Coração Inconstante
"Coração velho e inconstante.
Tal e qual as ondas do mar...
Toda onda que vem ele quer pegar.
- Toma tento coração!"
☆Haredita Angel
15.11.14
Caro mar inconstante, mesmo estando agitado consegues acalmar, tendo em vista que a tua brisa age com precisão, é muito confortante, logo, por alguns instantes faz a mente relaxar e aquece o coração, assim, estar na tua presença é salutar por gerar uma grata emoção.
Quando eu não mais estiver a sorrir
Apenas me acompanhe sem perguntas
e aguarde que, como partiu, o meu sorriso retorne.
Virá, agora, com maior conhecimento sobre o que é estar triste, pois vagueou na vazio da desilusão.
Estará, então, ainda mais humanizado e menos emoldurado!
TROVA - 66
No coração inconstante
Não floresce a afinidade.
Nele, o amor é tão minguante,
Sem qualquer prosperidade.
Felicidade inconstante é se entrelaçar com o amor que o coração deseja para si próprio, mas acariciar o coração de quem você gosta é ainda mais sedutor;
Não se engane, meu coração é inconstantee todas minhas ações são minusciosamente calculadas... Não se entregue à primeira, pois posso te surpreender.
Ela não pertence a lugar nenhum, ela vive o inconstante, seu coração foi partido, ela se machucou conforme a batida, e as coisas não saem da cabeça dela, os problemas estão lá o tempo todo, e ela não tem controle de si, ela luta o tempo inteiro contra si mesma, contra seus problemas, contra a sua mente barulhenta, ela perdeu a fé, ela não sabe mais quem ela é, ela é muito melhor que isso, ela tem um futuro brilhante, mas ela não acredita em si, ela não é a mesma pessoa, ela jamais voltará a ser a mesma pessoa.
Eu sei que eu tenho um coração inconstante e uma amargura,
E um olho errante e um peso em minha cabeça.
“Tome minha parte de um coração inconstante,
A minha de um amor miserável:
Pegue ou largue, como quiser,
Eu lavo minhas mãos daqui em diante”.
CALABOUÇO (soneto)
Ah! quem há de amar, amor inconstante e criado
O que o coração sofre, e a poesia cria impotente
Sangra, chora, pena e arde o sentimento da gente
Nas lágrimas poetadas num recanto aprisionado
O pensamento escreve, e o desagrado fica ao lado
Catucando a alma com seu olhar tão descontente
Quando nos versos teria que ser o trovar diferente
E, insistente, se faz a melancolia hospedada no fado
Ó palavra pesada, rude, fria e espessa, que penaliza
Abafa a ideia leve, e do sonho põe-se num paralelo
Onde refugia a solidão, numa escuridão governanta
Quem pode achar a expressão tenra, tal afável brisa?
Que sopre rimas que nunca foram ditas, de teor belo
E venha ao amor confessar agrado preso na garganta!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/01/2020 - Cerrado goiano
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