Cores
A MINHA CARTA A GARCIA
Neste corpo a quebrar, há sinais
De várias cores a assinalar
As etapas de uma vida de ais
E de outras mais coloridas de pintar
As telas rudes do meu mar.
De estrelas belas a brilhar
Sobre as negras ondas
Das marés longas
Deste viver sem ainda saber
Do vir, do estar e do que sou
Entre esferas de milhões por ter
Vergonha de ser
Incrédulo, sem primeiro ver.
Então, quero antes desaparecer
Entre as brumas
De espumas
Sem ler
O epitáfio já reservado:
"Aqui jaz um inconformado
Que da vida só leva um fado,
A sua carta a Garcia,
Na escura noite da luz do dia."
(Carlos De Castro, in Poesia Só e Chega, em 16-07-2022)
Lagoa Santa
Bela, encantadora e esplêndida
O céu refletindo as cores do amor
Numa manhã de um dia qualquer
Numa rara beleza
Que encantos se exalam
Faz nascer em versos e prosa
O Recanto do poeta
Exuberante lagoa que inspira
A alma do poeta lírico
A despertar o senso calmo
E explodir a ternura poética
Num casulo de emoções
Fazendo ecoar a sensibilidade
Humana e serena
Refletindo a eloquência do poeta
Que dispara o seu sentimento
Inocente e avassalador
A ponto de revelar ao mundo
A mais linda deslumbrante
Das mais urbes de Minas Gerais.
Cores quentes iluminaram meus caminhos ...
A beleza aqueceu o coração
A gratidão inspirou a alma
A felicidade invadiu a vida !
Uma paleta de cores.
Sem amores.
Uma paleta de aparência.
Sem essência.
Engessada!
Cansada!
Esgotada!
Gravada.
No fundo de uma caixinha compartimentada.
Rascunhada ...
Num leque sem flores.
Valnia Véras
Minha vida ultimamente anda assim como enxergo... Preto e branco, não consigo ver as cores, tudo é cinzento, escuro e me perco nesse arco-íris que tanto falam e que nunca vou poder ver.
- Experiências de um daltônico
A flor carrega consigo a a ternura, a leveza e simplicidade da beleza, as suas variadas cores e tamanhos fazem delas unicas para quem as olha com olhar de amor e admiracao!
Cartas for Alice N.
Infelizmente setembro perdeu a essência. as bandas, as cores, as honras, os amores.
Por um setembro verde e amarelo.
ALGUMAS CORES
Nosso amor era tão
Quente, com cores de felicidade
Agora, nosso amor é
Gelado, e sem cores
Um amor congelado
Por um coração mal
Intencionado
Um coração sem
Emoções
Resultou em terríveis
Ações
E com isso, você
Acabou enterrando,
E congelando o
Meu coração
Quando vejo num fim de tarde um lindo quadro a céu aberto
numa viveza de cores
que certamente é fruto de um divino talento em todos os seus pormenores, prontamente,
meus olhos ficam admirados
com tanta perfeição
que chego a ficar inspirado
por esta rica contemplação.
Pra quê 50 tons de cinza
Se eu te faço ver cores?
Tu é a dona do jardim
Então pra quê trazer flores?
Sempre me faz sorrir
Esqueci oque é sentir dores?
É muito mais gostosa
Tem todos os sabores!
O mundo enlouqueceu, e em casa eu fiquei preso, enjaulado em um labirinto colorido. “Há cores em tudo que vejo”, pois tenho em mim olhos de pintor e mente de poeta, ai de mim se não fosse a arte que há nos átrios do meu coração, fico encantado com as paredes multicoloridas de minha casa, feliz por viver em uma vida colorida, me encanta o azul do céu, e me sinto extremamente sortudo por ter oportunidade de vê-lo. .
Como sou apaixonado pelos fins de tarde, como é mágico ver suas cores, paro uns cinco minutos e agradeço, pelo privilégio de contemplá-lo e sempre me despeço dele, digo um até logo, porque espero voltar a vê-lo por muitos dias, mas se o amanhã chegar e eu não estiver aqui para assisti-lo, ficarei satisfeito com meu espetáculo de quinze minutos.
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Sei que a vida pode ser como as cinzas de uma fogueira que há muito tempo se apagou, mas eu escolhi viver uma vida colorida, com uma infinidade de tons que eu nem sei os nomes. E digo com toda certeza do mundo que eu amo o branco das paredes da sala, o amarelo da cozinha, o vermelho do quarto, cada cômodo com uma cor diferente fazendo assim um incrível mosaico, como uma pintura de Picasso.
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Há arte em tudo que vejo, estou rodeado por uma infinidade de cores e formas e permaneço a reparar em diversas outras novas, a vida pode ser cinza pra quem não consegue reparar nas belezas que lhe cercam. Talvez seja eu, que tenho a felicidade fácil, mas não mudo, porque assim é mais fácil ser feliz, pois até o que é simples me agrada.
Fique como as cores nas paredes. Pintadas, mas você não pode apagar todas elas.
Contudo, contudo,
Contudo, contudo,
Também houve gládios e flâmulas de cores
Na Primavera do que sonhei de mim.
Também a esperança
Orvalhou os campos da minha visão involuntária,
Também tive quem também me sorrisse.
Hoje estou como se esse tivesse sido outro.
Quem fui não me lembra senão como uma história apensa.
Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo.
Caí pela escada abaixo subitamente,
E até o som de cair era a gargalhada da queda.
Cada degrau era a testemunha importuna e dura
Do ridículo que fiz de mim.
Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse,
Mas pobre também do que, sendo rico e nobre,
Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo.
Sou imparcial como a neve.
Nunca preferi o pobre ao rico,
Como, em mim, nunca preferi nada a nada.
Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.
Em segundos a vida se expande, cria uma janela de cores. A imagem da fotografia nunca mais será a mesma, a janela nunca mais fechará. O mundo é um velho casarão com incontáveis janelas. Debruçado no umbral de uma delas, olho a vida...