Cores
Música, simples assim...
(Nilo Ribeiro)
Música, que bela invenção
que ideia salutar,
imagina que emoção,
ouvir Ave Maria aos pés-do-altar...!!!
ela é como ar que respiramos,
é necessária em todo momento,
quando nos silenciamos,
até no nosso casamento
no recolhimento de um funeral,
ou em uma alegre comemoração,
podemos ouvir uma instrumental,
ou ao contrário um batidão
a música é uma poesia
escrita em notas musicais,
nossa dor ela alivia
nos tornando seres divinais
sem música existiria vida,
o que você ofereceria para a pessoa querida,
seriam flores...???
mas elas são músicas com fragrância e cores
música é um remédio,
uma grande terapia,
hoje tenho o privilégio
de homenageá-la em poesia
você já se viu sem música,
como seria sua reação...???
é como rua de mão única,
e você andasse na contra-mão
a música está na alma,
na montanha, na praia, na calma,
ela está em todo lugar,
é o ar que temos que respirar
a música contém doçura,
que ofereço com carinho,
escrevi esta partitura
com Deus guiando meu caminho...
Nossa aquarela
Os seus olhos me encantaram,
E eles já disseram que você seria minha.
Eu acreditei,
Cheguei até você e disse olá.
Mesmo que a gente fosse diferente,
Como o amarelo e o vermelho,
Nós sentimos algo.
Meu coração que já estava trancado há tanto tempo,
Você me mostrou como destrancá-lo.
Confesso, no inicio eu tive tanto medo.
Entre nós, não deixei margem.
Você sorriu e eu criei coragem.
O seu toque me leva para outra dimensão, como uma viagem.
Gostos diferentes,
Olhares tão tímidos,
Mas combinamos como o branco e o preto.
Gritos de gloria e uivos de inveja.
Eu pintava e você bordava.
Deixamos aqueles invejosos com raiva.
Somos diferentes como o amarelo e o vermelho,
Mas combinamos como o branco e o preto.
Colocamos tudo em um quadro,
E servimos a nossa aquarela.
Olhando os noticiários recordo de alguns rompantes:
- "Nós não queremos uma bandeira vermelha...
Não somos vermelhos... Somos verde e amarelo...”
Azul... Branco...
Mas eu prefiro ver as crianças de bochechas rosadas
Vermelhas, coradas
As ver pálidas, azul de fome, verdes enjoadas
Por não ter posto, médico ou remédio...
Ou então, amarelas, coitadas!
Nós veremos as cores da bandeira nas caras das pessoas
(Não pela força da tinta)
Veremos pessoas verdes, amarelas, azuis,
Olhando, debaixo, uma minoria branca...
Não precisam mais de suas panelas...
Vermelho, só na face dos professores e outros cidadãos.
No sangue do protesto inútil, misturado ao choro sem consolação.
"As vezes é necessário destruímos algo em nós, para assim a perfeita ilusão foda-se! E você consigar ver as cores que está além dos seus olhos."
A arte de viver
O intenso sentimento do meu coração pela vida em seu esplendor faz de mim um artista. Sentimento que tanto me delicia, transformando em paraíso tudo que me cerca, colorindo todos os tormentos da minha alma e fazendo florescer com um olhar tudo que a própria vida destrói.
Longe de mim a perfeição , apenas sentimento .
Todas as coisas transformando-se em beleza e em cores diante dos meus olhos e dilacerando as forças ocultas da natureza , da minha própria natureza sempre ativa , que tenta devorar todos os sonhos me fazendo acreditar em uma realidade sem cores .
Choro, contemplando a amargura dando lugar a um misto de alegria e esperança me fazendo consolar pelo despertar da imaginação.
Regina Coeli
Minha deusa de 1,65cm
do Colorado
que canta blues
compõe soul blues
escreve poesias
lê artigos
e ama documentários nacionais,
não me escreveu hoje.
Enquanto pedaços
cósmicos de mim sobram no edredom
penso que pode ser isso
e aquilo
devia ter dito isso
e não aquilo.
Foy Vance
Feel For Me
e aguardo
algum sinal.
Penso em seus olhos
negros
puxados de pincel,
[eu me prenderia fácil neles
como uma mosca do oeste
distraída e
sua aranha.
Ninguém nessa cidade
tem aqueles olhos.
São dela esses pares.
Fios coloridos
e me sinto
pateticamente
igual
querendo engoli-la
como uma pílula
e sentir
todos os
seus efeitos
colaterais.
E me entorpeceria,
eu sei.
Se ela ao menos me escrevesse.
O ângulo simétrico em beleza
Das pétalas de flores me envolvia;
E me impressionou delicadeza
De cores e formatos que ali via.
Perfeita simetria
Nós dois, admirando o fim do dia
Observando e anotando uma polografia
Com cores cheias de vida
Descrevendo a astronomia
Em uma perfeita simetria.
Slá, só mais um café.
É impossível lembrar do teu riso e não sentir quão bem ele me faz. Me sinto como um louco que quer gritar aos quatro ventos as sensações que você me causa. Pra que talvez assim as pessoas entendam que o amor é real e que eu o sinto. Talvez assim as cores possam ser vistas por alguém através dos meus olhos. Talvez alguém nesse mundo preto e branco escute meu grito, tenha vontade de amar e passe a ver as cores por sua própria óptica. Sentindo sabores, vivendo amores... Enlouquecendo.
Pantanal mágico
Às vezes, penso em comprar um barco e ficar por aqui.
O Pantanal é assim, tem esse poder mágico de te fazer reflefir sobre as coisas, pessoas e o tumulto que se vive.
A necessidade de me espiritualizar se faz presente, pois aqui existe uma energia diferente, um cada dia surpreendente.
Estão nos mistérios das matas, nos cantos dos pássaros, em cada animal que se espreita, no ciclo das águas que trás e renova a vida.
São as cores únicas de um amanhecer e a beleza do sol num quase anoitecer.
Quem derá eu, viver pra sempre no Pantanal cheio de paz e tanta luz.
Sentimentos
O dia seria esse número de horas sem mais nada,
Caso da trêmula esperança fosse fato, vazio.
Que culpa tenho eu em ver cores ao vento?
Sentimentos...
Nada me comporia sem toques cheios de luz
Nem sobraria pedaço feliz, nalgum sorriso sequer,
Se eu não expurgasse a bruta realidade.
Que procuras errantes, livre farsante corre gente,
Onde pousa em gaiolas do destino, morte quente.
Não sabe das horas fazer, de tempo senão morrer.
No chão endurecido que amoleço ao viver...
Meus sonhos!
Sem contar do tempo que se foi, nem do que se vem,
Quantos de mim decidem então renascer?
ESTRANHO
É estranho, que depois do sono.
Vem o sonho, que desperta meu olhar, escuro.
Deitado na trincheira ou acuado atrás do muro.
Murmuro num som rouco, quase mudo.
E permaneço inerte, até o sol invadir meu mundo.
Imundo, caminho entre tristezas, entre lagrimas, entre cores e dores.
Alegrias, alegorias que derrubam meus olhos, na submissão ao concreto.
Que piso que me cerca que me atropela, na contramão do que dizem ser o certo.
Me arrasto entre Deuses e crenças, mas na superstição do desconhecido, peço sua benção.
No sol que se despede, sacio a minha fome, e logo assim como o brilho do dia ela some.
Arrasto-me de volta ao esconderijo, onde uma alma quase penada se sente aprisionada.
Uma vida perdida, um ser aflito, que perde o controle, mas engole seu grito.
E para as curvas cegas da escuridão, agora dirijo...
Reflexão.
Segue o homem a estrada margeada por árvores, plantas e flores de pequeno porte. O contraste do verde forte e as flores de matizes diversos transformam o local em um quadro real de beleza e esplendor. As pupilas sorriem diante de tão belo jogo de cores.
Se as pupilas sorriem extasiadas, a mente fabricava sonhos onde as noites escuras eram iluminadas por milhões de vaga-lumes. Figurativamente essas noites escuras são os pensamentos tristes que, por força do entusiasmo, não permitia que a penumbra imperasse totalmente. Há lágrimas que denotam felicidade ou tristeza, isto faz parte da vida. Há um mistério não decifrado sobre as lágrimas, pois se há tristeza, as lágrimas são salgadas, todavia, em havendo alegria, essas gotas também são salgadas. Por que não serem doces?
Nesses sonhos, a brisa nascia por força do voar das pombas brancas, que simbolizavam a paz. No decorrer da vida, por mais que se queira alcançar o Éden, o purgatório é passagem obrigatória, pois os pecados têm que ser purgados. E na pesagem do mal ou do bem fica aferido o quantitativo deles e daí o tempo é chamado a ditar a liberdade imediata ou apresentar a chave da prisão.
E o homem segue a trilha da vida. Vai calmamente. Não há pressa.
Vê e curte suas obras. O bem material pouco lhe importa, mas foca-se nos filhos, nos netos e na natureza que ajudou a preservar. Sorri ao escutar o canto dos pássaros, o borbulhar das águas transpondo os obstáculos e o chuá-chuá das cachoeiras que se transformam em rios e que buscam o berço no abraço do mar.
Sobe a montanha da vida, vara as nuvens , pisca de namoro para as estrelas, cumprimenta o sol, beija a noite e chega ao Céu.
_ Boa noite, meu filho ! – diz-lhe São Pedro.
_ Posso entrar ? – pergunta o homem.
- Você não precisa pedir licença.
Sidney Tito.
Escrevo a Minha Realidade e a Sua!
Jamais
escrevi algo,
que não pudesse
um dia ser realidade!
Nunca escrevi algo,
que fosse apenas sonho…
Pois mesmo antes de publicá-los,
já vivia a realidade do que escrevi!
Já havia visto alguém por aquilo passar.
Escrevia e escrevo momentos.
Revisões de nós mesmos.
Escrevia e escrevo aquilo,
que passamos no dia-a-dia.
Mas que nem sempre percebemos.
Escrevi felicidades.
Lágrimas.
Encontros,
Desencontros.
Amores vividos.
Amores traídos.
Parte de mim e de outros.
Que sonharam…
E continuam sonhando!
Porque a vida só terá sentido,
se descartamos as nossas dores,
e passarmos a viver
os nossos sorrisos.
Não se consegue sorrir com dor.
Mas o sorriso desmancha
uma vida triste e sem cor!
Roda Viva Gigante
Enquanto tudo desejo,
nada espero de ninguém, de mim...
Vivo esperando a hora, o dia, o tempo!
Nessa roda viva gigante,
Rodopio, choro e sorrio,
Quis descer e correr,
várias vezes me despedi,
Mas a brincadeira continua,
Cores, luzes, sonho e poesia!
Eis que aqui, de dentro de mim,
desse ponto privilegiado,
Tenho todas perguntas e respostas,
de múltiplas escolhas...
Avisto ao longe meu mundo,
Quão distante, não consigo alcançá-lo
Quando perto, não consigo enxergá-lo..
Sigo girando,
nessa Roda Viva Gigante...
Vivi Ulbricht
Tem uma parte de mim que é amor e à outra, paixão pura!
Tem um lado meu, que coleciona emoções e o outro, as compartilham.
Tem uma criança em mim que nunca cresce ou deixa de sorrir, apesar dos pesares. Assim como, tem em mim, uma mulher madura e guerreira que, busca fôlego a todo custo por uma vida decente e vibrante!
Tenho uma ingenuidade que não dispenso, uma simplicidade que não omito, uma delicadeza que só agrega, uma docilidade que não mela, uma sensibilidade aguçada, um espírito humano que só aumenta e uma vontade viver que só multiplica minha vida em doses certas de amor próprio e otimismo!
Tenho sede de vida, tenho dois pulmões que se enchem quando olho o dia, à chuva, à noite, às estrelas, quando estou com pessoas que amo e principalmente, quando Jesus coloca uma borboleta soprar em um jardim me dizendo em voo, que sou filha do Rei, que nasci para brilhar, encantar, deixar-me encantar, fazer o bem e graciosamente recolher flores pelos campos da vida, ainda que venha a seca e falte água para regá-las... Estarei sempre pronta para enfrentar os não planejados.
Afinal, sou a menina que espera radiante, sempre, pelo arco-íris que nasce sem percebermos, emana cores, exalta nossos olhos e depois se vai, assim como chegou, de repente, depois de uma chuva e deixa cores no meu coração, me faz espargir nuances pelo corpo afora e tecer retalhos multicoloridos!
Eu sou da cor que se pinta...
Se é a cor branca, eu sou a paz que te acalenta, portanto me tens, como tesouro precioso, bem guardado dentro do teu coração;
Se é a cor vermelha, eu sou a alegria que eclode espontaneamente em tua vida, motivo constante do teu sorriso;
Se é a cor azul, eu sou o mar a te banhar, deleitar; eu sou o céu, com toda a sua amplitude e beleza, sendo os lampejos da eternidade a te tocar, te exortar e te aprimorar;
Se é a cor verde, eu sou a esperança inata que te estimula a manter a tua fé ágil, bem operante e bastante praticada;
Se é a cor rosa, eu sou a flor que floresce no teu jardim e que te inebria com o meu perfume;
Se é a cor amarela, eu sou o sol a te aquecer, te estimulando a viver, sonhar, transcender!
Se é a cor preta, eu sou a ausência de cor, um pequeno descanso, apenas uma pausa, pra você ser luz no meu viver!!!
DOAÇÃO
Qual tal um fim do dia
Um sol poente
Como perfeita primavera
De luz e de risos
Enfeixadas
Diluídas em festivas cores
Apenas, pequenas açucenas.
E, no gesto,
Aceno sereno pleno
Todo o contido sentimento
E, na alma,
A eterna primavera.