Corre
Criança interior
O tempo corre freneticamente
E eu continuo acreditando em sonhos
Para preencher as lacunas da inquietude
O vento toca suavemente meu rosto
E desperta lembranças adormecidas
Guardadas na memória do esquecimento
A chuva cai sobre o meu corpo
Borda a silhueta da minh’alma
E torna-me reluzente como um cristal
O sol se curva no horizonte
E convida meus olhos a admirar
O fim da travessia de mais um dia
A noite chega lírica e magistral
Desperta a música da minha consciência
E inspira lindamente a minha criança interior
Do livro: Extasiada de Infinitos
Nada de pressa, nada de correria.
O tempo corre de acordo natural.
O que faço de bom, vou ter retorno no futuro talvez longo.
Plantamos hoje;
Mas colhemos num amanhã distante.
no meu caminho
a minh'alma corre
percorre
anda
tropeça
cai e levanta
vaga e divaga
por entre as pontes
da sabedoria
construídas pelos laços
e pelos afetos, que viraram
desafetos ao longo do percurso
e que mudaram o curso do leito
do rio a ser descido ou então
que terá de ser remado
contra a forte correnteza
até chegar ao mar
e depois nadar contra a maré
em um mar de lamúrias
e lamentações
ou subir montanhas
descalço pra sentir as pedras
ou de joelhos pagando penitências
mas o importante é chegar
e vencer a si mesmo(a)
é depois de tanto tentar e se cansar
é que descansaremos
nos braços do Senhor
e talvez os laços que nos (des)uniam
virem nós, atados em nós!!!
A IMENSIDÃO DO AMOR (soneto)
Falar deste amor imenso
Que corre em nossas veias
Seria como contar o extenso
Trabalho da aranha em suas teias
Imensuráveis são os sentimentos
Quando de verdades são esculpidos
Amor é o maior dos alimentos
De impurezas está despido
Um sentimento inconfundível
Para dele viver desprovido
E para a paz imprescindível
É cantado em prosa e poesia
De existência indiscutível
Amor que a humanidade desafia
melanialudwig
Vá menina, corre!
A vida não espera pela gente.
Canta, grita, pula, ria, chore.
Faça tudo o que seu coração pedir.
Viva sua verdade!
Assim como a água que corre no rio, o coração humano também segue os seus instintos mais básicos.
(Hideo Kuze)
Essa é nossa jornada
"A vida é como um rio
Que corre para o mar
E evapora até nuvem formar
E esta nuvem ela fica carregada
Volta pro mesmo rio
Essa é nossa jornada
E este rio deságua no mar
A vida é um ciclo temos que respeitar
Não adianta nadar contra essa correnteza
Temos de saber lidar
Com os mistérios da natureza
Quando a morte chegar
Ainda poderemos estar vivos
No pensamento de alguém
Na leitura de um livro
Ou então numa bela canção
Que representa uma forma de oração."
Nóis tá no corre não é de hoje, já faz mó tempão
Quem vê de longe não entende a nossa condição
Se impressiona com esse nosso jeito de ser
Quando vê os menino de nave tirando um lazer
Quais conhecimento você precisa para realizar os seus sonhos? Quando descobrir, corre e vá conquista-los!
A vida é curta, então a gente corre.
Vida é travessia, a chegada é a nossa morte.
O que fica dessa viagem, se a gente não parar e apreciar?
Se a gente não descer em muitas estações, parar e olhar em volta.
Andar e respirar para eternizar em nós tudo o que realmente importa!
Ah, a vida é curta demais para não parar e admirar as paisagens desta intensa vida que vivemos sem rota...
É um golpe de sorte encontrar alguém que mereça ser seduzido. (...) A maioria das pessoas sai correndo na frente…
FRIO (cerrado)
Quem o contentar dirá destas noites de frio?
Corre no cerrado de galho a galho, arrepio
Dum vento seco e bravio. E eu, aqui tão só
Em queixas caladas, calafrios, é de dar dó
Recolhido na tristeza do invernado cerrado
Cheio de solidão, de silêncio e de pecado...
Que corrosiva saudade! Esquisita e estranha
Uma está lembrança forjada na entranha
Do inverno, caída de outrem, fluindo amargor
Onde, em sombrio sonho, eu vivendo a dor
Sem querer, na ingratidão, com indiferença
No vazio da retidão, da ilusão e da crença
Que acirrado frio, sem piedade, ofensivo
Que me faz reclusivo, neste cárcere cativo
Insano, em vão, duma melancolia lodaçal
Que braveja, me abraça e me faz tão mal...
Por que, pra um devaneador esta paragem
Que ouriça, e é tão deslocada de coragem?
Ah! quem pode me dizer pra que assim veio?
Se está tortura é passageira, assim, eu creio.
E a minha miséria aberta, escorre pelo olhar
Receio... e mais gelado fica em mim o pesar.
Uma prosa alheia, uma penitencia escondida
Se é só o frio, por que esta insânia homicida?...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de julho de 2019
00’17”, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Porque esse amor doentio
Essa dor sem sentido.
Uma pressão que corre nas veias
Triste, sofrido.
Porque não posso esquecer
Comandar os meus sentidos
Viver com minhas escolhas.
Esquecer o que nunca foi merecido.