Corre
" A Rosa dos Ventos"
A vida corre com pressa.
Parece que ontem nasci, se apanhei nao senti.
Cresci num mundo paralelo, em que construi meu proprio castelo.
Castelo sem muralhas, nao ha guerras nem batalhas
Tenho minha plantacao a cuidar... meu devaneio minha esfera particular.
"Sois apenas um gota que orvalha a manha que nunca falha,
Dentre teus véus.. meu encanto meu batel..
Cultivo a vida como a Rosa gira.. na tua direcao ..
Pela ventania de verao... e espero fogaz e ancioso..teu cabelo solto.
A vagar por este sonho imaginar .. neste castelo, és teu pode acreditar"
As bênçãos de Deus te seguirão!
Não é você que corre atrás das bênçãos, elas é que correm atrás de você!" (Deuteronômio 28-2)
Então o que você está esperando? Muda logo de lado, vamos!!
Assim diz o Senhor:
“O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar qualquer jugo; / repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente. / Se você fizer isso, a sua luz brilhará como a aurora, suas feridas vão sarar rapidamente, a justiça que você pratica irá à sua frente e a glória de Javé virá acompanhando você”.
(Isaías 58, 6-8)
O siri mesmo sendo arrastado pelas ondas e andar de lado, corre para o seu objetivo: as águas mais profundas.
Soneto de Inês
Dos olhos corre a água do Mondego
os cabelos parecem os choupais
Inês! Inês! Rainha sem sossego
dum rei que por amor não pode mais.
Amor imenso que também é cego
amor que torna os homens imortais.
Inês! Inês! Distância a que não chego
morta tão cedo por viver demais.
Os teus gestos são verdes os teus braços
são gaivotas poisadas no regaço
dum mar azul turquesa intemporal.
As andorinhas seguem os teus passos
e tu morrendo com os olhos baços
Inês! Inês! Inês de Portugal.
Sou pó
Sou o vento que corre por essa nação.
Sou a água que mata a sede.
Sou nada, mas também sou tudo.
Sou a terra que faz brotar a vida.
Sou filho da terra, sou filho do filho.
O verdadeiro amor lança fora o medo. Como é bom quando os desejos e prioridades da vida formam correntes cujos elos são o amor.
O pior mentiroso e aquele que menti para si mesmo,a a cada dia que passa, corre o risco de se perder, de não encontrar seu caminho de volta.
A humanidade corre perigo, pois apesar de tantas inovações, ainda nada foi inventado para combater o egoismo.
Quem quer? Corre atrás.
Não fica esperando manás dos céus porque o tempo
De milagres cessaram...
E só tem bênçãos quem faz por merecer!
O amor é um passo apenas, onde a felicidade corre em pernas pequenas, só é preciso saber em que caminho procurar. Verdades, verdades sejam ditas, a meu ver, tudo é uma questão de mera iniciativa.
'LUA'
O veneno corre,
vivificador febril nas entranhas,
covil dos tentáculos envoltos na alma.
O amarelo,
fogo brando.
Simetria de mudos mistérios...
O pequeno rio barulha,
a pobre visão carapuça.
Hora de acordar!
Esquecer!
Adormecer inquietudes,
redemoinhos...
O andar às escuras,
extinguindo flores.
Flores absolutas!
Múmias juntos à acinzentada lua.
Refletora de luz,
horto na escuridão...
Porque tantas flores perecidas no escuro?
Se bem que o clarão já não importa.
Aqui distante,
loucos matam todas as formas,
lua míngua/futuro.
Homem inexpressivo no muro...
Tudo confuso!
A lua desencanta-te.
Fita-te ao horizonte,
é a muda esperança.
O pairar de mais um painel:
'o pincelar na lua minguante'...
'Traçado de homens flamejantes',
pronunciando-se ao glacial,
acidental.
Embaralhando neblinas,
as tantas luas que se foram,
pontos na velha retina...
O mundo paisagístico revela algo sinistro:
Lua Negra tão pequenina,
vagão!
Um curvar-se ao pequeno ponto!
E o traçado atônito,
imensidão na palma da mão?
A lágrima chora
A lágrima da madeira,
Vira rio, desce a ladeira,
Escorre por ribanceira,
Corre mansa e vira cachoeira.
No seu leito, diariamente,
Caminha lentamente,
Beijando flores à sua margem,
Já cansou de reportagem.
Em sua caminhada, abandonado,
Sofre no presente como no passado.
Tem ganância, tem matança,
Falta lei e segurança.
A natureza não reclama,
Mesmo transformada em lama.
Com ela não se brinca,
Pois um dia ela se vinga.
A serra corta na carne, sem dó,
Tudo se esvai, não fica nem o cipó.
Poderosos, sem coração e piedade,
Aos poucos destroem a humanidade.
O verde da floresta,
Devia estar em festa.
Ao contrário é só tristeza,
A natureza esta perdendo sua beleza.
Em nome do desenvolvimento,
Tem fogo e desmatamento.
Tem pássaros em revoada,
Não tem casa, não tem morada.
É a luta do momento,
Ainda há discernimento.
Poucos lutam pra valer,
Pra não deixar o mundo morrer.
De tristeza, a lágrima chora,
De sede, a fome implora.
Vem nos salvar, Nossa Senhora,
Acabou o sonho, não tem aurora.