Convite para Sair
Sair nas ruas tentando te encontra procuro você em todo lugar, não aqui sozinha na escuridão a solidão só machuca o meu coração. Será que tudo que vivemos foi ilusão, será o que tudo que sonhamos foi em vão.
Quando nos faltar sorte, que não nos falte coragem.
Quando algo não sair como desejamos, que não nos falte garra para lutar.
Quando a vida nos impuser coisas inevitáveis, que não nos falte fé.
Assim é a caminhada pela estrada da vida: Às vezes dura demais.
Porém com coragem, garra e fé, conseguimos vencer cada etapa difícil.
E muitas destas etapas, são rasteiras que levamos.
E nestas horas, pensamos que é o fim.
Entretanto, não é.
É apenas a vida seguindo o seu curso natural.
É preciso ser forte, muito forte pra não sucumbir, e nem cair.
Jô Bessa
Toda linguagem é um verbo que se faz carne, um Lógos que, ao sair do encéfalo, encarna e se torna realidade no mundo físico.
Há momentos em que se você quiser crescer, alcançar algo novo, precisará sair de onde está para outro lugar.
Não é o caso de sair de cena, fugir de estilos de vidas que frustram esperanças novas, nem mesmo falta de ar ou espaço, mas sim ir de encontro com uma natureza longe de nossos limites e vizinha de nosso mundo. Equipamentos, meteorologia, planejamento, estratégia, tática, relacionamento interpessoal, racionamento de recursos entre outras dificuldades, fazem de nós pessoas melhores. Viajar é criar e provocar problemas que nos obrigam a pensar, estudar, exercitar nossa criatividade.
Ok,você vai sair porta a fora? Leve suas malas,tralhas e aquele violao tosco. Ah! E me leve também...
Vou sair incerto por aí a fora...
Levando comigo o violão...
E na mala uma grande ilusão...
Mas não vou definitivamente embora...
Vou levar pra bem longe uma decepção...
Cicatrizar uma ferida no coração...
E tudo que dentro de mim chora...
E desabafo numa canção...
Sem destino por este rincão...
E volto quando chegar a hora.
Desta prova eu posso até sair arranhado, mais de uma coisa saiba: vou terminar-la vivo e fortalecido.
Ele diz que ela só gosta de sair, mas não dá nenhum motivo maior pra ela ficar. Cara ridículo. Do tipo que se acha. Não sabe observar os detalhes. Não leu a bula agora passa mal. Tem contra indicação a idiotas. Agora está com outro e se valorizou. Ele investe no seu sorriso e escuta ela falar. Ele entregou seu coração e no dela você já não existe. Foi dominada por alguém que a enche de motivos pra não sair e mesmo assim ele não cansa de levar ela pra se divertir. Até mesmo porque divertido é estar junto de quem você ama. Perdeu. A fila anda.
Sei que você voltará... Só não sei se ainda estarei aqui!
Antes de sair regarei nossas lindas violetas azuis...
(Luiz Machado)
Quero uma boa cama para dormir,
Quero um dia lindo para sair,
Quero uma noite fria para me
Esquentar,
Quero liberdade para poder voar.
A: E se não amanhecer, se o sol não ousar em sair, se a luz se recusar em clarear, e se nós não chergarmos lá ?
B: E mesmo se isso tudo acontecer, se não chegarmos lá, eu serei feliz onde estivermos, serei feliz até o momento em que você partir
DÚVIDAS DE PRIMEIRO ENCONTRO
E se eu a convidasse para sair?
Está uma noite tão linda
Pensei em leva-la a...
Sair de si por alguns instantes
Acho um excelente local
Ela aceitaria esse ingresso?
E se eu a pedisse para passear comigo?
Passear pelas ruas
Nas quais ela se perdeu de si mesma
Seria uma boa pedida?
UM CAFÉ, UM SORVETE E UMA CONVERSA (PART I)
Era hora do sol sair de cena vagarosamente – bastava que oferecêssemos nossa atenção a ele e lento fazer-se-ia -, pois assim podíamos apreciar a chegada do ocaso. E assim o foi. Neste dia preferi por passear sozinho. Nada como uma tarde em boa companhia, a minha própria. Longe desta ser uma postura egocêntrica, mas apenas uma atitude de alguém que aprendeu a apreciar a sozinhez de quando em vez. Enfim, já andando por horas decidir sentar-me para sossegar as pernas. E com isso permitir com que os ventos dos 4 cantos apossassem-se de meu corpo. Fiquei ali e relaxei por alguns instantes. Já saciado do banho das brisas fui até uma loja para comprar algo para beber, pois a “sede” fez-se presente. Olhei, olhei novamente, contudo tantas eram as opções com as quais me deparei no cardápio que me fizeram não conseguir nada escolher. A atendente – que por sinal fora educadíssima – disse-me a seguinte frase: “O que acha de um simples, saboroso, clássico e não tão quente café?”. Claro, disse eu. Como não pensei nisso antes. Adorei a pedida. Escolhi, então, um lugar distante e silencioso – como de costume - para acomodar-me e degustar pacientemente o meu café. Nisso, vejo chegar ao mesmo estabelecimento em que estava uma “amiga” – essas aspas que sempre me amparam. Sabe aquela moça pela qual você já foi apaixonado nos tempos de escola, entretanto para a qual nunca se declarou? Aquela pela qual você suspirava em silêncio? Aquela pela qual noites em claro ficou? Aquela pela qual você conseguiu apenas uma amizade? Pois é, essa mesma, vítima de nosso amor platônico. Bons tempos essas paixões infantis – como se toda paixão não tivesse essa marca piegas, enfim. Ela entrou e pareceu-me procurar por alguma coisa. Procurou, virou e revirou a cabeça e os olhos por todos os lados, entretanto nada encontrava. Vi que ela estava para sair de lá com ares decepcionantes, porém não a deixei ir. Solicitei à garçonete que a fosse chamar para que me notasse. Foi ai que ela me viu e trocamos acenos e sorrisos. Fiz gestos para que ela viesse para perto de mim e assim pudéssemos conversar. Ela veio – para minha alegria. Ficou de pé diante de mim que, automaticamente, fez-me levantar também. Perguntei-lhe se ainda lembrava de mim, pois já faziam alguns anos que não nos víamos. Ela disse: “como poderia esquecer de você”. Abraçamo-nos. Nessa hora fui tomado por uma euforia interna. Perguntei a ela o que fazia naquele lugar e ela me disse que estava esperando uma amiga, porém que até aquele momento não havia chegado. Propus-lhe que se sentasse comigo para espera-la e quem sabe tomar ou comer alguma coisa até lá. Ela, inicialmente, relutou, disse estar com pressa e que não queria me atrapalhar. Disse a ela que seria um prazer tê-la como companhia e fazer-me de companhia a ela até a possível chegada de sua amiga; que em nada atrapalharia, pelo contrário. Ela, então, finalmente, disse sim – mais uma vez para minha alegria. Perguntei-lhe se desejaria pedir alguma coisa e apontei a ela o cardápio sobre a mesa. Com o tom de voz delicado, disse ela: “Acho que vou tomar um sorvete de açaí com tapioca”. Excelente! Que venha o soverte paraense, disse eu tentando ser engraçado – com louvor. Gargalhadas e risos surgiram em nós nesta hora. Com um ambiente mais descontraído instalado, perguntei-lhe como estava a vida. O que andava fazendo. Planos. Projetos, enfim. Queria saber dela e como encontrava-se naquele momento – uma forma de matar uma saudade dantes inexistente. Conversa vai e conversa vem e nós já tínhamos sabido muita coisa um do outro. Ela já havia terminado de tomar o soverte e eu já havia terminado de tomar o meu café. E adivinhem só? Perfeito, ela não apareceu – para minha felicidade. Ela me disse que já estava ficando tarde e que teria de ir, pois seus pais haviam combinado de irem busca-la para um aniversário. Antes de irmos – disse eu - o que acha de apreciar a saída do sol? Veja, está acontecendo. Ela aceitou e percebi o quão alegre ela e eu estávamos naquele momento. A boca dela não conseguia conter seus lindíssimos dentes. Escoramo-nos na orla e lá permanecemos até o cair da noite. De repente o celular dela toca e ela o atende. Adivinhe só quem era? A amiga? Errado. Eram os pais dela a chamando para ir embora. (CONT...?)
Ela adora quando abre a porta do carro, tanto pra ela entrar quanto pra ela sair. Os olhos dela brilham quando puxa a cadeira para ela se sentar, beijinho na testa antes dela dormir já é o melhor ritual. As vezes seus sons se misturam quando estão ouvindo músicas diferente, mas sempre dizendo a mesma coisa. Quantas rosas surpresas já dei a ela sem motivo, aliás, pelo simples motivo dela está ali. E o batom vermelho dela, sem mais comentários(risos). Confesso tentei fazer brigadeiro e claro aconteceu o óbvio, não chegou aos pés do brigadeiro dela. Pequena de todos os sorrisos, o seu é o meu preferido.
"Não adianta permanecer em uma relação onde só exista amor de uma das partes. Sair dessa relação não é egoísmo, mas sim, amor próprio."