Conversa
“Aquele que conversa durante a repetição da Amidá, durante o Cadish ou leitura da Torá e não respode amen, quando estiver em algum aperto, Rachamaná litslan, os portões dos Céus se trancarão para não ouvir suas preces”
Sempre que for falar com alguém use o diálogo, não a conversa. No diálogo existe respeito no que o outro diz e crescimento de ambos. Na conversa ao contrário, um quer sobrepor ao outro o seu ponto de vista.
Melhor que a conversa só Ele
No dia 18 de janeiro de 2019, ele respondeu meu "Olá" com simpatia e simplicidade se alistando a minha missão de lidar e me libertar das conversas monótonas sem pé nem cabeça.
Intimado pelos meus pré requisitos, mostrou-me com sua diplomacia que tinha conteúdos inimagináveis, além de sua boa conversa desenrolada com diálogos de maturidade e vivência. Raridade na certa! O maior desafio já não era mostrar-me interessante, pois isso ele transparecia naturalmente! O desafio agora se dava por descobrir mais sobre aquele intrigante moço do sorriso encantador que me fazia perder noção das horas e aguardar um novo dia para o prosserguimos da prazerosa conversa. O que eu pensei que seria "Oi, me conte sobre você?" Repetitivo e alheio , Acabou sendo um inesperado "posso te contar um segredo?". Como chegamos nisso em menos de uma semana? eu não sei dizer. Mas que ele é especial assim como o reflexo do espelho incomum de nossos segredos , isso não me há dúvidas.
Quem diria que ainda existe conversas interessantes em tempos de indivíduos desinteressados, conversas reflexivas em tempos de inrracionalidade, e novas visões de mundo em tempos de crenças cegas. Ele foi a prova viva, que a vida nos surpreende e nos põe a prova até do que desacreditamos.
Tirou minha total atenção, na qual eu tanto bati no peito dizendo que não era coisa fácil. Além dela robou-me o tempo, a atenção, as boas ideias, os "bom dia", os elogios , o apresso, a vontade de ir a Ásia nadando euforicamente para tomar um chá as 16:00 em seu fuso-horario enquanto comemos um "yakimeshi safado" e esperamos nossa série favorita carregar.
18.520 km separando uma ótima companhia para passar uma tarde de Netflix e risadas.
Parece desespero, não é? Pois saiba que não! É saber valorizar em época de desvalores, é seguir o coração mesmo que ele nos leve para longe! É ouvir o instinto e as vontades porque nós sentimos bem sendo intensos, espontâneo e imprevisível. É ser recíproco em éra de egoísmo, é se fazer presente na presença de quem sentimos ser um grande presente do universo.
Foi no dia 18 de janeiro que eu dei "Olá" a quem hoje não cogito a hipótese de nunca dizer um "adeus".
Sabe do que eu gosto?!
Café fresquinho, ouvir os passarinhos, rir à toa, conversa ao vivo, olhar de ternura, abraço apertado, olhar demorado, música boa, palavras que tocam, olhar para lua e gente que não assusta com meu jeito de maluca.
#Citação de #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 02/02/019 às 20:00 horas
As vezes falo por falar, acompanho a conversa, ouvindo sem prestar atenção. Alheio muitas vezes ao que é dito, disperso.
Frutos talvez de acontecimentos passados, tentar não cobrar por não querer ser cobrado, talvez por isso mesmo fico alheio ao que é dito ou ouvido na maior parte do tempo.
Vivo um estado de paz interior.
Quer ter paz, faça uma conversa contigo mesmo. O conflito, muitas vezes está dentro de ti. Não fujas, se encare, se explique e se ame.
CONVERSA COMIGO
(10.09.2018).
Converso contigo mesmo,
E perco no meu tempo...
Vejo a necessidade de sentir
Os encontros da minha alma
Que me leva para o mar.
Quando vou poder fechar
Os olhos e com os sentidos
Entregar-me em tuas ondas?
Amigos são ótimos pra jogar conversa fora e beber. Apenas não servem a nada quando se realmente precisa deles.
Estou sempre pensando em você
Qd escuto uma música
Qd estou numa conversa
Qd estou vendo tv
Qd estou conversando com você e quando não estou
O debate na mata
Uma espécie
de embate civilizado
Parece conversa
Que versa
Sobre a maneira ingrata
Insensata
E menos estranha
Com que tanto bate
Quem apanha
Termina sempre em empate
O Sapo coacha e me diz
Que burrice não mata
O porco guincha o que acha
Ruge o leão, estridente
O cavalo pensante relincha
A coruja ulula mais que o vento
O Veado enfurecido,
Vocifera, exigindo
O direito de ser comido
O macaco eloquente
Abarrotado de exigência
Pula mais alto que a árvore
Quer falar mais bonito que Deus
Fez-se gente
Inteligente e tão triste
Veio até me dizer
Que Deus não existe
A mim
Resta saber
Dentro e fora da roda
Quem pensar diferente
Não presta
Mas eu posso aplaudir
Enquanto a Floresta incendeia
Sem consenso ou pensamento
Inteligível
Nem tampouco inteligente
Todo mundo vence
Ou se convence que sim
A mim
Me cabe olhar de longe
A formiga que trabalha indiferente
E o Tigre calado
Fingindo de amigo
Pois seu simples olhar,
Me diz tudo
Com o tempo aprendi
Que quando um olhar não diz nada
Toda conversa é perdida
Melhor é fazer-me de mudo.
Edson Ricardo Paiva.
Se está certo de alguma coisa, está certo. Apenas não diga isso sem estar. Aí, não passa de conversa fiada.
Seu silêncio foi a conversa mais triste que já tive. Por não querer conversar ou burrice por não saber conversar.
"Naquela conversa, você provou ser alguém ambicioso. Você acha que a vida lhe deve aquilo que você tira dos outros".
Fui abrir nossa conversa pra dizer que tava com saudade e o Whatsapp parou, parece que é a vida me dando uma chance de não ser trouxa de novo..
Calma!
Larga essas 4 pedras que tens nas mãos, não quero me explicar, só vim meter conversa, pode ser ?
Mesmo que não querias falar por favor ouve-me e responde-se com a tua respiração se for o caso.
Como é que estás ? Como é que a minha partida deixou-te ? Ainda tens aquele tique de mexer no cabelo quando algo incomoda-te ? Conseguiste comprar os livros que querias ? E viste o filme que tanto falavas ? Continuas com o mesmo sorriso e ainda ris como se fosses um maluco no meio de toda gente ? Acho que isso é das coisas que terei sempre em mente quando de ti falarem. E mesmo que não perguntes, eu estou bem, estou a ter aulas de música, continuo a achar graça nas coisas mais idiotas do mundo, ainda gosto do cheiro das rosas e falo sozinha na rua, quase nada mudou, talvez o meu coração tenha diminuído ligeiramente mas nada que um sorriso não disfarce.
Tivemos tantas oportunidades de sermos felizes mas escolhemos o pior caminho, gostar um do outro, e agora percebo que por mais que parecesse o melhor na altura, não foi, tu tinhas os teus medos e eu tinha as minhas dúvidas, e infelizmente eles dois não combinavam na perfeição tal como nós. Ham, já me ia esquecendo, tenho algo para entregar-te e preciso que venhas buscar urgentemente, "as saudades do teu sorriso e a vontade que tenho de voltar a olhar para ti novamente". Até logo e a tua respiração continua a mesma. Beijos
Conversa (des)afinada, por Alexandru Solomon
Uma fábula moderna
Determinado cidadão incomodado com o visual do Lula, nutre o projeto de raspar-lhe a barba. Daí, sabedores dessa vontade secreta, um barbeiro e um ajudante (de barbeiro, obviamente) marcam uma reunião com o sonhador. Na reunião o barbeiro louva seu talento em raspar barbas e oferece-se para ajudar. No meio da reunião que decorre em ambiente cordial, discussões sobre qualidades de navalhas rolam soltas, meu personagem ouve uma batida na porta. Entra o tio... dele que pede desculpas pela invasão, mas como conhece o barbeiro cumprimenta polidamente e sai.
Terminada a reunião, o barbeiro liga para um amigo dele que não pode comparecer ao meeting (com o perdão pelo horrível neologismo) e comenta o que foi discutido. “O tio está acompanhando”, diz ele. Por acaso, a ligação é interceptada por autoridades (com autorização judicial, naturalmente) e a frase pinçada – “a barba do Lula poderá ser cortada e o tio participou da reunião” faz alçar sobrancelhas preocupadas nas mais altas esferas. Pergunta-se. O meu personagem deve ser preso por intenção de agressão ao melhor presidente que o Brasil já teve, na apreciação algo imodesta do próprio? O tio que entrou e cumprimentou deve ser processado também por participação na trama sórdida?
O maior defeito de fábulas desse gênero é induzir os leitores a procurar algum vínculo com situações reais, o que seguramente não é a intenção do autor (da fábula)
Como dizia Baltasar Gracián, uns séculos atrás: ´´Alguns fazem caso daquilo que pouco importa e deixam de lado o que tem muita importância´´. Mas isso valia no século XVII, não é mesmo?