Corpo
O meu corpo está aqui, minha matéria isso sim. Minha alma está por ai vagando, procurando a verdade do meu ser, procurando a minha sorte que devo ter perdido em algum lugar, lugar esse que nunca fui, deve está junto com meus sentimentos, que nem sei se são meus ou seus, apenas sentimentos que não conheço.
Minha alma tá bem, sei que tá, deve ter parado em um posto ou em um bar, não sei exatamente.
O fato é cadê minha sorte ? eu procurei em todos o cantos e até minha alma está procurando por ela.
Sorte, cadê você ? estou a sua procura e não te dei ao azar.
Sorte, cadê você ? brincando deve estar brincando de pique esconde.
Sorte, cadê você ?
Enfim, ouço um chamado vindo da minha alma e ela me trouxe um recado : A tua sorte está dentro de você assim como eu. Então pare de procurar por nós, apenas olhe pra si.
O seu corpo assim
Tão juntinho de mim
Sentindo o querer ,
Dor e prazer
Tudo em nós, ali
Mil motivos pra ficar,
Fez o tempo parar
Mãos a falar,
Pele a entender
O que a vontade quis
Uma promessa as pressas
E fomos felizes
O mundo se agradou em ter
O amor, eu e você
Meia de bichinho, calça moletom e um casaco maior que meu corpo, é assim que vai me encontrar se vier aqui em casa sem avisar.
Amor....
Hoje, tive crises de abstinênica..
Sofri tremores no corpo todo...
Tive alucinações....
Desejos loucos....
Deliciosas sensações...
Tive Delírios de amor....
Hoje, como ontem, assim
como amanhã também...
Meu delicioso vício manifestou-se
por amar voce...
Seja onde estiver ....
Te amo minha vida...
Casamento
Vamos nos casar: te quero atraente.
Um vestido que te faça corpo-ouro reluzente,
branco, branco como neve.
Sapatos cristalinos, marchantes e precisos no corredor principal
Como o ritmo dos clarins te recebendo – em festa.
Num casamento não basta o amor
É necessário o visual:
Te querer mais que a mim - é o que importa.
Te olhar e desejar-te toda torta
Depois da festa
Numa festa
Só nossa.
ERRO
Vai errando, segue errante – em meu corpo.
Erra, que não te culpo
Escolhe os cantos ainda não certos.
Errar só aumenta o curto
Espaço de tempo do acerto.
E em cada erro, tremo.
Sinergia
Loucura
Tremo.
Parece que alma está do lado de fora e o corpo dentro, sentindo tudo muito forte e tudo ao mesmo tempo!!!
Relato neste poema, o nascimento da fera
A morte do corpo físico, em uma vontade de espera
Minha poetisa amada, já estava cansada daqui
Esperando só o momento, de Jesus mandá-la ir
Sua vida foi sofrida, vinda do sertão ameno
Chegou aqui nessa terra com seus seis filhos pequenos
Lutou, batalhou e cresceu
Sorriu, sofreu e morreu
Porque estava merecendo
Há quem diga que a morte é o fim de tudo que nasce
Há quem diga que a morte, é um buraco sem face
Mais a morte é o inicio do fim dessa historia
A morte é precipício, que leva para eterna gloria
Agora minha vó querida, está ao lado de deus
Sobre o manto de Maria, diante dos olhos teus
Agora está feliz, correndo na relva sagrada
Enquanto estamos aqui, sofrendo com a partida
De uma poetisa amada.
Corpo & Mente
Padeceste o inocente corpo
Quando a mente pensa pouco
Pois a fraqueza da mente
É produto do corpo que sente
Pensamento que voa
Deixa o corpo atoa
Então saiba fazer da tua mente
Uma viagem boa e inteligente.
(...)Só ele conseguiu ser tudo aquilo,só ele que conhece meu espirito interior,meu corpo magro e seus defeitos leve,só ele desfrutou do meu prazer,da minha confiança. Porque quantas vezes eu chorei ? Achando não ser o suficiente pra ele ? Mas o que eu deposito nele é um bom investimento,o que parece é que ele me ama assim, magrinha e cheia de defeitos.(...)
Planos
Eu cheguei depois da alforria
Vi os traços no teu corpo
Vi a sede dos teus olhos
Eu cheguei antes da vontade
Vi os sonhos desenhados
Vi o inteiro e as metades
Vi os palhaços e malabares
Eu cheguei depois da estréia
Nem alcatéia nem ladrões
Nem princesas nem leões
eu vi a cor dos teus alardes
Eu cheguei antes das prisões
Eu vi a dor da madrugada
Eu fui a cor da revoada
nos tapetes coloridos
Eu sei a força das tuas pernas
Eu sei que alguém olha por nós
Eu vi sinais nos meus lençóis
Que as dobraduras me ensinaram
Eu sei que a fé anda comigo
eu sei que a cena não termina
antes que as mãos saibam rezar.
PARA ELLIS
Naquela manhã
O sol banhou teu corpo impune
Só pra depois fugir de ti
E te levar pra longe
Sem revolver, e a nós
Deixar sem voz.
Naquela manhã
Eu pressenti o tempo escuro
Do litoral ao centro do Brasil
Eu acordei inquieto
Com aquela música me perseguindo perto.
E eu senti que era noite no meu coração
Eu senti que findava em ti a paixão.
Naquela manhã.
Prisioneira de mim
Estou cravado em teu querer
Tuas carnes sentem falta do meu corpo
Tua alma necessita do meu viver
Tu és escrava do teu desejo
Tuas vontades serás sempre de me ter
Calarei tua boca com um beijo
Lutarás pra sempre...
Tentando apagar as cicatrizes gostosas que deixei em você
Tentativas em vão...
Pois não se apaga, o que se faz com o coração.
AUSÊNCIA
Eu julgava ser a ausência
Uma divisão dolorosa do corpo,
Ou coisa sentida como prenúncio de morte,
Um buraco negro, sem fim sob meus pés.
Depois vi que a ausência
É uma companhia necessária,
Comigo, inteiro em dois, ela permanece,
A provar minha sanidade,
A dar-me os sentidos que não sabia,
A cativar-me como a melhor amiga.
E me acostumei com ela, tanto,
Que tanto faz o burburinho das ruas,
Ou o balbuciar risonho de um amor,
Colado aos meus ouvidos,
Que dou mais atenção a ausência.
Com ela a cadência do passo é mais livre,
A gente estanca, e abraça como quer,
Livre das dores que traz o abraço,
Distante dos olhares obrigatórios,
Que a companhia exige.
Alforriada dos escândalos
Quando queremos liberdade.
Hoje eu eu a ausência somos ímpares,
Um que se sente só mas seguro
Pelas duas mãos ocupadas,
Outro que se sente acompanhado,
Por um coração, guardado.
Meu corpo é feito de carne, osso e sentimentos,
dos quais, alguns efêmeros e outros nem tanto.
A anciedade me consome por completo,
a felicidade é como as ondas do mar, vão e vem,
a tristeza normalmente vem do nada, acompanhada de um pouco de mau humor,
o amor, ah, ele por enquanto esta de ferias prolongadas,
a saudade é grintante, agoniante.
Meus sentimentos são densos como agua turva,
faceis de chegarem, no entanto difíceis de desapegar.
Diga, conhece um inseto chamado “efêmera”? A efêmera morre um ou dois dias após dar à luz. Seu corpo é vazio. Ao invés de estômago ou intestino, seu interior é apenas preenchido por ovos. É uma criatura que nasce apenas visando a procriação. Humanos não são muito diferentes.
O que seria morrer?
O fim da alma ou do corpo?
Uma nova vida ou um vivo morto?
Uma despedida ou uma chegada?
Um caminho aberto ou encruzilhada?
Talvez um começo, talvez um fim
Que sabe folha seca ou ate mesmo jardim
A libertação do espírito, a prisão de um ser?
O adeus definitivo ou o ate mais ver?
O que seria morrer então?
Nascer em outro mundo ou voltar para o mesmo em uma outra geração?
Seria uma pergunta ou uma solução?
Querendo ou não é assim que tem que ser, diante de tantas dúvidas todos nós vamos morrer.