Convite anos 60
OS SESSENTA (soneto)
Os sessenta anos duma alma inquieta
Cabelos brancos, a face vivida, poente
Os olhos no qual se trova inteiramente
Bagatelas, onde mora a emoção poeta
Um sonhador de sentimento profeta
De palavras que falam, inda inocente
Versos que do peito saem de repente
Docemente, em uma parição secreta
Uma determinação tão só, tão largada
Que o silêncio urge, no invento venta
A sorrir, e ou a chorar, lhe é camarada
E se na parada se senta, pouco tenta
Aquieta, numa má sorte da derrocada.
São os encantos de se ter os sessenta...
FELIZ ANIVERSÁRIO SÃO PAULO - 466 ANOS
CIDADE TRABALHO
São Paulo, desde a década de 60, é a cidade mais rica
e poderosa do país.
Sozinha produz 10% de toda riqueza do Brasil.
O pequeno vilarejo fundado por jesuítas, tornou-se
a potência que hoje é.
Terra de diferenças absurdas, guarda dentro de si,
imigrantes de todo mundo, tendo cada um deles o seu
bairro de referência.
Terra do futuro, todos os seus números são astronômicos.
Sua produção, seu povo, suas indústrias, o seu sentido de
humanismo é diferente, ela abriga e acolhe, mas muitos
encontram nela a pobreza, a fome, o desespero.
Com todas as qualidades e diferenças, ainda é o lugar onde
os sonhos são possíveis.
Terra de bandeirantes, povo que nada teme, e tenta vencer,
não se incomodando se o serviço for de manhã, de tarde,
a noite ou de madrugada.
Quem aqui vive tem no trabalho a sua principal virtude.
Às noites, a cidade pulsa.
Tudo nela é grande, tudo nela não é fácil, tudo nela não se
explica.
E quem nela vive, ganha, sofre, mas fica.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista - RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Doze De Abril – Meus Sessenta Anos!
Parece-me
que foi ontem…
Tenho a nítida impressão,
que ainda escuto
o meu primeiro chorinho
quando vim ao mundo!
Uma menina gordinha.
De alma doce.
Escolhida para nascer de pais tão brilhantes
e dedicados quantos os meus.
Já nasci feliz!
O que mais desejaria eu,
de felicidade nesse mundo?
E fui crescendo…
Orgulhosa de ser uma
menina de coração grande.
Fui me lapidando.
Aprendendo.
Reconhecendo cada dia a
minha função nesse chão.
Amadureci.
Me fiz mulher.
Me casei.
Tive filhos.
Me aposentei.
Me formei.
Retomei meu gosto pela escrita.
Fiz-me então poetisa…
Mas já nasci poeta.
Até minhas lágrimas
de choro eram poesias.
Até o meu silêncio era poesia.
Fui filha poeta.
Fui esposa poeta.
Fui mãe poeta.
Fui irmã, tia, prima…
tudo em fim…
Com alma de poesia.
Hoje, aqui estou orgulhosa
por escrever mais um dia na minha vida.
Mas hoje,
um momento mais que especial.
Completo meus sessenta anos.
Que grandeza meu Deus!
Sessenta emoções de vida.
E quero durar quem sabe ainda o dobro…
Ou …quem sabe!
Eternamente em minhas poesias!
Hoje quero agradecer
especialmente a Deus,
pela vida.
Uma vida tão linda…
De sonhos e asas.
De liberdade.
Quero agradecer a minha família,
por ter-me valorizado e me
reconhecido em todos esses anos,
como uma pessoa especial.
E hoje…Mais do que nunca.
Quando olho as minhas fotos…
Tão humildes…carregadas de energia…toda completa.
Com flacidez…estrias, celulites…
E que nada disso tira a minha beleza…
Porque a minha beleza, não é essa de fora…Nunca foi!
Quem me conhece sabe…
A minha beleza vem da alma…
E essa está intacta…
Em todos os bons sentimentos que eu me visto!
“Parabéns Maria Dayse Gonçalves Oliveira…Dayse Sene.
Que Deus te conceda muitas virtudes ainda nesse chão…”
É minha alma me parabenizando!
E de mãos dadas…Vamos vivendo…
Vivendo…Vivendo!
HOMENAGEM À MINHA MÃE
60 anos já se passaram
Desde que uma noticia foi dada
Era o nascimento de uma criança
Uma menina abençoada
Deram-lhe o nome de Ana
Que significa "Graciosa"
Desde já ficou marcado
Na vida seria Vitoriosa
Frequentou pouco a escola
Pois precisava trabalhar
Mas nem por isso a sabedoria
Deixou de lhe acompanhar
Ajudava sempre os pais
E o esposo no que podia
Mesmo em tempos difíceis
Ao seu lado estaria
Nos filhos nem se fala
Em esperteza tinham "bacharelu"
Mas ela sempre os ensinava
Com palavras e com "chinelu"
Aos parentes,amigos e netos
Sempre estende sua mão
Com toda a inteligência
Refletida em gestos e ação
"A fé sem obras é morta
É morta a obra sem fé"
Verdadeiramente esse é o exemplo
Exemplo de Grande Mulher.
MEU ANIVERSÁRIO! 6.0
Hoje eu falei para Deus...
Pai Celestial, não há ninguém bom no mundo para mim; para que eu nasci? E Deus me respondeu: Você não está aqui pelo o que há de bom no mundo, mas, pelo o mundo bom que há em você_Meu Filho Jesus...!
Te habito
Quem quer apoiar-se em mim antes saiba que sou espírito, que meu corpo de nada valeria se fosse como jarra vazia e que os sacrifícios que minha alma impõe ao corpo realizar intentam a eterna validade nos corações.
Saiba que se eu passasse apenas uma vez por tua vida, eu tentaria passar o melhor de mim. Eu arrisco sessenta anos de vida para fazer valer sessenta minutos. Então não se acostume com minha física presença, mas aceite quando eu disser que te amo e que isso quer dizer que eu posso te passar mais do que umas horas de momentos juntos, pois não estarei sempre ao seu lado, mas terei feito o máximo para deixar estampado o quanto de abrigo ainda tens no meu coração, e nas próprias provas e lembranças dessa paixão, peço, ressuscite-me.
Entenda que as interrupções, os obstáculos e as perturbações são necessários para despertarmo-nos e voltarmos a consciência e a atenção ao que estávamos fazendo automaticamente, sem sentir o valor dos gestos, sem encarnar o significado de um abraço no dia mais quente do ano.
Eu sou espírito, meu amor se apresenta na matéria, mas é energia. Meu corpo vai morrer, eu vou viver, eu sou espírito. Te habito.
Anos 60, início do Feminismo na Nova Era: Rebeldia, libertinagem, insubmissão aos maridos, recusa em casar virgem, troca de parceiros, empregos masculinos, uso de pílulas. Resultado na Sociedade: Pais de Família desempregados, mães solteiras que trabalham e filhos desequilibrados.
"Sinto saudade de quase tudo dos meus anos 60, mas também tinham; o Óleo de rícino, Emulsão de Scott e o cruel Merthiolate de assoprar desesperado.
Desses eu guardo mágoa"
1. "Aos 60, a sexualidade é uma celebração da intimidade e do autoconhecimento."
2. "A maturidade traz uma nova dimensão ao prazer e à conexão emocional."
3. "Minha sexualidade não diminui com a idade, apenas evolui."
4. "Aos 60, descubro que o desejo não tem prazo de validade."
5. "O prazer é uma jornada que continua, não importa a idade."
6. "Com a experiência dos anos, o amor e o desejo ganham profundidade."
7. "Aos 60, a liberdade de explorar a sexualidade sem pressa é uma dádiva."
8. "A sensualidade não está no corpo, mas na confiança e na conexão."
Sua biologia parece ser a de um homem de sessenta anos perfeitamente saudável enclausurado no corpo de uma criança de dez anos. Mas eis a parte fascinante: você não está envelhecendo. (...) É como se o seu corpo estivesse preso no tempo.
Dentre trezentos e sessenta e tantos dias, que compõem os anos, foi este que escolhemos, foi neste que estreamos; juntos, até que a eternidade nos imortalize. Despontamos no epicentro dos vendavais, deixamos a unanimidade para trás, nosso ímpeto consolida a união, somos o delírio absoluto da multidão.
A exata conjugação do verbo
Eles permaneceram casados por sessenta e dois anos. Um casamento complicado.
Ele era alcoolatra. Gostava de cantar e sempre tinha uma brincadeira, na ponta da língua, que divertia os amigos e conhecidos.
Era uma pessoa maravilhosa para todos, menos para a esposa. Batia nela, até a filha de oito anos começar a se impor e impedir as agressões.
Um dia, ele vendeu a casa onde moravam. Sumiu por uns tempos e, quando retornou, sem nenhum centavo, avisou que a casa deveria ser desocupada em vinte e quatro horas porque o novo proprietário viria tomar posse.
A esposa passou frio porque quase não tinha agasalho. Passou fome pois deixava de comer para que os filhos se alimentassem.
Sofreu traições porque ele, homem bonito, se permitia aventuras. Ameaçava-a de morte e dormia com um punhal embaixo do travesseiro.
Com tanto sofrimento, natural que, no transcorrer dos anos, o tempo a abraçasse com alguns problemas como insônia e depressão.
Os que a conheciam a amavam porque ela ria, brincava, semeando ao seu redor a alegria, que ela mesma não podia fruir.
Portadora de uma grande fé, espalhava o bem para as pessoas, fossem crianças ou adultos.
Perante os doentes, ela ia passando a mão, com delicadeza, na cabeça, nas mãos, enquanto orava com fervor.
Logo, eles afirmavam se sentir bem.
Certa feita, indo a uma consulta e narrando seu drama conjugal, a médica indagou:
Qual seu sentimento para com seu marido? A senhora o ama?
A filha, que a acompanhava, teve certeza de que ela responderia negativamente. A resposta que veio, depois de pensar uns segundos, foi surpreendente:
Como homem, não o amo. Como filho necessitado, sim!
A filha chegou às lágrimas ao reconhecer, uma vez mais, a grandeza daquela mulher.
Certo dia, aquele homem que gozara de tantos prazeres, teve um acidente vascular cerebral e foi hospitalizado. Os filhos se revezaram à sua cabeceira, no seu atendimento.
Mas a senhora também foi ao hospital. Ele estava entubado, incomunicável. Somente os aparelhos bipando, de forma regular, atestavam a sua estabilidade orgânica.
Ela chegou e tomou a mão dele entre as suas. E começou a falar.
Os aparelhos, de imediato, registraram a alteração dos batimentos cardíacos, que dispararam para mais de cem por minuto, a respiração acelerou.
Tudo isso dizia da consciência da presença dela ali. Ela falou das suas limitações como esposa, das suas dificuldades.
E lhe pediu perdão por tudo e de tudo. Depois, disse que ele poderia partir em paz porque ela o perdoava.
Interessante que ela não enumerou nenhuma das deficiências dele. Ao contrário, falou somente das próprias dificuldades.
Naturalmente não enalteceu virtudes que ele não possuía, mas de nada o acusou.
Depois, o convidou a orar com ela. Quando concluiu suas longas preces, deu-lhe um beijo na testa e desejou que ele ficasse com Deus.
Ela saiu. Poucas horas depois, ele partiu.
* * *
Pessoas assim existem muitas, neste imenso mundo de Deus. Anônimas.
Deixam lições inesquecíveis aos filhos, aos familiares, aos amigos, a quem goza a ventura de sua convivência.
Pessoas assim sabem, com certeza absoluta, a exata conjugação do verbo amar.
Para mim, a pior parte dos anos sessenta foi a parte política e social.A parte verdadeira foi a parte espiritual.
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