Cores
AQUARELA
Márcio Souza. 03.08.17
Pintei meu quadro com o pincel da ilusão,
Dei-lhe as cores da beleza e da alegria,
Tatuei teu rosto dentro do meu coração,
Enchi minh'alma de sonhos e fantasias,
Mas eu na vida, fui vivendo e aprendi,
Que sem os sonhos o viver não tem sentido,
Ter esperança, pra quem tem fé não é o fim,
Pois somente o tempo me dirá se fez sentido
Meu amor não morre, pois tem sonhos e fantasias,
Mesmo que eu seja, nesse mundo, infeliz,
Nos meus dias tristes, se forem tristes os meus dias,
Ou nas minhas noites, noites frias, solitárias e vazias.
Horas amargas que chorei, chamando por ti,
Noites de angustia, que feriam meu coração,
Mas de amanhã, ao se aproximar de mim,
Tomei-te nos braços, cheio de amor e paixão,
Pois, na verdade, o teu amor nunca esqueci.
Almas gêmeas, dois amores apaixonados,
Duas metades que se completam e que se amam,
Sejam nas lágrimas de tristezas ou alegrias que derramam.
Mas sempre caminham de mãos dadas, lado a lado.
Márcio Souza
(Direitos autorais reservados.
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SEM RESPOSTA
Não me perguntem
Sobre alegorias...
Cores... festas...
Metáforas de luz!
Não me perguntem
Sobre exultações...
Risos... volúpias...
Frenéticas folias!...
Meu verso não responde,
Meu verso não o sabe.
A fome, a miséria e a violência
Prosperam, cada vez mais,
Desativando o cenário
De quaisquer euforias
Fotos
Posso criar e voltar ao tempo no preto e branco,
e mesmo assim as cores que já existiam no passado estão no presente.
Que traga lindas flores, novas cores e
novos sabores.
Que chegue enfeitada, alegre e perfumada,
trazendo alegria, beleza e delicadeza
para os nossos dias.
Primavera
Seja benvinda com muitas cores,
flores e encantos mil.
Desfie toda sua beleza e formosura,
desafie a natureza,
faça renascer como esperança
uma nova planta criança, tal qual flor divina
para acalentar a apaziguar,
os momentos difíceis,
vividos e enfrentados na dura lida da vida.
Faça surgir em cada nova flor,
o amor que renasce em cada novo dia,
de cada amanhecer,
no âmago deste misterioso milagre de amor e flor!
Que venha primavera,e passarinhos cantando na minha janela,e no céu arco-íris com cores lindas da aquarela.
A alegria do preto e branco não está visível em suas cores, mas em sua essência de eternizar e transformar em arte os momentos de felicidade.
E então as cores se foram
Partiram em mil pedaços
E tudo ficou cinza
O dia não amanheceu
Paralisou naquele instante
Onde não havia mais o seu sorriso
Nem suas palavras
Ou o seu respirar
Lágrimas secavam em meu rosto
Enquanto novas surgiam
E eu simplesmente não conseguia
faze-las parar
Dizem que o choro alivia
Então quis chorar o tempo todo
Mas a dor não cessou
E os dias jamais amanheceram
Foram sempre escuridão
Tudo sempre cinza
E sem os seus sorrisos...
Não te assustas com sextas-feiras?
Inda mais com a nova estação que promete cores
hoje ocultada pelo cinzentos céus?
Sempre com muita expectativa, pessoas, biritas, fumaça e embriagados sorrisos.
E a certa frustração que aos ingênuos olhos pode mostrar sua grandeza hoje
ou em posteriores sabbaths.
Dou um trago no cigarro imaginário de outras luas na busca do solitário conforto, encontrando a nostalgia e o culto do pesar,
que mais se faz presente na nebulosa in/consciência do fardo de primaveras atrás
estação tão gloriosa e bela na expressão da natureza que hoje não desperta a inspiração na busca pela filosófica grandeza.
Hoje é noite das mulheres mais viciosas baterem na porta
daquele que certo irá sonhar e desfrutar sem a cia do Xanax
Elas sabem como encontrar um tolo.
Que o sol invada seu coração e a casa em que o coração que tua amas habita. E que as cores do seu sentimento mais bonito façam do anoitecer uma tela branca a ser colorida pelo que te fez suspirar ao perceber que ela te sorriu de volta.
O hábito suprime as cores, incrusta, esconde: partes da nossa vida afundam-se gradualmente na inconsciência e deixam de ser vida para se tornarem peças de um mecanismo imprevisto. O círculo do espontâneo reduz-se; a liberdade e novidade decaem na monotonia do vulgar.
É como se o sangue se tornasse, a pouco e pouco, sólido como os ossos e a alma um sistema de correias e rodas. A matéria não passa de espírito petrificado pelos hábitos. Nasce-se espírito e matéria e termina-se apenas como matéria. A casca converteu em madeira a própria linfa.