmos. Após ter sido proferido pelo oráculo que, se Zeus tivesse uma filha, ela se tornaria ainda mais poderosa que ele, Zeus tratou de engolir Métis para impedir o nascimento. Assim, Athena é gerada na cabeça do soberano do Olimpo (por isso, a deusa é associada ao lógos).
Findado o período de gestação, o supremo deus começou a sentir terríveis dores de cabeça, pois enquanto a JUSTIÇA NÃO NASCE, ELAS SÃO INEVITÁVEIS.....
O que Hegel quis dizer (eu acho) é que qualquer período histórico só pode ser compreendido quando está no fim, e que a filosofia sempre chega tarde para explicá-lo.
Talvez se a coruja, voasse mais cedo, venceria o vasto abismo que separa a filosofia da política. Um abismo que não começara com Hegel mas existe desde que Platão, desgostoso com a execução de Sócrates, renunciara à atividade política.
No fim o que Hegel diz com sua metáfora é o óbvio, que a gente vive para frente mas compreende para trás, e que nenhuma filosofia ajuda a percorrer o caminho já percorrido.
Nossos esforços podem fazer nascer a justiça que nos livra das "dores de governo incompetentes" e olharemos para nosso futuro pois o passado já foi vivido .....
(...) Você não está condenado eternamente a ser o "Toco da Coruja" descansar, afinal, a coruja é o símbolo da sabedoria, já o toco não tem alma, portanto, logo não tem sentimentos e emoções. Você vai ficar aí esperando a sorte do lenhador derrubar o toco? A VIDA te espera na linha do tempo de braços abertos.
Deus é silencioso como a águia, e enxerga com olhos de coruja e seu coração e tão grande que sua misericórdia dura para sempre.
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