Coruja
A CORUJA E O PAVÃO
Nara Minervino
Uma coruja e um pavão se reuniram para falar sobre a coisa mais importante da vida.
A coruja disse:
- Penso que a coisa mais importante da vida é a sabedoria, porque o sábio consegue ver tudo o que é belo na vida.
O pavão, cheio de sua beleza exterior, disse:
- Que nada! A coisa mais importante da vida é a beleza exterior, porque tudo o que é belo chama a atenção, é aplaudido e desperta o interesse de todos.
A coruja, sabendo que era feia por fora e vendo que todos admiravam, de fato, a beleza do pavão, pensou que o pavão estava certo. Então, resolveu deixar de estudar e se dedicar a ficar cada dia mais bonita por fora.
O tempo passou, a coruja não adquiriu a beleza que procurava e, além disso, deixou de ser sábia.
Quando a coruja foi procurar pelo pavão, considerando-o seu amigo, o pavão disse:
- Não fale comigo, coruja burra! Não sou seu amigo. Tu não sabias que a coisa mais importante da vida é a sabedoria ou não terias deixado de estudar para se dedicar a ter uma beleza que, com o tempo, só vai se acabando!
MORAL: Cuidado quando um inimigo dá um conselho amigo.
Um título interessante
.
Estive naquela biblioteca,
morada bela da grande Coruja
Na entrada um monge careca
que o tempo tornou estátua suja
Na pilastra a mensagem:
“Traga sua caneca!”
Pois ali na abordagem,
descartável não se usa
.
Dentre tantos corredores
Pequenas e grandes informações
Explorando os marcadores
encontrei “Definições”
Objetivas reflexões
significando coleções:
Livros, biblioteca
Papiros, papiroteca
Jogos e brinquedos, ludoteca
Só brinquedos, brinquedoteca
Quadros, pinacoteca
Ossos, osteoteca
Algumas imagens, iconoteca
.
Gostaria de saber de outros fatores
Se coleção de dores
é algia-teca
Se coleção de amores
é filia-teca
Se coleção de felicidades
é felice-teca
Fica aí o questionamento
Treinar a sabedoria
sempre foi sensação do momento
Fazer pergunta é maestria, mas Einstein já dizia que só as polia
depois que ele vivia e dormia
.
.
A Coruja é o símbolo da sabedoria exatamente pelo fato de que, ao observarem os hábitos degrandes pensadores, intelectuais e artistas, notaram que estes produziam bem mais à noite. Também sou notívago.
Hegel certa vez comparou a filosofia com a coruja da deusa Minerva, que carrega toda a sabedoria e justiça do mundo, mas só voa ao anoitecer, quando não há muita luz para ser aproveitada....
Narra o mito que a Sabedoria e a Justiça, personificadas pela deusa Minerva (Athena na Grécia) é fruto de Métis (a astúcia) com o poderoso Zeus, ordenador do Cosmos. Após ter sido proferido pelo oráculo que, se Zeus tivesse uma filha, ela se tornaria ainda mais poderosa que ele, Zeus tratou de engolir Métis para impedir o nascimento. Assim, Athena é gerada na cabeça do soberano do Olimpo (por isso, a deusa é associada ao lógos).
Findado o período de gestação, o supremo deus começou a sentir terríveis dores de cabeça, pois enquanto a JUSTIÇA NÃO NASCE, ELAS SÃO INEVITÁVEIS.....
O que Hegel quis dizer (eu acho) é que qualquer período histórico só pode ser compreendido quando está no fim, e que a filosofia sempre chega tarde para explicá-lo.
Talvez se a coruja, voasse mais cedo, venceria o vasto abismo que separa a filosofia da política. Um abismo que não começara com Hegel mas existe desde que Platão, desgostoso com a execução de Sócrates, renunciara à atividade política.
No fim o que Hegel diz com sua metáfora é o óbvio, que a gente vive para frente mas compreende para trás, e que nenhuma filosofia ajuda a percorrer o caminho já percorrido.
Nossos esforços podem fazer nascer a justiça que nos livra das "dores de governo incompetentes" e olharemos para nosso futuro pois o passado já foi vivido .....
O forte cai e corre
A vida assim encarar:
Ser coruja errante
Ou papagaio ignorante,
É diferença entre caminhar
Ou cair num instante!
Ao cair, que se aprenda
Com o descuido passado,
Ou serás enterrado
Pela vida, pela fenda
Onde caístes à bocado!
O fraco a morte planta,
O forte cai e corre
Mas se agiganta!
Um, hoje se levanta,
O outro, amanhã morre!
Olhar de coruja
“As vezes é necessário ir para o alto de uma palmeira
E olhar do alto os medos, as conquistas,
Os fracassos, os sonhos, a vida..
E em muitos momentos, a vida nos faz esse chamado..“.
(...) Você não está condenado eternamente a ser o "Toco da Coruja" descansar, afinal, a coruja é o símbolo da sabedoria, já o toco não tem alma, portanto, logo não tem sentimentos e emoções. Você vai ficar aí esperando a sorte do lenhador derrubar o toco? A VIDA te espera na linha do tempo de braços abertos.
Mujer
Flor de laranjeira
Olhos de coruja
Coração de mãe
Natureza divina
Poeta escurecida
É ela
Mulher
Se o bater das asas de uma borboleta causa o caos, com certeza o abrir dos olhos de uma coruja restaura a paz.
Literatice
Em se tratando da coruja
Retratei-me no argumento.
O literato insigne me corrija,
Se necessário, faça relato!
Coruja da minha literatice
Que pra muitos é chatice
Está coisa de obra literária
Á ser sebo de ordem etária,
Tem o "que" de displicência
Mas, na atual circunstância
Não quero fazer relevância!
Ative-me visionária futurista
Sem contudo perder a vista!
Não retalhe um ser de aprumo,
II
Em todo fazer, há conquista!
Senão há que ser taciturno,
Sem imaginação, só infortúnio,
Do tipo que se torna um basta!
Do basta, basta a tramela
Que fecha porta e janela!
É preciso ter a coragem
Até para ser pó de aragem!
Sou ainda tão pequenina
Lá do resgate da minha fé
Não que o meu eu menina
Seja coisa de saudosismo,
Ou outro do nervo do seu pé!
Lanço cá o amplamismo!
III
No mundo de homem boné
Todo feito e coisa de mané
Ficam sonhando com efeito
Da cirurgia dentro do peito!
Do tipo que gosta de engano,
Que vive entrando pelo cano
Nadando no contra da maré!
Andar pra frente e não de ré,
Significa enfrentar o absurdo
E colocar vista no que anseia
Pois, afinal no tudo do mundo
Tem espaço pra tudo que creia!
Creia em Deus e em ti também
Coloque na trilha o seu trem!
IV
Porque se há dizeres assim:
- Se não escolhes, outro fará!
Pois então, não escolha o será
Escolha ser o sim do mocassim,
Ao invés de chinelo de corda!
Apesar de que a crise assusta
Mas, não desista da sua luta
Que tudo há encanto! Acorda!
E daí, que se tem idade na nuca?
Velho (a), novo (a), não importa!
O que importa é ter muita cuca!
Isso cá com os botões que tenho
Deveria evitar álguma resposta,
Contudo, só no riso me contenho!
V
Visto que, o riso é algo displicente
Prefiro a precaução do silenciamento
Onde ordeno o meu pensamento
Na forma, deveras, a mim atraente!
Não quero discutir conduta
Cada um tem sua menuta
Na chave da consciência
Mas, há sempre uma advertência:
- Sabedoria!
Daí a fazer consultoria
Verificada alguma obra,
Há que dispor-se como cobra?
Nem sempre há, que ser um ás!
Faças o que te realizas e gostas
Afinal, sejas um visionário (a) da paz!
Madrugada fria, lá fora a coruja pia, meu gato aqui dentro mia, no meu peito uma agonia
Pela janela vejo morcegos, nas redes vejo amores cegos, pela tela de meu celular
Pensei em te ligar, mas olhei pro relógio, muito tarde, melhor não incomodar
É, nossa ultima briga foi tensa, o encontro de um tornado com um vulcão, cara, pensa
Quando percebo já e de manhã, fiquei pensando nela, ouvindo blues e Djavan
Deito-me no colchão, celular modo avião, na minha mente só desilusão
Verso e reverso
Gosto das noites
De olhar a lua
Sou como coruja
Com a alma nua
Do silêncio, asas
Da escuridão, guia
Das noites frias
Eu sou poesia
Pairo no silêncio
Supero a escuridão
Sou alma de fogo
Eu sou furacão
Sou moça valente
Apesar de estranheza
Escureça ou amanheça
O brilho dos meus olhos
Se encaixa a natureza
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 12/12/2021 às 14:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Passado
Debruçado na vida que passa
Observo com olhos de coruja
O envergar do tempo,
Sombras cobrem arco-iris.
jamaveira
Pirilampo dourado que a noite ilumina
Lua de Prata que no céu me fascina
Coruja cinzenta que ao longe espreita
Com olhos brilhantes tal qual safiras
Névoa gelada que vem lá da mata
Morcegos velozes que passam rasantes
Vento agitado que balança o mato
Cigarras e grilos se fazem falantes
Povo da noite e da madrugada
Chegam cantando, um bando animado
São bruxas e magos, entidades e fadas
O convite está feito, é Lua Cheia...
No círculo mágico me ponho a dançar.
Deus é silencioso como a águia, e enxerga com olhos de coruja e seu coração e tão grande que sua misericórdia dura para sempre.
Imagine alguém, sendo conduzido por um belíssimo e místico ser Angelical, em forma de coruja, com destino à biblioteca mental de Deus?
E que tivesse acesso aos arquivos de Sua infinita sabedoria, situados dentro de Sua mente?
E que pudesse apreciar, quando bem entendesse, os riquíssimos volumes neurais Divinos?
Então...
👑🦉👑
Às 09h16 in 01.10.2023