Corpo
Se o olho direito leva você a pecar, arranque-o e jogue-o fora! É melhor perder um membro, do que o seu corpo todo ser jogado no inferno. / Se a mão direita leva você a pecar, corte-a e jogue-a fora! É melhor perder um membro do que o seu corpo todo ir para o inferno.
Medite. Meditar faz o espírito repousar, a mente serenar e o corpo receber o alimento necessário para a sobrevivência espiritual.
A ideia de que o corpo carrega duas caixas – uma caixa de ferramentas, na mão direita, e uma caixa de brinquedos, na mão esquerda – me apareceu quando me dedicava a entender santo Agostinho. Pois ele, resumindo o seu pensamento, disse que todas as coisas que existem se dividem em duas ordens distintas. A ordem do uti (ele escrevia em latim) e a ordem do frui. Uti, “o que é útil, utilizável, utensílio”. Usar uma coisa é utilizá-la para se obter uma outra coisa. Frui, “fruir, usufruir, desfrutar, amar uma coisa por causa dela mesma”. A ordem do uti é o lugar do poder. Todos os utensílios, ferramentas, são inventados para aumentar o poder do corpo. A ordem do frui, ao contrário, é a ordem do amor – coisas que não são utilizadas, que não são ferramentas, que não servem para nada. Elas não são úteis; são inúteis. Porque não são para ser usadas, mas para ser gozadas. A tradição cristã tem medo das coisas que são guardadas na caixa dos brinquedos. Nessa caixa se guarda a origem do pecado: o prazer…
(Do universo à jabuticaba)
A insônia por causa da riqueza consome o corpo, e a preocupação que ela provoca afasta o sono. / As preocupações do dia não deixam dormir, e são piores que doença grave para tirar o sono.
Eclo 31, 1-2
Eu Sou a nuvem que encobre o sol,
jorrando água em seus pensamentos...
Eu Sou a águia que sobrevoa seus sonhos
e grasna o seu despertar...
Eu Sou o riacho que passeia em seu corpo,
descobrindo seus sentidos...
Eu Sou o que sobrou desse imenso AMOR...
(in)consciente para sempre.
Acordo, e não mais está comigo.
Então, tenho que controlar as minhas mãos
Conscientiza-las de que não temos mais você.
Preciso fazer com que meu corpo não lhe procure
É necessário que minha boca te esqueça
E que meus olhos apaguem de vez qualquer traço de sua imagem.
Não sei como ensinar meu coração a pulsar de outra forma
Sem fazer repercutir o seu nome
Não sei como me vestir de um outro corpo
Porque este não suporta a dor que vaza de minh’alma.
Enide Santos 03/04/16
Se lembrar como éramos e como almejamos ser é uma parte vital do crescimento humano, às vezes nos doamos pouco em nossas relações, enquanto em outras nos sujeitamos ao máximo para fazer alguém feliz. Somos felizes no final das contas? Vale a pena o esforço? São respostas que cabe a cada um responder a si, não criar aquele sentimento vulgar da perda tempo e o depressivo vazio de quem não sabe se amar é um bom princípio. Não há volta quando seu coração também faz lhe crer que não existe recuperação, por isto que cada ciclo da vida tem o seu momento certo, não podemos brigar com o tempo e tentar recuperar o que já foi perdido, principalmente quando sua mente e seu corpo não lhe obedecem mais, se tem momentos que nem a gente se suporta... Por que esperar que alguém nos compreenda?
Mostra a tua verdadeira essência.
Livra-te do que afeta o corpo, a alma e o espírito.
Uma flor só sobrevive se for alimentada e se as ervas daninhas não a sufocarem.
Traduzir sem trair é obra de um verdadeiro artista; não basta inteligir o corpo do livro, é necessário sentir-lhe também a alma.
Do meu corpo
Ou do meu porto
Foi embora a caravela
Ou seria Isabela?
Já não lembro o nome dela
Foi embora a minha bela.
O pessimismo é a pior das doenças, sendo capaz de corroer o corpo mais saudável e o maior dos amores.
Enquanto o corpo busca e deseja violentamente oque não possue a alma tenta livrar dessa busca tribulosa e viver simples em sincronia com o universo.
No silêncio das crianças há um programa de vida: sonhos. É dos sonhos que nasce a inteligência. A inteligência é a ferramenta que o corpo usa para transformar os seus sonhos em realidade. É preciso escutar para que a inteligência desabroche.
Escrever, para mim, é um ato físico, carnal. Quem me conhece sabe a literalidade com que escrevo. Eu sou o que escrevo. E não é uma imagem retórica. Eu sinto como se cada palavra, escrita dentro do meu corpo com sangue, fluídos, nervos, fosse de sangue, fluídos, nervos. Quando o texto vira palavra escrita, código na tela de um computador, continua sendo carne minha. Sinto dor física, real e concreta, nesse parto.