Corda
Um casal apaixonado não se desfaz, segura a ponta de cada corda, faz um nó com muito amor, protege em volta de um forte abraço.
AMOR EM RISCO
Acendo o estopim e você explode. Aperta o gatilho e eu disparo. Corto a corda e você cai. Sinaliza e eu ultrapasso. Corro e você cansa. Dança e eu erro o passo. Demoro e você atrasa. Acende um cigarro e eu trago. Escrevo e você apaga. Sonha e eu voo. Sofro e você entristece. Deseja e eu realizo. Caminho e você alcança. Dispostos em pólos opostos, semelhanças e discrepâncias, chegamos a uma unidade simbiótica que nos permite sentir e reagir exatamente como o outro porque é muito mais do que amor o que sentimos. 04/10/2011
Nós
Sidney Santos
Corda e caçamba
Pandeiro e o bamba
Dedo e anel
Parque com carrossel
Circo e o palhaço
Linha e o traço
A bola e o jogo
Palha e o fogo
O nó e o barbante
A foto e o instante
O Norte e agulha
Ignição e fagulha
Estrela e o brilho
Trem e o trilho
A letra e a canção
Você meu coração!
Jogue-me uma corda, pois cansei de cavar por entre os destroços de meus argumentos, antes que as bordas do poço de desculpas comecem a desmoronar sobre minha personalidade enterrando-me, para sempre, na sepultura do esquecimento.
O Nadador, a Corda e o Helicóptero
Eu to num mar de águas calma, águas claras e limpas. Eu to num mar sem peixes, sem tubarões ou golfinhos. De onde estou eu consigo ver todos os meus sonhos traçando a linha do horizonte. Todos eles a alguns sacrifícios de distância, na verdade até menos, são a apenas alguns esforços. Eu só não sei em que direção nadar, não sei nem quais são os meus sonhos, eles todos são bem interessantes, então eu não me importo de realizar um sono q eu nem sei de quem é. Então eu simplesmente começo a nadar e sempre vejo aos meus lados as mãos que sempre me apoiaram, mesmo quando nós tínhamos o nosso chão em baixo de nós, e agora que nós não temos, essas mãos continuam a me apoiar. Aos poucos eu encontrei outras mãos, outros amigos, outros grupos, e fui vendo esses novos amigos compartilhando dos meus sonhos e seguindo seus caminhos, mas não me desliguei de nenhum, estávamos sempre ligados pela corda da amizade. Na maioria das vezes essa corda fica mais forte e mais grossa com o tempo.
Acima de mim o sol não brilha e a lua não demonstra seu esplendor, o tempo não está, nem bom, não está escuro, mas há pouca claridade. Eu posso ver tudo ao meu redor, mas sinto que não há nada pra ser visto. Eu tento visitar a única área que ainda não conheço, mas nesse momento a correnteza se volta contra mim. E então minha vida continua, ela vai passando, às vezes sem eu ver, e de repente as mãos que sempre estavam me ajudando continuavam lá, mas dessa vez eram como pessoas se afogando, e como eu estava nadando, elas se agarraram em mim, estão me sufocando. Me sufo...
Eu preciso dos meus amigos, dos meus sonhos, e aquelas mãos me afogando, antes eram apoios, agora são barreiras. Eu não consigo ultrapassá-las. Eu poderia tentar passar por baixo delas, mas será que eu consigo voltar, depois de ir tão baixo? Eu estou afundando, mesmo sem saber se consigo.
Agora eu preciso de mais do que alguém que quebre as barreiras, preciso que alguém venha de helicóptero e me jogue uma corda, e tenha paciência o suficiente pra esperar eu me segurar, e depois me leve pra longe, bem longe. E como agradecimento essa pessoa terá de mim o que quiser. Poderá ter bons momentos sem nada pra fazer, sem nada pra se preocupar, é só o céu acima e o mar abaixo, seguindo o horizonte. Agora sim, com tudo o que há pra ser visto, sem ninguém que possa nos afogar, visitando as mais belas paisagens dos nossos amigos. É isso pelo que eu estou esperando. Esperando. Esperando...
Mulher,seus pés permanecem de menina,
você anda por uma corda bamba desequilibrante sem saber ande vai chegar,
suas metas são feitas de pó suas lagrimas também...
O ahimsa (amor) não é coisa tão fácil. É mais fácil dançar sobre uma corda que sobre o fio do ahimsa.
Viver é como andar diariamente em uma corda bamba. Devemos ter equilíbrio, porque se dermos um passo em falso, cairemos!
Quanto mais compreendo o quão fundo era o poço onde eu estava, mais compreendo o tamanho da 'corda de AMOR' que usaste para me alcançar
Jogar a corda para alguém nem sempre significa ajudar. Há quem use-a para se salvar, mas há quem use-a para se enforcar.
A mudança tem que ser sólida, se você muda e volta, não presta.
A corda deve ser firme, os caminhos mesmo que íngremes, devem ser percorridos com determinação.
Capoeira quem te mandou,
capoeira, foi teu padrinho.
O berimbau retinindo
na corda retesa,
cadência marcada
da ginga do jogo.
Zum, zum, zum,
capoeira mata um.
A perna direita
lançada pra frente,
o peso do corpo equilibrado na esquerda,
os braços jogando
de um lado pro outro…
Capoeira quem te ensinou?
De repente uma queda,
o capoeira na terra,
o aú,
de cabeça pra baixo,
as pernas no ar,
a rasteira varrendo
como foice no chão,
o corta-capim, o rabo-de-arraia,
e o inimigo caindo
de supetão,
ao puxavante
da baianada.
Luta africana
que o mestiço encampou,
que os guerreiros da mata,
quilombos, palmares,
souberam jogar.
Que o angolano nos trouxe,
que o mestre Pastinha nos soube ensinar.
Coreografia. Jongo do povo.
Zum, zum, zum
capoeira mata um.
Buda já mostrava há cinco mil anos que, se a corda da cítara fica frouxa, ela não produz o som da música; e se é esticada demais, ela se rompe por conta da pressão excessiva. Assim, a virtude só é possível pelo "caminho do meio", ou seja a busca do equilíbrio entre os extremos, onde nenhum deles se mostrará como a melhor solução. Não sigo Buda, nem Cristo, Maomé ou qualquer outro. Mas procuro aprender com todos eles, pois cada um ofereceu ao mundo um pouco de sua sabedoria.
O Amor vai sendo raro!
E quando, por vezes acontece,
O Coração balança,
Fica na corda bamba,
Tem receio, estremece!
A Alma a Sós vagueia...
E o Tempo,
Esse,
Ou o engrandece, ou o esquece!
QUINTAS para filhote de gente
estrelinha estrelinha
entre linhas
papagaio, pião
pula corda!
entrelinhas...
Circo
Neste circo da vida
Prefiro ser o palhaço
Sem se equilibrar
Numa corda de aço
Sem o perigo do globo da morte
Ou ser engolido dentro da jaula
Ser livre no picadeiro da vida
Dentro da lona do telhado rasgado
Na arquibancada da vida
Sentamos na ultima tabua
No canto a corda bamba
E o teto de lona rasgada
Na vida atrevida
Na lagrima dissolvida
Da mentira não se duvida
E a tristeza mal resolvida
A razão sempre disponibiliza a madeira, a corda e as ferramentas. Mas é a sensibilidade que determina se você fará uma cerca ou uma ponte.