Cores da Vida
Estrela de sete pontas, arco-íris de sete cores. O gato ñ tem sete vidas, na vida vivi sete amores. Meu bicho de sete cabeças, fica trancado a sete chaves. Coração palavra de sete letras, sou marinheiro dos sete mares...
Cores e cheiros.
Prendo me a tudo o que tem cor, cheiro, Vida.
A tudo que vibra, reverbera no tempo,
transcende espaços.
Prendo me a tudo que de certa forma molda,
apruma, da forma.
Prendo me a tudo aquilo que faz pulsar
diferente o meu coração.
Querem limitar as cores do arco-íris na perpetua ingenuidade que possamos aprisionar a vida numa pequena
caixa de ouro.
Toda a vida sempre foi mais vibracional do que parece. As formas, as cores e as dimensões tem embutido em cada DNA seu próprio sistema vibracional complexo, que encontram se alinhados a mesma freqüência do planeta e do universo. O silencio abstrato como entendemos, só existe nos vácuos e nos buracos de minhoca. A própria rotação e gravidade de cada planeta no universo, é sonora.
A vida em plenitude é feita de todas as cores, dos vários sabores , dos vários odores, que revelam a cada dia novos amores.
Somente a arte pode inspirar o amor universal e colorir com cores vivas da vida em alegria, as tristezas, as mecanicidades e as sombras no mundo.
Ser um arco íris, pintar de cores a vida das pessoas que passam pela nossa vida não é facil, apesar do amor. Haverá sempre quem tente apagar essas cores!
Que o dia desabroche em cores, a vida desabroche em flores e a essência do amor se espalhe de leste a oeste do teu sorriso.
O bonito da vida é a diversidade, a variedade de formas, cores, odores, sabores e texturas que existe. O que torna a vida menos enfadonha é essa pluralidade de pensamentos e ideologias, a forma diferente como cada um age frente ao mesmo desafio, o mesmo problema, a mesma dor, a mesma alegria. É essa aquarela de emoções e sensações que nos permeiam que pintam um quadro singular na vida de cada um, e nos fazem seres únicos.
É com o beijo morno do sol, que assim que o dia amanhece a vida desabrocha em cores e, numa explosão única de luz ressoa nas notas poéticas das horas, arrastando-as sem que nos demos conta para eternidade que se estende em ouro na imortalidade do tempo.
Abra a janela, o dia amanheceu, o sol brilha lá fora! A vida desabrocha em cores! Há cheiro de flores orvalhadas! Há perfume de vida no ar.
"" Somente um pedaço que não aceitou a vida
flamando todas as cores em cinzas
tombando o néctar ante a sede
e eu fui além, tentei mais uma vez
esperei o céu dar o recado
e a mãe dizer filho é assim mesmo
vaidosamente as nuvens dominaram o manto
e o sorriso se desfez
agora os lábios clamam em prece
cade você meu amor
somente um pedaço que não me aceitou
e eu fui além outra vez
e outra e outra
vaidosamente as nuvens foram embora
quando é tarde para dizer adeus
pois tanto queria
amar o pedaço que ainda é meu....
Eu vivia em um mundo sem cores até te conhecer. Você trouxe o arco-íris, dando luz e vida ao meu ser. Pegue na minha mão e descubra o amor que sinto por você, mesmo sem um beijo — o qual guardo nos versos que escrevi.
RETALHOS DA VIDA
A vida é uma colcha de retalhos.
Com muitas cores, tem também o preto,
às vezes se precisa usar da cor branca;
Sem tem várias lembranças
e muitos amores.
Muitos encontros,
e diversos encantos;
Algumas amizades que deixam saudades.
Coleciona-se, se costura quando
se deixa cair lágrimas de choro,
algumas de prantos sérios,
muitas por alegrias
e diversas por desencantos.
Se faz os nós e os pontos,
quando se tem segredos que causa espanto;
Se segue enigmas , se quer às claras
e se finge muitos mistérios, mas se deixa nos cantos.
Estende-se conveniente, se tira as fotos,
e se guarda alguns bons momentos;
Os meus tranco à sete chaves,
pois, são os meus cortes, recortes, meus tacos e nacos
Essa é a minha vida, como uma colcha de retalhos.
Flores Murchas
Desmaiadas na vida
Pálidas desabrochadas
As cores de partida
As pétalas cansadas
Ainda com viço
Afadigadas...
Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Versadas...
De perfume postiço
E as forças exiladas
Feitiço
Da existência traçadas
Do fado mortiço
De inevitáveis jornadas
Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Desenganadas...
Perfazendo o curso
Revoadas
Incurso...
Flores murchas
Murchas flores
Tristes louvores
Encantadas!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 dezembro, 2022, 18’52” – Araguari, MG
Versão musical para o poema “Flores Murchas”